From Dust to Dust
E ele olhou com horror conforme eles saiam, em novas cores e formas, um terror ainda maior do que tudo que tinham sido antes pois agora tinham aprendido a importância das diferenças que fazem do todo maior. Ele olhou o renascer colorido, e em seus olhos lembrava do pó dourado que os destruira uma vez, no maior ato de amor que já testemunhara, em um completo sacrifício do universo em seu nome - pois ela alterara o fluxo do tempo, da vida e da morte, do dia e da noite apenas para salvá-lo deles mesmo quando ele já tinham desistido de lutar.
Ela o fizera lutar novamente, o dera pelo que lutar. Por ela, pela mulher maravilhosa ao seu lado, que mesmo sendo centenas de anos mais jovem, o fazia se sentir vivo e inteiro. E quando ele a perdera, quase perdera a si mesmo, e lutara por todo o resto, defendendo a Terra porque era isso que ela fazia (se ela podia, meramente uma menina, ajudar a proteger a terra, não era nada além do dever dele fazer o mesmo). E ela vivera no fundo de seus olhos, a cada momento, até o derradeiro, e se agora ele fingia não ser nada era porque não poderia lidar com a lembrança do sorriso capaz de partir as paredes do universo.
(Ele lutara todos os dias para não fazê-lo, pois o desejava e poderia tentar. Mas o risco... Ela jamais o perdoaria, ele lembrava de como ela o olhara a primeira vez que ele atacara um Dalek, e como ela teria regido a sua raiva agora? Mas ela era parte dessa raiva também, muito do que eles tinham roubado tantas vezes. Tantas vidas, e em nenhuma tão importante quanto a que nunca fora entre eles.)
Sem ela, ele tinha sido meramente pó. E, do pó, ela o refizera, um homem melhor.
E mesmo que toda a esperança parecesse morrer, ele precisava continuar, tentar, lutar, por todos eles - por ela, pelo futuro aonde ela viveria, aonde poderiam se encontrar e ter o pouco que tiveram.