Os personagens desta fanfic não me pertencem. Mas eu não pretendo comercializá-los ou ganhar qualquer coisa por ter escrito esta fic além de comentários preciosos.
Desafio: nenhum
Ship: Fenrir/Harry; Lucius/Narcisa; Snape/Narcisa; Snape/Lily (past, platonico); Rodolphus/Rabastan; Rabatan/PO; Fenrir/PO (past); Lupin/Draco
Capa: link no meu perfil.
Sinopse: É o seu destino.
Spoiller:6
Beta: twin (até 2013)
Finalização:depois de 6 anos, finalmente completa.
Quantidade de capítulos:40.
Aviso: Essa fic é M por um motivo, acredite. Ela contém cenas sexo explícito, de estupro, de vulnerável e de menores, incentivo a estupro de terceiros, sexo dúbio com relação a consenso e sexo consensual com pessoas com grande diferença de idade, sendo que uma das partes tem 16 anos. Há também outros tipos de violência, como cárcere privado, entorpecimento não consensual e lobisomens atacando vários tipos de pessoas de diversas formas. Além disso, preciso avisar que essa fanfiction romantiza um relacionamento abusivo. Isto avisado, continue ;)
Moonlit
Capítulo 01 – L'odeur de l'ordre
Havia sangue no ar.
Era uma noite de morte e consagração. Muita gente esperava por ela.
Ele podia saborear a noite no ar.
A magia corria na marca negra no céu, nos feitiços atirados por todo lado, no sangue que escorria pelo chão e os pés de botas pesadas espalhavam enquanto corriam.
Ele não tinha pressa. Era uma noite de glória e poder. Ele queria sentir o sabor da noite na pele da menina aterrorizada, no som do velho caindo da torre, no cheiro de sangue que subia no ar e era quase palpável à luz da lua.
Era a noite do início da vitória do bruxo que lhe prometera os dias em que seu bando poderia voltar às ruas de Londres para caçar livremente. Portanto, era a noite do início da sua volta.
E ele queria sentir seu gosto em cada corpo caído pelo caminho.
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Por uma fração de segundo, o corpo pareceu pairar suspenso sob a caveira brilhante e, em seguida, foi caindo lentamente de costas, como uma grande boneca de trapos, por cima das ameias, e desapareceu de vista.
Harry teve a sensação de que ele também estava sendo arremessado pelo espaço; não tinha acontecido... não podia ter acontecido...
- Fora daqui, rápido. – disse Snape.
Ele agarrou Malfoy pelas vestes e forçou-o a sair pela porta à frente dos outros; Greyback e os irmãos atarracados os seguiram, os dois ofegando agitados. Quando eles desapareceram pela porta, Harry percebeu que recuperara os movimentos; o que o mantinha agora paralisado contra a parede não era magia, mas choque e horror.
E em uma fração de segundo o choque se converteu em raiva e o horror em irracionalidade. Ele precisava chegar a Snape.
Ele não registrava isso, mas suas entranhas tremiam enquanto ele corria pelos corredores. Os olhos focados à procura de Snape e Malfoy enquanto a varinha agia pelo mesmo impulso que conduzia seus pés, abrindo caminho entre os duelos que aconteciam pelos corredores de Hogwarts.
Ele não via, realmente, a luta. Não via realmente ninguém além dos homens de negro correndo pelos gramados escuros dos jardins. Não viu o sangue que corria pelo chão e pulsava em seus ouvidos, não viu quem estava caído ou quem ele mesmo derrubou. Sua respiração estava rápida demais e ele mesmo devia estar ferido depois de ter caído, mas não era importante neste momento.
Ele precisava alcançar Snape. O homem que havia matado Dumbledore.
Harry sentiu o ar frio da noite dilacerar seus pulmões quando disparou atrás dos vultos pelos jardins. O contato do frio com seu corpo o fazia sentir o suor escorrendo pela sua pele e ele viu um lampejo ao longe que momentaneamente recortou a silhueta dos fugitivos; apesar de não saber o que seria, continuou a correr, ainda não se aproximara o suficiente para fazer pontaria...
Alguma coisa atingiu Harry, com força, nos rins, e ele caiu; seu rosto bateu no chão, o sangue espirrou das narinas. Mas não havia dor ou perseguidor ou qualquer outra coisa que importasse no momento.
- Impedimenta! – berrou ele, tornando a se virar, agachando-se rente ao chão escuro e, milagrosamente, seu feitiço atingiu um deles, que cambaleou e caiu, derrubando o outro; Harry ergueu-se de um salto e continuou a correr atrás de Snape...
E, à claridade da lua crescente que surgiu inesperadamente por trás das nuvens, ele viu as silhuetas de Snape e Malfoy, que continuavam a correr, logo estariam fora dos portões e poderiam aparatar.
Harry passou, desembalado, por Hagrid e seu oponente, mirou as costas de Snape e berrou:
- Estupefaça!
Errou; o jorro de luz vermelha passou ao largo da cabeça de Snape; o professor gritou: "Corra, Draco!", e virou-se; a uns dezoito metros de distância, ele e Harry se encararam antes de erguer simultaneamente as varinhas.
Harry conseguia sentir seu sangue correndo forte até as pontas dos dedos, seus pensamentos confusos com o único foco de que Snape devia, merecia pagar pelo que fizera. E somente ele sabia. Somente ele vira o corpo caindo da torre. E somente ele poderia fazer. A raiva, a surpresa, a revolta, acumulados, corriam pelas suas veias e escorriam pela sua pele em suor, sangue e tensão.
- Cruc...
Snape, porém, aparou o feitiço, derrubando Harry para trás antes que ele pudesse completar a maldição. O garoto tentou se levantar, buscando a varinha em um só impulso, mas algo grande e pesado o prendeu de volta contra o solo.
- NÃO! – a voz de Snape soou surpreendentemente desesperada, mas Harry sequer conseguia localizar de onde ela vinha.
Havia um cheiro forte, calor e a pressão contra seu corpo. Ele se debateu, tentando desalojar seu oponente, mas tudo o que conseguiu foi um rosnado baixo próximo de seu ouvido, e então a respiração forte batendo contra seu rosto e pescoço.
- NÃO! Você esqueceu suas ordens? Potter pertence ao Lorde das Trevas... temos que deixá-lo! Vá! Vá! – a voz de Snape soava autoritária em uma força que Harry não imaginou que ele pudesse ter.
O rosnado aumentou e um toque frio e úmido contra seu pescoço fez Harry estremecer, sentindo dentes ou garras correndo sua pele. Toda a raiva e impulso se diluíram em medo paralisante e a voz de Snape, agora transparecendo desespero, fez com que a suspeita que pairava na margem de suas emoções se concretizasse em forma de terror.
- GREYBACK! TEMOS ORDENS! DEIXE ESSE MENINO!
- Não... – um sussurro chiado e um impulso enquanto a dor cortava seu corpo ao ser arremessado contra o vento da noite, preso entre garras em um aperto mortal.
Harry tentou gritar, mas já não sabia por quem, enquanto Fenrir Greyback o levava de Hogwarts.
-:=:-
L'odeur de l'ordre – Cheiro de fim, em francês
NA: Cara, eu consegui escrever uma Fenrir/Harry, isso é tão legal *o*
Espero fortemente que vocês gostem também.
Essa fic é todinha da twin, foi parte do presente de aniversário dela e certamente o ship só existe na minha vida por causa dela. Te amo, meu xuxu.
No mais, espero saber o que vocês estão achando XD
Beijos