Fanfic dedicada a PATRICIA MORAIS
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Eros: o Deus do Amor
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Capítulo 1
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Já ouviram falar de como o Amor e a Alma se uniram? Já ouviram acerca da lenda do romance de Eros e Psiké?
Pois se não, é porque são uns grandes ignorantes e deviam ler essa história.
Eros era o deus grego do amor erótico e do desejo, um dos mais belos deuses do Olimpo, o qual já devem ter ouvido chamar como 'Cupido'. Mas essa é a versão romana e eu estou contando a versão grega, não confundam. Como eu estava dizendo, Eros era um deus grego e sua mãe, Afrodite, era a deusa do amor e da beleza. Num reino, o seu governante tinha três lindas filhas, duas delas as tinha casado rapidamente devido ao assédio constante que recebiam dos homens. Mas a mais nova delas, Psiké, era a mais bonita de todas.
De facto, a sua beleza era tão extraordinariamente fascinante, que nenhum homem se atreveu a desposá-la, assombrado. Era tão famosa por sua beleza que muitos homens de todo o mundo vinham vê-la e até lhe prestavam homenagens como uma verdadeira deusa. Afrodite, profundamente irritada e enciumada, mandou seu filho Eros fazer com que a humana se apaixonasse pela besta mais terrível e feia do mundo. Mas, quando a viu, apaixonou-se perdidamente por ela e organizou um plano para que a pudesse tornar sua esposa sem a sua mãe saber de sua traição.
Ordenou ao Oráculo que dissesse ao pai da jovem para a abandonar numa montanha, vestida de noiva, pois uma besta iria desposá-la. É claro que o rei teve que obedecer, naquela altura quem não fizesse o que um oráculo dissesse era considerado louco. Psiké ficou muito triste com seu destino, mas era corajosa e o enfrentou sozinha. Ao chegar à montanha, um sono a envolveu e Zéfiro, o deus do vento, levou-a cuidadosamente a um vale onde estava o castelo de Eros. A menina acordou e entrou nele, fascinada. Durante todo o dia, os servos invisíveis a serviram. Ela podia apenas ouvir a voz deles. Quando a noite chegou, eles a levaram até um aposento enorme. Os aposentos de seu marido, disseram.
Ela tremeu ao ouvir alguém fechar a porta atrás de si. Era ele. Foi ao temer a suposta besta terrível, que sentiu umas mãos humanas acariciarem seu corpo e uma voz grave e extremamente sexy a acalmou. Ela se entregou pela primeira vez a um homem nessa noite. No dia seguinte, ela acordou mas seu misterioso esposo não estava no leito. Sim, misterioso porque ela nunca lhe vira a cara. Durante os dias ela andava pelo castelo e pelo jardim, na companhia dos servos invisíveis, mas quando a noite chegava, seu amante vinha com ela.
Durante algumas semanas fora assim, até que ela sentiu falta das irmãs e implorou ao marido que as deixasse ver. Ele consentiu, mas com a condição de que o que quer que elas dissessem, ela não poderia ter sequer a ousadia de tentar ver o seu rosto. Isso significaria perdê-lo para sempre.
Claro que as irmãs a envenenaram e lhe disseram para ver o rosto dele, o que de facto ela fez. Sempre fora muitíssimo curiosa e todos diziam que isso, um dia, iria desgraçá-la. À noite, quando ele descansava em seu leito com sua esposa, ela acendeu uma vela e a ergueu para o poder ver. Se fosse um monstro, matá-lo-ia. Mas ficou de tal modo hipnotizada pela beleza e formosura de seu marido que teve até vontade de se matar por ter duvidado dele. Distraiu-se e uma gota quente de cera caiu no peito de Eros, que acordou com dor. Ao ver que fora traído, suas magníficas asas brancas apareceram e ele voou janela fora.
Depois, ela foi até ao templo de Afrodite e pediu para ver Eros, mas esta diz-lhe que ele está de cama devido à ferida que ela lhe causou e manda-a fazer quatro trabalhos perigosos para ter o perdão de ambos. O resto da história é o de sempre, ela arrisca-se no último dos trabalhos e quase morre, não fosse por Eros se recuperar e a salvar. No fim, ele pede a Zeus para tornar sua esposa numa imortal para poder viver com ele para sempre.
Enfim, essa história é linda de morrer e apaixonante. E vocês devem estar se perguntando, quem é essa idiota que nunca mais se cala? Pois eu respondo, já que sou muito educada (dependendo dos dias).
Sou Kagome Higurashi e estou aqui para vos contar a minha história, de como descobri que sou a reencarnação de Psiké e que Eros estava me procurando. Ou como eu o costumo chamar… Inuyasha.
Sou uma princesa do século XVII e sou, o que os homens costumam chamar, um pedaço de mau caminho em forma de mulher. Eu não sei muito bem o porquê deles dizerem isso, só ganham o meu desprezo. Eu sou bonita, eu sei, e não sou convencida. Apenas tenho espelhos em meu castelo. Na verdade, sou até bastante humilde e tenho apenas 18 anos. Começo a achar que tenho algum tipo de problema visto que já estou há 3 anos em idade de casar e marido nem vê-lo. Bom, eu também jamais me casaria sem amor, num casamento arranjado, mas eu sou uma princesa e esse é o meu dever. Pelo menos minhas irmãs já estão casadas.
Ah é, esqueci de dizer. Tenho duas irmãs bonitas e horrorosas e sou a mais nova delas. Err… Acho que vos confundi um pouco né? Eu passo a explicar… Tenho duas irmãs bonitas por fora e horrorosas por dentro, melhorou? Acho que sim.
Kagura é a mais velha, tem 24 anos, cabelos castanhos e olhos vermelhos. Sério, eu ainda tenho a minha teoria de que tenho uma irmã vampira, onde já se viu olhos dessa cor? A minha outra irmã é a Ayame, tem 21 anos, cabelos ruivos e olhos verdes. Essa até parece ser boazinha, de longe. Bem longe. São as duas muito bonitas, mas são tão invejosas e tão más que eu até me assusto… nem sei como é que o Naraku e o Kouga as aguentam. Pobres coitados…
Aqui só entre nós, eu acho que fui adoptada. Eu não sou parecida com nenhum membro da minha família. Minha avó paterna tinha os olhos de Kagura (outra vampira), meu pai tem os cabelos dela, minha mãe tem os olhos de Ayame e meu avô materno tem os cabelos dela. E eu? Fico onde? Minha família é tão estranha…
Eu tenho cabelos compridos, cacheados e negros, meus olhos são de um azul céu profundo, meus seios são fartos e bem redondos, minhas ancas são largas (mas sem exageros) com curvas perfeitas e minhas pernas são compridas e bem torneadas. Mas eu tenho um defeito, e talvez ele um dia seja a minha desgraça…
Sou muito curiosa.
Qualquer coisa interessante que eu veja, tenho que investigar. Não tem jeito, é uma coisa que me atrai, não só os mistérios mas também as coisas proibidas. Já me meti em várias confusões por causa dessa minha curiosidade. Não que eu seja uma coscuvilheira, eu não me meto na vida dos outros (a não ser das minhas irmãs, mas isso é porque gosto de as provocar…), mas eu realmente gosto de saber o que me rodeia e acho fascinante entrar em uma aventura. Se bem que eu já tenho uma todos os dias. Se vocês viessem viver um dia comigo iriam perceber. Podem ter desde se disfarçar de mendigos para fugir do castelo e ir para o vilarejo, até fugir das galinhas assassinas do quintal das traseiras por roubar uns míseros 48 ovos para fazer um bolo surpresa para mim.
Sim, bolo surpresa de mim para mim porque nunca ninguém se lembra do meu aniversário. Eu bem avisei que eu era capaz de ser adoptada, mas ninguém me leva a sério… Fazer o quê?
PLOFT
Não estranhem, sério, essas coisas acontecem comigo várias vezes. Não cai de bunda no chão, não parti nenhum vaso na minha cabeça, não me atirei de ponte nenhuma apenas… um pássaro decidiu fazer suas necessidades em pleno voo e 'aquilo' me acertou em cheio no ombro esquerdo. Nojo. É o que dá ficar pensando na varanda, um lugar totalmente desprovido de tecto. Porque é que eu não podia ter ficado em meus devaneios na minha cama? Pelo menos lá não havia ÓVI's (objectos voadores identificados. Ah pois é, eu sabia o que era aquela mistela que me acertou!)
- Kagome? Você está bem? O que é qu---
- Não, não! Por favor! Não comece! - pedi ao ver a cara dela.
- AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!!!!! - e chegou em grande aquele riso idiota e contagiante da Sango. É tão contagiante que mesmo eu estando irritada acabei rindo também…
Já me esquecia, Sango é a minha dama de companhia, minha melhor amiga desde neném. Somos absolutamente inseparáveis. Uma vez ela até foi comigo no banheiro. Não se espantem a Sango é sempre assim… Ela tem a mesma idade que eu, cabelos castanhos, olhos chocolate e é claro que também é muito bonita. Tão bonita que o general do exército do meu reino está sempre a cortejando. Bem, ela não liga muito para ele já que o Miroku sempre foi um mulherengo, mas ele parece gostar verdadeiramente dela. Houve uma vez que ele subiu na varanda dela sem escadas e com uma flor na boca, reclamando um beijo dela como recompensa de tal sacrifício. Ah, que romântico… Nem preciso dizer que ela corou até ao último fio de cabelo por todo o mundo ter visto aquela cena e jogou um balde nele. Não a água fria que tinha nele, ela fez questão de a despejar no chão do quarto e atirou o balde mesmo. Às vezes ela é tão má… Pobre coitado, caiu de bunda uns 7 metros. Ainda bem que não fracturou nenhum braço ou perna, seria um desperdício. Ele é um homem tão bom quanto… Opa! Kagome feia! Má! Não se aprecia os pretendentes das melhores amigas!
Quando dei um estalo em mim própria para me castigar, a Sango parou de rir e olhou para mim com cara de parva. Eu estive quase para lhe dizer 'O que é? Nunca viu ninguém dar um estalo em si mesmo? '. Mas é melhor não porque tenho a certeza de que ela iria responder um bem redondo NÃO.
- O que deu em você?
- Nada Sango, esquece.
- Tá, você é que sabe…
- Queria alguma coisa?
-Ah sim, já ia esquecendo. Seu pai me pediu para te chamar ao escritório dele, pela cara dele deveria ser algo sério…
- Aff… O que é que ele quer agora? Se é para me apresentar outro marido é melhor ir esquecendo!
Ela deu de ombros - Não é assunto que caiba a uma empregada, por isso não me devo meter…
Saí irritada do meu quarto, batendo com força os pés nas escadas de madeira enquanto descia, assim era para o meu pai saber que já estou zangada mesmo antes de o ver.
Entrei no escritório e reparei que um vulto estava atrás dele. Mas era um tanto pequeno. Oh meu deus! Não me digam que ele decidiu me casar com um anão! O que é que eu faço? Eu não me dou muito bem com gente pequena, na maioria dos casos costumo tropeçar nelas, mas… isso é um caso à parte e aquele vulto não é assim tão pequeno…
- Kagome? Você está me ouvindo? E porquê essa cara de funeral?
Saí de meus pensamentos e olhei para ele e esbocei o meu melhor sorriso falso. Se calhar ele estava falando comigo.
- Kagome? Fala alguma coisa, filha!
Eu acho que ele está mesmo falando comigo, mas a preguiça de o ouvir é tanta que nem tento sequer… ouço apenas uns blás blás blás de fundo.
- KAGOME!
Ui! Acho que é comigo mesmo.
- Diga papai!
- Puxa a vida Kagome, você nunca me ouve e ainda fica com cara de tacho olhando para mim com esse sorrisinho de 'Eu acho que ele está falando comigo e eu não estou ouvindo'. - tamborilou os dedos na mesa, irritado e esperando uma explicação minha. Eu tenho várias escolhas do que posso dizer nestes momentos, tenho praticado muito em frente ao meu espelho. A chave é nunca deixar a minha raiva ou o meu desespero falar por mim, por isso é melhor optar por dizer as coisas básicas e mais carinhosas que uma boa filha conhece.
- EU NÃO VOU CASAR COM ESSE ANÃO AI!
Definitivamente, tenho que praticar melhor. Eu ia dizer algo como 'Te adoro papai! ' ou 'Me desculpe. Eu já disse que te adoro? '. Mas não… eu tinha que ir directa ao ponto…
- O quê? - óptimo, agora é ele que está com cara de parvo. - Minha filha, você tem certeza que está bem? Que anão?
- Esse ai ao seu lado! Tenha vergonha! Que tipo de pai casa a filha mais nova, a jóia mais preciosa da coroa real com… com… um anão!
- Anão? Ah, está falando dessa pessoa aqui?
- Achei que tinha sido óbvia, papai. - fiz cara de tédio.
- Não é anão nenhum, é apenas a senhora Kaede, minha amiga desde a infância.
Senhora? Senhora? Então o anão é uma anã? Ela se virou e tirou o manto negro que vestia. Afinal não era assim tão baixa. E parecia ser simpática, pelo menos tinha um sorriso amigável no rosto.
- Bom te encontrar de novo… Psiké.
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Continua...
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Pensem nesse capítulo como um prólogo. Eu estou cansada e não consigo postar mais nada. Mas os próximos capítulos serão o triplo desse daqui, tá?
Como devem ter reparado no início, essa fic é TOTLAMENTE dedicada para a minha melhor amiga PATRICIA, que já me dedicou um montão de fic's e eu nunca o tinha feito. Achei que estava sendo uma amiga desleixada e por isso resolvi escrever essa história pensando nela.
BRIGADA AMIGA DO CORAÇÃO! PARA SEMPRE BEST FRIENDS!
Essa história vai ter uns 4 capítulos, talvez 3, já que eu vou fazê-los bem grandes… espero que gostem e que mandem muitas reviews!
Ja ne, minna!