Tylenol
Por Mili Black


- I-Ichigo?

Os olhos do rapaz brilhavam maliciosos em direção a ela. Ichigo deu um meio sorriso e se inclinou mais na direção da morena, prendendo as pernas dela entre as suas.

- Sim? – Respondeu num sussurro rouco, enquanto inclinava lentamente seus lábios na direção nos da garota.

Rukia estava se sentindo hipnotizada, e sem acreditar nessa situação irreal em que se encontrava. Suas faces foram se aproximando lentamente, e os olhos da morena foram se fechando.

Ichigo suspirou quando sentiu a boca quente de Rukia pressionada na sua, e sem esperar foi, aprofundou o beijo, esquecendo de tudo ao seu redor. A prensou mais ainda contra a cama, e desceu sua mão direita até sua cintura e a apertou forte, arrancando um suspiro da morena.

Rukia segurou com as duas mãos a nuca do rapaz, e o trouxe para mais perto. Fechou suas pernas ao redor do quadril dele, arrancando um gemido rouco dele contra sua boca.

Ele colocou sua outra mão no outro lado da cintura da jovem, moldando-a. Então foi inclinando-se para trás e sentou na cama, com Rukia em seu colo.

Ela afastou um pouco sua boca da dele num momento de necessidade para respirar, quando sentiu a mão e Ichigo apertar levemente sua coxa. Foi aí que chegou sua lucidez.

- O que... – Sem dar tempo de dizer mais nada, sentiu a boca do ruivo contra a sua avidamente, e ela corou quando sentiu a excitação dele entre suas pernas. – Não Ichigo, espere... – Novamente tentou se afastar, mas foi outra tentativa frustrada.

Ichigo com uma mão percorreu do fim das costas da morena até sua nuca e a segurou firmemente, começando a mordiscar seu lábio inferior.

Mesmo com uma parte sua não querendo isso, Rukia não pôde evitar suspirar e passar sua língua no lábio superior do ruivo, o causando um gemido.

Rukia desceu as mãos pelo peito do rapaz até a borda de sua camisa, sentindo todos os músculos definidos em suas mãos. Puxou a camisa dele para cima e Ichigo imediatamente parou o que estava fazendo e terminou de tirar a peça de roupa.

Ele colocou suas mãos por dentro da blusa da garota e acariciou toda sua barriga, causando suspiros em RUkia. Ela por sua vez acariciou do abdômen do rapaz até seu colo, e prendeu o pescoço dele entre suas mãos, colando seu corpo no dele.

Eles gemeram ao contato, e Rukia já tinha esquecido que não queria que continuassem com isso.

Ichigo inclinou um pouco a morena para trás e começou a distribuir beijos molhados pelo seu colo, abaixando as alças de sua blusa. Rukia gemeu roucamente quando sentiu a boca do rapaz no seu seio esquerdo por cima de sua blusa, enquanto ele massageava o direito com a outra mão.

Rukia sussurra o nome do rapaz e num gesto bruto, desabotoou rapidamente a camisa de seu pijama e a joga para trás, deixando seus pequenos seios nus.

O ruivo voltou a beijar o colo da garota e foi descendo, e logo estava dando beijos molhados sobre os seios dela. Rukia gemia baixinho em cada contato, adorando tudo aquilo, por mais que achasse surreal.

Ele passou a ponta da língua no bico do seio arrepiado da garota, que tremeu com o contato, e logo depois o abocanhou.

Rukia gemeu, inclinando a cabeça para trás. O ruivo estava satisfeito consigo mesmo, porém estava longe de se saciar. Enquanto sentia Ichigo ficar-lhe lambendo os seios, ela com seu autocontrole habitual, afastou um pouco o quadril para trás e começou a desabotoar a calça do ruivo, que começou a reclamar por ela ter se afastado.

Ela riu-se e o afastou com tudo, o prensando contra a parede. Ichigo olhou ofegante para a morena, com uma sobrancelha erguida. Rukia terminou de desabotoar a calça do ruivo e saiu de cima dele, jogando a roupa no chão.

Tirou sua calça, ficando apenas de calcinha e novamente sentou-se no colo dele, quase arrancando-lhe um gemido.

Ichigo sorriu e voltou a beijar a garota – dessa vez na boca, - quando ela o parou e mordiscou o lóbulo de sua orelha.

Ele se arrepiou.

Estava em ansioso e totalmente desnorteado, quando escutou um grande impacto na porta de seu quarto, mas resolveu não ligar. Quando, novamente outra batida, e dessa vez Rukia se levantou.

- Quem... O que... – Ela olhava corada, ofegante e surpresa para o ruivo a sua frente, que por sua vez a encarava apenas ofegante e irritado por os interromperem. – Nós estamos... er...

- ICHIGO, ABRA ESSA PORTA! – A voz de seu pai estava furiosa atrás da porta, e as batidas insistentes continuavam.

Ichigo suspirou irritado.

- Não dá pra parar. – E sem esperar qualquer outra reação de Rukia, novamente a beijou. Rukia procurou se afastar, mas os braços fortes do ruivo a impediram.

- Ichigo, não... Ichigo, seu pai ta na porta... – Ela apelava pela razão do ruivo, mas não adiantava de nada.

E antes que se rendesse totalmente aos prazeres que ela sabia que ele poderia proporcionar, fez a única coisa que lhe veio à mente.

- Bakudou número 1, Sai! – E os braços do ruivo são empurrados bruscamente para trás por "uma força maior" e ele cai deitado em cima da cama, sob o olhar atônito de Rukia.

- Eu... erh... – Ela fica de pé, totalmente ofegante e descabelada, sem acreditar na situação que havia vivido. – Deus...

- Rukia, tire isso de mim, vamos! Não estou com cabeça pra isso agora! – Ichigo se movimentava em cima da cama no intuito de se soltar do aprisionamento, mas sem sucesso. – Você sabe que se eu quiser, posso me soltar daqui fácil, fácil...

- EU VOU CONTAR ATÉ DEZ!

- Ichigo, cala a boca! Seu pai ta aqui! – Rukia falou, em pânico, começando a vestir sua camisa. – Ponha uma roupa!

Ichigo bufou.

- Mas como eu vou por uma roupa se você não me solta?! – Ele continuou a reclamar, enquanto observava atentamente a morena se vestindo.

Praticamente gemeu quando ela se agachou para pegar a sua calça.

- Se solte você, sua anta! Você não é tão forte?! – Rukia, já completamente vestida, jogou a calça para o ruivo e jogou a camisa dele dentro do guarda roupa. – Vamos! Fale par ao seu pai que já vai abrir!

- Porra... JÁ VAI, VELHO! – Ele gritou o que Rukia mandou e elevando um pouco sua reatsu se soltou do aprisionamento e começou a vestir sua calça, chamando vários palavrões enquanto isso. – Merda, isso é tão injusto...

Rukia ajeita os bagunçados cabelos negros, pigarreia e vai abrir a porta.

- Erh... Olá, senhor Kurosaki! – Rukia encara um Isshin com uma expressão assustadora e desconfiada, segurando uma embalagem branca na mão.

A embalagem do remédio que ela havia comprado.

- Rukia, por que você está com o rosto vermelho? – Isshin pergunta aparentemente casual, num ato que não conduzia em nada com ele, enquanto entrava no quarto.

Rukia ri sem graça e pôs sua "máscara".

- Está calor, senhor Kurosaki.

Isshin ignora as palavras de Rukia e olha para Ichigo, que estava sentado na cama com o cobertor sobre suas coxas e quadril, com uma expressão muito raivosa no rosto.

- Ichigo, o que é isso? – Isshin pergunta, mostrando a embalagem branca.

- Tylenol. – Ele responde controlado.

- Não, não é. Isso é um viagra. – Isshin pisca demoradamente. – Eu até aceitaria se você fosse gay, Ichigo. Mas... – Ichigo ergueu uma sobrancelha diante das palavras do seu pai. – SER IMPOTENTE É OUTRA HISTÓRIA! QUER DIZER QUE VOCÊ NÃO HONRA A LINHAGEM DOS KUROSAKI?

Uma gota escorreu da testa de Ichigo.

- Como?

- E ainda mais com quinze anos! Que absurdo. – Isshin se sentou na cama ao lado de Ichigo. – E tomar um comprimidozinho desses é um problema quando não saciado... – Ele olha sugestivamente para Ichigo e depois para Rukia, que estava num outro canto do quarto, totalmente corada. – Não é?

- C-claro... – Rukia confirma nervosa.

- Quer que eu te leve a um médico, filho? Eu, como seu pai não me incomodaria disso e além do mais garanto que a Rukia iria gostar de ter você natural e poten...

- CALA A BOCA! – Ichigo grita, nervoso. Algumas veias saltavam de sua testa. – ISSO NÃO É COISA QUE SE DIGA, SEU TARADO! FORA DO MEU QUARTO!

- Mas, Ichigo seu ingrato, eu só quero ajudar! – Isshin se defende, indignado.

- VOCÊ MAIS ATRAPALHOU QUE AJUDOU!

Os olhos de Isshin brilharam.

- QUER DIZER QUE VOCÊS TAVAM SE PEGANDO? AHÁ, EU SABIA! QUE BELA SURPRESA PRA UMA CHEGADA DE VIAGEM, HEIM? PARABÉNS ICHIGO! – Ele tirou seu olhar de Ichigo e lançou para Rukia. – PARABÉNS RUKIA-CHAN, E OBRIGADA POR TER ESCOLHIDO MEU FILHO!

Uma gota escorria da testa de Rukia.

- PÁRA DE FALAR MERDA, KARIN E YUZU PODEM ESCUTAR! – Ichigo berrou.

- Não se preocupem, elas estão dormindo feitos anjos! – Isshin falou abobado, observando Rukia. – Anjos virgens, só para constar.

- CHEGA ISSHIN! VAZA! –Ichigo se levantou da cama, quase se esquecendo do efeito do remédio que tomara.

Isshin observou o volume nas calças do ruivo perplexamente.

- Uau... Você tomou quantos comprimidos?

- Eu acho que não sou tão impotente assim, afinal. – Ichigo respondeu sarcástico, enquanto ignorava uma Rukia totalmente corada ao seu lado. – SAI VELHO TARADO!

- Tudo bem, eu saio. – O médico disse por fim, saindo pela porta. – Não atrapalho mais vocês, e boa sorte! – Mas antes de sair completamente do quarto, quando voltou tirando uma camisinha do bolso. – É uma proteção, a use! – E Isshin joga a camisinha na testa do ruivo e sai do quarto, deixando todos surpresos e corados.

O silêncio se apoderou no local, e nem Ichigo e nem Rukia tinham coragem suficiente para olharem um para o outro.

- Erh... Ichigo... – Rukia fora a primeira a se pronunciar, e Ichigo não sabia se agredecia ou chorava por isso. – Nós quase... Bem, você sabe... Mesmo?

Ichigo não sabia se ria ou ficava bravo pela pergunta.

- Sim... – Ele responde calmamente, enquanto se sentava na cama. Aquilo ainda incomodava, mas ele sabia que não iria conseguir nada. Iria ficar na mão, literalmente. – Só não fizemos porque o velho apareceu...

Silêncio novamente.

Ichigo guardou a camisinha que estava em sua mão na gaveta de sua mesa e se deitou na cama, se cobrindo totalmente.

- Boa noite, Rukia. E apague a luz quando sair.

Rukia olhou confusa para o rapaz deitado, ainda estática no lugar. Simplesmente não conseguia esquecer-se do que ele a fez sentir, e nem do que ela havia o feito sentir.

- Hm... Certo. – Ela caminha lentamente pelo quarto até a porta, sem realmente prestar atenção no que fazia, por não conseguia tirar os olhos do rapaz.

Mas quando pôs a mão na maçaneta, desistiu de sair. Não tinha nada a perder.

- Hum, Ichigo... – Ele se vira e caminha até o rapaz.

- Que?

- O que é viagra?

- Ahm... – Ele se descobriu parcialmente e se levantou, olhando dolorosamente para Rukia. "Garota má, muito má." – É um instigante... Sexual... O Urahara o deu pra você me dar, provavelmente. Ele não presta.

- Ah, instigante sexual. Sei. – Ela se levantou da cama e foi até a mesa do ruivo, tirando e dentro da gaveta dela a camisinha que ele havia jogado lá. – E o que é uma camisinha?

- Camisinha? – Ele olhou da camisinha para a morena, e da morena para a camisinha. As perguntas que ela estava fazendo eram excitantes, por mais que ele tentasse se controlar. – É um preservativo, um homem o usa durante o sexo para não engravidar a mulher...

Ichigo realmente não acreditava que estava explicando essas coisas para RUkia.

É absurdo.

- Ah, entendo. – Ela disse, enquanto se aproximava novamente do ruivo.

Sem querer, Rukia enquanto mexia no pequeno pacote acabou o abrindo.

- Me ensina a por ele em você?

Muito Absurdo.


N/A: Caraca pessoal desculpem-me pela demora! É que minha net ta num vai-ou-não-vai, porque ela só pega quando quer. Um carinha aqui tem que vir concertar, mas ta dificil... Não está betado, e a parte do quase hentai está escrito MUITO MAL. ABSURDAMENTE MAL. Eu esperava mais de mim, é que, tipo... escrevi correndo. Rere.

Mas pelo menos espero que alguém tenha gostado.

Mili Black