Autor: Dark K.

Título: Lightless

Capa: http : / / i161 . photobucket . com / albums / t233 / DarkAngelSly / lightless . jpg

Ship: Tom X Ginny

Gênero: Angst

Classificação: K

Essa fic não faz um pingo de sentido. Só pra avisar. Ah, eu tbm não consegui manter a promessa. x)

A música entre os trechos da fic é Anything but love, do Apocalyptica. Fic feita para os Challenges Relâmpago e mini Gn'n'Tonic do 6v \o


lightless

So go on and fight me

Go on and scare me to death

I'll be the victim

You'll be the voice in my head

"Possua-me."

As palavras um tanto vulgares e tão absurdas saíram de minha boca muito antes que eu pudesse me controlar, anos antes de nossos filhos virem, e Harry me beijou e fez amor comigo de sua maneira serena, carinhosa, terna...

Amor. Ele fez amor. Ele não me possuiu.

E não era aquilo que eu queria

eu não sei o que eu queria

Porque o que eu queria era você, e eu não sei o que você é

porque você nunca existiu.

You send me to a broken state

Where I can take the pain

Just long enough

That I am numb

That I just disappear

Eu nunca pedi que você me possuísse, você só o fez. Você só arrombou minha alma e cavou fundo um espaço nela, como marcas em relevo, e o deixou lá, vazio, possuído, um espaço seu: sem a minha permissão.

Acho que permissão e pedido na verdade são a nulidade da possessão. Não se possui algo que deseja ser possuído porque então não há graça no jogo.

Pedir para ser possuída por Harry me rendeu seu amor. Talvez se eu tivesse me rendido a você, minha alma ainda fosse minha e estivesse inteira, e quem sabe eu poderia ver um pouco de luz

ou mesmo de escuridão.

Porque tudo que eu tenho é a ausência das duas, e isso está me matando.

Metaforicamente.

Que patético.

So go on and fight me

Go on and scare me to death

Tell me I asked for it

Tell me I'll never forget

Olhos de véu.

Não os meus, os seus. Véus que cobriam a noite e deixavam a escuridão toda lá fora. Como tiras finas de luz que se interpunham entre mim e o que eu deveria ver, me fazendo acreditar que nada era tão ruim. Você nunca foi escuridão completa, porque sempre me rendeu o pouco de luz que eu precisava para continuar a acreditar que a luz simplesmente existia e que você fazia parte dela.

Dizem que a luz não existe sem a escuridão, e por alguns momentos tolos e infantis, eu imaginei que eu era a sua luz e você existia por mim.

Demorei tantos anos para perceber que eu, na verdade, que era escura. E que você não era nada.

Você é ausência de cor, luz e intensidade.

Você é a não-luz, a não-escuridão, o véu encoberto de ausência que me separa da realidade e me faz ver que talvez a luz nem mesmo exista.

Ou talvez quem não exista sou eu.

Você é a ausência de tudo, e isso tem um nome: ódio.

Oh stripped down to my naked core

The darkest corners of my mind are yours

That's where you live, that's where you breathe

Eu só entendi a luz quando vi Harry. Ele era claro, com tons em verde escuro, uma figura intensa e viva. Eu podia sentir a luz que vinha dele, a claridade que havia em sua alma.

Olhos de espelho.

Emoções na manga, sorrisos prontos, e eu enterrei você no mais fundo do meu coração, porque Harry havia matado o basilisco e me salvado e, na verdade, quem precisaria mais do que isso?

Eu.

Eu precisava, mas ninguém viu, porque eu era uma figura envelhecida em sépia, sem calor ou amor durante muito tempo, mas por fora eles diziam que eu era a luz.

Eu não era. Eu a perdi. E foi aí que comecei a pensar que eu era, na verdade, a escuridão.

Without any faith

Without any light

Quando Harry terminou comigo no nosso sexto ano, eu disse a ele que nunca havia desistido dele – e realmente nunca desisti.

De alguma forma eu sempre achei que ele fosse me encontrar e me salvar. Só que ele nunca me achou.

Deve ser porque nem eu mesma sei exatamente onde é que eu me encontro.

Não existe um herói com espada para me salvar do que não existe.

E nem eu existia mais.

Mas ele matou você e voltou para mim. Ele fez minha mãe sorrir mesmo quando nosso irmão havia morrido, e ele deu destaque a Ron. Ele era bom e carinhoso e me abraçava e entendeu o quanto eu não podia chorar – e ele dizia que admirava minha força.

Só que não era força: era ausência de medo.

Eu me casei e Harry continuava sendo luz, enquanto eu era... apenas eu. De alguma maneira você não morreu porque ficou aqui. Não se matam ausências. Não se eliminam não-presenças.

Os anos passam e sua voz se torna mais forte na minha cabeça, ao ponto de eu quase poder vê-lo, seus olhos e seus véus. Eu os vejo na minha alma, como os via no seu diário tantos anos antes.

E conforme o tempo passa, percebo que eu não sou escuridão ou luz, eu sou ausência.

Eu sou você.

Eu sou sua.

Encaro os olhos ausentes no espelho e espero ver véus.

Vejo dor.

Ainda existo.

A lâmina corre leve pelo pulso e o vermelho mancha o sépia, como um prisma de luz sendo desfeito, e a escuridão me engolfa. O véu de seus olhos me segue e vejo os imperceptíveis fios de luz enganando e dando a impressão de existirem.

Efeitos de luz.

Aos poucos fecho os olhos e não vejo você.

Sorrio.

Enfim, estamos juntos.

I'm living a lie

Inside I am dead

fim


Ok, era isso. TGs. Várias TGs. Sejam amores e deixem review para a ficwriter insana!

R E V I E W !