Between Hidden Secrets
Disclaimer: Naruto não me pertence, mas eu já comprei algemas para o Itachi-san.
Romance / Drama
SasuSaku / NaruHina
Sinopse: O que ocorre quando segredos são descobertos? "-Eu nunca deixei o meu orgulho entrar nesse jogo, você sabe por que eu estou aqui". Pessoas se machucam ou mais segredos são feitos? "-Porque você ainda está aqui?" "-Porque eu estou esperando você me deixar"
Legenda:
"-Diálogo e falas."
Narração
'Narrador'
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Prólogo
"Segredos são bons enquanto a pessoa não é pega..."
"A estranha perfeita"
"Nunca pensei que você me faria transpirar
Nunca pensei que eu te faria o mesmo
Nunca pensei que eu me encheria de desejo
Nunca pensei que sentiria tanta vergonha"
My Sweet Prince by Placebo
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'Sasuke'
Eu olhei para as paredes tão brancas e imaculadas tão frias como a neve, da mansão dos Hyuugas. Eu passei dias e mais dias repetindo a mesma rotina e me perguntando se alguma coisa seria capaz de manchar a pureza de todas aquelas paredes. Virei quando ouvi vozes da minha esposa - se é que posso chamá-la assim - afinal nunca tivemos nenhum tipo de contato; nem físico e muito menos emocional. As roupas que ela estava vestindo – o jaleco branco impecável sobre a blusa cinza escura com detalhes em creme - denunciava que provavelmente iria para o hospital.
Aproximou-se da mesa e sentou-se ao meu lado puxando levemente a cadeira branca e pesada, sempre fiquei incomodado com isso não sei explicar o porquê o barulho do ferro pesado se arrastando pelo chão de mármore com um tom agudo e estridente me deprime em sobremaneira.
Retirei os meus braços que estavam quentes e acomodados no meu colo para apoiá-los sobre a mesa fria de mármore igualmente branco como as paredes - a única diferença são os detalhes de cor de um caramelo claro quebrando a pureza do branco levemente cintilante - os meus braços reagiram ao meu gesto me fazendo estremecer. Olhei rapidamente para todos sentados na grande mesa, todos sem exceções pareciam tão frios - ou mais - quanto aquele mármore sepulcral e congelante embaixo dos meus antebraços.
Neji parecia sempre forçar uma introspecção absurda para fugir de todas as palavras não ditas ali, Hanabi, bem, essa como sempre come torradas com geléia de damasco; parece que procura manter a boca ocupada para não responder perguntas igualmente não feitas. Geralmente não olhava para ninguém e raramente em minha direção, tenho a impressão que ela guarda uma espécie de ódio ou rancor de mim. Sua face congelada em uma espécie de mau-humor constante denuncia minhas suspeitas, mas isso é só outra das milhares de bizarrices que eu nunca entendi.
E o ultimo, Hiashi, meu pseudo-sogro, parecia querer controlar a mente de todos os presentes, desenvolvendo sempre um ar desconfortável e maçante simplesmente odioso, isso em especial comigo, ele me olhava como se eu fosse um objeto decorativo - que para ele infelizmente; respira se move e tem sangue correndo nas veias - e não um quase membro da família. Talvez seja isso o que ele procurava; mais um objeto para sua coleção mórbida de fantoches vivos.
"-Eu fiquei sabendo que aquele seu amigo recebeu um dos convites para formar um projeto para concorrer ao posto de Hokage. Ele deve estar satisfeito como nunca".
Então meu pseudo-sogro guspiu as palavras como se fosse veneno queimando em seus lábios. Ele estava legivelmente insatisfeito por Naruto conseguir um dos apreciados convites que consiste em; formar um projeto de governo para Konoha e o melhor acabaria vencendo e se tornando finalmente Hokage. Tsunade não queria mais o cargo e a brilhante idéia que ela tivera e estava sendo amadurecida há quase três anos só serviu para atiçar a cobiça e desmembrar o orgulho de muitas pessoas na vila, talvez Hiashi sentiu-se se encaixando na ultima categoria. Eu nunca havia visto o Naruto tão radiantemente feliz como quando ele recebeu a carta de convite.
"-O nome dele é Uzumaki Naruto. E sim, ele está mais feliz como eu jamais o vi".
A falta da menção ao nome de Naruto na sua recente afirmação me deixou irritado. O veneno mortífero ainda respingando dos seus lábios mesmo depois de fechados. E então eu disse à verdade que provavelmente para ele é tão, ou mais, mortífera que seu próprio veneno; Naruto estava feliz.
"-Eu imaginei. Para ele que nunca foi ninguém receber um convite desses para concorrer ao cargo de Hokage".
"-Foi esse ninguém quem salvou a vila quando ela foi atacada pelo Pain há alguns anos atrás".
A boca que ele havia enchido há minutos atrás com a palavra 'ninguém' agora estava dura e fechada em uma linha severa em perfeita harmonia e conjunto com seu cenho rudemente franzido. Eu nunca iria evitar responde-lo, minha arrogância às vezes incontrolável não deixaria nada deste tipo sem resposta, porque meu orgulho quase doentio não me deixaria em paz me corroeria lentamente por dentro, ao ponto de me tirar dos eixos.
"-Hiashi-sama as cartas chegaram". A empregada disse em uma voz baixa melodiosa, submissa em demasia em minha opinião, isso me embrulhou o estomago.
Ele estendeu a mão em uma bandeja oval e mediana prateada e, recolheu as cartas. Já estávamos todos em pé perto da porta de saída da mansão. Hinata ao meu lado olhando avidamente o pai manejar as cartas com pressa, verificando do que se tratava. Ela parecia estranhamente ansiosa por algo que parecia não chegar nunca. Em um súbito repentino o vi rasgar uma carta branca e dizer muito baixo com seus lábios se movendo rapidamente 'finalmente' logo vi a respeito do que a preciosa carta se tratava: sim, era um dos malditos convites.
"-Parabéns pelo convite".
Minhas palavras foram sem sarcasmo sem ironia, minhas congratulações foram reais e verdadeiras. E ele me olhou insípido de cima a baixo como se eu não existisse como se eu fosse nada e, virou suas costas para mim.
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'Hinata'
Toda a discussão disfarçada com palavras sofisticadas que acabei de presenciar quase não me afeta mais, é como se estivesse imune depois de tantos anos, um escudo confortável que me protege. Mas, eu sei que para meu marido - a palavra marido dirigida a ele ainda soa estranha para mim -, Uchiha Sasuke, isso ainda não preencheu suas entranhas ao ponto de anestesiá-lo como ocorreu a mim.
Ele parecia cada dia mais arrependido do nosso casamento mentiroso, meu pai o ilusionou com palavras macias quando não havia para onde ele correr. Ele voltou à vila depois de oito anos com seus perfeitos vinte anos de idade. Então a Hokage, ordenou maleficamente que ele devesse estar compromissado para permanecer no local e desfrutar de uma vida, rapidamente meu pai ofereceu esse casamento rídiculo que carregamos até agora; a três malditos anos.
Ainda não entendi todas as razões de meu pai com esse casamento; orgulho, superioridade, egoísmo, superficialidade, ostentação, não sei, talvez seja um combo com tudo isso, mais a sua sede insana de maltratar Sasuke, essa parte eu entendo perfeitamente; vingança pelo fato do sangue Uchiha correr avidamente por suas veias. Despeito. Inferioridade. Cobiça... Inveja.
Nosso casamento de conveniência começou já no primeiro dia que deveria ser a odiosa lua de mel. Nós dormimos por dois dias no mesmo quarto; ele no sofá e eu na grande cama branca e, gelada como cada misero e escondido canto da casa. Logo no terceiro dia eu propus a ele que; dormíssemos em quartos separados para maior conforto pessoal, ele aceitou rapidamente e eu poderia dizer que até avistei uma sobra de sorriso em seu rosto imutável de feições perfeitamente bonitas frias e discretas - nunca o vi sorrir -.
Ele questionou sério - como sempre - se alguém notaria as mudanças e, eu acusei que: ninguém olhava duas vezes para o que eu estava fazendo. Hanabi é a prioridade e o foco de todas as atenções reluzentes e brilhantes de cada ser vivo e morto do clã, e eu, bem, talvez quando eu morrer alguém encontre meu cadáver gélido, rígido e azulado jogado descomposto e torto em minha cama três dias depois da minha triste, repentina e prematura morte. Três dias? Definitivamente não. Eu quis dizer três semanas.
Eu poderia me despedir do meu pai antes de ir ao hospital, mas, com certeza eu avistaria suas costas antes mesmo de terminar minha frase educadamente.
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'Sakura'
Meu café já estava morno e nojento na xícara. Ouvi Naruto divagar sobre seu começo de projeto, aquilo realmente estava me chateando, o barulho de sua voz se misturando com o tilintar de talheres me deixou levemente mais nervosa. Evitei revirar meus olhos para ele não notar minha feição impertinente. Disfarço bem, minto muito melhor.
Enquanto ele explicava detalhadamente cada resquício de seu brilhante projeto eu deixei meus olhos desviarem dos raios de sol que batiam insistentemente na janela para depois vagarem e espontaneamente se fixar sobre a minha bolsa, puxei displicente um dos meus cigarros mentolados procurando pelo isqueiro. Vi de relance uma careta mal feita no rosto do naruto, ele provavelmente já adivinhara o que eu iria fazer, e detestava.
Minha mente vagou solta ao sentir fumaça mentolada enchendo meus pulmões e rumando para meu cérebro perturbado arrancando toda a ansiedade que estava sentindo naquele momento, e sem ao menos perceber não escutava mais o que ele dizia; além de um leve zumbido rouco ao fundo. As paredes de cor creme pareciam estar se mexendo e pegando fogo, efeito causado pelo meu nervosismo, meu cérebro definitivamente estava me traindo mais rapidamente do que eu esperava.
"-E então ainda terá a festa de comemoração? Quantas pessoas vão ser?"
O interrompi brevemente apagando o cigarro no cinzeiro limpo fazendo o cheiro de menta ficar mais forte no ar quando ele mesmo rumou a conversa para a festa de comemoração pelo seu convite.
Definitivamente tentar se concentrar nos detalhes da tatuagem A.N.B.U. na curva bem formada do braço de Naruto e bater meus dedos sobre o grosso vidro fume da mesa não estava ajudando em nada, eu ainda podia sentir meus nervos inquietos rasgando minha calma com uma lentitude extrema.
"-É claro que sim, vamos chamar os amigos mais próximos, fale com a Hinata hoje no hospital e diga que; ela e o Sasuke estão convidados. Eu falarei com todos os amigos que encontrar, está bem?"
"-Sim, eu não vou esquecer".
Eu completaria minha frase com um amável querido, mas há tempos me recuso a tais amabilidades. Abri um grande sorriso para disfarçar – eu acho que sem muito sucesso. A angustia de ouvir o ultimo nome: Sasuke... Sasuke. Uma das peças indispensáveis do nosso quarteto de casais - será que alguém aqui é dispensável? Ou será que é ao contrario; todos são dispensáveis?
Desde que ele voltou e casou com Hinata nós quatro ficamos morbidamente muito próximos e, isso só contribuiu para eu não conseguir definir em que ritmo meu coração batia por ele, não conseguia organizar meus sentimentos e saber o que eles eram, em que categoria eles se encaixavam. Eu a Sakura sensata, pensava que; se ele se casou com Hinata é porque assim deveria ser, e se ele estava feliz, uma parcela do meu ser também estava.
Eu nunca entendi o repentino casamento dos dois. Para alguns apaixonados chatos era uma paixão avassaladora, para outros a palavra interesse definia tudo, eu não sei ao certo, mais a Sakura egoísta que estava dentro de mim - trancada e quase bem inapta e escondida - me dizia coisas que; nem no canto mais escondido, úmido, esquecido, embolorado e profundo e sujo da minha mente eu teria a audácia de recitá-las, talvez por vergonha, ou, talvez pela dor que causaria. No meu patético falido e doloroso caso, fico com a ultima alternativa.
"-Até mais tarde, querida."
Querida, ele ainda se dava ao trabalho de ser amável, ao contrario de mim. Ele despediu-se com um sorriso invejavelmente feliz, que dissipou minha ansiedade quase como a nicotina dos meus cigarros. Quando ele me pediu em casamento ele dirigiu a mim um desses seus sorrisos do seu acervo pessoal exclusivo e inacabável adornado em sua face linda de anjo, eu aceitei, eu o amei como ele disse que eu iria, ou, eu me enganei com o pedaço de seu amor emprestado que ele cedeu a mim?
Ele disse que teria amor pelos dois quando eu disse que meu coração quebrado estava seco e drenado. Eu acreditei nele e aceitei o empréstimo amoroso que ele me ofereceu, então eu o amei até o dia em que meus sentimentos se auto-conflitaram novamente - com a chegada de alguém - e meu breve casamento feliz caiu em um abismo de falências, sem direito algum a devoluções posteriores.
Às vezes era difícil para eu acreditar que nos meus quatro anos de casamento só o primeiro foi feliz, mas, mais do que difícil de acreditar é saber que; a simples maldita presença de alguém tirou tudo dos eixos tão rapidamente quanto um corpo demora a chegar e se quebrar em pequenos fragmentos no chão de um profundo abismo.
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'Naruto'
É estranho como as coisas mudam tão rapidamente e sentimentos novos aparecem e o que você achava que sentia vai embora, como o amor que você jurava há um minuto atrás que era verdadeiro e imutável viram cinzas em menos de um segundo.
Eu achei que podia amá-la para sempre, mas a verdade é que eu acho que nunca a amei. O amor enlouquecedor cego e doentio que eu achava que sentia pela Sakura desapareceu como uma tarde ensolarada de feriado. A paixonite infantil não era grande o suficiente para amadurecer e resistir. Eu não a queria mais, eu não a amava mais.
Eu deitava todas as noites ao lado dela e me afastava o máximo possível de seu corpo mantendo-me o mais longe possível do seu calor e cheiro, principalmente de seu tato, sentia uma pontada de culpa, mas, não me permiti reagir. Olhava o teto marfim e tentava inutilmente me distrair com os vincos ou as estrelas que a janela me permite ver. Tentava fechar os olhos e esquecer por um momento o inferno que eu me atirei, que eu próprio comprei para mim e dormir como um anjo que eu nunca poderia ser.
Ela costumava sair comigo depois do café da manhã e andávamos juntos conversando futilidades agradáveis até o hospital onde nos despedíamos com um rápido beijo carinhoso, depois começamos a nos evitar sutilmente; não nos falávamos muito e nossas conversas estavam cada vez mais esporádicas, nada de risinhos descontraídos e besteiras agradáveis como antes costumávamos fazer.
Eu comecei a sempre sair minutos antes dela com alguma desculpa nem sempre aceitável, na verdade elas geralmente eram bem monótonas até mesmo ridículas em alguns casos onde o desespero por liberdade tomava conta de mim me empurrando para as inevitáveis desculpas sem nexo.
Eu andava sozinho e olhava as diversas pessoas passando pelas ruas ocultando seus segredos se movendo rapidamente, outros lentos como se estivessem retardando suas inevitáveis vidas patéticas, algumas me cumprimentavam e outros simplesmente sorriam. Depois que derrotei Pain e recebi um dos convites eu fui reconhecido, não posso negar que isso me deixou orgulhoso e me fez querer sempre mais. Às vezes penso que minha obsessão por reconhecimento chega a ser algo doentio, algo que me espanta e eu me pergunto se seria capaz de qualquer coisa para chegar onde desejava. E a minha resposta é o que mais me assusta, o que me deixa em duvida comigo mesmo.
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Continua...
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"Ainda permaneço aqui dentro
Um pouco mais começo a sangrar
Queria que tivesse sido de outro jeito
Mas apenas não sei!
Não sei o que mais posso fazer!"
Every day is a exactly the same by Nine Inch Nails
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No próximo capitulo...
Cap 1: Out Of Secret
"-Sua esposa está linda." Ele disse olhando para hinata em todo seu trajeto até ela se afastar de nós entre o recente aglomerado de pessoas.
"-A sua também." Eu respondi seco não desejando levar aquilo à diante.
"-Acho que deveríamos trocá-las."
"-O que?" Eu respondi alarmado quase já não desejando ter o feito.
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\o/
Kyahh fic nova, drama novo, essa fic é inspirada nos filmes CLOSER - PERTO DEMAIS, INFIDELIDADE e MATCH POINT - PONTO FINAL (love s2 Jonathan Rhys Meyers *-* my king) mas não esperem uma releitura dos filmes.
Esse é o prólogo e eu acho que prólogos são meio chatos mais necessários, prometo que vai ser mais interessante do capitulo 1 em diante 9.9. Agora vocês devem estar pensando;' o que essa menina chata está fazendo?o.ó'... Então vou deixar claro que não gosto de SasuHina e nem NaruSaku, por isso podem ficar tranqüilos , ok?XD
Nessa fic eu resolvi transformar as qualidades dos personagens em tipos de defeitos; o Naruto em vez de obstinado não pode ser só obsessivo compulsivo por reconhecimento? E o Sasuke em vez de introspectivo e inteligente não pode ser só maníaco depressivo vingativo? Enfim... Espero que gostem da fic nova e dos defeit... Ops... Qualidades dos personagens, porque todo mundo sabe que cada qualidade tem um lado positivo e outro negativo... ;D... Até \o/
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O ministério da saúde adverte:
Deixar reviews evita a insanidade precoce do ficwriter!
¿Reviews? Onegai! XD