Fic baseada em um livro de mesmo nome de Lisa Jackson.

Ela não mudou nem um pouco.

Esse pensamento atingiu profundamente as entranhas de Sesshoumaru Taisho, trazendo lembranças que deveriam ficar esquecidas, enquanto ele tirava o pé do freio da velha caminhonete Chevy. Insetos manchavam o pára-brisa, e o interior do carro estava sufocante.O sol do Wyoming não perdoava.

Rin Nakayama. A menina que ele deixara para trás. Agora uma mulher. Diabos, quem poderia imaginar que ela seria a primeira pessoa que ele encontraria aqui neste fim de mundo? Então a sorte dele não mudara.

- Maldita Kate - resmungou baixinho, como se sua arrogante avó, que arranjara essa pequena viagem de volta à fazenda da família na base das montanhas Tetons, pudesse escutá-lo mesmo estando morta.

Pneus carecas o obrigaram a uma parada.

- Meu Deus...

De repente, uma lembrança distante entrou em sua mente e ele viu Rin deitada na relva entre flores silvestres, os cabelos castanhos espalhados em volta do rosto. O corpo era bronzeado, menos nas partes mais íntimas, os seios doces voltados para o céu com mamilos cor-de-rosa que apontavam altivamente para ele enquanto a beijava em todos os lugares - a amando com o abandono selvagem da juventude, sem pensar no futuro, apenas desejando mergulhar no calor daquele corpo e fazer amor para sempre.

Ele não a via há dez anos e ainda assim sentia um aperto íntimo e o ar, que já estava quente o bastante para fazer bolhas na pintura da velha caminhonete e desbotar a cor da grama, parecia chiar enquanto ele pisava o chão de cascalho. Uma nuvem de poeira cobriu suas botas novas e ainda apertadas.

Ela nem reparou nele. Os olhos fixos no potro bravo na outra ponta da corda que ela segurava firme, nem sabia que ele dirigira até ali por causa dela. Os músculos contraídos cobertos de suor, a mulher corajosa e o teimoso Appaloosa se encaravam, imóveis.

Rin não cedia nem um milímetro. "Cabeça dura como sempre", Sesshoumaru pensou. Seu queixo estava um pouco mais pontudo do que aos dezessete anos, os lábios estavam mais carnudos, e os seios, escondidos embaixo de uma camiseta desbotada, pareciam maiores do que ele se lembrava. Mas aqueles cabelos castanhos, eram os mesmos, ainda presos em um rabo de cavalo.

- Escuta aqui, seu miserável petulante - ela disse entre os dentes, quase sem mexer os lábios. - Você vai... - Ela parou abruptamente quando perdeu a concentração ao perceber a sombra de Sesshoumaru atravessar a cerca e se estender pelo chão seco até alcançar a ponta de sua bota. Ao vê-lo, ela soltou um grito sufocado e afrouxou os dedos da corda.

-Sesshoumaru ?

O cavalo aproveitou a oportunidade para virar a grande cabeça preta e branca e arrancar as rédeas das mãos dela. Com um relincho triunfante, ele empinou e girou: o magnífico garanhão vencera mais uma vez.

- Hei, espera, seu miserável... - Mas o cavalo já fugira numa nuvem de poeira, indo descansar no fundo do curral sob a sombra de um pinheiro solitário. - Ótimo! Maravilha! Olha o que você me fez fazer! - Indo em direção à cerca, ela tirou o elástico que prendia o cabelo e o afundou no bolso de sua calça jeans que estava desbotada e apertada. - Obrigada por me atrapalhar!

- Não é minha culpa se você perdeu o controle do cavalo. - Então a língua dela continuava tão afiada como sempre...

- É claro que é! - Apertando os olhos contra o sol, o olhou de cima a baixo. - Então o neto pródigo voltou. O que aconteceu? Perdeu sua Ferrari em um jogo de pôquer? Errou o caminho para Monte Carlo?

- Mais ou menos...

Inclinando-se sobre a cerca, ela o fuzilou com o olhar.

- Sabe, Sesshoumaru , você é a última pessoa que eu esperava rever um dia. - As proeminentes maçãs de seu rosto ficaram vermelhas e suor pingava da ponta de seu nariz.

- Parece que você ainda não sabe.

- Não sei o quê?

Ele sentiu uma pontada de satisfação por contar a novidade.

- Acredite ou não, sou o novo proprietário deste lugar.

- Você? - Ela o encarou nos olhos, como se procurando por mentiras, como se esperasse que ele menosprezasse a verdade ou a usasse para tirar vantagem.

- Você é o proprietário da Fazenda Taisho? Só você? Mais ninguém? Havia um tom de desaprovação em sua voz.

- A fazenda inteira.

- Mas...

- Você não sabia?

Ela empalideceu, as sardas no nariz se tornaram mais visíveis.

- Eu... Eu sabia que um dos filhos ou netos de Kate provavelmente acabaria com...

Desviou os olhos do rosto dele para encarar todos aqueles hectares de pasto seco e queimado no meio do verão. Havia moitas de artemísia espalhadas ao longo da cerca e ervas daninhas se alastravam pelo velho estábulo. Rin engoliu seco quando o olhou de novo.

- Quer dizer, alguém tinha de herdá-lo, mas nunca pensei... Pelo amor de Deus, por que você?

- Você me pegou.

- Você agora é um garoto da cidade, não é? - Seu queixo corou um pouco como se de repente quisesse desafiá-lo. - Você não vem aqui há anos.

- Há uns dez anos - ele concordou, e a viu desviar o olhar como se também não quisesse pensar no último verão que passaram juntos. Parecia uma vida passada, embora o sangue dele ainda pulsasse ao vê-la. Isso teria de mudar.

- Então você está aqui... Por quê? Para morar? - Ela franziu a sobrancelha como se não pudesse acreditar.

- Por enquanto. Há uma cláusula na herança.

- Cláusula?

- Kate me deixou a fazenda e tudo que está nela... Bom, quase tudo... Mas com a condição de que eu só posso vender a fazenda ou qualquer parte dela depois de morar aqui seis meses.

Seis meses! Sesshoumaru seria seu vizinho pelo próximo semestre? Os joelhos de Rin tremeram um pouco.

- Mas você não pretende realmente ficar aqui...

- Não tenho outra escolha.

Houvera um tempo em que ela esperara revê-lo, planejara o dia, planejara estar pronta para dizer-lhe umas verdades, arranhá-lo e chamá-lo de canalha, entre outras coisas. Mas não queria que isso acontecesse desta maneira, não tão inesperadamente, assim de surpresa sem que ela estivesse preparada.

- Você fica aqui até o Natal?

- Esse é o plano.

Ele parecia tão arrogante, tão urbano em seu jeans engomado, chapéu novo, camisa pólo e botas engraxadas. Ele não combinava com este lugar. Ah, Deus, e agora? Tentando recobrar o equilíbrio e pensar com clareza, ela falou de repente:

- Mas... E o Inuyasha?

Ele era o único dos netos de Kate Taisho que se interessava por fazendas. Inuyasha Taisho era meio-irmão de Sesshoumaru e neto emprestado de Kate. Não que isso tenha tido alguma importância durante a vida de Kate. Ela sempre o tratara com se fosse realmente da família, embora ele tenha passado pouco tempo com os Taisho.

- Inuyahsa herdou um cavalo. - O olhar de Sesshoumaru procurou o garanhão musculoso que encarava o intruso com interesse. A fera tinha a audácia de bufar para ele. - A paixão dos Taisho.

- Curinga?

- O quê?

Ela inclinou a cabeça em direção ao garanhão.

- É ele. Começaram a chamá-lo Curinga desde que era um potrinho. Sempre arrumando encrencas, e com suas marcas únicas... - Ela apontou as manchas brancas no focinho preto como carvão.

- De que você o chama?

- Hoje? - ela disse com um sorriso disfarçado. - Demônio, para iniciantes. Tenho outros nomes, mas eles não são adequados para uma empresa mista.

Mais uma vez ela tirou um cacho de cabelo rebelde do rosto enquanto Sesshoumaru ria.

Por que Sesshoumaru não envelhecera nem um pouco? Por que ele estava em boa forma, o rosto mais esculpido agora que todos os traços de menino desapareceram? Onde estava a barriga? A delicadeza de um homem rico que nunca precisou levantar um dedo? Em vez disso, ele tinha ângulos definidos, pele firme, era esbelto na cintura e no quadril, largo nos ombros. De uma forma pouco comum, o tempo fora generoso com Sesshoumaru Taisho.

- Ainda não encontrei um cavalo que você não pudesse domar.

- Curinga, aqui, deve ser o tal - ela disse, embora sua cabeça não estivesse na conversa, não agora que havia tantas sentimentos à flor da pele correndo pelo seu corpo, retalhando seu coração. - Ele vai ser o meu fim, eu juro.

- Duvido, Rin. Pelo que me lembro, você adora um desafio.

- Engraçado, não é disso que me lembro. Toda a alegria desapareceu dos olhos dele.

- Não? Então de quê?

Meu Deus. O coração dela doía de tão apertado.

- Não queira saber.

- Tente.

- Já tentei. Não adiantou.

Os lábios dele ficaram tensos e o maxilar tornou-se pedra.

- Rin, você sabe que não precisamos começar desta maneira.

- É claro que precisamos.

Ah. Sesshoumaru , se você soubesse. Sentimentos nus, profundos se confundiam dentro dela, tornando difícil até respirar. A vida não era justa. Por que Sesshoumaru Taisho, o único homem na terra que ela jurou desprezar, era tão sensual, ainda mais em uma calça Levi's e uma camisa Ralph Lauren um pouco justa nos ombros? Provavelmente ele faz ginástica em alguma academia, levanta pesos até o suor escorrer pelo corpo enquanto olha para as mulheres em suas malhas e roupas justas. Sesshoumaru sempre atraíra as mulheres, como estrume de cavalo atrai moscas. Incluindo você, ela se lembrou de modo implacável.

Limpando as mãos, ela subiu até o topo da cerca.

- Já que você está aqui, acho que posso ir para casa. Estava apenas tomando conta da fazenda, supervisionando até que Kate pudesse contratar um novo administrador. Aí ela...

Rin não conseguia dizer a palavra, não conseguia acreditar que Kate Taisho - a cheia de vida, divertida e petulante Kate - pudesse realmente estar morta. Apesar de estar na casa dos setenta anos, não estava nem perto da cova quando seu maldito avião bateu em uma floresta tropical no Brasil mudando tudo.

- Como está o seu pai? - perguntou Sesshoumaru , e o coração de Rin sentiu como se de repente tivesse se enchido de saudade.

- Ele morreu há uns cinco anos.

- Ah, sinto muito. Eu... - ele levantou as mãos. - Eu não sabia.

Ela balançou a cabeça.

- Isso não me surpreende. Você não sabe de nada que acontece aqui em Clear Springs, sabe?

Os olhos dele, dourados como ouro liquido, se enuviaram, e apesar de saber que estava sendo cruel, ela não podia evitar a pergunta:

- Por que Kate deixaria esta fazenda para você quando fez questão de evitá-la por tanto tempo?

Um músculo apareceu no maxilar de Sesshoumaru . Os dedos se fecharam, depois se soltaram, e seu olhar penetrou o dela como se estivesse ofendido por ela ser tão direta. Por fim, ele deu de ombros e desviou o olhar.

- Você me pegou - Ele disse e ela acreditou.

Ele apertou os olhos e tirou o chapéu novo, mostrando o cabelo grosso e castanho queimado de sol, que se agitou com a brisa que rodopiava pelo pasto e dobrava as ervas acumuladas perto das colunas da cerca.

- Você sabe, eu realmente gostava da sua avó... - Rin lembrou da mulher determinada que dirigia uma empresa de cosméticos em Minneapolis com mão de ferro e ainda era conhecida por aqui por sua torta de maçã. Kate era uma mulher independente, cheia de talento, que amava a família com toda sua força e, ao longo da vida, se determinara a deixar sua marca, não apenas nos negócios, mas em seus filhos e netos também. Amara a fazenda quase tanto quanto amava a Cosméticos Taisho.

- Não consigo acreditar que nunca mais vou vê-la.

Ele sacudiu a cabeça bruscamente, como se ela tivesse atingido uma ferida aberta.

- Olha, o que eu estou querendo dizer é que sinto muito por ela ter partido...

- Eu também... - Sesshoumaru soltou um suspiro de tristeza e franziu a testa, como se falar sobre a morte de Kate fosse muito doloroso. Apontou para o garanhão com o queixo.

- O que você estava fazendo com o cavalo?

- Tentando domá-lo e fracassando. Ele é o garanhão mais valioso da região e vários fazendeiros têm pedido para alugá-lo como reprodutor. O problema é que ele só faz o que quer e, como muitos homens que conheço, não gosta que falem o que deve fazer. Ele detesta ser guiado, se recusa a entrar em um trailer e geralmente causa muita dor de cabeça - Ela disse sorrindo.

A verdade é que ela admirava Curinga por sua independência arrebatada. Apesar de sua linha de sangue ser pura, era sua atitude que provocava a cumplicidade de Rin.

O garanhão levantou a cabeça, abriu as narinas e relinchou para uma égua que pastava perto do cercado. O potrinho que a acompanhava respondeu, empinando as longas pernas.

- Ele realmente gosta das fêmeas... - ela observou.

- Um erro.

Lançando um olhar penetrante para Sesshoumaru , Rin percebeu que seu sorriso desaparecera.

- Experiência própria?

O maxilar dele se contraiu de leve.

- Olha, Rin, eu sei que...

- Esqueça! - Ela o cortou prontamente. - História antiga. Não vamos discutir isso, certo?

Mas você terá de discutir, não terá? Não pode simplesmente ignorar o passado, não agora, quando ele está de volta a Wyoming, quando ele merece saber a verdade. Sua consciência às vezes só lhe causava problemas. É claro que não tinha outra alternativa a não ser confiar nele, mas ainda não. Não agora.

- Vamos apenas tomar conta do cavalo.

Ela caminhou pela cerca e Sesshoumaru a seguiu. Ela falou num tom suave com Curinga e ele respondeu como sempre fazia, indo para o fundo do curral. Os nervos de Rin estavam à flor da pele quando se aproximou da fera, mas Curinga estava cansado e permitiu que Rin o guiasse de volta a cocheira, onde ela o soltou e lhe deu comida e água.

Para seu desgosto, Sesshoumaru não saíra do seu lado. Como se estivesse fascinado pela maneira como ela tratava o animal, ele a seguiu até o estábulo e olhou a construção antiga que agora era dele - chão de concreto, paredes de cedro rústicas, os cochos de feno junto às baias e a estrebaria onde as selas, rédeas e cabrestos exalavam o odor do couro lubri ficado.

- Você mora na casa da sua família? - A luz do sol era filtrada pelas janelas que exibiam uma crosta grossa de sujeira. A poeira brincava nos raios de sol que penetravam o ambiente.

- Moro.

- Sozinha?

- Com minha filha - ela disse, fechando a porta da estrebaria.

- Não sabia que você era casada.

- E não sou.

- Ah! - Ele provavelmente pensou que ela era divorciada e, por enquanto, até que recuperasse o equilíbrio, ela deixaria que ele pensasse assim. Ela estava habituada a especulações. Criar uma criança sozinha em uma cidade pequena era lenha para a fogueira dos fofoqueiros. Ao longo dos anos, as pessoas fizeram várias suposições erradas sobre ela — suposições que Rin nunca se preocupou em desmentir.

- Mamãe saiu da cidade quando papai morreu, mas Caitlyn e eu...

- Caitlyn é a sua filha?

Ela assentiu com discrição, com medo de se denunciar.

- Quisemos ficar por aqui. Fui criada no campo e achei que ela também deveria ser.

- E o pai dela?

Uma dor pulsou atrás dos olhos.

- O pai de Caitlyn... Ele... está fora de cena. - Sentindo-se covarde, começou a escovar ferozmente a pelagem macia de Curinga.

- Deve ser difícil.

Se você soubesse.

- Temos nos saído bem. - Um arrepio de nervosismo começava a subir por sua espinha. Diga para ele, Rin, diga agora! Você nunca mais terá uma oportunidade como esta. Pelo amor de Deus, ele merece saber que tem uma filha, que é o pai de Caitlyn!

- Não quis sugerir que...

- Não se preocupe com isso. - Ela passou para o outro lado do animal. Trabalhava com paixão, a mente rodando, a boca tão seca quanto as folhas no outono.

- Se não tomar cuidado, vai tirar as manchas dele.

Ela percebeu o quanto estava concentrada no trabalho. Até Curinga, que nunca se distraía enquanto comia, virará o longo pescoço para olhar para ela.

- Desculpe - murmurou, jogando a escova dentro de um balde. Sesshoumaru a deixava nervosa, e o assunto da ausência de um pai para Caitlyn sempre a irritava. Agora, no estábulo quente e escuro, junto do homem que a engravidara e a abandonara sozinha, Rin se sentia como uma prisioneira. Ela se dirigiu para a porta do estábulo e tentou ignorar a maneira como ele estava sentado no parapeito, da mesma maneira que há dez anos, jeans apertado nos joelhos e nádegas, o calcanhar apoiado na tábua mais baixa da cerca, olhos penetrantes, repletos de promessas abafadas enquanto a observava. Mas isso era loucura. Aquelas velhas emoções estavam secas como as folhas em uma estiagem de dez anos.

- Rin... - Ele se inclinou e tocou os braços dela, os dedos roçando de leve seu pulso.

Ela reagiu como se tivesse sido queimada e abriu a porta. Um feixe de luz de sol de verão penetrou o ambiente sombrio junto com o ar quente e seco. Ouviu os passos dele atrás dela, as botas novas pisando no cascalho do estacionamento, mas não se virou, não queria se arriscar a olhar nos olhos dele e permitir que visse qualquer sinal do que estava sentindo, das emoções que não conseguia ocultar e que se intensificavam cada vez que olhava para ele. Droga, o que ela tinha de errado?

- Eu tenho vindo para cá fazer o antigo trabalho do meu pai como administrador desde que o último rapaz, Red Spencer, que já estava aqui há uns sete anos quando papai se aposentou... Bom, deixa pra lá. Red assumiu o lugar do papai quando ele não conseguia mais fazer o trabalho, mas foi embora há uns dois meses. Acho que mudou para Gold Spur para ficar mais perto do filho e da enteada. Kate me pediu para ficar de olho nas coisas e eu concordei, mas agora que você está de volta não precisará de mim...

- Rin! - Desta vez, ele agarrou seu pulso e a fez girar tão rápido que ela nem conseguiu respirar. - Você está divagando e, pelo que me lembro, você não é assim.

- Mas você não me conhece mais, conhece? - A raiva que guardava há dez anos de repente explodiu e tomou conta de sua fala. - Você não sabe nada a meu respeito porque quis que fosse assim.

- Pelo amor de...

Ela puxou o braço.

- Todas as anotações estão no escritório.

Acenando para a casa, ela continuou andando até a caminhonete.

- Parece que o trator vai precisar de uma embreagem nova, tem um comprador em San Antônio interessado na maior parte do gado, tenho uma lista de pessoas que querem o Demônio, ou melhor, Curinga, como reprodutor. O feno chegou cedo este ano e...

- E você está fugindo de medo.

- O quê? - Ela se virou e o encarou, uma torrente de fúria correndo por suas veias, as mãos na cintura.

- Eu disse que você está...

- Eu ouvi o que você disse, só não posso acreditar. Você - ela estreitou os olhos, fervilhando de raiva e apontou um dedo furioso para ele -, de todas as pessoas, é a que tem menos direito, menos direito, de me acusar de fugir! - Jogando as mãos no ar, ela olhou para o céu azul manchado com finas nuvens. - Você é inacreditável, Sesshoumaru . I-na-cre-di-tá-vel! - Ela se virou e, com passos largos e pesados, foi para a caminhonete, engrenou o carro e saiu do estacionamento, deixando Sesshoumaru , com as elegantes botas novas, jeans apertado e camisa justa, comendo poeira.

Essa eeh a minha primeira fic, baseada num livro de Lisa Jackson de mesmo nome...

Quero reviews eim??? Ta certo???