Já não há mais diferença,
.
Era um menino pequeno e pálido; sentado longe de todas as outras crianças, mas ainda próximo o suficiente para mostrar seu pleno desinteresse pelas brincadeiras. Ele está na sombra, enquanto todos os outros estão no sol. Ele permanece calado, enquanto os outros sorriem.
Uma adulta se aproxima, e ele finge não notar, na esperança de que vá embora. Mas ela fica.
- Olá, pequenino. Quantos anos você tem?
Respira fundo.
- Metade da soma dos cinco primeiros algarismos de pi.
Foi o que respondeu. Talvez fosse complicado para ela; talvez assim ela entendesse que ele estava ali sozinho por opção. Mas ela é só mais uma que lhe sorri.
- Puxa, você é tão inteligente. Por que não vai se juntar aos seus amigos?
Porque ele não compartilha daquela alegria sem sentido, é por isso.
E também é por tanto que ele se levanta e deixa aquela pessoa sem resposta. Ela falava de coisas tolas, sem verdadeiramente se inteirar pela essência dele. Ela representa a futilidade humana, que fica eternamente para trás.
Logo os risos já não podiam ser ouvidos; e em breve ele se esqueceria de como se sorri.
O pequeno Sheldon tinha sete anos e trilhava uma certeza sem volta: ele tinha razão, e razão era tudo o que ele precisava ter.
entre a solidão e a razão.
N/A: Nome da fic inspirada no trecho da música do Engenheiros do Hawai "Já não há mais diferença entre a raiva e a razão".
Feita para o III Challenge de Drabbles, do Fórum TwilightHatersBr, mestrado por Narcisa Le Fay 8D
Tema: Apatia.
Item: Solidão.
Fandom: The Big Bang Theory.