Pedaços de um passado esquecido.

Nota do autor: Novamente eu não sou a criadora desse universo maravilhoso, se fosse eu seria uma mulher loira e linda cheia de dinheiro que vive na Inglaterra, sendo que sou um homem moreno pobre brasileiro, então eu faço esta fics sem fins lucrativos apenas para diversão, espero que vocês gostem dela.

Resumo: Ele estava cansado de sofrer e achou que a melhor maneira seria esquecer de tudo, mas isso era a melhor situação? E se o destino colocasse um obstáculo no seu caminho que o fizesse cair novamente no seu passado? Conheça James Evans, um rapaz que tentou achar seu passado e acabou encontrando na forma de uma ruiva que mudaria completamente seu mundo.

Capitulo I – Sonhos?

O sonho começava sempre da mesma forma, ele saia de uma floresta que ele não sabia onde era e via muitas pessoas festejando, ele caminhava em silencio enquanto as pessoas abriam espaço para ele, até que ele chegava a um castelo enorme, ele poderia ver muitas pessoas o encarando, mas ele não dava importância, ele precisava terminar algo.

Ele caminha pelos corredores e parecia nostálgico com algo, mas como ele poderia sentir algo assim se ele não conhecia aquele lugar?

De repente ele estava diante de uma estatua de grifo que parecia estar viva, assim que ele sussurra uma palavra a estatua saia da sua frente e ele entra em uma escadaria em espiral e sobe calmamente até um escritório circular cheio de quadros que ele não poderia ver direito, mas sua atenção estava focada no homem a sua frente que o encarava com uma mistura de alegria e tristeza que ele nunca pensou ser possível ser demonstrado em um ser humano, ele era muito velho e parecia estar usando um pijama largo fazendo com que sua barba branca brilhasse de uma forma diferente.

-Você tem certeza? –ele apenas cabeceia ao qual o homem velho aponta uma vareta de madeira com uma expressão ainda mais triste –Tenha uma boa viagem Harry Potter... –E assim terminava o sonho.

Um homem de vinte seis anos, um cabelo negro como a noite que parecia sempre estar despenteado completamente e olhos verdes esmeraldas que pareciam encantar qualquer menina que ele conhecia, levanta em um arranco.

Era o mesmo sonho que ele tinha desde que ele foi encontrado na entrada de um hospital há seis anos, sem memória alguma, suas roupas um pouco rasgadas e algumas contusões pelo corpo.

Os médicos não tinham encontrado algo que esclarecesse a sua amnésia, mas todos o garantiram que ele estava em bom estado e que sua perda de memória era algo misterioso, quando lhe pediram para ver em sua carteira se ele tinha alguma identificação, ele se chutou por não ter pensado nisso antes.

Ali ele encontrou um nome que não parecia soar familiar para ele, mas era o único que poderia ser já que a carteira estava com ele e a identificação tinha sua foto.

James Evans.

Ele ficou um tempo tentando absorver o que ele sabia da sua vida.

Ele não tinha certeza de quem era, ele provavelmente tinha sido quase assaltado quando foi espancado e deixado perto de um hospital.

Não uma história longa para sua vida, mas já que ele não se lembrava o melhor seria tentar se adaptar e continuar a sua vida.

Ele tinha achado um endereço no seu bolso horas depois, o que ele achou estranho.

Quem teria o seu próprio endereço em uma folha de papel amarelado em seu próprio bolso?

Mas ele não discutiria com a sorte, ele provavelmente teria ficado no hospital se ele não soubesse onde ele estava indo.

Chegando ao local, ele não parecia se sentir confortável com nada, a sala parecia organizada perfeitamente, tinha uma poltrona enorme de pelúcia macia que ele não se imaginava comprando em uma loja de departamentos e faltavam algumas coisas como um aparelho de som ou até mesmo uma televisão.

No seu lugar tinha uma parede inteira de livros de muitos assuntos que ele não pensava ter tocado nunca.

Tudo parecia fora do lugar, mas se ele não fosse James Evans, quem ele era?

Ele passou a primeira semana na casa para tentar se habituar com a casa, ele teve que se parar algumas vezes de se assustar quando se via no espelho, ele não sabia o motivo de tanta paranóia, mas ele não conseguia se reconhecer até mesmo em um espelho, logo ele começou a se familiarizar com tudo, embora a quantia de livros ainda o deixava meio incomodo, ele passou boas noites lendo inúmeros deles e pegando conceitos bons para se aplicar na vida, parecia que cada livro estava organizado para ele saber sobre o que ele precisava saber.

Quaisquer coisas que ele tinha duvidas ele iria para algum dos livros e surpreendentemente as respostas estavam ali.

Depois de um bom tempo preso na casa ele começou a se sentir um pouco inquieto e resolveu se aventurar no mundo lá fora.

Ele passou a ter longas caminhadas pelas ruas, havia um parque próximo onde várias pessoas pareciam tirar alguns momentos para relaxar ou levar as crianças para se divertirem.

Foi nessas andanças que ele encontrou uma cafeteria perto de uma livraria na mesma rua de sua casa, ele passou os dias ali com livros que ele começou a comprar e a receber sorrisos coquetes das garçonetes, mas muito tempo sem saber o que fazer deixou ele inquieto e logo ele começou a cogitar sobre uma faculdade e um emprego.

Ele logo achou uma escola onde ele poderia pegar alguns conceitos, embora ele não se lembrasse de nada, o tempo de sobra que ele tinha lhe fez um estudioso voraz e logo ele entendia muito bem os conceitos ensinados, em pouco tempo ele já tinha um diploma e estava concorrendo a uma bolsa de estudos em uma faculdade fora de Londres.

Outra coisa que lhe deixou meio suspeito era o fato que suas contas sempre eram pagas antes que ele pudesse pensar sobre o que ele estava gastando, ele pensava que poderia estar abusando da casa de alguém quando em uma manhã ele recebeu uma fatura de um banco que ele nunca tinha visto com um cartão dizendo sobre nova aquisição e sobre o dinheiro da família.

Mas algo sobre o papel o confundiu.

Era do mesmo tipo de papel que ele tinha achado seu endereço e ele poderia jurar que seu nome tinha mudado assim que ele tocou o papel.

Mas ele não tinha conseguido ler antes do nome de James Evans aparecer.

Parecia magia.

Ele não acreditava em magia, ele tinha assistido inúmeros filmes e sabia que tudo era feito pela mais moderna tecnologia do cinema, não havia formas de você dizer algumas palavras em outra língua e algo mudar bem a sua frente.

James logo resolveu que ele precisava de um emprego, ele não poderia ficar parado o tempo todo, mas um emprego sem recomendação e principalmente se você nem se lembra do que fazia era difícil, mas ele continuou a se esforçar, mas ao invés de procurar um emprego por despesas, ele começou a procurar serviços a esmo para entender o que poderia o fazer a lembrar de seu passado.

Ele tinha tentado trabalhar em uma construção perto da cafeteria onde ele passou suas primeiras semanas e parecia estar se dando bem, no começo o empregador encarou ele com desconfiança, ele era meio fraco para sua idade, mas ele parecia determinado e o homem lhe deu uma chance, pouco tempo depois James tinha ficado bem popular com algumas meninas quando ele retirava a camisa quando o verão escaldante assolava o prédio onde ele trabalhava pesadamente, muitas vezes ele teve que agüentar gracinhas dos funcionários, mas ele não parecia ligar, ele apenas conversava com alguns companheiros na hora do intervalo e só.

Depois ele tentou algo mais leve, como a livraria perto de sua casa, muitas pessoas tinham parado de comprar livros quando a internet tinha entrado em moda e ele tinha muito tempo livre para ler alguns livros e receber paqueras de meninas que entravam ali depois do café na loja ao lado, o dono da loja parecia gostar da forma educada que James conseguia dispensar as meninas e ao mesmo tempo fazer com que elas se sentissem bem-vindas sempre que elas voltavam na livraria.

Mas quaisquer que fosse o trabalho que James começava, ele não ficava por mais de três meses, ele não compreendia, mas ele sentia que faltava algo, parecia que quaisquer dos empregos que ele tentasse ainda não era o bastante para ele, havia algo perdendo.

Assim como sua relação com as mulheres.

Ele chegou a cogitar que fosse homossexual, pois sempre suas relações terminavam em menos de um mês e as meninas nem chegaram a ir ao seu apartamento, parecia que seu coração estava fora dos limites onde elas não conseguiam entrar.

Apenas uma menina, uma ruiva irlandesa com os olhos azuis mais cristalinos que ele já tinha visto, e que ele teve algum avanço, mas até mesmo ela tinha o deixado depois de dois meses, cansada de ele não se decidir sobre a relação deles, mas ele não conseguia entender o que faltava nas relações que ele tinha, sempre terminava antes mesmo do sexo.

Assim o homem continuava na mesma casa ainda cheia de livros, mas agora com uma televisão, um aparelho de som e mais alguns aparelhos que ele notou que ainda faltava em sua casa, mas completamente sozinho.

Alguns conhecidos de James sempre o classificavam como um lobo solitário, pois ele parecia querer a solidão, muitas vezes ele contemplou se ele sempre foi assim ou foi causado por causa da sua amnésia, mas ele não conseguia se lembrar de nada e ele não sentia confortável com as pessoas na sua vida, não que não fossem agradáveis, até mesmo alguns "conhecidos" de alguns empregos o chamaram para uma ceia de Natal algumas vezes, mas ele tinha declinado gentilmente falando sobre compromissos que envolviam um jantar solitário em sua casa.

As pessoas apareciam e sumiam rapidamente o deixando seguir sua vida como ele queria, então ele jamais criou laços.

-Você esta precisando de uma namorada James? –Sofia, a dona do café que parecia cuidar do garoto como se fosse seu filho fala com um sorriso maternal –você é tão sozinho... Precisa de alguém para cuidar de você –James sorri para a senhora e fala.

-Quem sabe eu pudesse voltar no tempo e te conhecer aqui? –a senhora solta uma risada gostosa e fala.

-Você é um doce... Mas não creio que você conseguiria viver até as minhas perspectivas –James apenas solta uma gargalhada, era freqüente as conversas entre os dois e Sofia sempre dizia algo para tentar o envergonhar, nos primeiros dois anos tinha dado certo, mas ele agora parecia imune as tentativas da mulher, mas ela parecia sempre preocupada com o bem estar dele.

-Um homem pode sonhar –Ela passa a mão pelo cabelo despenteado do homem e fala suavemente.

-A mulher de sorte ainda esta por ai... Você precisa apenas olhar melhor, querido –James apenas sorri educadamente para a velha senhora, ele tinha desistido um pouco de relações e tinha focado mais em seu novo emprego, alguns "conhecidos" de um antigo emprego da construção tinha notado James criando alguns mosaicos com peças de azulejos descartados e tinha o recomendado a trabalhar com isso, mas ele tinha preferido estudar sobre o assunto primeiro antes de começar qualquer coisa, agora ele tinha impressionado um professor de arte que queria ele em um grupo de restauração de algumas obras que tinham sido recentemente achadas em um porão de uma casa na Itália.

James paga o café e sorri novamente para Sofia que tinha começado a cuidar de "outro menino perdido" como ele chamava com freqüência os protegidos de madame Sofia, ele estava para sair do café e voltar para casa novamente e tentar estudar os seus livros, quando ele ouve uma doce voz falar.

-Eu não sei por que você quer que eu me encontre com alguns dos seus amigos Jannet... Ainda mais em um lugar Trouxa... Sabe como me sinto em estar nesse mundo... –Uma mulher ruiva tentava ajeitar o sobretudo que vestia enquanto mandava uma carranca para a amiga ao lado, mas nisso a mulher pára de falar ao que a outra mulher a cutuca nas costelas e fala em um sussurro.

-Fala mais baixo Ginevra... Não podemos anunciar por ai que somos... –Nisso a mulher nota James bem a sua frente e fica com um sorriso maroto –Ola, tudo bem com você? –ela parecia ronronar ao qual a ruiva ao seu lado fala.

-Mas sinceramente... Deixe de ser desavergonhada garota, dando em cima até mesmo de desconhecidos... –Nisso a ruiva parecia se tocar que poderia ter sido um comentário ofensivo e se vira rapidamente para o homem a sua frente, ela cora furiosamente ao perceber os olhos brilhando do homem a sua frente –Me perdoe... Eu e minha boca grande... Desculpe minha amiga, ela não tem noção de vergonha –ela cutuca a amiga para ficar quieta, esta faz beicinho antes de sorrir, a ruiva apenas treme a cabeça e estende a mão para James que ainda se mantinha quieto –Desculpe novamente, meu nome é Gina Weasley, qual o seu nome? –James parecia enfim sair de seu transe e coloca um sorriso enigmático no rosto antes de falar.

-James... Meu nome e James... –Gina parecia encarar o homem por um longo tempo também, depois do choque inicial de ver sua amiga dando em cima de um rapaz que estava saindo de uma lanchonete e encontrar aqueles olhos verdes que a faziam se lembrar de alguém que ela tentou a muito custo esquecer, ela lentamente sai de seu transe e sorri para o homem.

-Um prazer te conhecer James... –Nisso Jannet belisca o braço da amiga que fala –Esta e minha amiga, Jannet Morgan... –Jannet rapidamente aperta a mão de James e fala com um sorriso enorme.

-Realmente um prazer te conhecer... –Nisso Gina apenas treme a cabeça ao qual James sorri.

-Realmente um prazer... Mas acho que vocês tem um encontro enquanto eu tenho que sair não? –as mulheres então notam que ainda estavam impedindo James de sair e saem dando risadas para uma mesa próxima.

James ficou um tempo encarando as meninas rindo e indo em direção de uma das mesas, seu primeiro impulso era ir até elas e conversar mais com a ruiva, Gina Weasley, mas ele tinha trabalho para fazer e não poderia testar a sorte agora em uma menina que estava ali em um encontro, ele não causaria um problema para a menina, se o destino os reunisse novamente, tudo bem, mas ele não iria deixar a menina incomoda com paqueras sem sentido.

Ele nem sabia como paquerar assim, muitas vezes as mulheres e que começavam o relacionamento, não ele.

Sem perceber ele se vira para sair sem notar os olhos cor de mel da ruiva nele, James se lembraria do rosto de Gina Weasley por meses e não saberia entender por que uma menina que ele tinha apenas se esbarrado na saída de uma lanchonete seria tão importante assim que estava a ponto de mudar sua vida.

HOMENAGEM:

Este capitulo vai para uma menina especial que vai fazer aniversario hoje... Embora você não goste de festas amor... Esta data marca um dia especial, pois nele nasceu uma menina impressionante que mora no meu coração e que amo por demais...

Feliz aniversario Julia...

Te desejo tudo de bom do fundo do meu coração amor...

Te adoro por demais...

Tudo de bom lindinha..rsrs