Cap. 2 Passado

Depois da escuridão aterradora, veio a inconsciência e então afundei no infinito.

Mas fui acordada bruscamente, logo quando entrei no sono profundo, sem conhecimento do que me acordava dessa forma tão brusca.

Alguma coisa me segurava e outra me puxava. Tentei abrir os olhos e a luz me ofuscou, então fechei de novo.

_ Me solta. – mandei ainda grogue, eu tinha pequenos vislumbres do que tinha acontecido, mas meu cérebro se perdia na teia dos acontecimentos.

_ Você percebeu o sotaque? – uma voz feminina e forte disse, percebi que estava muito perto do meu rosto, eu quase senti o hálito. O sotaque era uma mistura de bretão antigo, com inglês do século passado. Muito gutural. Esforcei-me para abrir os olhos de verdade agora, afinal eles eram acostumados com isso. Abri de inicio uma pequena fresta.

Eram duas mulheres. Uma de passava um pano no meu braço, e outra a ajudava. Levantei as pálpebras. Estava aparentemente numa floresta.

_ Quem é essa sarcedotisa? – uma voz masculina perguntou à que passava o pano nos meus braços que fez uma cara de insatisfação e falou:

_ Ainda não tive como interrogá-la, logo saberemos, primeiro os ferimentos. – ela me olhou e deve ter visto o pavor no meu rosto, pois sorriu de forma maternal.

_ Igraine, me ajude aqui. – ela pediu e a outra a ajudou a enfaixar tudo. Eu tentei me sentar, e elas me ajudaram.

_ Merda, o que esse professor maluco fez dessa vez? – disse olhando meus machucados. Apoiei-me para levantar. Eu senti uma vertigem, mas me segurei a tempo numa árvore.

_ Você está bem? – uma delas me perguntou. Eu olhei ao redor, e me assustei. Eu parecia estar a quilômetros da civilização, uma carroça com dois cavalos e dois cavaleiros estavam no que parecia uma estrada. Aquilo nunca seria chamada de estrada por mim, no máximo uma trilha. Ela ainda me olhava esperando uma resposta.

_ Acho que sim. Eu bati a cabeça. – respondi levando o braço bom até a cabeça. Ao que parecia eu estava bem. Só um pouco machucada. Ela deu um passo em minha direção.

_ De onde você é? Qual seu nome? – eu olhei para as quatro pessoas que me olhavam, e reparei nas vestimentas esquisitas, eu deveria estar num set de filmagem de algum filme de época, essas eram roupas bem antigas mesmo.

_ Scarlet Withman. Daqui mesmo, vocês poderiam me indicar a saída do set. eu preciso usar o telefone. – eles me olharam incrédulos.

_ Não entendi nada do que você disse. Meu nome e Viviane, você parece estar um pouco desorientada. – ela se aproximou mais um pouco. E um dos cavaleiros desceu do cavalo. Eu não sei o que aconteceu, mas eu me sentia acuada, as lembranças do laboratório ainda na minha mente, um assassino matou os seguranças, e a cara do professor de pavor. Sendo assim eu agi, na hora que eles estavam para me segurar, eu peguei a tal de Viviane, e segurei seu pescoço com o braço, ela ficou imobilizada. Olhei para o cavaleiro.

_ Não se aproxime, ou eu machuco ela. – ele parou por um instante. A tal de Igraine, choramingou, mas Viviane estava calma no meu aperto. Todos me olhavam.

_ Onde eu estou? – perguntei o essencial.

_ Você disse que é daqui, como não sabe onde está? – Viviane me perguntou calmamente.

_ Eu sou de Los Angeles, eu só quero saber que bairro eu estou. –

_ Scarlet, eu não sei onde fica essa tal de Los Angeles, mas nós estamos na Bretanha. – quando ela me disse isso, meu braço afrouxou o aperto a libertando, deveria ser uma piada diabólica, mas aquela máquina do inferno não poderia ter funcionado, não logo comigo.

Ela me olhou como se eu fosse louca, depois eu vi o que estava acontecendo, o cavaleiro estava com uma espada apontada para mim.

_ Uther calma, ela bateu a cabeça e está desorientada. – Viviane falou para o urso que se aproximava de mim,céus, ele era enorme. As roupas, eu pude perceber agora, eram todas de couro e pele de animais. Ele se aproximou mais um pouco. E como eu sabia me defender o instinto falou mais forte.

Dei um chute na espada, ele não esperava isso de uma mulher desarmada. A espada escapou da mão dele e aproveitando a surpresa dele, lhe dei um chute no meio das pernas. Depois eu acertei um na cabeça, e ele caiu desfalecido. Como estava distraída demais com o ele, não notei a aproximação do outro. A última coisa me lembro foi que doeu e muito, mas depois eu cai novamente na escuridão.

O chão parecia se mexer. Deixando-me mais enjoada. Minha cabeça parecia que ia explodir. E uma dor aguda me cutucava na nuca, eu fui tentar sentir, mas notei que estava com as mãos amarrada as costas. Tentei me virar, mas não consegui, me sentia fraca. A dor me engolfou mais uma vez e eu caí na escuridão, não antes de perceber que estava na carroça _ que eu podia jurar _ que tinha sonhado há pouco. Meu cérebro não teve tempo de processar. Eu já tinha apagado pela segunda vez.

N/A: Galere, seguinte desculpa a demora, mas como eu mal tenho recebido reviews ^^ então aqui vai saindo na medida que eu sentir vontade de escrever mesmo. Sobre o que a Scarlet vai fazer e o que ela representa terão que ler e acompanhar...

Madu

XD

N/B : Gente, que autora desaparecida né?! Mas pode deixar Madu, eu não te abandono!

^-^

A fic promete guys, então aguardem! \o\ E deixem reviews, vocês sabem como é, escritores adoram ;D

Até a próxima!