Capitulo 3 – Treinamento e reformas

Aeroporto Internacional de Atenas...

Genbu e Arkhyos andavam lado-a-lado, o aspirante parecia não se importar se o outro aumentava ou diminuía o passo, pois independente da velocidade com que o mestre andava, ele rapidamente se adaptava e acompanhava o passo.

- Já tem alguma ideia de como é o santuário?

O garoto olhava na direção daquele que lhe fazia a pergunta e balançava a cabeça negativamente, mantendo os olhos fixos no outro, como que dizendo que ele poderia continuar.

- Bem o santuário não é algo complicado, nós treinaremos de segunda a sexta, nos fins de semana te darei folga, já que ninguém é de ferro, na semana também passarei alguns estudos para você, nada muito complexo de começo, mas com o tempo iremos dificultando.

O pupilo apenas balançava á cabeça indicando que estava acompanhando e que o outro poderia continuar.

- Aqui, faremos nossa primeira parada aqui – disse o cavaleiro de Ouro.

Genbu balançou a cabeça e ficou sem saber o que dizer, mesmo que no fim das contas não fosse dizer nada mesmo. Eles estavam em frente a uma loja de roupas, "Atelier das Moiras", uma loja estranha mesmo para alguém como ele.

- Com licença – dizia Libra.

Voltando de suas divagações sobre a loja ele viu que o mestre já estava entrando, apesar de achar o lugar estranho ele entrava logo atrás o mestre, todavia ao ver três senhoras atendendo Arkhyos ele teve certeza deque não era só impressão, realmente havia algo de errado la.

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Sibéria e Fenrir estavam no carro, um Toyota Corolla preto metálico, o cavaleiro colocava seu cinto e se virava para ela.

- Quer passar em algum lugar? Esta precisando de algo?

- Não, acho que nada - ela respondia meio atrapalhada com o cinto.

Fenrir segurava a mão dela delicadamente e tomava para si a tarefa, o que a fez corar levemente pela surpresa das ações dele, por um momento percebeu que aquele homem de jeito centrado e rígido tambem era um cavaleiro não só de Athena.

- Roupas? Perfumes? Alguma coisa em especial? Tem certeza que nada?

- Tenho.

- Quando chegarmos deixarei que veja seu quarto e os pertences providenciados por Athena, caso precise de mais alguma coisa pedirei que alguém lhe providencie.

- Obrigado.

- Se importa se eu ligar o radio? – questionou o dourado.

- Não, não.

Ele buscava o pen drive e o ligava no radio, após algum tempo buscando ele deixava tocando "My chemical Romance" e rumava para o santuário.

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Marshall sequer voltava o olhar na direção da pupila, apenas andava em direção do estacionamento, a garota fazia o possível para acompanha-lo, mas por vezes parava para relaxar as mãos que já estavam marcadas pelo peso das malas.

- Um pouco de ajuda cairia bem – ela disse se dirigindo ao cavaleiro.

- Se esta buscando um atalho deveria desistir agora. A vida de um cavaleiro não é fácil como você imagina – ele respondeu ainda de costas.

- Achei que Lordes fossem exemplos de educação – ela disse com um pingo de ironia na voz.

- Vim aqui buscar minha aspirante, não uma boneca que teme aquilo que vem pela frente.

- Não estou pedindo para me carregar, mas para pelo menos ajudar.

- Acaso não imagina o que lhe espera assim que chegar ao santuário?

- Pelo contrario, é por imaginar que tive fé que meu mestre me ajudaria a passar por isso.

- A fé é algo que os humanos criaram para ter algum suporte em suas existências tão pequenas. Se você não puder contar consigo mesma nunca será nada.

Ela rangeu os dentes e pensou em retrucar novamente, mas no fundo sabia que de nada valeria, afinal aquele homem era impossível.

"Parece que consegui o pior mestre possível" – ela pensou consigo.

- Tome cuidado com o que pensa, no meu atual estado ler sua mente através desse cosmo é como ler um livro aberto.

- Como quiser meu mestre – ela respondeu sarcasticamente.

- Vamos logo, o carro é aquele ali.

Ela olhou na direção que ele estava mostrando e por um momento pode esquecer do dourado, afinal, apesar de ser o ser mais chato que ela já havia conhecido o bom gosto era algo que o acompanhava.

- Um Mercedes, bom gosto – ela disse pela primeira vez sendo sincera.

- Suba logo, não irei esperar o dia todo.

Novamente a raiva a tomava, no fim das contas, com bom gosto ou não, ele era o homem mais chato que já havia visto.

Construtora - Império das construções

Aer encostou a cabeça na cadeira, de todos os lugares para onde o serviço o levava o santuário era o que mais evitava. Apesar de ser o mais lucrativo era o único capaz de lhe tirar a paz e trazer de volta dolorosas recordações.

"O pior é que hoje só tem disponível eu o Rafael e o Arios, mas tenho a leve impressão de que não terei sorte"

Ele se levantou da cadeira e passou a mão pelo cabelo cor de chocolate derretido. Os fios eram longos com uma franja cobrindo seu olho esquerdo parcialmente. Em pé era possível chutar que tivesse 1,80M, magro, apesar de ter alguns músculos tímidos, tudo bem distribuído.

- Nossa o sol já esta alto assim – ele disse tampando os olhos.

A pele clara parecia que iria tostar agora que entrava em contato com o Sol, o perfil elegante e aristocrático. Seus olhos da mesma cor do cabelo logo ganhavam a proteção de um belo óculos escuro.

- Rafa posso falar com você? – ele perguntou para o homem que se sentava próximo a ele.

Rafael fazia um sinal com a mão e indicava o telefone que praticamente se perdia entre os cachos dourados. Os olhos verdes pareciam cansados e o sinal seguinte indicou que ele não estaria liberado tão cedo.

Aer pressentiu que estaria correto em instantes, pois ao caminhar na direção do outro colega percebeu nos olhos deste o que ocorria.

- Aer, eu sei que vai querer pedir algo, mas estou atolado de serviço, o doutor me deu toda essa papelada pra revisar, alem de algumas contas que estou tentando acertar, então mesmo que me chamasse pra bancar a noitada pode esquecer, tenho encrencas até daqui um mês.

O jovem empreiteiro percebeu que estava para confirmar que estava certo, no fim das contas seria ele que iria ao santuário, contudo não custava nada apostar suas ultimas fichas no outro colega de trabalho.

Arios o segundo colega estava em pé com a chave do carro em mãos, já se dirigia a porta quando a voz do colega chamou-lhe a atenção.

- Hey, Arios, posso te pedir um favor?

- Claro Aer, só dizer.

- Estou com um cliente, e preciso fazer uma avaliação hoje, só que aconteceu um imprevisto e vai ficar meio complicado para eu ir, não tem como quebrar essas pra mim?

- Você sabe que eu não sou de negar ajuda, mas estou atolado de serviço,fosse algo mais simples eu faria para você, me perdoe cara, mas receio ter que recusar o seu pedido.

Aer passou a mão pelo cabelo já bagunçado de tantas passadas de mão, era evidente que aquilo iria acontecer, todas as vezes haviam sido iguais. Sempre que o santuário os chamava era ele a atender o chamado, era ele a ir, era ele a reviver aquelas malditas lembranças, mas era tarde para tentar acertar de outra forma, recusar trabalho era um luxo que não podia se dar.

- Obrigado, Arios, vou ver como faço pra me virar.

- Que isso, me perdoe por não poder ajudar, mas fazemos assim, quando tivermos mais livres te pago umas duas rodadas no "Caixa de Pandora", o que me diz?

Caixa de Pandora, um dos melhores restaurantes da região, ou melhor, podia-se dizer que era dos melhores da Grécia, mesmo que escondido naquela região.

"Dos males o menor, se terei que ir ao santuário que pelo menos possa esquecer isso depois" – pensou Aer.

- Fechado então, vou preparar tudo e correr pra tentar deixar tudo certo.

- Nos vemos então, boa sorte com esses serviços.

- Digo o mesmo, Arios.

Os dois se despediram com um aperto de mão, logo depois de ver o companheiro sair em sua pick-up, o jovem voltou a sua cadeira e deixou o corpo cair pesadamente, precisava se preparar para ir aquele lugar.

Santuario de Athena – Enfermaria

Kiyanna estava tendo de se redobrar para curar pelo menos minimamente o homem deitado nem uma das macas de sua enfermaria.

- Não consigo acreditar que ele ainda respire – murmurou consigo a enfermeira.

Ela observava a respiração lenta e dolorosa do homem deitado a sua frente, era errado deixa-lo ali, mas havia prometido a Nicolle que iria, fora que sua assistente estaria de volta em pouco tempo.

- Espero que você se recupere rápido – ela disse com um sorriso tímido.

Santuario de Athena – Enfermaria...algumas horas antes

Foi no meio da noite que bateram em sua porta, ela havia demorado a perceber que era ali que queriam entrar, primeiramente tentou se convencer que era um sonho, depois tentou se prender ao que acontecia em volta, e por fim se levantou e foi até a porta.

- Acho que não tem ninguém – disse uma voz masculina.

Quando a porta enfim se abriu o homem que até então falava já estava de costas, em seu ombro um segundo homem estava apoiado.

- Me desculpe à demora – disse a enfermeira.

Virando-se novamente para enfermaria o cavaleiro revelou-se como Axel, o cavaleiro de bronze de Relógio. Em seu ombro estava Bruno, cavaleiro de prata de Cruzeiro do Sul.

- Me perdoe incomoda-la, mas encontrei esse aqui jogado no caminho da vila Rodório.

- Por Zeus, vamos leva-lo para dentro.

A enfermeira entrava correndo esbarrando em alguns livros deixados em uma bancada próxima a porta, logo depois tropeçava quase caindo na cama, para enfim conseguir ajeitar o leito para o paciente.

- Coloque-o aqui por favor.

Axel deixava que o corpo do outro caísse na cama, a armadura do homem imediatamente saia de seu corpo e se montava ao pé da cama, Kiya por sua vez rapidamente buscava ferimentos mais graves.

- Posso ter certeza que você não vai fazer uma cirurgia de mudança de sexo nele? – perguntou rindo Relógio.

A enfermeira arregalava os olhos e se voltava totalmente corada para o cavaleiro.

- Pode confiar, eu jamais faria algo do tipo.

O cavaleiro de bronze ficava ligeiramente perdido com a reação dela, parecia até que ela tinha levado a sério, todavia ele sentiu que era inútil querer falar sobre aquilo, por isso apenas deixou quieto.

- Certo, estou indo, se cuide – disse o homem.

- Pode deixar.

Axel voltou pelo mesmo caminho que havia vindo, Kiyanna voltou aos cuidados de Bruno, enquanto que o cavaleiro meio inconsciente murmurava algo que a mulher teve dificuldades em entender inicialmente.

- Eu ainda...posso continuar...Meijin.

Santuario de Athena – Enfermaria

Kiya trocava um pano que utilizava para abaixar a febre do prateado, ela estava preocupada com ele. Havia encontrado duas costelas quebradas, uma trinca no úmero, duas rachaduras na Tíbia, o cotovelo deslocado, a clavícula quebrada, o pulso descolado, entra algumas outras fraturas menores.

- Você deveria se forçar menos, entendo o sentimento de vocês cavaleiros, mas você precisa estar vivo para poder proteger o que deseja.

A assistente da enfermeira chegava com algumas flores, ela sorria e pedia que as deixasse em um vaso ao lado do cavaleiro.

- Eu vou até a casa de uma amiga, mas volto logo para ver se você esta bem.

- Pode ir tranquila, Kiya, eu cuido dele.

- Me promete?

- Claro – respondeu a outra.

- Até daqui a pouco, Rya.

Santuario de Athena – Arena

Haku enfim havia conseguido levar a aprendiz até a arena, apesar de terem feito ma pausa rápida, o maior problema foi convencê-la de que deveriam iniciar os treinamentos imediatamente, já que a garota queria "conhecer o santuário" como ela dizia.

- Sari, vamos começar com coisas básicas.

- Como você quiser – disse a aprendiz.

Sarissa com muito custo concordara em começar suas lições, na verdade ela só havia realmente cedido quando o mestre propôs que as aulas fossem a beira da arena, onde eles poderiam ver na pratica o que ele falasse.

Se Haku pudesse ler os pensamentos dela, ou se ao menos a conhecesse o suficiente, saberia que claramente ela só aceitará por que imaginava que aquela seria uma ótima chance de espiar alguns cavaleiros.

- Vamos começar com o cosmo – disse Peixes – tem ideia do que ele seja?

- Pelo que ja sei é um tipo de energia que todos tem no corpo, mas nem todo mundo pode usar.

- Você esta no caminho, mas não é exatamente isso.

- Então seria o que? – ela perguntou com um questionamento não muito convincente.

- A cosmo-energia ou cosmo está relacionada com os átomos de qualquer material e seus movimentos, utilizando este poder, é possível destruir átomos, controlar sua velocidade e mesmo transmutar materiais.

Haku explicava com certa dificuldade, mal se lembrava de quando Afrodite o ensinara sobre aquilo, contudo agora era um mestre e deveria cumprir com suas obrigações independente de suas dificuldades.

- Ahhh se eu fico sozinha cinco minutos com aquele ali.

- Sari – Peixes chamou percebendo que ela estava dispersa.

- Sim, Mestre – ela respondeu com a maior cara de pau do mundo.

- O que estava olhando?

- Obviamente aquele cavaleiro ali – ela respondeu com a maior naturalidade.

- E não tem vergonha de me dizer que estava espiando o Kaname?

- Nenhuma, mestre, afinal estava tentando estipular o cosmo dele baseada em sua explicação – ela disse com um sorriso que expressava um "touché".

- E qual a sua conclusão? – ele questionou surpreendendo-a

- Bem – ela disse pensando um pouco – avaliando por cima eu diria que ele é lindo...digo que aparenta um grande cosmo, tem um corpo mui caliente...pera na verdade quis dizer que eu acho que ele é um cavaleiro de ouro pela aura que sinto, alem de ser um pedaço de mal caminho – ela balançou a cabeça e fixou-se no mestre – tenho certeza de que ele é forte, mesmo que não possa compara-los.

O defensor do décimo segundo templo não pode deixar de sorrir, mesmo que ela estivesse lutando contra sua vontade de falar sobre os dotes do cavaleiro de Virgem, inconscientemente ela analisava rapidamente o cosmo do outro buscando respostas.

- Melhor continuarmos, você ainda precisa de muita teoria.

- Claro, mais bla-bla-bla – ela murmurou.

- Disse algum coisas, Saris... – antes que ele terminasse era cortado.

- Continue por favor, mestre.

- Como eu dizia, a origem do poder cósmico é um pequeno universo que existe no interior dos seres vivos, apesar de apenas parte deles poder sentir este universo. Quando o cosmo do indivíduo é elevado, este universo se expande, criando um fenômeno conhecido como "aura".

A jovem aspirante aparentava algum interesse, todavia era óbvio que tinha uma imensa dificuldade em se concentrar, principalmente com a chegada de um segundo cavaleiro no interior da arena.

- A aura é a manifestação visual da queima do cosmo, que é o estágio intermediário da elevação do mesmo. Durante a queima do cosmo, o universo interior do indivíduo arde, e a aura se expande conforme a temperatura aumenta, se o cosmo for elevado o suficiente, ele explodirá. A explosão do cosmo gera um pequeno Big Bang no interior do indivíduo, expandindo sua aura ao volume máximo e permitindo que ele acesse a essência do cosmo, o sétimo sentido.

Ao terminar sua explicação ele percebeu que novamente ela encarava os cavaleiros que treinavam, suspirou fundo para se acalmar e estava para chamar a atenção dela quando um homem surgiu a sua frente.

- Nossa, se quiser ir pra casa sou toda sua – ela disse vendo o recém chegado.

- Ai, ai, minha filha, da fruta que você gosta eu chupo até o caroço – ele disse rindo.

Sarissa faltou cair de onde estava sentada, olhou para ele, depois abriu a boca, voltou a olhar para ele, tentou formular alguma coisa, mas no fim ficou sem saber o que dizer, terminando por decidir pelo mais óbvio possível.

- Que desperdício – ela murmurou.

- Já ouvi isso algumas vezes – ele falou rindo.

O homem que falava aparentava estar na casa dos vinte anos, possuía algo em torno de 1,85M, o cabelo era loiro e liso, caindo em uma trança até a altura da bunda, a pele era branca, o que realçava os vividos olhos verdes dele.

- Daniel, você não estava em missão?

Daniel vestia uma calça jeans verde musgo, com uma camiseta lilás com estampa de uma espada em chamas nas costas e um escudo luminoso no peito, e um all star no pé completando a produção.

- Bofe, para ver os meus divos maravilhosos eu cruzo o mundo em dois segundos, olha ali o Kah-chan na arena, eu daria a vida por 10 minutos com ele podendo fazer o que eu quisesse.

- Somos dois – disse a aprendiz de Haku.

- Sari – repreendeu o mestre.

- Que foi? É a verdade.

- Sari, não é? – questionou o cavaleiro.

- Isso, e você?

- Daniel de Coroa Austral, seu mais novo guia nesse mundo de belezas naturais que chamam de cavaleiros.

Antes que peixes pudesse sequer entender o que acontecia, a aprendiz era arrastada junto ao cavaleiro para longe dos olhos do dourado.

- Algo me diz que esse será um longo dia.

Santuário de Athena – Casa de Leão

No quinto dos doze templos o cheiro de comida inundava o ambiente. Na cozinha o cavaleiro de Leão observava as panelas que agora cozinhavam, havia tido duvidas sobre que prato fazer, principalmente depois de saber que teriam visita.

Havia encontrado o bilhete de Nicolle sobre a mesa, de inicio ficou imaginando como não havia visto o papel, mas no fim das contas resolveu que aquilo era algo desnecessário para seu conhecimento naquele instante.

- Deixa eu ver, o talharim ta quase pronto, acho que o tanto que fiz ta bom, os rondellis estão no forno, o molho branco ta certo já, a salada caesar ta pronta, bem só falta algo para beber e vai estar tudo pronto.

Acabando de checar o almoço o leonino partia para a mesa, tirava a toalha e colocava uma mais nova, depois mudava a louça a ser usada, alem de colocar talheres de prata e taças de cristal.

- Acho que esta tudo pronto, mas parece que estou esquecendo de algo, só não me lembro do que.

O dourado terminou o almoço e se sentou em ma poltrona na sala, ainda tinha uns dez minutos ate o horário combinado com Nicolle, por isso resolveu descansar um pouco, todavia seus planos não condiziam com o que realmente iria acontecer.

- Gostaria de lembrar o que estou deixando passar, acho que era importante, mas se não estou lembrando não deve ser nada.

- Tem certeza que não é nada, Ruisu – uma voz feminina disse em tom sério.

- Anya! – ele gritou quase caindo da poltrona.

- Parece que lembrou agora – ela falou com os olhos cerrados e batendo o pé no chão.

- Eu posso explicar, eu juro.

- É bom mesmo, e que seja nos próximos segundos por que temos visita.

O leonino voltou os olhos na direção da porta e distinguiu uma figura feminina, mesmo que não soubesse ainda quem era ele tinha certeza de que as coisas com certeza não seriam como ele imaginara de agora em diante.

Santuário de Athena – Casa de Touro

Aer havia chego o santuário, o carro ficara estacionado próximo a Rodório, a caminhada foi tranquila. Se apresentando acabou por adentrar o perímetro das doze casas. Na primeira não teve dificuldades em passar já que a amazona lhe deu passagem sem maiores questionamentos.

- Finalmente Touro, e pelo que vejo não será algo simples.

A casa de Toro tinha partes faltando, teto, entrada, algumas pilastras, fora o que ainda poderia ser visto dentro. Ele aguardava a defensora da segunda casa quando um corpo o acertou em alta velocidade, ambos foram atirados para longe.

"Eu sabia" – ele pensou sentindo os sentidos desaparecerem

O corpo teria se chocado no chão, não fosse pelo fato de quando caiu, ao invés do solo ele encontrou um corpo feminino para amparar sua queda.