THE TRIP
Capitulo I – A viagem inesperada
Em uma rodovia de Tókio um carro estacionado estava com os vidros fechados, mas havia dois jovens dentro dele.
"Kagome você está me deixando louco" Sussurrou o rapaz que estava sem camisa e o botão e zíper da calca abertos, deitado no banco carona do carro, que estava todo estendido.
"Você ainda não viu nada" Respondeu a garota sentada em cima da cintura do rapaz
Então ela saiu de cima dele e se ajoelhou no espaço entre o painel e o banco do carona, deu um sorriso malicioso e começou a acariciar o membro do rapaz por cima da cueca, que estava visivelmente excitado.
"Espere" Falou o rapaz rouco tentando parar a garota que começava a abaixar sua cueca "Quero te ver antes" Então começou a beijá-la desesperadamente, se separaram para que ele levantasse e retirasse o vestido preto curto e justo que ela estava usando
"Então Houjo?" Sorria maliciosamente "Gostou?"
"Deveríamos ter feito isso antes" Estava de boca aberta com a beleza dela "Acho que estou no paraíso"
Estavam se beijando de novo quando perceberam dois carros que estavam parando ao lado do Audi, eles se soltaram e começaram a se vestir apresados principalmente porque notaram que eram duas viaturas.
Rapidamente um policial saiu do carro e caminhou ate o carro dos jovens e bateu no vidro, não obtendo resposta falou alto.
"Saiam com as mãos para cima"
"O-o que vamos fazer?" Falou o Houjo que estava apavorado
"Não o ouviu?" Kagome falou naturalmente "Vamos sair do carro"
O policial então repetiu mais uma vez a frase e depois de alguns segundos os jovens saíram vestidos, mas desarrumados, Houjo suava frio e Kagome estava com uma expressão indiferente no rosto.
"Posso ajudá-lo senhor policial?" Kagome tomou a iniciativa ao notar que o rapaz estava espantado demais para fazer alguma coisa.
"Ora-ora se não é a Srta Higurashi outra vez" Falou o policial sorrindo ironicamente "Ficou com saudades da delegacia?"
"Co-como assim Kagome?" Houjo perguntou pasmo com o que o policial dissera da garota que ele estava ficando.
Kagome ignorou o que Houjo falou e foi andando sedutoramente até o policial, parou de frente dele com os seus corpos quase colados, então ficou na ponta dos pés e começou a sussurrar no ouvido do policial.
"Acho que foi você que sentiu a minha falta" Estava com uma voz bem rouca o que fez o homem sentir um arrepio pelo corpo, e também se controlando para não agarrar a garota que aparentemente se oferecia para ele.
"Agora chega!" Empurrou a garota que caiu sentada no chão e o olhou com uma expressão espantada para o policial "Não caiu mais nas suas investidas Srta Higurashi"
"Pois que seja" se levantou e bateu na roupa tentando tirar a terra
"Oficial Kinoshita" Um policial se apresentou para o outro policial "Algeme os dois e coloquem dentro da viatura" Deu um sorriso malicioso para a garota que o olhava com raiva estampada nos olhos "Acho que devemos interrogá-la Srta Higurashi depois chamaremos o seu pai"
"Deve ser ótimo me prender, oficial Musó" Falou ironicamente enquanto a encaminhava para a viatura já algema "Meu pai sempre paga gordos subornos para me soltarem sem que eu seja fichada"
"Não é só por isso Srta" Sorriu de novo "Temos que continuar o que começamos no nosso último encontro" aproveitou a garota já algemada.
"Você me dá nojo" Ela cuspiu em seu rosto, mas se surpreendeu quando ele a pegou pelos cabelos e puxou a sua cabeça para trás
"Não era isso que você falou quando estávamos sozinhos" Soltou a garota e a jogou para dentro da viatura.
"Pode fazer esse espetáculo na frente dos seus coleguinhas" Kagome sorriu para ele "Não estou nem um pouco intimidada"
"Veremos" Sorriu maldosamente e a soltou
Saíram em seguida, Musó sempre dava um jeito de vigiar a garota no banco de trás do carro, ela o encarava muito séria, mas isso não intimidava o policial que queria vingança por ser ridicularizado por causa dessa garotinha rica e metida a rebelde.
Flashback
Kagome estava em seu carro conversível vermelho, era madrugada e dirigia em alta velocidade, por uma Avenida de Tókio. A garota estava um pouco alcoolizada, tinha discutido com o pai naquele dia e como sempre queria espairecer, e o melhor para isso era beber, dançar em uma boate, correr com o seu vermelhinho, apelido carinhoso que ela colocou no carro. Homens ás vezes, mais para satisfazer suas necessidades carnais, já que todos aqueles que já conheceram eram um tanto fúteis e as suas companhias não iriam acrescentar nada de importante para a vida dela. Queria ser livre resumindo todos os sentimentos e desejos que essa jovem de 20 anos.
Estava perdida em pensamentos, nem prestava muita atenção na rua, até que escutou uma sirene, um carro da polícia se aproximou do dela na corrida, queria ligar o nitro e sair arrancando fazendo os policiais comerem poeira, mas a poucos metros em um sinal vermelho um carro para respeitando o semáforo e a forçando a parar também, colocando fim nas suas chances de fuga, de repente deu um sorriso malicioso e pensou 'Ou não'
"Olá Sr. Policial" Deu um sorriso inocente
Como estava sem os documentos foi detida e levada para a delegacia. Estava em uma sala vazia esperando sentada e entediada. Até que entrou um policial já conhecido dela.
"Srta Higurashi virou uma visitante assídua desse estabelecimento" Falou o policial que acabou de entrar, ele não usava uniforme como os outros, era um detetive do setor de narcóticos, que cismou com ela.
"Se como é, minha vida é entediante" Arqueou um pouco o corpo para trás, como se estivesse se espreguiçando.
Policial engoliu em seco ao ver os trajes da garota, ela estava com uma saia jeans escuro e com o comprimento de um palmo acima dos joelhos, com tachinhas prateadas enfeitando os bolsos da frente, e uma blusa tipo regata de malha também preta e que batia um pouco acima do umbigo Como sabia que o policial era um mau caráter, pois descobriu que ele fazia alguns serviços para o seu pai, e que principalmente tinha uma enorme atração por ela, decidiu se aproveitar da situação.
"Aí, eu pensei por que não visitar o oficial Musó" Se levantou e ficou na frente dele.
"Isso me faz muito feliz Srta" Deu um sorriso malicioso
Isso fez Kagome retribuir o sorriso, ficou atrás dele e começou a massagear as suas costas de modo provocante e sussurrar no seu ouvido.
"Estou tão carente" Fez bico "Queria tanto que um homem forte como você cuidasse de mim"
"Não seja por isso" A puxou e colou o seu corpo no dela "Ainda não fizeram o seu boletim de ocorrência, estavam esperando o seu pai"
"Acho que vai difícil" Enlaçou o pescoço dele "Vou ter que esperar todo esse tempo?"
"Não" Falou Musó se arrepiou com o toque de Kagome "Tenho certeza que a Srta não fez nada de grave você pode ser liberada"
Alguns policiais assistiam a cena curiosos, pela paredes de vidro da sala, que estavam com as persianas abertas. O oficial Musó chamou então dois deles para dentro da sala, que entraram rapidamente.
"Vocês dois, estou liberando a Srta. Higurashi de qualquer acusação feita contra ela."
"Mas chefe..." Um tentou debater, mas foi impedido pelo oficial.
"Ela tem um compromisso muito importante essa noite" Sorriu malicioso para a garota "E como eu já a isentei ela está livre"
"Tem certeza?" Perguntou Kagome sorrindo para ele
"Sim, e eu arco com as conseqüências" Olhou para os dois policiais com superioridade "Podem dizer aos outros que me responsabilizo" Os dois balançaram a cabeça em sinal de positivo.
"Bem já que é assim" Kagome soltou de Musó tomou distancia, se espreguiçou mais uma vez e foi caminhando para a porta indiferente como se nada tivesse acontecido, mas se virou bruscamente.
"Ha, esqueci as chaves do carro" Um dos dois policiais pegou em cima da mesa e estendeu para ela "Obrigada, e para você também oficial Musó, sabe como é tenho que chegar cedo em casa, ordens do papai"
Ela falou isso com um pequeno sorriso, e saiu da sala, foi até o pátio onde ficavam os carros apreendidos e foi embora dirigindo o seu "vermelhinho".
Musó ficou paralisado observando a garota deixar a sala, tinha sido enganado, os dois policiais seguraram o riso, então se retiraram da sala e foram para o corredor, onde outros policiais já se encontravam caindo na gargalhada.
"Ela me paga" Sussurrou Musó fechando as mãos e com o olhar furioso.
Fim do Flashback
Kagome estava algemada sendo conduzida pelos corredores da delegacia até uma sala deserta, quando chegou na porta, o policial Musó dispensou o outro e esperou que ele virasse o corredor, então abriu a porta e jogou Kagome dentro da sala.
"Não adianta gritar" Sorriu sarcasticamente "Essa é a sala que usamos para castigar alguns presos que saem da linha ou que não querem abrir a boca"
Ela o olhou assustada, ele pegou em seus cabelos e a levantou, depois tentou beijá-la, mas ela mordeu os seu lábio inferior. Como foi pego de surpresa sua reação de soltá-la e de colocar a mão na boca, mas quando se deu conta era tarde Kagome estava segurando a cadeira de ferro que estava sentada e jogou no policial, depois abriu a porta, que para a sua sorte estava aberta e saiu correndo pelo corredor, mas policiais a seguraram a impedindo de correr, quando foram na sala e viram o policial Musó caído, a colocaram em uma cela comum.
Ela ficou por uma hora esperando por alguém para soltá-la até que abriram a cela.
"Já não era tempo" Falou se levantando para sair, mas foi impedida, pois uma pessoa entrou na cela e o policial a trancou com os dois dentro.
"Quando você vai parar de me dar trabalho?" Falou um homem alto de cabelos compridos ondulados e negros, seus olhos eram da mesma cor dos cabelos, era muito bonito e atraente, estava vestindo um terno azul-marinho, estava irritado "Agora até agrediu um policial"
"Oi papai" Falou sarcasticamente "Acho que você poderia fingir estar preocupado comigo e perguntar como estou"
"Não tenho tempo para sentimentalismo" Encarou a garota
"Ele tentou me estuprar" falou séria
"Tem provas?" Continuou frio
"Na - não"
"Era o que eu temia" Suspirou "E o resto?"
"Que resto?"
"Atentado ao pudor" Passou as mãos nos cabelos nervosamente "Estava transando dentro de um carro em via publica"
"Venha me dizer que o senhor não gosta de fazer coisas diferentes?" Sorriu sarcasticamente
"E as drogas que foram encontradas?" Ignorou o comentário da filha
"Drogas?" Falou surpresa "Mas eu já disse que não uso drogas"
"Kagome você já foi presa cinco vezes sendo que três delas estava drogada"
"Ninguém fez algum exame em mim para detectar que eu estou drogada"
"Não interessa" Se irritou mais com a garota e a segurou pelos ombros de forma bruta "Nós temos um nome a selar"
"Não me importo com isso" Virou a cara para ele
"Eu acabei de conversar com o delegado e com psiquiatra" Respirou fundo e soltou a garota "Falaram que você é uma ameaça aos outros e a você mesma"
"Eu não sou louca" Falou
"Lamento" Falou tristemente "Não podia imaginar que você também sofresse da doença de sua mãe e de seu avô"
"EU NÃO SOU LOUCA" Começou a gritar
"Kagome eu só quero te ajudar" Tentou se aproximar e passar a mão no rosto dela para acalmá-la
"Fique longe de mim" Chegou para trás à medida que ele se aproxima "Você deveria acreditar em mim"
"É para o seu bem" Segurou o braço dela "Não quero te ver no mesmo estado da sua mãe e do seu avô" A abraçou "Vamos te proteger querida"
"ME LARGA" O empurrou "EU NÃO SOU LOUCA" Continuou gritando
Policiais correram para ver o que estava acontecendo na cela, três entraram e dois deles seguraram Kagome que gritava e se debatia, o outro foi ver se seu pai estava bem. De repente entrou mais dois homens, vestidos de branco, um deles segurava uma seringa, foi até Kagome e com o auxílio dos outros policiais, aplicou a injeção no braço da garota, que foi ficando calma e tombou o corpo desmaiada minutos antes. Depois levaram a garota dopada em uma maca até a ambulância parada na porta da delegacia.
"Lamento Sr Naraku" Falou o delegado colocando a mão no ombro do pai de Kagome que olhava toda a movimentação
"Isso é um mal de família" Falou de cabeça baixa "Minha esposa se matou e meu sogro morreu em um asilo psiquiátrico"
"Entendo" Deu dois tapinhas no ombro dele para animá-lo "Realmente o senhor está fazendo certo em interná-la, ela está perdendo a noção do que é certo e errado, criando muitos problemas"
"O senhor não sabe o quanto é difícil, ver a minha única filha assim" Falou
O delegado se despediu e entrou na delegacia, Naraku foi caminhando até sua limusine que estava perto da ambulância e entrou nela depois que o chofer abriu a porta.
"Está acontecendo tudo como planejei" Falou para si mesmo sorridente.
TRIMMMMMTRIMMMMMMM
"Que horas são?" Perguntou sonolento olhando o despertador "Estou atrasado"
Inuyasha pulou da cama e correu para tomar um banho, depois foi até o guarda-roupa pegou um terno grafite e se vesti impecável. Foi até a cozinha e preparou uma vitamina com várias frutas, leite e cereais, e a tomou, pegou as chaves do carro e saiu do seu apartamento.
Ele era um hanyou ou meio-yocai, tinha uma vasta cabeleira comprida de cor prateada, olhos cor de âmbar, caninos salientes, unhas afiadas parecidas com garras, e orelhas caninhas brancas e felpudas no topo da cabeça. Apesar dessas características de yocai ele tinha o rosto muito bonito, um corpo que arrancava suspiros das mulheres. Estava com vinte e três anos, há um ano havia se formado na faculdade de administração e há três anos trabalha na Shikon no Tama Corporation, começou como estagiário e depois de formado havia sido efetivado.
Entrou com seu carro, um palio 1.0 preto, que comprou com muito esforço após terminar a faculdade, o apartamento também é seu, mas foi uma herança deixada por sua mãe.
Seguiu pelas ruas de Tókio e parou em um prédio de apartamentos, onde uma linda moça o estava esperando, com a cara de poucos amigos. Era Kikyou sua noiva, tinha a pele pálida, cabelos negros lisos e longos presos em rabo de cavalo baixo e estava vestindo uma sai tailleur marrom, e sapatos Chanel.
"Como você demorou" Falou Kikyou entrando no carro
"Bom dia querida" Deu um beijo rápido nos lábios da garota "Está linda"
"Elogios não vão nos salvar de chegar atrasados na empresa" Falou indiferente ao noivo
"Eu sei" Sorriu para ela "Mas o que há demais em elogiar a minha noiva?'
Kikyou deu um pequeno sorriso para o noivo e continuaram o percurso em silencio, trabalhavam juntos na Shikon só que ela era secretária do atual presidente. Se conheceram lá não demoraram e estavam namorando, noivaram após a formatura de Inuyasha depois de muita insistência dele.
"Estive pensando" Inuyasha quebrando o silencio "Que tal marcamos a data do casamento?"
"Eu já te disse que só depois que você for promovido" Respondeu fria
"Sei que não somos ricos" Deu uma pausa "Mas com os nossos salários dá para vivermos confortavelmente"
Kikyou deu uma gargalhada.
"Eu não quero viver confortavelmente, me preocupando com as contas no final do mês"
"Kikyou eu entrei como estagiário e apesar de não gostar tenho um emprego fixo" Inuyasha sorria tentando ser convincente para ela "Talvez reconheçam o meu trabalho e eu passe a ser um diretor"
"Como você é simplório Inuyasha" Falou sarcasticamente "Se ficar no encalço do Sr. Naraku poderá chegar à vice-presidência"
"Ele deveria ocupar a vice-presidência enquanto a filha dele ocupa a presidência"
"Aquela desajustada?" Kikyou deu mais uma vez uma gargalhada debochada "O Sr. Naraku nunca entregaria a e,presa nas mãos daquela louca"
Inuyasha ficou calado, essa conversa já o estava deixando cansado, não se lembrava quando a sua doce Kikyou tinha se tornado nessa mulher gananciosa e interesseira, talvez ele sempre fosse e só agora ele percebera isso.
Deixou o carro no estacionamento da empresa, um grande pátio, mais uma vez Kikyou reclamou, os carros dos funcionários mais simples ficavam no sol, enquanto os dos diretores e outros cargos mais altos, iam para o subsolo.
Uma grande indústria alimentícia, seu nome era Higurashi Corporation, dono da marca Hunger-Fast, uma marca que começou com o Sr. Okita Higurashi, numa pequena fábrica de biscoitos e se transformou em uma mina de ouro, em cada casa do Japão há pelo menos dois produtos da marca.
Naraku Onigumo era o braço de Okita, com isso não foi espanto que ele se casasse com a filha única do dono da empresa Megume Higurashi. Tiveram uma filha Kagome Higurashi.
Mas a história da família Higurashi não foi feita somente de flores, há dois anos Megume se suicidou, o Sr. Okita não suportando a dor de perder a filha surtou, e morreu em um hospital psiquiátrico, e Kagome a herdeira do império tem tido repetidos problemas com a policia, depressão, drogas.
Naraku é então o único indicado para comandar a empresa.
Inuyasha se formou em administração de empresas fazia um ano, a sua monografia foi sobre a Higurashi Corporation, tinha muitas idéias, para colocar em prática.
Ele detesta o que faz assessor do presidente Naraku, cargo efetivo que conseguiu graças a Kikyou, que de recepcionista se tornou secretária dele, e tinha muito prestígio o que deixava Inuyasha cheio de ciúmes.
Kikyou entrou na sala de se chefe e se encostou na mesa desse, fazendo uma pose sensual, era apaixonada por Naraku, mas tinha uma atração por Inuyasha com quem irá se casar. Sabia que o outro não tinha em seus planos desposar outra mulher, e nem precisava, era rico, um homem maduro, atraente e bonito, e é claro viúvo, uma coisa que atraia muito as mulheres.
De repente a porta da grande sala se abriu e Naraku entrou por ela, sendo seguido por Kagura, uma mulher alta, com as feições delicadas, mas escondidas por uma maquiagem pesada, tinha os cabelos negros presos em um coque, e se vestia com um conjunto de calça e blazer. Era muito bonita, e também compartilhava o título de amante com Kikyou, mas ao contrário da rival, não tinha sentimentos, era só sexo e queria subir na vida mais rápido.
A presença da outra mulher fez Kikyou fazer uma careta, o que não passou despercebida por Kagura, que sorriu de forma debochada.
"Kikyou, estava mesmo precisando falar com você" Naraku, estava com um terno preto e com uma gravata escura, tinha uma expressão cansada no rosto "Quando Inuyasha chegar, o avise que eu preciso falar com ele"
"Bom dia, Sr. Naraku" Kikyou sorriu "Ele já chegou, vou chamá-lo" Saiu da sala, lançando um olhar de poucos amigos para Kagura ao passar por ela.
"Tonta" Falou à mulher que ainda se fazia presente na sala depois que a outra se retirou
"Eu não diria isso Kagura" Naraku finalmente se sentou em sua mesa, de um modo como se estivesse se espreguiçando, fechou os olhos e deu um gemido de desconforto "Ela tem sido uma ótima funcionária" Falou sarcasticamente
"Então por que não conta toda a sua trama para ela?" Kagura sentou na frente dele e lha lançou um olhar desafiador "Compartilhe com ela todas as suas idéias"
"Ao contrário de você" Ele continuou sarcástico "Acho que ela ainda tem um censo de justiça"
"E o seu plano já estudou as falhas?" Kagura mudou de assunto
"Sim, mas contratei os melhores" Fechou os olhos e passou a mão nos cabelos para ajeitá-los "Não haverá vestígios"
"Nunca conheci uma pessoa tão baixa como você" Sorria como ele "Não sente remorsos pela garota?"
"Deveria?" pegou uma foto de Kagome que ficava em um porta-retrato no sua mesa "Me usaram e acham que agora podem me jogar fora, patéticos"
"Você tem certeza que ela não suspeita de nada?" O encarou séria "Que o velho não teve tempo de lhe revelar alguma coisa ou entregar algum documento"
"É por isso que estou executando o plano agora" Respondeu dando de ombros
"Mas eu não entendo" Kagura o olhava intrigada "Por que ele?"
"Digamos que seja um presente de despedida para a minha amada filha" Sorriu
Minutos depois Kikyou voltou acompanhada pelo noivo Inuyasha, esse apenas deu um bom dia seco, para os dois presentes na sala, e se sentou a convite do patrão.
"Tenho um trabalho para você" Começou Naraku "É de estrema responsabilidade"
"Fale logo Naraku" Respondeu o hanyou rispidamente o que fez Kikyou lhe lançar um olhar desaprovador
"Vou ignorar o tom da sua voz" Suspirou impaciente "Quero que leve a minha filha para Wakkanai"
"..." O olhou espantado
"Infelizmente minha filha tem apresentado sintomas da mesma doença que consumiu minha esposa e meu sogro" Abaixou a cabeça de forma triste "Mas não vou permitir que a minha maior riqueza sofra como eles"
"Mas por que Wakkanai?" Perguntou ainda surpreso com o trabalho
"Kagome tem problemas psiquiátricos, e há um ótimo hospital especializado nessa cidade"
"Aqui também há" Inuyasha falou desconfiado
"Tenho que preservar minha filha e o nome da empresa" Encarou o hanyou "Quando Kagome melhorar ela assumirá os negócios da empresa, como isso poderá acontecer se todos souberem de sua doença?"
"O avião parti quando?" Perguntou mas seu pensamento estava longe 'Uma viagem com a Kagome' pensou
"Não irão de carro" Respondeu simplesmente
"De carro? Perdeu a noção?" Se não sabia se iria suportar ficar todo esse tempo com ela
"Não, mas só tenho essa solução e estou confiando a segurança de minha filha para você"
"Ele aceita" Kikyou que até agora estava calada resolveu se pronunciar "Inuyasha o Sr. Naraku está dando essa oportunidade" Falou depois encarando o namorado
"Você será muito bem recompensado" Naraku
Inuyasha abaixou a cabeça por um instante e depois a levantou encarando as três figuras que esperavam a resposta dele impacientes. Suspirou mais uma vez, estava encurralado.
O hanyou havia chegado na mansão Higurashi fazia meia-hora, estava dentro do carro, que foi estacionado em frente da porta dos fundos, como haviam pedido. Ligou o som, mas isso não o relaxou, então ficou xingando baixinho e golpeando o volante de leve com a cabeça.
"Espero que a Kikyou reconheça o esforço que eu estou fazendo por ela". Falou mas sabia que tinha aceitado só para ter mais uma chance de saber os motivos dela.
Com a sua audição apurada, escutou a porta sendo aberta, nela passou primeiro um yocai grande e forte vestido de branco com uma garota desacordada nos braços, logo depois, saiu Naraku com um humano franzino também vestido de branco e carregando uma maleta preta, e por fim dois idosos, uma senhora que chorava muito e enxugava as suas lágrimas em um lenço branco, e um senhor que carregava uma mala, de tamanho médio, os dois vestidos com uniforme de copeiro, deviam ser empregados da casa.
Inuyasha saiu do carro para falar com Naraku, estava assustado com o estado da garota, que o enfermeiro colocava sentada no banco carona do seu carro.
"Demoramos porque Kagome apresentou certa resistência" Naraku falou ao se aproximar
"O que vocês fizeram com ela?" Inuyasha não disfarçou a sua indignação, o que só aumentou ao ver que a garota tinha suas mãos pressas por algemas
"Minha menina" Chorou a senhora acariciando o rosto de Kagome
"Tivemos que dopá-la" Naraku respondeu olhando desaprovador para a mulher "As algemas são só por segurança" Entregou as chaves das algemas para o hanyou, que colocou no bolso de sua calça
"Estes são os calmantes preparados na seringa" O médico entregou um estojo de aço inox para Inuyasha "Uma dose vai fazer com que ela durma durante horas"
Mesmo desaprovando ele pegou e guardou no porta luvas do carro, depois que o idoso colocou a mala da garota no banco de trás do carro e Naraku dar um beijo no rosto da filha, seguiu viagem.
Depois de dez minutos que saíram da casa, Inuyasha olhou para a garota que parecia um anjo dormindo calmamente e deu um pequeno sorriso.
"Ela não mudou nada" Sussurrou.
OI!
Estou voltando a escrever nesse site e resolvi melhorar essa fic, que é uma das minhas preferidas, e na época em que postei, ela foi bem aceita.
Espero que gostem e continuem acompanhando.
Para quem não sabe Tókio fica quase no centro do Japão, e Wakkanai fica na divisa com a China (me corrijam se eu estiver errada), pesquisei em um mapa antes disso. Apesar de Japão ser um país pequeno façam de conta que o tempo normal da viagem seria uns três dias, mas como vai acontecer uns imprevistos e demorar mais.
Bjs
Mari-bell