Olá pessoas :) Finalmente criei coragem e estou postando uma fic que não é one-shot, eu tenho a idéia dessa fic há uns 2 anos na minha cabeça, mas sempre adiava. Agora que estou descansando em casa por um tempo graças a minha maravilhosa (cof cof) saúde, resolvi criar vergonha na cara e terminar. Eu gosto muito da história toda, então estou fazendo um teste, vou postar o primeiro capítulo e se alguém gostar e quiser que eu continue postando, eu continuo. Eu demoro bastante para escrever, mas tenho 4 capítulos prontos já e planejo postar uma vez por semana.
Então, sejam bonzinhos e digam se querem que eu continue. E claro, obrigada por ler até aqui.
Disclaimer: Como é de costume, Inuyasha e todos os outros não me pertencem. Só a história.
Atenção!
Os pensamentos vão estar sempre "entre aspas", embora na maioria das vezes eu diga a ação da personagem. Em alguns casos, como ocorre com o Miroku nesse capítulo mesmo, eu utilizo as aspas para a fala de algum personagem, mas ela não é tão importante assim. Acredito que dê para notar a diferença.
Palavras em negrito, geralmente, têm enfâse.
Palavras em itálico, geralmente, demonstram o uso de um tom de voz diferente, isso vario muito do diálogo. Com o contexto, dá para imaginar a voz.
Palavras* com asterisco em cima têm nota no fim da fic.
Eu não uso as novas regras gramáticais, por isso, a fic está cheia de erros.
Aquela era uma noite de verão, a correnteza de ar estava especialmente forte e fazia com que as janelas abertas daquela pequena cidade batessem e acordassem os moradores, parecia que logo iria chover. Já passava de duas da manhã e as ruas encontravam-se desertas, o céu estrelado contornava a grande lua cheia que iluminava o caminho de um gato ou outro que ainda estava acordado e andava sem rumo.
O rapaz, que até então dormia, ouviu a janela de seu quarto bater, acordando-o. Levantou-se irritado, aquela ventania não era normal, não naquela época do ano. Ficou sentado alguns minutos na cama olhando para a janela em uma tentativa inútil de fechá-la com o pensamento, desistiu suspirando. Andou por todo o quarto até chegar ao objeto de toda a irritação, olhou para fora e pensou em como aquela cidadezinha era entediante, sentiu o cheiro de chuva no ar, estava prestes a fechar a janela quando um ponto chamou-lhe atenção.
Era uma silhueta feminina em contraste com a luz da lua, isso tornava seu rosto e tudo o mais que poderia identificá-la em um borrão negro, seu cabelo era comprido e liso e voava livremente em meio a toda a ventania.
- "Quem estaria na rua essa hora?" – pensou o rapaz.
A mulher parecia ter sido capaz de ouvir os pensamentos do rapaz, pois virou o rosto em direção a casa onde ele se encontrava e abriu seus olhos, como se as estrelas do céu caíssem e repousassem naquele vulto escuro dois pontos se iluminaram e naquele momento ele teve a certeza que aquela mulher jamais pisara em sua cidade. Ela piscou algumas vezes, agora olhando em volta e abriu um sorriso, começou a caminhar e pouco a pouco o vendaval que começara sem motivos se dissipava até finalmente se tornar uma brisa de verão. Mesmo depois do sumiço da silhueta na escuridão da noite o rapaz continuou olhando para fora por horas, soltou mais um suspiro antes de voltar para a cama e dormir.
Fitava o criado-mudo, a qualquer minuto o despertador começaria a gritar, mas a preguiça de desativá-lo era tão grande que o rapaz só conseguia encará-lo, pedindo mentalmente para que naquela manhã o aparelho resolvesse quebrar ou simplesmente percebesse que ele estava acordado e não funcionasse, mas suas suplicas foram inúteis.
- "Preciso perder essa mania de achar que as coisas vão obedecer meus pensamentos!" – pensou levantando-se e dando um tapa no despertador, parando a barulheira.
Foi até o banheiro, encheu a mão com a água gelada e jogou no rosto, repetiu aquilo inúmeras vezes até sentir que estava acordado de verdade, escovou os dentes e penteou os longos cabelos brancos. Voltou até o quarto e vestiu seu uniforme, pegou a mochila em cima da cadeira e desceu para a cozinha, abriu a geladeira e pegou uma garrafa de suco de laranja e tomou um grande gole no gargalho mesmo, foi até o armário e jogou dois pacotes de batatas chips na mala. Olhou o relógio na parede, poderia ir tranqüilo para a escola.
- Amigããão!
Um sorridente rapaz moreno corria para o portão da escola, seu cabelo castanho-escuro estava preso em um pequeno rabo-de-cavalo baixo. Era alto e magro, seus olhos também eram castanhos.
- O que você quer agora, Miroku?
- Já está sabendo? – disse Miroku.
- Eu deveria estar sabendo de algo? – retrucou.
- Mas que mau-humor! Não vou te contar mais nada também, Inuyasha. Você é muito mal agradecido! – reclamou o moreno.
- Não aja como se eu gostasse de ouvir o que você fala, Miroku e já que eu toquei nesse assunto... Já te disse que você parece uma garota correndo assim pelo colégio só pra contar uma fofoca? – disse Inuyasha.
- Você é o único que reclama! – respondeu Miroku, dando de ombros.
- Sinto dizer, mas sou o único sincero nesse lugar.
Miroku parecia que ia retrucar, mas algo lhe chamou a atenção e o fez novamente sair correndo pela escola "Sangoziiiiiiinha, bom dia, meu amor". Inuyasha suspirou, afinal de contas, o que será que havia acontecido para deixar Miroku tão bem humorado?
O rapaz não teve muito tempo para se questionar já que o sinal logo tocou e ele se viu obrigado a ir para aula. Sentou-se na penúltima carteira da primeira fileira, Miroku sentava-se em sua frente, isso explicava o fato do moreno achar que eram amigos, ao menos era no que ele acreditava, ao seu lado não sentava ninguém e ao lado de Miroku sentava-se uma garota morena, garota essa que o moreno parecia ter uma grande obsessão, o que divertia Inuyasha, já que ela não demonstrava o mínimo interesse nas cantadas e safadezas do rapaz. Muito pelo contrário.
Miroku virou-se para trás e começou a falar animado:
- Então, como eu te contava na entrada, você não sabe...
- Não quero saber.
- Mas...
- Ele não quer saber, Miroku. Cale a boca e pare de irritar os outros com suas perversões. – cortou a garota.
- Ah! Como eu não imaginei que era algo pervertido? – comentou Inuyasha, revirando os olhos.
- Não fale assim de mim, Sangozinha, você faz parecer que eu sou um tarado! – disse Miroku choroso.
- Mas você é. – disseram Inuyasha e Sango ao mesmo tempo.
O moreno resmungou alguma coisa e virou-se novamente para frente. Ele notou que a professora já havia começado a falar sobre sua "fofoca" e isso fez com que ele abrisse um sorriso, como se esquecesse completamente que estava emburrado, Miroku olhou para traz e cutucou Inuyasha, que agora se encontrava com a cabeça baixa, quase dormindo.
- Olha lá! Olha lá! Não dorme ou você vai perder! – disse empolgado.
- Pode entrar agora. – disse a professora.
Inuyasha continuou com a cabeça baixa, mas olhou curioso para a porta. Pelo entusiasmo de Miroku deveria ser alguma aluna nova, mas era uma época muito estranha para alguém ingressar em uma nova escola.
- Isso, isso, pode entrar. – comentava Miroku para si.
E a porta se abriu e por detrás dela saiu uma garota, o sorriso de Miroku alargou-se de uma ponta a outra do rosto. A única coisa que Inuyasha pôde pensar foi "que garota baixa!", ela tinha um grande cabelo negro trançado e era, realmente, bem baixa. Seus olhos estavam fechados e ela parecia criar coragem para entrar, pois estava parada.
- Não precisa ter vergonha. – disse a professora. – Essa é a Arashi-san, ela vai terminar esse ano conosco!
E como se ao ouvir seu nome ela acordasse, seus lábios contornaram seu rosto em um sorriso e seus olhos se abriram. Inuyasha que até então estava com a cabeça baixa levantou-se, fazendo Miroku novamente tentar falar com ele.
- Há! Eu tentei te avisar, amigão!
- Bom dia, meu nome é Arashi Kagome e vim de Tókio. É um prazer conhecê-los, espero que possamos nos dar bem durante minha estadia aqui. – disse.
Inuyasha a encarava, Kagome era dona de olhos azuis claríssimos, pareciam duas piscinas profundas que afogariam qualquer um que ousasse olhar demais. Ela correu os olhos por toda a sala e parou no rapaz que tanto a encarava e novamente seu rosto se abriu em um sorriso.
- Você pode se sentar ali no fundo da sala, atrás do Inuyasha. – disse a professora apontando para a última mesa vaga da fileira.
- Se controla, Miroku, olha o vexame. – disse Sango ao perceber a empolgação do moreno.
- Certo. – respondeu Kagome.
Ela caminhou lentamente até o lugar, sendo seguida o tempo todo pelos olhos de Inuyasha. Kagome colocou o material sob a mesa, mas fez uma careta.
- Desculpe professora, não posso me sentar aqui.
- Como disse? – perguntou a velha senhora.
- Esse lugar que você falou para eu me sentar. Eu não posso sentar aqui. – repetiu calmamente.
Os olhos quase dourados de Inuyasha, que até então seguiam a garota, reviraram-se em uma expressão de pura irritação e seu rosto se fechou.
- Qual o problema com esse lugar? – disse Inuyasha.
- Você. – respondeu Kagome apontando para ele. – Não posso me sentar atrás de você.
Miroku que até então sorria feito bobo, virou-se para Sango, instintivamente, perguntando se ela fazia idéia do que acontecia, ela só acenava negativamente com a cabeça. Inuyasha fechou os punhos e alterou o tom de voz.
- Ah, então eu sou o problema? É incomodo pra uma humana como você ficar perto de um yokai como eu? Deve ser realmente horrível ter de conviver com um dem...
- Você é muito alto. – retrucou Kagome, mexendo distraidamente em seu cabelo.
- Ahn? – disse Inuyasha olhando-a confuso.
- Você. Você é muito alto. – repetiu, apontando para ele e depois para si mesma. – Eu não enxergo a lousa se você ficar na minha frente e bom, eu preciso enxergar a lousa, não preciso?
- Desculpe, Arashi, eu não pensei nisso. Sango, por favor, pule uma carteira para trás e deixe que ela sente em seu lugar. – disse a professora.
- Ah meu Deus, obrigada Kaede-sensei! Achei que nunca iam me tirar do lado desse estorvo! – disse Sango apontando para Miroku e logo depois erguendo as mãos para o céu.
- Sem escândalo, Sango. – disse a velha senhora sorrindo. – E você, Inuyasha, pode sair e beber uma água se achar necessário.
Inuyasha permaneceu imóvel olhando para a garota que ainda encontrava-se parada ao seu lado, ela puxou a mochila que estava em cima da mesa e sussurrou, para que só ele ouvisse:
- Eu sabia que era você o rapaz de ontem! Mas não se preocupe, eu não tenho problema nenhum com o fato de você ser um meio-yokai. Pelo jeito você dá mais importância para suas orelhas do que eu!
- Eu não te disse que eu era um meio-yokai. – retrucou.
- Eu nunca disse que você precisava me falar para eu saber. – disse, sorrindo.
- Arashiziiiiiiiiinha, venha e sente-se do meu lado. Eu te ajudarei em qualquer coisa que você precisar! – disse Miroku.
- Cala a boca, Miroku. – disse Sango.
- Está com ciúmes, meu bombonzinho?
- Miroku, o senhor poderia fazer o grande favor de se comportar? Estamos em uma sala de aula! – disse Kaede.
Kagome caminhou até seu lugar, mas pôde ouvir Inuyasha chamando-a.
- Hei, garota tempestade*...
- Hm? – respondeu Kagome.
- Eu vou ficar de olho em você. – disse sério.
E ela sorriu.
- Obrigada, isso facilita as coisas pra mim.
Nota*: Inuyasha usa "garota tempestade" porque Arashi em japonês é tempestade :)
A fic, como deu para perceber se passa no Japão, mas acho que acabei criando um Japão ocidental demais! Detalhes, detalhes, nem tudo é perfeito xD
Espero que vocês gostem, eu reli pelo menos 10 vezes (isso e sério!) esse capítulo para que ele ficasse do jeito que eu queria, achei meio curtinho, mas tudo bem, com o tempo eu melhoro (ou não, né? xDD) Rewiews são sempre bem vindas. Beijos :*