Disclaimer: Nada aqui nos pertence, nem os personagens, muito menos a fic. Todo o trabalho que nós tivemos foi passar ela para o português. A fic pertence a Snegurochka que foi gentil o suficiente para permitir que a gente traduzisse.

Avisos: Essa fic é classificada M tanto por relação sexual quanto por linguagem ofensiva. A fic é Slash, yaoi, menininho com menininho se não for sua praia esteja avisado.

Ship: Severus x Remus

Link para o original: http : // / yjvu7bf(copiem e colem sem os espaços)


Prológo: A Penseira.

Ele não pensava mais em Snape, mas quando o fazia, pensava nas cicatrizes.

Havia aquela longa e roxa, que contornava seu torso, e as menores, que marcavam suas costas e estômago. Essas cicatrizes eram as expostas, embora Remus soubesse muito bem que havia cicatrizes em outros lugares, um tipo diferente e dolorido de feridas lançadas por todo seu subconsciente.

Pelo menos, Remus esperava que assim fosse – então ele poderia sentir-se um pouco melhor consigo mesmo. Precisava acreditar que Snape também tivesse essas feridas, que Snape às vezes ainda pensasse sobre isso, que Snape sentisse.

Nunca conversaram sobre o que aconteceu, e como poderiam? Como poderiam. Não estavam destinados a ficar juntos. E de qualquer maneira, eles eram apenas crianças. Nada do que acontece nessa idade significa alguma coisa – nem ódio, e muito menos amor.

Talvez esse pensamento fosse a única maneira dele poder perdoar seus amigos por aquele dia – celebrar o fim dos OWLs, visitar os amigos nos verões, embebedar-se no casamento de James e Lily, prometer que cuidaria do bebê. Porque ele sabia que o ódio não era real, que não tinha importado.

Não seria legal se isso fosse realmente verdade?

Não, ele não pensava mais em Snape. Eles não eram amigos; apenas se falavam quando era extremamente necessário, e mesmo assim, com uma cuidadosa civilidade. O passado estava morto e enterrado.

OoO

"Sirius?"

Remus sobressaltou-se. "Harry!" ele exclamou muito chocado enquanto olhava para a lareira. "O que você – O que aconteceu, está tudo bem?"

"Sim," Harry respondeu. "Eu só pensei... quero dizer... tive vontade bater um papo com Sirius."

Uma conversa? Agora? Remus franziu a testa, levantando da cadeira. "Eu irei chamá-lo. Ele subiu para dar uma olhada em Kreacher, parece que o elfo andou se escondendo no sótão novamente..." Ele correu pela cozinha ainda perplexo e chamou Sirius no andar de cima.

"Aquele miserável provavelmente fugiu com o prendedor de meias dela, por Merlin," ele ouviu Sirius resmungar no andar de cima. "O que?" Sirius perguntou para Remus, sua cabeça aparecendo pelo corrimão do segundo andar.

"Venha para a cozinha," Remus insistiu. "Harry está aqui"

Os olhos de Sirius se arregalaram e ele correu degraus abaixo, quase trombando com Remus no final da escada. Remus o encarou, mas se recompôs e abriu a porta da cozinha primeiro, com Sirius o seguindo de perto, e se afastou por um momento enquanto Sirius ajoelhava-se em frente ao fogo.

"O que foi?" Sirius perguntou com urgência, tirando os cabelos compridos e escuros dos olhos e se ajoelhando diante da lareira para ficar no mesmo nível de Harry. "Você está bem? Você precisa de ajuda?"

Remus se ajoelhou do lado de Sirius, observando os dois com interesse. Havia alguma coisa muito estranha nessa visita. Se Harry estivesse encrencado na escola, eles provavelmente já estariam sabendo, tanto pelos quadros, quanto por Minerva, ou mesmo por Snape. Ele podia não gostar do garoto, mas avisaria à Ordem se Harry estivesse em perigo; disso Remus tinha certeza. Entretanto, não houve sinal de nenhum deles...

"Não" Harry respondeu, confirmando as suspeitas de Remus, "Não é nada disso… Eu só queria conversar… sobre meu pai."

Remus olhou Sirius, percebeu o amigo olhar de soslaio para trás, e tentou manter a calma. Mesmo depois de tantos anos, ainda era difícil falar sobre James, e sabia que era ainda pior para Sirius. Na verdade, os dois haviam sido como metades da mesma pessoa. Remus sabia que mesmo que ele e Peter tivessem conseguido se misturar, eles nunca haviam se infiltrado no laço que existia entre James e Sirius.

Foi a James que Sirius recorreu quando saiu da casa dos Black; foi para James que Sirius confidenciou suas suspeitas de um traidor entre os membros da Ordem durante a primeira guerra; e foi por James que Sirius havia feito tudo. Remus não tinha dúvidas que Sirius havia sugerido a idéia de se tornarem Animagus para impressionar James, não Remus, e aquela terrível noite com Snape e a Casa dos Gritos tinha sido planejada pelas mesmas razões.

Ele olhou para a imagem de James na lareira e engoliu seco. James e Sirius – seus melhores amigos. Peter havia se voltado contra eles, mas não James e Sirius, não – eles sempre se preocuparam com Remus, sempre fizeram o que achavam que seria melhor para ele, sempre.

Enquanto a cabeça flutuante de Harry repetia para ele e Sirius a cena que ele tinha vivenciado, há todos aqueles anos na beira do lago, no dia do OWL de Defesa Contra Artes das Trevas, Remus sentiu dificuldade de respirar – mas era mais como uma dificuldade de engolir do que como um soco no estômago.

Eles sempre fizeram o que queriam, não o que você queria.

Merda. Ele fechou os olhos.

Severus.

OoO

Os pulmões de Remus eram preenchidos com uma nova gota de água a cada palavra que saia da boca de Harry. E então – então eu acho que vi minha mãe, mas ela estava realmente brava com meu pai. A sensação se tornava cada vez pior, como se dedos molhados estivessem sufocando Remus. Ele tinha cuecas encardidas, apenas – eu não sei. Mas você e meu pai estavam rindo dele, Sirius.

Remus percebeu pelo canto do olho que Sirius estava franzindo a testa, e focava toda sua energia em observar o rosto de Harry nas chamas, o mais impassível que podia. Seria tão mais fácil fazer isso se ele conseguisse respirar. Ele precisava manter a compostura; isso era ridículo. Não podia deixar Harry e muito menos Sirius perceber o quão abalado realmente estava.

Uma Penseira. Snape havia se certificado que aquela memória estava segura, bem longe da mente curiosa de Harry. Ele não conseguia culpar Snape por querer manter aquela memória em particular o mais longe possível de Harry.

Eu não preciso da ajuda de uma maldita sangue-ruim como ela.

Merda. Vinte anos tentando cuidadosamente esquecer, e Harry tinha que aparecer e enfiar isso goela abaixo mais uma vez. Era estúpido – era tão inacreditavelmente estúpido que, depois de todos esses anos, aquela memória ainda o fizesse ter vontade de vomitar. Por que se importava se Snape havia sido humilhado na frente de toda escola naquele dia? Tinha feito por merecer, depois do que ele chamou a Lily. Antes, sua mente gritava com ele – aquilo havia acontecido antes dele ter dito qualquer coisa sobre a Lily, e você sabe disso.

Remus ouvia a história de Harry com uma sensação estranha no estômago. Ele tentou evitar as memórias; tentava as empurrar de volta para algum lugar profundo e inacessível na sua mente, onde elas ficaram intocadas por vinte anos, em algum lugar onde ele nunca, nunca mais tivesse que vê-las de novo.

Tentou, mas agora era impossível. Ele tinha trinta e seis anos agora; não deveria ser refém de um erro de sua juventude. Ninguém na idade de Remus deveria sofrer a pressão da dor de eventos passados, ainda mais quando era tarde demais para mudá-los.

Ele rangeu os dentes e balançou a cabeça, desejando que a imagem de James simplesmente desaparecesse do fogo em sua frente.

Ficar com caras é uma coisa Moony, e é um pouco doentio se você quiser saber a verdade, mas dane-se, contanto que você esteja se divertindo tudo bem, nós vamos deixar passar. Mas andar por aí com aquele vampiro ensebado nas nossas costas? Você realmente achou que nós não descobriríamos, não achou?

O garoto parou de falar. Remus precisava dizer alguma coisa. Um dos dois precisava dizer alguma coisa, e Remus podia ver que Sirius estava longe, em um lugar onde se escondia quando não conseguia lidar com as memórias. Ele voltaria, mas não agora. Remus limpou a garganta e tentou acalmar seu coração acelerado. "Eu não gostaria que você julgasse seu pai pelo o que você viu lá, Harry," Ele começou. "Ele só tinha quinze anos."

"Eu tenho quinze anos!" Harry interrompeu.

Remus resistiu a urgência de dizer a Harry que ele estava certo, que seu pai era um completo idiota, e que naquele dia em especial, se pudesse revivê-lo, Remus não hesitaria em azará-lo, deixá-lo de cabeça para baixo, e jogá-lo na beira do lago.

Ele respirou fundo.

"Veja bem Harry," Sirius finalmente se manifestou tentando conciliar, voltando ao presente sacudindo a cabeça, da maneira que Padfoot fazia quando voltava da chuva. Remus o observou com cuidado, esperando ouvir como Sirius explicaria o que aconteceu naquele dia. "James e Snape se odiaram desde o momento em que um bateu o olho no outro, foi uma dessas coisas, você consegue entender isso, não consegue? Eu acredito que James era tudo que Snape queria ser – ele era popular, bom em quadribol – bom em quase tudo na verdade. E Snape era apenas uma figurinha difícil, metido até o nariz nas Artes das Trevas, e James – com todos os defeitos que você possa ter visto, Harry, – sempre odiou Artes das Trevas."

Remus ficou tenso, e se concentrou em não deixar seu queixo cair. 'Mentiroso'. Ele encarou o lado da cabeça de Sirius, desafiando-o a repetir essas palavras – querendo que ele olhasse para a lareira e dissesse ao filho de James mais uma vez que eles estavam apenas lutando pelo lado do bem contra o mau naquele dia. 'Esse não foi o motivo porque aconteceu, e você sabe isso'. Ao invés, ele pensou – Sirius realmente não sabia?

A menos que... ele realmente acreditava nisso? Não tinha como. Sirius simplesmente não queria contar a Harry o que realmente aconteceu, o real motivo que fez ele e James escolherem Snape como alvo naquele dia, e Remus não podia dia dizer que discordava dessa decisão.

"Sim," Harry ia dizendo enquanto Remus voltava seu rosto. "mas ele atacou Snape sem nenhum motivo, apenas porque - bem, apenas porque você disse que estava entediado."

"Não tenho orgulho disso," Sirius apressou-se em dizer.

Remus olhou de lado para Sirius, então falou.

"Veja bem Harry," Remus começou a falar, lutando contra a raiva que começava a sentir, temendo aonde essa raiva iria levá-lo se ele desse voz a ela. Se Sirius podia jogar esse jogo, se podia inventar histórias para Harry e apaziguar tudo o que houve, então Remus também podia.

"O que você tem que entender é que seu pai e Sirius eram melhores na escola, não importa o que eles fizessem," ele disse casualmente, escondendo a ironia que ameaçava tomar conta do seu tom de voz. "Todo mundo achava eles super legais – se eles às vezes ficavam um pouco convencidos..."

"Às vezes nós dois nos tornávamos dois completos idiotas e arrogantes, você quis dizer," Sirius completou, e Remus não conseguiu evitar de sorrir. Essa foi a constatação do século.

Mas o sorriso se desfez assim que a história de Harry ia se formando na sua mente. A penseira de Snape era bastante rigorosa: OWLs. O lago. A luz do Sol. O livro de transfiguração.

Se você está entediado, você pode me testar.

A árvore. Snape.

Sangue-ruim.

Tudo isso voltava à sua memória como uma poderosa onda que não podia evitar. E ele estava tentando, oh Merlin, estava tentando evitar todas essas memórias mais que tudo na vida. Ter vivido aquilo tudo uma vez já havia sido ruim o suficiente. Reviver aquilo tudo estava fora de cogitação. Mas ele não podia impedir, agora que já estava lá.

"Ele não parava de despentear o cabelo" Harry ainda estava falando. Remus riu quando Sirius fez o mesmo gesto, ainda tentado lutar com a nitidez das memórias. Não. Eu não posso fazer isso. Não me faça relembrar.

"Eu tinha esquecido que ele costumava fazer isso," Sirius disse carinhosamente, sorrindo triste para Harry e Remus.

"Ele estava brincando com o pomo?" Remus perguntou de repente, um novo detalhe havia aparecido em sua memória.

"Estava," Harry confirmou. "Bom... Eu achei que ele era meio idiota!"

"Claro que ele era um pouco idiota!" Sirius respondeu. "Nós todos éramos idiotas! Bem – o Moony nem tanto." Ele olhou para Remus de maneira carinhosa, e Remus mordeu o lábio.

"Alguma vez eu te disse para parar de perturbar o Snape?" Ele perguntou, pontuando o nome. Era assim como costumava chamá-lo quando tinham dezesseis anos, quando usar o primeiro nome parecia intimidade demais, como um reconhecimento que as coisas que faziam eram íntimas demais, como um lembrete de que eles não deveriam estar fazendo isso.

Hey, Snape, ele disse, nós estamos ficando ou algo do gênero?

Agora, adultos, ironicamente, ele chamava aquele homem de Severus. Era o sobrenome que parecia íntimo demais agora, desde aquela noite na Floresta, quando eles tinham dezesseis anos - aquela noite na qual ele não tinha pensado em décadas.

Remus respirou fundo. "Alguma vez eu tive coragem de lhe dizer que eu pensava que você era completamente louco?" Ele perguntou a Sirius.

"Bem…" Sirius respondeu, "às vezes você fazia com que a gente sentisse bastante vergonha de nós mesmos... isso já era alguma coisa."

Remus balançou a cabeça, encarando o chão. 'Você nunca sentiu vergonha daquele dia,' ele queria dizer. 'Nunca.'

"E," Harry pressionou, "ele ficava olhando para as garotas no lago, esperando que elas estivessem observando ele." Remus sorriu, um sorriso verdadeiro dessa vez. Lily.

Sangue Ruim.

Então o sorriso desapareceu.

"Oh, bem, ele sempre fazia papel de bobo toda vez que Lily estava por perto," Sirius disse encolhendo os ombros. "Ele não conseguia parar de se exibir sempre que se aproximava dela."

"E por que ela casou com ele?" Harry perguntou. "Ela o odiava!"

Harry continuava falando. Harry queria falar sobre seus pais, e tudo que Remus conseguia pensar era naquele torço magro, uma longa cicatriz ao redor das costelas, e um pouco de pelos negros abaixo do umbigo, levando para...

"Não, claro que ela não o odiava," Sirius estava falando, e as memórias estavam cada vez mais nítidas na mente de Remus.

"Ela começou a sair com ele no sétimo ano," ele complementou.

"Uma vez que James tinha tomado um pouco de juízo," Sirius completou, e Remus rodou os olhos.

"E parou de azarar pessoas apenas por diversão." Remus complementou.

"Até mesmo o Snape?" Harry ergueu uma sobrancelha.

Remus sentiu a boca secar, as palmas de suas mãos ficaram úmidas e sua mente um pouco confusa. "Bem," ele respondeu, mais uma vez se prolongando no nome. Aquele nome. "Snape era um caso especial." Quase engasgou ao concluir isso, e teve que pensar em algo rápido para se recompor. "Eu quero dizer, ele nunca perdeu uma oportunidade para azarar James, então você não podia esperar que James ficasse parado esperando acontecer, não é?" Bom. Se Sirius podia falar besteiras como aquelas, Remus também poderia.

"E minha mãe estava bem com isso?"

Eu não preciso de ajuda de uma maldita sangue-ruim.

Remus respirou fundo.

"Ela não estava realmente a par do assunto, para ser sincero," Sirius respondeu. "Eu quero dizer, James não levava Snape com eles nos encontros ou o enfeitiçava na frente dela, não é?

Estava em suas mãos; ele não podia parar.

Você me beijou.

As memórias vinham cada vez com mais força, o sufocando.

E eu gostei.

Elas o apertavam como amarras em torno do seu corpo.

Você não poderia ter gostado.

"Olha," Sirius estava falando com Harry, "Seu pai foi o melhor amigo que eu já tive, e ele era uma boa pessoa. Muitas pessoas são idiotas aos quinze anos. Ele cresceu."

'Não, ele não cresceu'. Mas sim, muitas pessoas são idiotas nessa idade.

Eu acho que... Eu te amo.

Oh sim, muitas pessoas são verdadeiros bastardos nessa idade.

Tudo voltou com uma batida oca, como uma pilha de livros caindo de uma estante de carvalho, e Remus parou de tentar suprimir as memórias. Ele sabia agora; via com tanta clareza tudo que tinha acontecido – não só naquele dia terrível, mas também tudo que se passou dois meses antes.

Ele sentou sobre seus calcanhares enquanto a visão de uma tela grande se formava no rosto de Harry em sua frente. A imagem preta e branca se tornou nítida e o lembrava do antigo projetor trouxa de sua avó. E começou, a fita rodando estabelecendo um ritmo. Os créditos subiam, e os atores tiravam seus chapéus e colocavam seus casacos mais próximos ao corpo, e a iluminação tremulou por um momento antes do nível de claridade se estabelecer. O real continuava a passar com a rotação do filme, e Remus bloqueou a visão de Harry e Sirius, a lareira, e os últimos vinte anos começaram a rodar.

Ele tinha dezesseis anos, e essa era a pior lembrança de sua vida.


Notas da autora:

1. Muita coisa dos diálogos desse capítulo foram tirado do livro Harry Potter e a ordem da Fênix (edição britânica), PP. 589-91 Algumas falas e pensamentos de Remus foram modificados e alterados. Mas a parte do diálogo do Harry ficou fiel ao que a Rowling escreveu. Claro que não há intenção de infringir nenhum copyright.

2. A Rowling disse que o aniversário do Remus é no dia dez de março, e o aniversário de Snape no dia nove de Janeiro, baseado nisso, para razões dessa fic, ambos tinham dezesseis anos na época do acidente em questão, o que ocorreu durante as semana dos exames dos OWLs que ocorrem em junho. Remus e Sirius ambos dizem em vários momentos que James tinha quinze anos.

Nota da tradução:

1 . Os diálogos desse capítulo foram tirados do Livro Harry Potter e a Ordem da Fênix (edição brasileira) PP 541 – 543. Mas em algumas partes foi decidido manter a tradução livre da autora, porque nem tudo batia certinho com a versão brasileira.

2. A previsão de atualização da fic é de quinze em quinze dias, se ocorrerem atrasos nos perdoem e se aparecerem capítulos antes da hora aproveitem.