Eu poderia falar muito, sobre muitas coisas. Mas quando chega a hora de falarmos de nós mesmos, algo em nossa mente ativa a chave que impede que sejamos totalmente sinceros.
Instinto; autoproteção. Besteira: é pura vaidade.
Não sou alguém que se prenda a vaidades ou ao que é socialmente correto ou corrupto. Sou eu mesmo e acho que isso é suficiente.
As pessoas costumam me perguntar o porquê do meu gosto por ser diferente, a resposta pra essa premissa é tão inexistente quanto o bom senso de Bush Jr.
Eu não gosto de ser diferente, não busco isso e não tenho a pretensão de que me olhem dessa forma. Mas há algo natural em mim que faz com que minhas atitudes contrastem a cada segundo. Sou uma imensa caricatura de mim mesmo; e gosto disso.
Se isso é gostar de ser diferente, tenho quem admitir minha culpa no crime. Mas eu prefiro pensar que isso é apenas um modo de conviver comigo mesmo, de forma a atuar pensamentos diversos de uma só vez.
Já falei sobre isso: Negar a própria opinião é algo de um valor incomensurável, pelo meu ângulo de visão. Sua opinião é sua verdade absoluta. Discordar de uma verdade absoluta é uma ato não só de coragem, como também de confiança em si mesmo.
Não estou me supervalorizando, mesmo porque estas características não são unicamente minhas; mas eu sou assim, e gosto de ser assim.
Sou o narcisista que se acha feio, o hedonista que descreve a putrefação da carne amada. "Inanimado zumbi de mim mesmo", como digo em um de meus sonetos.
Sou eu. E apenas isso. E gosto de sê-lo.
Penso que, como cada pessoa é individual, portanto diferente, aí está o meu gosto em ser diferente.
Gosto de ser quem sou. Gosto de ser diferente, portanto. E só.