N/A: Falei que ia aparecer dia 30, mas eu sou ansiosa demais, quem estou querendo enganar? rs

Esse epílogo também não foi betado, então perdoem qualquer erro e me notifiquem, por favor, caso seja algo gritante que eu precise corrigir.

Muito obrigada a todos que me acompanharam até o final!

Respondendo a pergunta, aprendi e muito a acreditar em mim mesma, claro que as vezes bate uma insegurança, mas acredito muito que eu sou capaz de realizar meus sonhos.

Minha despedida vai lá embaixo e agora deixo com vocês o curtinho epílogo de DQA!


Epílogo

Edward olhava seu reflexo no espelho enquanto arrumava a gravata. As rugas nos cantos dos olhos e alguns sutis fios brancos já eram visíveis, mas ainda continuava belo e arrancava suspiros de meninas com a metade de sua idade. Fazia e refazia o nó, tentando deixar de uma forma bonita como sua esposa sempre arrumava, mas era em vão.

- Bella? - chamou. - Eu realmente preciso ir de gravata?

- Sim! - gritou do banheiro. - Espera que eu arrumo para você. Vem aqui me ajudar a fechar o vestido.

Ele deixou a gravata solta em volta do pescoço e foi em direção da voz feminina de sua mulher. Ela trajava um vestido comportado, cismava que já estava ficando velha demais para usar vestidos que mostravam mais da metade de suas coxas. Edward sempre a corrigia dizendo que ela não estava velha, mas não relutava muito em fazer a esposa usar vestidos curtos, afinal de contas gostava de ser o único que sabia o que estava por debaixo dos tecidos que cobriam a pálida pele de sua amada.

- Esse vestido marca meu quadril. - bufou depois que olhou seu reflexo no espelho do banheiro. - Acho que vou com o preto.

- Baby, você está maravilhosa. - Edward comentou dando um beijo no ombro dela e colocando os braços em volta da cintura de sua morena. - Acho que você está reclamando apenas para ganhar elogios, hein?

- Bobo, você sabe que isso não é de meu feitio. - bufou. - Nunca imaginei que fosse ficar tão encanada com minha forma física depois dos quarenta anos.

- Encanada por pura bobeira. Continua sendo a mulher linda que eu conheci, por dentro e por fora.

- E essa lábia de conquistador permanece. - Bella brincou dando uma gargalhada. Queria implicar com ele, mas sabia que o marido não estava mentindo para ela. Uma ruga aqui, uma estria alí, seios que já não eram mais tão empinados como quando ela ainda estava na casa dos vinte e poucos anos. Bella havia mudado, mas independente do que acontecia com seu corpo, o amor que Edward tinha por ela permanecia.

- Apenas a verdade. - sorriu plantando um suave beijo nos lábios dela. - Me ajuda com a gravata? Só você consegue dar o nó perfeito.

- Quem está no restaurante? - indagou enquanto auxiliava o marido.

- Mary está tomando conta de tudo, baby.

- Aquela velha rabugenta...

- Você implica, mas no dia que fomos para a boda de cristal de Alice e estava um caos no restaurante, quem foi que segurou as pontas? Mary.

- Não deixa de ser velha rabugenta por causa disso. - murmurou. - A gente vai buscar sua mãe?

- Não, todo mundo vai no carro do Emmett. Você terá que me aturar sozinha durante o caminho. - sorriu.

- Fazer o que, né? Prometi que iria te amar na saúde, na doença e até mesmo quando você dirige cantando mal para caramba.

- Isso é inveja do meu talento vocal.

- Meu amor, o único talento que você tem que terminal com "al" começa com "o" e não com "v".

- Ahn? - questionou pensando sobre o que ela havia dito. - Sua safada!

- Vamos logo, estou ansiosa! - ela riu.

Os dois chegaram ao pátio da escola faltando 10 minutos para cerimônia iniciar. Edward viu o resto de sua família e correu para abraçar todos, mas foi breve, pois não queria perder nem um segundo da cerimônia que estava prestes a acontecer.

- Elle, venha sentar aqui ao lado do seu pai. - Bella chamou a filha que estava entretida com o celular em sua mão, fofocando com as amigas do colégio via mensagem.

- Não. - ela resmungou, mas Edward puxou o celular da mão da garota e guardou o bolso. A menina revirou os olhos, mas foi para o lado do pai.

- Também senti falta de você nesses dias que ficou na casa de seus tios, meu amor. - Edward disse a menina de longos cabelos castanhos que estava com a cara emburrada ao seu lado.

- Me dá meu celular. - pediu.

- Não, Edward. Se comporte, Elle. - Bella falou e a menina revirou os olhos mais uma vez.

Edward não conseguia compreender como sua menininha linda e de vestidinho rosa havia virado essa adolescente que só sabia revirar os olhos. Depois que a garota passou a ter os fortes sintomas da TPM todo mês então a coisa só pareceu piorar. Aquela idade assustava Edward, mas Bella lidava muito bem com a menina, talvez pelo fato de saber o que se passa pela mente de uma garota de 14 anos. Às vezes Elle acordava de bom humor, mas voltava da escola com raiva por ter brigado com alguém. Edward se recorda de como ficou de coração partido quando a garota chegou em casa e correu para o colo dele chorando, dizendo que um menino da sua turma havia roubado seu primeiro beijo, mas não era dele quem ela gostava. A sua menininha ainda estava ali.

A garota estava pronta para argumentar com a mãe, mas a alta voz do diretor do colégio saindo dos alto-falantes fez com que ela se aquietasse em sua cadeira.

Era um dia de prestígio para os alunos que concluíram o segundo grau e agora estavam prestes a seguir novos rumos. O diretor falava do ano letivo, de todas as dificuldades que os alunos passaram e ainda passariam pelo resto de suas vidas.

Edward não conseguia tirar os olhos de Leo, seu primogênito. Seu coração se enchia de orgulho e sorriu olhando para a esposa, que estava a sua direita. Eles entrelaçaram os dedos e aguardaram o momento em que o Leo faria o discurso da turma.

- Bom dia, pessoal. - Leo começou a dizer com uma voz nervosa e abrindo um papel que estava em seu bolso. - Hoje é um dia muito especial para mim e acredito que também é para todos vocês. Estou um pouco nervoso porque falar por todos os meus companheiros de classe é algo difícil, mas vou tentar dar conta. Nós todos passamos por poucas e boas ao longo de todos esses anos. Claro que tiveram momentos em que perdemos um pouco a responsabilidade com os estudos, mas esse foi um ano de foco para todos nós. Todos queremos sair daqui e entrar numa universidade de prestígio.

Pensei em milhões de maneiras que poderia fazer o meu discurso de formatura, o que eu poderia contar que iria fazer vocês refletirem sobre o dia de amanhã e demorou um pouco, mas a minha fonte de inspiração estava o tempo todo na minha frente. Minha família foi o que me levou a esse exato momento em que estou e acredito que muito dos meus companheiros também tiveram enorme apoio daqueles que tanto os amam.

Meu discurso hoje é sobre não desistir em hipótese alguma. Desde novo meus pais me falavam sobre isso, sobre o quão importante é lutar pelo que você quer. Meu pai um dia me contou a história da vida dele, de quão perdido ele se sentia até seus 30 anos Foi mais ou menos nessa idade que ele começou a descobrir quem realmente era e o que queria da vida. Nós constantemente nos cobramos e volta e meia falta alguém para nos dizer que está tudo bem, que não é o fim do mundo se sentir sem rumo, o importante é não parar de lutar.

Edward tinha os olhos marejados e aquilo assustou Elle. Ela não via o papai chorar desde o enterro do vovó Carlisle. A menina colocou seus braços ao redor do pai e Edward a abraçou de volta, oferecendo um sorriso. Bella segurou a mão do marido e tentou conter as lá sabia da verdade que as palavras de Leo carregavam. Viu o marido lutar e lutou juntamente a ele tantas vezes nessa vida. Seja por dinheiro, autoestima... eles passaram por tudo isso. Não foi fácil e não seria fácil, mas o gosto de tudo que conquistaram juntos fazia com que ela sorrisse como boba vendo o menino de cabelos castanhos no palanque falar com tanta sabedoria. Era difícil acreditar que Leonard já estava pronto para sair do colégio e enfrentar a universidade.

- Lembro que um dia falei pro meu pai que no mundo ideal as coisas seriam facilmente feitas, que a gente não ia precisar se esforçar, estudar como um louco. Não, num mundo ideal tudo seria fácil. Ele me respondeu que esse não era o tipo de mundo ideal, que lutar pelas coisas fazem a gente dar um valor muito maior. Quando eu recebi essa semana minha carta de aceitação em Harvard, percebi que ele estava certo. – o menino prosseguiu. - Agradeço todos os dias pela família que tenho, pelo amor que recebi. Dá um frio na barriga pensar no futuro, mas espero que tudo fique bem. Obrigado também aos professores que nos guiaram e nos ensinaram coisas além das que estavam escritas nos livros.

Desejo a vocês, meus companheiros de classe, não só um futuro brilhante, mas um futuro cheio de coragem.


N/A: Seria muito importante para mim que vocês lessem o que vou escrever abaixo.

Pra variar vou fazer meu monólogo, então sentem que lá vem a história.

Sobre DQA:

Eu disse isso antes mesmo de postar a história e mantenho minha palavra, pra mim DQA sempre foi muito mais do que uma fic de adultério. Sempre foi mais do que uma fic em que Edward e Bella têm que ficar juntos. Na minha visão DQA é uma história sobre o desejo de mudar, sobre muitas vezes o lado feio que até o personagem mais belo pode ter. Edward era super ganancioso, fracassou tantas vezes que acabou se contentando em vier num relacionamento em que a única coisa que ele tirava era dinheiro. Bella entra na vida dele e a as coisas começam a mudar tanto pra ela quanto para ele. Os dois se ajudaram, mas acredito que nada teria mudado se eles realmente não quisessem. Os dois evoluíram, erraram demasiadamente no meio do caminho e não é porque a história termina com um epílogo feliz que não significa que eles não brigaram até chegar ai e que vão ser só amores até o fim da vida. Para mim os dois chegaram até onde estão porque apesar de tudo que passaram, o amor que sentiam um pelo outro prevaleceu. E nada mais justo do que depois de tanta dor e sofrimento, a gente ver os dois compartilhando de um momento tão feliz.

Meio bobo falar isso de personagens que afinal de contas não existem, mas eles poderiam ser qualquer um de vocês. Nos 10 primeiros capítulos da fic vocês podem entrar nos comentários e verem a quantidade de pessoas que falaram se sentir igual a Bella. Espero que vocês tenham encontrado força para mudar de alguma maneira. Pode ser que algo te ajude, uma paixonite, uma dietinha que te fez perder 3kg, ou até uma autora que fala demais por aqui. Seja qual for o seu empurrãozinho inicial, não se acomode, não seja um LB Jeffreis em frente a janela só observando a vida dos outros. Lembre-se que ele tem duas pernas quebradas para culpar o voyeurismo.

Outra coisa que acho válido falar: por mais que a gente tenha a concepção de que quer ter uma vida linda, um amor lindo e perfeito etc., as coisas não são bem assim. Casais que se amam discutem, brigam e muitas vezes choram. É normal, estranho seria se fosse tudo perfeito. Muita gente parou de ler DQA (ou só parou de comentar) quando Lauren ficou gravida, entraram em desespero querendo saber se Edward e Bella iriam voltar, se terminavam juntos etc... Nunca revelei porque nunca achei necessário. A gravidez de Lauren foi apenas um choque de realidade na Bella, foi o que a levou a perceber que aquele relacionamento, do jeito que estava, jamais iria para frente. O tempo foi necessário para eles, nós precisamos de tempo também. Me recusei a tornar tudo fácil porque na realidade em que eles viviam, as coisas não são assim.

Sinto-me ridiculamente orgulhosa de DQA, é um orgulho bobo até, porque de todas as fics que postei até hoje, foi a que mais teve motivos para levar rejeição, mas desde o comecinho eu fui colocando os braços em volta dos personagens, os protegendo, querendo dar colo, etc. Foi um prazer compartilhar isso com vocês. Agradeço os que criticaram e me ajudaram ao longo desse caminho. DQA tem uma temática difícil e carregada que tentei passar de maneira leve e fiel. Sempre procuro ser fiel aos meus personagens e nesse momento estou feliz por ter conseguido cumprir isso. Creio que eles também compartilham o sentimento.

Não percam as esperanças, não se ache velho demais para fazer alguma coisa, para achar um caminho... Aproveite. Faça uma lista, faça uma promessa, faça um pedido. Faça se tornar realidade. Permita-se.

(Se eu tivesse falando isso ao vivo era OBVIO que estaria com um copo de cerveja na mão e agora seria minha deixa para cantar "Hoje o tempo voa amooooooooor, escorre pelas mãos, mesmo sem se sentirrrrrr. E não há tempo que volte amooooor vamos viver tudo que há pra viveeeeeer vamos nos permitiiiiiiiiiiiirrrr... aí logo em seguida iam cortar o áudio do meu microfone, mas como aqui eu só escrevo, vamos seguir para a segunda parte que está aqui embaixo).

Meu futuro no mundo das fanfics:

Bom, eu comecei a escrever fic de Crepúsculo em 2010 e não parece ter sido há tanto tempo assim, mas olhando meu profile me choquei ao ver que faz 3 anos desde que postei minha primeira one shot. Ao longo desses anos eu prometi que não ia escrever long fics porque não me julgava capaz para isso, bom tamanha foi a minha surpresa com a popularidade que Celebridade do Mês e Décimo Quinto Andar atingiram. Todas as fics que estão aqui são muito especiais para mim, são um pedacinho de personagens que me acompanharam durante horas, meses e até mesmo anos. Sou grata por todo mundo que tive o prazer de conversar aqui, quantas leitoras incríveis e carinhosas! O carinho que vocês sentem pelos personagens é algo que me faz sorrir sempre.

Bom, parece que eu tô só enrolando, né? rs Enfim, vou direto ao ponto, não estou dando um Adeus, mas sim um "até logo" rs. Não tenho mais o intuito de escrever longs, fiquei muito magoada com os plágios que sofri, acho uma falta de respeito enorme. Tanto tempo e carinho que dediquei a algo para uma pessoa simplesmente vir e "roubar". Pretendo continuar com as o/s... Prometi a mim (e a algumas amigas) que a próxima vez que quisesse escrever algo maior, iria escrever com nomes originais, então quem sabe eu um dia não crio disposição para isso? É um longo caminho a se percorrer hahaha. Por enquanto eu fico por aqui. Quero tirar um tempinho para ler fics, tem tanto tempo que eu não paro para fazer isso.

Muito obrigada a todos que me acompanharam, que continuaram lendo tudo que eu escrevia, inclusive as bobagens nas notas de autora. Me senti tão mais próxima de vocês através de DQA, foi uma fic que através das perguntas compartilhei um pouco de quem eu sou e também fiquei sabendo um pouco de vocês. Espero encontrar com todo mundo novamente, fico com o coração apertadinho em pensar que uma nova fic se concretizou e agora é o momento de ficar um pouco afastada.

Quem quiser bater papo comigo pode me encontrar no twitter. Não se sintam acanhados ou intimidados, se tem um ditado que me define bastante é o famoso "Mi casa, su casa", então abre a geladeira, pega uma cerveja e vamos bater um papo.

Como despedida, deixo aqui dois trechinhos que combinam com DQA, com vocês e se me permitem ser ridícula com minhas palavras, combina com a vida:

"No final do dia, a fé é uma coisa engraçada. Ela aparece quando você não a espera. É como se um dia você percebesse que o conto de fadas pode ser levemente diferente do que você sonhou. O castelo... bem, pode não ser bem um castelo. E não é tão importante que seja feliz para sempre, apenas que seja feliz agora. Veja, de vez em quando, muito raramente, as pessoas irão te surpreender. E de vez em quando, vão tirar o seu fôlego." (Grey's Anatomy)

"Então, se esta for minha última carta, por favor, acredite que está tudo bem comigo e, mesmo quando não estiver, ficará bem logo depois. E eu acredito que seja assim com você também." (As vantagens de ser invisível).

Muito obrigada, meus queridos leitores.

Berry