C a p í t u l o  Q u a t r o

            Correndo o mais rápido que podia, Harry sentia o sangue ferver dentro de si. Sentia raiva e mais uma porção de coisas que mal podia explicar. Queria achar a qualquer custo Snape nem que tivesse que procurar durante o dia todo. Já tinha olhado o salão principal, a sala dos professores, sua sala de aula na masmorra e só sossegou quando ameaçou um pequeno aluno do primeiro ano da Sonserina até ele dizer onde era o dormitório do professor.

            Quando encontrou a porta de madeira escura, bateu três vezes com força e disse cheio de coragem.

            - Prof. Snape! Abre a porta!

            Pôde-se ouvir alguns passos pesados e irritados do lado de dentro, o ranger da porta e por último a cabeça do professor sair por uma fresta, parecendo muito aborrecido.

            - Potter, quem você pensa que é para...                      

            - Não quero saber de bobagens! - e empurrou a porta com a mesma força que tinha tirado de não sei onde quando empurrou o seu amante no jardim. Entrou e fechou-a atrás de si.

            Mal era possível adivinhar o que o professor estava penas com os olhos arregalados e a boca aberta, completamente pasmado com a atitude do seu aluno. Harry estava ofegante mas não havia perdido os olhos de Snape nem por um segundo desde que entrara no quarto. O silêncio foi dono da cena por mais de um minuto até que Harry resolveu quebrá-lo.

            - Era você no jardim. - disse com cautela, ainda encarando o professor.

            Snape pela primeira vez desviou o olhar do garoto que o devorava de perguntas silenciosas e olhou para a janela térrea de seu dormitório, o dia estava acabando e todo o gramado estava dourado. Depois suspirou e olhou mais uma vez para Harry.

            - Sim, era eu... Harry.

            Harry arregalou os olhos e levou a mão à boca. Já tinha suas suspeitas de que era realmente Snape, mas ouvir aquilo daquele jeito fez ele sentir-se tão estranho e ao mesmo tempo apavorado com o prazer que tinha sentido que não conseguiu evitar um choque. Ficaram assim por mais alguns minutos e Snape falou.

            - O que vai fazer agora, heim? - o tom era de provocação, assim como o brilho nos olhos negros do professor.

            O garoto recuou para perto da porta sentindo-se um pouco ameaçado. Depois respirou fundo e disparou a falar.

            - E o que VOCÊ acha estava fazendo?! - gritou furioso - Aquilo...Aquilo é abuso!!! Você JAMAIS poderia ter feito alguma coisa daquela gravidade! - era incrível que mesmo não raciocinando direito Harry se achou falando como sua amiga Hermione - Espere só até Dumbledore saber sobre isso!!!

            Para a surpresa de Harry, Snape soltou uma curta e fria risada.

            - Dumbledore saber disso? Como se você fosse realmente contar alguma coisa pra ele... - agora havia se aproximado mais dois passos de Harry.

            - É claro que vou contar!!! - gritou.

            - EU duvido que você vá contar alguma coisa por um único simples motivo... - estava cada vez mais próximo de seu aluno, deixando o sem escapatória - Você gostou...

            O queixo de Harry caiu e sua cara era de quem havia ouvido o maior absurdo de toda a sua vida. Abriu e fechou a boca várias vezes até retrucar, inseguro.

            - Nunca! - disse - Nunca! Não gostei de coisa alguma! Senti medo! Tentei afastá-lo, se não se lembra!

            - Tentou me afastar porque queria tirar de você uma coisa que provavelmente está guardando pra alguma garotinha da sua idade... - disse num tom de sarcasmo, quase rindo.

            Harry corou até a morte. Olhou pra baixo e sentiu-se derrotado na discussão. Ficaram em silêncio e Harry manteve sua cabeça baixa até que sentiu que Snape estava tão próximo de si quanto havia ficado nas noites do Jardim.

            - O que você...? - disse Harry tentando se afastar - Saia de perto de mim! - disse ainda muito corado e com uma voz muito chorosa - Eu... Eu grito!

            Dessa vez o professor não conseguiu se conter e deu uma bela e boa gargalhada. Depois voltou seus olhinhos pretos famintos para o aluno encurralado na porta de madeira e levou sua mão até o delicado queixo de Harry. O acariciou e depois partiu para as bochechas, tão brancas agora coradas mas ainda macias e lisas. Aproximou seu rosto do de Harry e lhe deu um breve beijo na face, fazendo o garoto estremecer mais uma vez.

            - Se você não quer que eu continue... - sua outra mão agora procurava pelos botões do casacão da Grifinória desabotoando-os e indo em direção a sua barriga - Diga 'não' que eu deixo você ir embora agora.

            Mais um beijo foi lhe dado agora mais perto dos lábios, Snape estava cada vez mais colado ao corpo de Harry. O casaco preto e pesado já estava no chão e sua camisa branca quase que completamente desabotoada, Snape lhe acariciava o peito e a barriga incessavelmente. O garoto virava o rosto para os lados lentamente, seus olhos mal se mantinham abertos e sua boca estremecia com os lábios abertos, era incapaz de dizer uma só palavra.

            - Não vai dizer nada? - provocou o professor falando-lhe com os lábios quase colados aos de Harry - Heim? Nada...? Nada a declarar? - Havia um sorrisinho irritante no rosto de Snape que dava ao estudante vontade de Estuporá-lo para longe, mas isso era impossível.

            O professor parecia decidido a tirar qualquer palavra de Harry. Levou seu dedo indicador até os lábios de Harry e como na primeira noite, começou a contorná-los. Harry abriu bem os olhos e começou a observas os círculos invisíveis que faziam seu corpo todo tremer. Não queria que ele ficasse fazendo aquilo com o dedo, estava cansado de ser manipulado, queria que ele fosse 'direto ao assunto', já que era isso mesmo que ia acontecer... Em vão tentou beijar seu professor, mas este desviou e riu.

            - Não... - estava se divertindo, abaixou a mão e voltou a acariciá-lo no corpo. Chegou tão perto a ponto de seus narizes se encostarem. Harry abria e fechava a boca olhando para os lábios de Snape, só esperando o beijo. - Você tem que dizer... - falou Snape movendo os seus lábios de um jeito que parecia estar beijando uma parede de vidro que os separava. Harry não conseguia conter a tremedeira que tomava conta de todo o seu corpo, tentou se mexer, tentou beijá-lo de surpresa por três minutos, três minutos de tortura até que falou, finalmente.

            - Me... Me... Me beija...

            Mas havia terminado de falar e Snape avançou enérgico com um beijo caloroso. As mãos de Harry finalmente estavam livres permitindo-o que se enroscasse no pescoço do professor que logo o carregou com facilidade para trás da porta onde estava a sua cama.

                                                                                                                                 Fim

FIM! E aí, gostaram? Não? Eca! Acharam horrível, sem graça, mal escrito, tosco?? Ligue para 0800 – 006900 e reclame que a Flame Incorporation do Brasil vai cuidar de vir até a minha casa e me matar por ter escrito essa FIC horrorosa!!!

Caso contrário, que bom que você gostou! :]