Título: Love Story

Fandom: Harry Potter

Par: Harry/Draco

Sinopse: As escolhas feitas podem levar duas pessoas a caminhos diferentes, mas isso não significa que eles não possam viver uma história de amor. Veela fic. M-preg.

Aviso: Fic SLASH, ou seja, um romance entre um casal de homens. Quem não gosta do gênero, não leia, já está avisado.

Disclaimer: Harry Potter não me pertence, ele pertence a J. K. Rowling (várias editoras) e a Warner Bros. Essa fic não possui nenhum fim lucrativo.

Prólogo

Julho de 1998.

- Culpado.

Draco prendeu o fôlego, enquanto sentia os olhos marejarem. Um alvoroço de vivas estourou pela tribuna. Encarou o pai sentado na cadeira dos réus, mas ele não o olhou de volta. Sentiu a mão de Narcisa apertar fortemente a sua, mas não houve alteração em seu semblante. Sentiu seu mundo desmoronar.

Eles haviam sido julgados separados. Tanto ele e quanto Narcisa foram absolvidos. E, estranhamente, ele depôs a seu favor e de sua mãe. Afinal, ela o havia salvado, pelo que ouviu. E Draco também, mesmo inconscientemente, se a história da Varinha das Varinhas que escutou no duelo final, a dois meses atrás, era verdade. Ele também o salvara da sala em chamas, mesmo que ainda não entendesse exatamente o por quê.

Mas isso não eximia o seu pai de todos os seus feitos. Não. Mesmo com o depoimento dele para salvá-lo. Ele errara demais na vida, fizera as piores escolhas que poderia ter feito, e agora pagava por isso. E era merecido, ele sabia. Isso não o impedia de sofrer, no entanto.

Finalmente, os olhos metálicos se encontram com os seus. Iguais. E Lucius sorriu. De todas as coisas que ele poderia ter feito, ele escolheu sorrir para o filho pela primeira vez em muitos anos, pelo que podia se lembrar.

Uma guerra pode realmente mudar as pessoas, pensou.

Mas isso não era o suficiente para a comunidade bruxa. Ouviu vagamente o advogado do pai alegar que ia recorrer da sentença. Não que isso fosse mudar o destino de Lucius. Dementadores. Beijo. As palavras retumbaram em sua cabeça. A apelação lhe dava mais algum tempo com o pai, então ele estava grato. (1)

Lucius foi escoltado para fora do tribunal. Sua mãe se levantou para acompanhá-lo. Ia fazer o mesmo, quando sentiu alguém lhe encarando. Virou-se. Ele. Harry Potter. Seu coração falhou uma batida. Por quê? Sentiu o toque gentil de Narcisa em seu ombro.

- Vá falar com ele, Draco. Vocês têm muito que conversar. Não pode fugir para sempre. – ela lhe ofereceu um mínimo sorriso, compreensiva. Mães sabem de tudo, afinal, mesmo que os filhos não lhe digam nada.

Draco acenou positivamente, e Narcisa saiu sem mais uma palavra. Respirou fundo. Olhou de volta, mas ele não estava mais lá. Respirou de novo, antes de se levantar e se dirigir a saída do tribunal. Encontrou-o encostado na parede perto do elevador. Sentiu os olhos verdes direcionados a si.

- E-eu... – idiota, idiota, idiota, pensou – A... A gente poderia conversar? – Controle seus nervos.

- Queria mesmo lhe falar – "idiota você também", pensou, vendo Potter tão calmo – Pode me acompanhar?

Acenou positivamente, com medo de gaguejar de novo. Idiota. Ele sabia o que estava acontecendo. Sempre soube. Apenas negava a si mesmo, o que era impossível, nesse momento. Agora que ele havia lhe salvado. Não podia mais fingir odiá-lo, quando na verdade...

- Entre – Potter indicou a porta dupla, o gabinete do Ministro – Shacklebolt me emprestou por um momento. Não seremos atrapalhados aqui.

Draco entrou, sem realmente reparar no gabinete bem arrumado. Seu olhar estava atento a Potter, que lhe indicava um sofá para se sentar, ao lado da porta. Acomodou-se e encarou seu nemesis, se é que ainda podia chamá-lo assim, sentando-se em uma poltrona de frente para si. Ele o encarou de volta, permanecendo em silêncio. Draco começou a suar frio.

- Caham... Bem, você disse que queria...? – começou, mas foi interrompido.

- Sim. – Potter disse – Malfoy, queria lhe devolver isso. – puxou uma caixinha fina e comprida. Draco paralisou. Depois estendeu as mãos, pegado a caixa, sem abri-la, contudo.

- Isso é... A-a minha varinha, não?

- É. Ia devolvê-la ainda em Hogwarts, mas você e seus pais foram levados pelos aurores. – explicou.

- Mas você não vai precisar? E a sua...? – Draco se interrompeu quando percebeu o que falava. Idiota.

- Não, Malfoy. Consegui consertar a minha. – ele emendou, enquanto o sonserino abria a caixa e encarava a varinha, finalmente tirando-a e guardando em suas vestes - De todo modo, obrigado.

Draco acenou, não confiando em suas palavras. Passou-se um momento em que eles permaneceram calados. Potter se levantou, não sabia dizer se ele estava ou não desconfortável com seu silêncio.

- Bem, era i-... – Mas Potter foi interrompido.

- Espera. – Draco se levantou também, e eles agora estavam próximos da porta novamente. Potter o encarou, esperando. Nunca se sentiu tão idiota na frente de alguém. Mas agora que tinha entendido, não conseguia agir de outra maneira. – E-eu... Eu queria lhe agradecer. – Viu o moreno arquear uma sobrancelha, então emendou, se esforçando para ser agradável, mesmo envergonhado – Pelo depoimento. No tribunal. Não só por mim, mas pelos meus pais também. Sei que Lucius não... Bem. Também por... sabe. Na Sala Precisa – droga, droga de momento para ser tão eloquentemente inarticulado. Onde estava o perverso sonserino, arrogante e cheio de si? Draco viu pelo canto de olho a janela do gabinete, achando muito atraente a ideia de se jogar dela, nem lembrando que o Ministério era no subsolo.

Mas Potter sorriu ternamente a ele. Sorriu. Ternamente. Um arrepio subiu pela espinha de Draco, e sentiu suas bochechas corarem, enquanto ele procurava algum lugar para se esconder. Se a janela fosse de verdade...

- De nada. – Potter estendeu a mão para apertar a sua. E Draco aceitou. Merlin.

- Está tudo bem – o loiro se ouviu dizendo, e sua inquietação dobrou de tamanho. Sem perceber que ainda balançava sua mão com a de Potter, por mais tempo que o necessário, nem que o moreno, estranhamente, lhe encarava deslumbrado.

HPDM&HPDM

Harry não entendia o que estava acontecendo.

Num momento, ele estava indo se encontrar com Malfoy, aquele que o atormentara durante sete anos, no outro, estava frente a frente com um garoto adorável, com as bochechas coradas, que lhe encantava. O nervosismo, a falta de articulação, tudo lhe causava uma estranha atração. Parecia que o loiro brilhava enquanto apertava sua mão.

Estava fascinado.

Sentiu novamente a mão quentinha de Draco junto da sua, apreciou o movimento leve dos cabelos loiros, o rosto perfeito, o corar das bochechas, deslumbrado. Não podia pensar em mais nada além dele.

Quando deu por si, havia puxado a mão dele para si, aconchegando-o em seus braços. Por um segundo admirou a face espantada e vermelha do garoto, deslizando sua mão sobre ela. Viu Draco separar levemente os lábios, em choque, e não se controlou mais. Fora assaltado por um desejo. Um desejo de beijar Draco Malfoy.

E foi o que fez.

HPDM&HPDM

Draco foi prensado na porta do gabinete atrás de si, mas não conseguiu reagir. Potter estava lhe beijando. Harry Potter estava lhe beijando. Separou-se bruscamente, encarando o olhar sem foco do moreno para si, que voltou a beijá-lo. Ele só podia ter enlouquecido, pois nunca faria isso em sã consciência, Draco se obrigou a pensar. Voltou a afastar seu rosto, mas então teve seu pescoço atacado, Potter lhe distribuindo beijos por sua extensão.

- Por Merlin, Potter! Você enlouqueceu? – conseguiu perguntar, entre um ofegar e outro, sentindo as mãos do moreno descendo por seu corpo. Mordeu os lábios, e abriu os olhos, que nem percebeu ter fechado, encarando duas esmeraldas brilhantes. Harry lhe encarava, sorrindo predatoriamente, e lambeu seus lábios antes de voltar a beijá-lo. Estremeceu, sua mente nublou, deixando-se levar.

Sentiu Harry descer suas mãos por suas costas, puxando sua camisa para fora da calça para continuar sua exploração por baixo dela. Segurou os cabelos negros entre os dedos e aprofundou o beijo. Sentiu o moreno agarrar suas coxas e se enfiar entre suas pernas, prensando ainda mais seu corpo contra a porta. Passou as penas em volta da cintura dele, sem deixar de beijá-lo, e Harry segurou-o contra si.

Num segundo, se viu agora sentado na mesa do escritório, quase deitado, Harry sobre si, lutando para desabotoar sua camisa. Puxou a dele por cima da cabeça e fez o mesmo consigo, então o moreno concentrou sua atenção na braguilha de sua calça.

Um emaranhando de pernas e braços, beijos, chupões, mordidas. Não pode refrear um grito estrangulado quando sentiuHarry se unindo a si, pele contra pele se chocando. Então ele parou. Dedos suaves traçaram seu rosto, e abriu os olhos, encarando as esmeraldas que pareciam queimar, as pupilas dilatadas. Sentiu seu coração falhar uma batida, Harry o queria. Não podia acreditar. Beijou-lhe os lábios, abraçando-o mais forte. Estava pronto.

Os movimentos começaram lentos, o corpo dele prensando o seu contra a mesa, os dedos se entrelaçando em seus cabelos, e então ele se empurrou contra si mais rápido, beijos, mordidas, gemidos, mais forte, mais rápido, mais forte, mais e mais, e oh, Deus.

HPDM&HPDM

Harry gemeu contra o pescoço ora alvo de Draco, sentindo o prazer se espalhar pelo seu corpo. Relaxou, beijando a pele suada do garoto a sua frente, tentando controlar a respiração.

E então, sua mente voltou ao foco.

Merda.

Tinha transado com Draco Malfoy. Levantou-se rapidamente, saindo do abraço quente. Merda.

O que foi que ele fez?

HPDM&HPDM

Draco sentiu Harry se afastar de si rapidamente. Virou-se para olhar o moreno, que o encarava de volta, chocado.

Harry estava chocado.

Assistiu-o, imóvel, enquanto ele parecia entrar em crise, murmurando coisas como "o que foi que eu fiz" e "merda". Mas o que veio a seguir foi uma facada:

- Eu não sei o que está havendo. Como isso foi acontecer? – Potter falava para si mesmo, sem perceber que ele estava ali, ouvindo-o – Eu estou namorando a Ginny, eu amo a Ginny, meus Deus, eu só posso estar ficando louco.

As palavras foram como um tapa na sua cara. Draco sentiu seu corpo gelar. Harry não o queria. Ele achava que o que havia acontecido era um erro. Ele estava escolhendo a Weasley. Sentiu-se nauseado.

Quando percebeu, já estava se abaixando para pegar suas vestes, enfiou a mão no bolso, pegando a varinha. Num movimento trêmulo, executou um feitiço e estava vestido, Potter ainda murmurando consigo mesmo.

Dirigiu-se a porta, o mais dignamente que conseguiu. O moreno pareceu finalmente perceber a sua movimentação, agarrando-o pelo braço.

- Malfoy, a gente precisa conversar.

Encarou-o nos olhos. Ele buscava uma resposta. Ele não sabia o que estava acontecendo, ou melhor, não sabia como ele tinha feito aquilo. O toque daquela mão parecia queimar seu braço.

- Quem não sabe o que está acontecendo sou eu, Potter. – cuspiu o sobrenome, como a muito não fazia. – Ao que me parece, você me agarrou e nós transamos, mas agora você está arrependido, estou errado? – falou o mais friamente que conseguiu, mas não pode esconder a mágoa na voz. – Desculpe ter arrastado você nessa merda. – usou a mesma expressão que ele usara a pouco.

Harry arregalou os olhos, percebendo a angústia de Malfoy. O loiro puxou seu braço do aperto, voltando-se novamente a porta.

- Espera, Malfoy, a gente tem que conversar! – Harry catou suas roupas espalhadas pelo chão, tentando alcançar Draco e se vestir ao mesmo tempo. – Malfoy! - Mas ele já estava abrindo a porta, e nem se voltou para falar:

- Nós não temos nada para conversar, Potter. Obviamente, o que aconteceu foi um erro, e não vai mais se repetir. Agora, com a sua licença. – Draco saiu, batendo a porta na cara do moreno.

Estava quebrado.

Notas:

(1) Em uma entrevista, a J. K. revelou que o Shacklebolt, como Ministro, decidiu não usar mais dementadores em Azkaban. Mas estou considerando que ele ainda não fez isso, pelo menos não ainda, pois a guerra terminou agora e ele não mudaria a lei assim, de uma hora para a outra. E sim, acho que o Lucius não escaparia ileso, mesmo com o depoimento do Harry. Apesar de também achar que ele não seria condenado ao beijo do dementador, também pelo depoimento do Harry. Isso faria a pena ser mais branda. Mas isso é importante para fic, então não liguem! n_n

N/A: Oi, gente! Deixa eu me apresentar, eu sou a Carol, e essa é a primeira fic que eu tenho coragem de postar! #nervoso# Espero que não me matem com esse final, também! #se esconde# Mas não se preocupem, que muita "água vai rolar", se vocês realmente gostarem da fic e quiserem que eu continue!

Tenho que fazer um agradecimento muito especial a Schaala, que também posta aqui no fandom de HP, pois foi ela que puxou a minha orelha e me deu coragem para postar a fic! Se não fosse ela, e todo o incentivo que ela me deu, eu não teria dado início a nada disso. Por isso, muito obrigada, flor! #abraça a Mila#

Também queria agradecer a inspiração que a fic da Amy Lupin me deu, com as cenas de julgamento! Obrigada, menina! Um dia eu alcanço o talento desse pessoal!

O título e a sinopse estão meio toscos, não tenho muito talento com isso... i.i

Bem, se alguém tiver lido até aqui e tiver gostado da fic, quero que saibam que eu agradeço muito pela atenção de vocês! Se vocês puderem deixar um comentário, mesmo que seja pequenininho, me dizendo o que acharam, ficaria muito feliz! Estava super nervosa para postar, e ainda estou, para saber a opinião vocês...

Então é isso, pessoal. Se a fic tiver uma boa aceitação, eu continuo a postar... Já dei início ao primeiro capítulo propriamente dito, e logo eu posto.

Feliz 2011 a todos!

Bjos