N/A: (1) – Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling.

(2) – Essa é uma história Slash (relacionamento Homem x Homem); Contém Mpreg (Gravidez masculina. Sim, eles são magos e podem aparecer de um lugar para o outro, andar por chaminés, transformar-se em outras pessoas através de poções, por que não engravidar quando possui magia forte o bastante para isso?) e LEMON (sexo explícito entre as personagens). Se não gosta ou se sente ofendido é muito simples: Não leia.

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Dois meses havia passado desde o magnífico cruzeiro que Tom e Harry fizeram pelas ilhas greco-romanas e é claro, desde a maravilhosa semana que passaram em Florença. Dois meses nos quais a família Riddle vivera em constante paz e harmonia. Dois meses em que a tranqüilidade e as boas vibrações rondavam aquela casa. Jamais um cenário fora tão calmo e envolvente, com todos sorrindo em meio aos seus afazeres e aproveitando toda a ternura que rodeava o Mundo Mágico. Sem dúvida alguma não existia discórdia que pudesse abalar aquela estrutura forjada em amor e dedicação, nada poderia destruir a paz que reinava naquele ambiente... Nada...

- BLACK!

Exceto, talvez...

- Cale a boca, Riddle! Não vê que estamos ocupados?!

- Ora, seu pulguento!

Certo. Provavelmente o sutil diálogo entre Sirius Black e Tom Riddle não denotasse toda a paz e tranqüilidade que reinava no Mundo Mágico.

- Deixe de influenciar o MEU FILHO com essas bobagens Gryffindors de ficar pregando peça nos outros!

- Mas o MEU NETO tem talento para ser o melhor Maroto da terceira geração! E eu o presenteio com o que eu quiser!

- Não se eu lançar um Avada Kedrava em você, idiota!

- Ora, experimente, seu maníaco!

Na verdade, se dependesse dos dois, o Mundo Mágico seria um verdadeiro campo de batalha.

- Eu não acredito que eles começaram com isso de novo – Harry revira os olhos, voltando a se concentrar em sua conversa com Narcisa.

Naquele exato momento, o casal Malfoy encontrava-se na sala de estar da Mansão Riddle com o mais novo integrante de sua família: Julián Louis Malfoy. O pequeno mago, que fora adotado de um casal de sangues-puros franceses que ainda não se julgava pronto para um filho, parecia um pequeno príncipe com seu corpinho rechonchudo aos oito meses de idade, um par de brilhantes olhos azuis e um cabelo tão louro que o caracterizava aos olhos de muitos como um legítimo Malfoy, é claro que o pacto de sangue que Lucius e Narcisa fizeram com o casal de magos já garantia legítima e magicamente que o pequeno Julián de agora em diante era um Malfoy.

Para surpresa e alegria de Harry, que havia tomado carinho ao menino antes mesmo de conhecê-lo, Lucius e Narcisa o nomearam padrinho daquela bela criaturinha. Cabe dizer que ficara em choque com a notícia, mas logo um radiante sorriso surgira em seus lábios ao segurar aquele lindo bebê que o encarava com seus brilhantes olhos azuis cheios de curiosidade.

Agora, Harry e Narcisa organizavam os preparativos para a festa de um aninho de Julián que seria dali dois meses, enquanto Lucius e Remus repassavam algumas negociações entre Hogwarts e o Ministério e, obviamente, Sirius e Tom discutiam mais uma vez, pois o animago presenteara Eric com as melhores novidades da Zonko's e da Sortilégios Weasley – razão pela qual o menino saíra correndo para o jardim em busca de aproveitar todo aquele arsenal de bromas que poderia usar quando chegasse a Hogwarts ou em algum Comensal da Morte desavisado. Mais de uma vez, Eric quase matara seu pai do coração com alguma brincadeira ridiculamente Gryffindor, mas que o menino sempre conseguia se livrar das broncas de uma maneira muito Slytherin.

- Você é um irresponsável, Black!

- E você não tem um pingo de senso de humor, Riddle! Foi muito engraçada aquela vez quando Eric deixou seu cabelo vermelho...

- Engraçado será você levar um par de Cruciatus!

- Essa eu quero ver! Vamos, atreva-se!

- Cruci...

- TOM! – Harry interveio, deixando o pequeno Julián no colo de Narcisa para se colocar entre os dois – Vocês dois querem parar com isso?!

- Ele começou! – apontaram ao mesmo tempo.

- Não me interessa quem começou, crianças, o que interessa é que vocês terminem com essa bobagem.

- Mas...

- Não quero falar de novo, ouviram? Ora, francamente! O Ministro da Magia e o Chefe do Departamento de Aurores discutindo feito duas crianças!

- É culpa desse pulguento que não sabe qual é o seu lugar e vive dando mau exemplo ao Eric.

- Ah, claro! O psicopata quer me dar lição de moral, perfeito!

Harry suspirou mais uma vez, massageando as têmporas. Aqueles dois realmente conseguiam tirá-lo do sério, sua visão estava até meio turva devido ao enorme aborrecimento que o rodeava.

- Tom...

- Vou proibi-lo de por suas malditas patas na minha casa!

- Como se eu precisasse da sua autorização, Riddle! Meu afilhado INFELIZMENTE divide esta casa com você e nada irá me impedir de ver a ele ou ao meu neto!

- Sirius... – Harry murmura, apoiando-se na parede porque sentia que a qualquer momento seu corpo cairia no chão. A sala inteira estava girando.

Narcisa encarava o jovem mago com preocupação, mas precisava ficar pendente do pequeno em seus braços.

- Você está bem Harry? - a bela mulher perguntou com suavidade.

- Sim, não se preocupe... - contudo, a face anormalmente pálida do menino contrariava suas palavras.

Mas o Lord e o animago permaneciam alheios àquilo, concentrados de mais nas tentativas de se assassinarem mutuamente.

- Eu deveria mandá-lo de volta para Azkaban! O Mundo Mágico era bem melhor quando você não estava por perto!

- Sou eu quem deve dizer isso, seu megalomaníaco homicida! O Mundo Mágico estava muito melhor quando Harry deixou você em estado de fumaça-parasita com apenas um aninho!

- Ora seu...!

- Aliás, você deveria ser conhecido como: Lord Voldemort, o idiota que deixou o garotinho sobreviver.

- Eu não deixei...!

- Oh, claro. O Lord das Trevas não contava que o tiro sairia pela culatra.

- Eu vou te matar, Black! – os olhos escarlates brilhavam de fúria – Crucio!

Por sorte, Sirius conseguiu desviar e o feitiço atingiu um caríssimo vaso de porcelana em cima da mesa. Os dois magos agora sujeitavam a varinha perigosamente, mas antes que pudesse lançar qualquer outra maldição – em meio aos prantos de um pobre Julián que se assustara com o barulho do vaso se rompendo – um repentino grito os interrompeu:

- CHEGA! – Harry, recostado na parede, encarava-os com pura irritação – Será que vocês não perceberam que há um bebê na sala?!

Até mesmo Lucius e Remus haviam deixado os relatórios de lado quando repararam na confusão.

- Os dois são uns irresponsáveis! Não é possível que depois de tanto...

O menino, porém, não conseguiu concluir a frase, pois naquele instante uma tontura muito forte se apoderou do seu corpo e escureceu completamente sua visão. O pequeno corpo já estava prestes a cair com um baque mudo no chão, quando um assustado Tom fez uso de seus ótimos reflexos e conseguiu ampará-lo a tempo.

- Harry?... – o Lord murmurou, acariciando a face pálida, numa tentativa de reanimar seu desacordado esposo. Mas absolutamente nada aconteceu.

Todos observavam a cena em choque.

Rapidamente, no entanto, Tom recuperou a razão e mandou Lucius trazer uma Chave de Portal para levar Harry a St. Mungus. O aristocrata loiro, é claro, não pensou duas vezes e já correu para providenciar o objeto necessitado pelo seu amo.

- Lupin, Narcisa – Tom falou com seriedade – Vocês e Lucius ficam com o Eric.

- Sim, senhor.

- Pode deixar – Remus encarava seu pequeno filhote com preocupação, mas algo no aroma de Harry o tranqüilizava incrivelmente, e ele não conseguia descobrir o que era.

- Eu vou com vocês – Sirius se pronunciou, observando seu afilhado com um misto de preocupação e culpa.

Tom o encarou fixamente, mas logo soltou um suspiro:

- Certo...

Em seguida, Lucius apareceu com uma colher de prata transformada numa Chave de Portal para a ala de emergência de St. Mungus. Três... Dois... Um... Quando Sirius e Tom, que por sua vez abraçava protetoramente um desacordado Harry, tocaram na colher, logo sentiram um repentino puxão que os rodopiou no ar levando-os diretamente àquele branco cenário que sempre tentavam evitar.

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Os medimagos e enfermeiros que circulavam pelo local observaram os magos que acabavam de aterrissar na ala de emergência com uma expressão de assombro e medo. Permaneceram num estado de verdadeiro choque apenas encarando o Ministro da Magia com seu desacordado esposo no colo. Merlin, eles sabiam que boa coisa não ia acontecer. Eram raras às vezes em que a família Riddle colocava os pés naquele hospital, mas quando o faziam a pobre estrutura de St. Mungus quase vinha abaixo.

- Vocês querem tirar uma foto? Ou preferem ficar nos olhando com cara de idiotas? – a sarcástica voz de Tom Riddle pareceu despertá-los.

- Desculpe... Nós... Sentimos mui...

- QUERO UMA MACA IMEDIATAMENTE! MEU ESPOSO PRECISA SER EXAMINADO A-G-O-R-A!

Dois segundos e oito milésimos foi o tempo necessário para que o Lord fosse atendido, ou seja, na mesma hora Harry foi levado à U.T.I para fazer um check-up completo. Enquanto isso, Tom e Sirius circulavam de um lado para o outro na sala de espera. De minuto em minuto os dois se encaravam e murmuravam algo como: "Ele vai ficar bem" ou então "Ele é forte, não será um desmaiozinho que poderá abalá-lo" e até "Se ele ficar bem eu juro que nunca mais discuto com você, idiota".

Nesse meio tempo, Harry era submetido a uma infinidade de exames, rodeado por uma junta médica que se equiparava aos seriados muggles nos quais uma equipe inteira precisava lutar para garantir a sobrevivência de um paciente em estado terminal. A melhor sala do hospital, naquele momento, abrigava no mínimo uns vinte ou trinta jalecos brancos e os melhores especialistas de St. Mungus rodeavam o desacordado menino em busca de solucionar seu problema. Um problema que eles ainda não haviam descoberto qual era.

- O que...? – os belos olhos verdes pestanejaram várias vezes ao sentir uma incômoda luz em seu rosto – O que está acontecendo?

Ao ouvirem a sonolenta voz de Harry, o alvoroço começou. Todos queriam explicar o que estavam fazendo, cumprimentá-lo, ou até mesmo pedir um autógrafo. E naquele instante, Harry teve um estranho Déjà vu, naquela mesma sala, com um alvoroço idêntico... Mas quando fora?

- SILÊNCIO! – uma imponente voz calou a todos os medimagos que rodeavam o pobre menino – Quero todos vocês fora daqui! E digam ao Sr. Riddle que seu esposo não está em perigo então ele não precisa derrubar o meu hospital.

Ninguém pensou duas vezes antes de obedecer à furiosa mulher de meia idade que os encarava com desaprovação. "Helen Jones – Diretora Chefe – Clínica Geral e Medimaga Superintende". Harry observou seu crachá e logo percebeu que se tratava da responsável por todo o hospital, a mesma simpática mulher que o apresentou ao medimago que cuidou de sua gravidez e ajudou a trazer o pequeno Eric ao mundo.

- Harry Potter... Ou melhor, Harry Riddle, então nos encontramos de novo? – ela sorria calidamente – Não creio que o senhor se lembre de mim, mas...

- Sra. Jones! É claro que eu lembro! A senhora me apresentou ao Dr. Phill e praticamente me salvou de uma bateria de exames e medimagos emocionados... Hehe... Curiosamente foi o que acabou de fazer também.

Ela não deixou de sorrir, segurando um exame que havia feito pessoalmente no menino, o único que ele realmente necessitava e que aclarava todas as suas dúvidas.

- Então, jovem Harry, você imagina por que está aqui?

- Para falar a verdade não tenho a mínima idéia. A única coisa que eu lembro é de ver meu marido e meu padrinho a ponto de trocar maldições, quando de repente minha pressão baixou e eu desmaiei.

- Foi a primeira vez que você desmaiou, digo, nesses dias?

- Isso mesmo.

- E não tem sentido mais nada?

- Como o que?

- Tonturas, enjôos, cansaço, sonolência...?

- Humm... Agora que a senhora mencionou, ando dormindo bastante e ainda sim permaneço sonolento e cansado, será estresse?

- Não, com certeza não é estresse, mas daqui uns nove meses você irá se estressar bastante – ela murmurou divertida.

- Perdão?

- Nada não, mas temo que eu não possa ajudá-lo.

- Por quê? – perguntou preocupado.

Seria algo muito grave?

Sem cura?

Oh, Merlin!

- Porque isso é algo que você deverá tratar com o senhor Phillip Anderson novamente.

- Com o doutor Phill? – arqueou uma sobrancelha, mas logo arregalou os olhos, assustado – Oh...

- Sim, "Oh"... – ela sorriu com simpatia – Agora vamos à sala dele e no caminho aproveitamos para avisar ao seu marido que você não está a um passo da morte e que ele pode parar de ameaçar destruir o meu hospital.

As bochechas de Harry ganharam uma linda cor rosada.

- Ele está um pouco preocupado...

- Um pouco?

Com um radiante sorriso, muito raro de se ver na severa Medimaga Superintendente, ela flutuou magicamente a maca em que Harry estava para guiá-lo ao corredor que levaria à sala de seu colega. Ao abrir a porta ela se deparou, é claro, com dois homens que estavam a ponto invadir a sala para ver o jovem Gryffindor. Assim, balançando a cabeça com diversão, a medimaga explicou que estava tudo bem, mas que Harry precisava ser examinado por um especialista. Os dois não acreditaram muito, pois o pobre menino ainda estava em choque e sequer olhava para eles, apenas murmurava algo que soava como: "Oh, Merlin... Não é possível..."

Rapidamente eles chegaram à sala do Dr. Phill, uma sala que Harry e Tom conheciam muito bem, pois na gravidez de Eric eles viviam ali para fazer exames de rotina. É claro que o preocupado Lord sequer prestou atenção nisso, apenas tinha olhos para seu pálido esposo que parecia não ter se recuperado do choque.

- Olá, Phill – a mulher cumprimentou, flutuando um atordoado Harry para deitá-lo na maca especial daquela sala, sendo seguida por Sirius e Tom que não despregavam os olhos do menino.

- Helen! E... Oh!

- Sim, sim, veja quem eu trouxe para você.

- Não é possível, o jovem Harry está...?

- Sim. Eu mesma fiz o exame com as poções.

- Então...?

- Nunca vi um rosa tão intenso quanto aquele.

- Merlin... – o sorriso claramente emocionado do homem louro que contava com algumas mechas grisalhas fez Sirius Black arquear uma sobrancelha, sem entender absolutamente nada.

Por que aquele homem estaria emocionado com a doença de seu afilhado? Ao lado de Sirius, Tom ignorava completamente a conversa dos dois medimagos, prestando atenção apenas na expressão desconcertada do menino.

- Bom, vou deixá-los a sós – a mulher sorriu mais uma vez ao jovem Gryffindor e logo se retirou da sala.

- Mas isso é uma maravilha...!

- Desculpe – Sirius interrompeu – Mas o que está acontecendo?

- O senhor é...?

- O padrinho dele.

- Oh! Então tenho certeza que irá adorar a notícia! – aquele radiante sorriso começava a irritar o animago – E Sr. Riddle, meus parabéns!

Tom, naquele exato momento, acariciava a gelada mão de Harry, encarando com preocupação o olhar perdido do menino. E ao ouvir as felicitações do medimago, apenas arqueou uma sobrancelha severamente. Afinal, por que ele deveria ser felicitado se o seu pequeno esposo se encontrava naquele estado?!

- O senhor deve estar muito emocionado, Sr. Riddle, isso é tão raro de acontecer, mas como sempre o jovem Harry...

- Do que você está falando?! – interrompe-o, com a irritação refletindo claramente em sua voz.

O Dr. Phill, no entanto, sorri ainda mais e anuncia com emoção:

- Ora! Estou falando que o jovem Harry surpreendeu a todos, novamente! O senhor, Sr. Riddle, será papai mais uma vez!

Choque.

-...

Sirius Black acabava de cair sentado em uma das cadeiras, completamente em choque.

-...

Silêncio.

-...

Harry tremia levemente, de nervoso, enquanto agarrava a mão de seu marido. Aquilo não fora nem um pouco planejado. Seu trabalho... Eric... Tudo ficaria de pernas para o ar. Há cinco anos que Eric era filho único e agora surgia mais uma criança para reclamar a atenção dos seus pais, com certeza o menino não ficaria nem um pouco emocionado com isso. Sem contar os assuntos que precisava resolver no Ministério, tudo adiado. E Tom... Oh céus, Tom não esperava que isso acontecesse. Com um filho ele até podia lidar muito bem, mas e um novo bebê? Será que a paciência do Lord resistiria?... Sem dúvida alguma Harry estava assustado, mas, ao mesmo tempo, emocionado.

Um filho.

Mais um filho.

Mais um filho com o seu amado.

Mais um símbolo do incondicional amor que existia entre os dois.

Ao lado de Harry, completamente alheio às preocupações e medos que assolavam o menino, Tom sorria, com uma expressão de bobo impressa em seu rosto.

-...

Emoção.

-...

Aquilo era incrível.

Era muito mais do que ele podia sonhar.

- Eu não acredito – murmura com os olhos vermelhos brilhando de alegria.

- Tom, eu juro que não pensei que...

- Isso é maravilhoso, Harry! – sem pensar duas vezes, o Lord puxou o desconcertado menino para um beijo apaixonado. Um beijo que demonstrava toda felicidade que consumia o Dark Lord, felicidade pelo maravilhoso presente que seu lindo esposo mais uma vez o oferecia.

O medimago observava a cena com um sorriso de orelha a orelha, pois nos nove meses da gestação de Eric havia tomado muito carinho ao jovem Gryffindor e acreditava que este seria um ótimo pai. Sirius, enquanto isso, pestanejava várias vezes processando a informação. E quando finalmente se deu conta dos acontecimentos pulou da cadeira e exclamou:

- Riddle! Será possível que você não consegue manter o seu... o seu... err... as suas mãos longe do meu afilhado?!

Contudo, apenas uma gargalhada divertida escapou dos lábios do Lord, que abraçava seu jovem esposo com carinho e proteção.

- Não seja ridículo, Black. Ele é meu esposo, posso colocar muito mais do que minhas mãos em cima dele.

- Muita informação! Muita informação! – balançava a cabeça freneticamente tentando afastar aquela aterradora imagem.

Harry, com um sorriso divertido dançando em seus lábios, apoiou a cabeça no ombro do marido:

- Você não está bravo com a notícia? Digo, todos nós fomos pegos de surpresa...

- Não diga bobagens, Harry! Pela segunda vez você me torna o homem mais feliz da face da terra.

Os lindos olhos verdes brilhavam com imensa alegria. Todos, inclusive Sirius, estavam maravilhados com a notícia e tinham plena certeza de que dias cheios de felicidade estavam por vir. Harry e Tom estavam encantados com a possibilidade de aumentar a família com aquele presente divino que simbolizava o verdadeiro amor que existia entre os dois. Sirius, por sua vez, apesar dos insultos ao Lord não podia conter o sorriso, emocionado com a possibilidade de mais um neto ou neta para alegrar sua vida e aprontar como nunca em Hogwarts, representando a terceira geração dos Marotos. E o Dr. Phill é claro, estava radiante com a possibilidade de cuidar de mais uma gravidez-natural – coisa raríssima – daquele doce menino que se mostrava um verdadeiro receptor de milagres e que ele sabia, era merecedor de tamanhas alegrias.

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Ao voltar à mansão e contar aquela maravilhosa notícia a todos, as reações foram quase as esperadas. Lucius e Narcisa parabenizaram o casal com verdadeira alegria e a aristocrática mulher garantiu, como se tratasse da predição de uma profecia, que o bebê que estava por vir e o pequeno Julián seriam muito ligados e entrelaçariam os rumos de suas famílias. Remus, por sua vez, comentou que esperava uma boa notícia, pois notara algo de cálido e tranqüilizador no aroma de Harry, mas não contava com uma boa-nova tão gratificante como esta. Ele e Sirius, é claro, mostravam-se cheios de expectativa para mais um descendente dos genes Potter que em breve colocaria Hogwarts abaixo e levaria imensas alegrias a suas vidas.

Horas mais tarde, quando a família Malfoy, Sirius e Remus deixaram a Mansão Riddle, o casal de magos mais famosos dos últimos tempos respirou fundo para cumprir a etapa mais importante e decisiva daquele dia: dar a notícia a Eric. Assim, eles ingressaram no quarto do menino, onde este e Nagini divertiam-se com os fogos-mágicos que Sirius trouxera mais cedo.

- Eric... – Harry sentou na cama do filho, com o marido ao seu lado – Queremos conversar com você.

- Eu não fiz nada! Aquele chafariz no jardim já estava sem a cabeça, eu apenas... – murmurou nervoso, guardando rapidamente o conjunto de fogos – Diga a eles, Nagi! Sou inocente!

- Completamente inocente – a serpente garantiu com solenidade.

- É claro... – o jovem Gryffindor não pôde conter um sorriso enquanto Tom revirava os olhos com diversão – Mas não é sobre isso que queremos conversar.

- Oh, certo – suspirou com alívio, acomodando-se em frente aos adultos, com a bela serpente rodeando-o.

- Bom, diga a ele, Tom.

- O que? Eu? – o Lord arregalou os olhos – Ah não, você tem muito mais tato para essas coisas...

- Oh, Merlin! Esse é o grande Lord Voldemort? – revirou os olhos com um suspiro exasperado – Certo, veja bem, Eric...

- Sim?

- Você nunca desejou um amiguinho, ou amiguinha, para brincar com você?

- É claro, mas eu sempre brinco com um monte de crianças quando fico lá na brinquedoteca do Ministério.

- Sei, mas você nunca quis, digamos, um irmãozinho para brincar com você sempre que quisesse?

- Humm... – pensou por alguns segundos franzindo o pequeno cenho encantadoramente – Nunca fez falta não.

Harry suspirou e o Lord apertou carinhosamente sua mão, infundindo-lhe ânimo. Nagini, por sua vez, entendera muito bem o que estava acontecendo ali e com seus olhos brilhando de alegria encarava o casal na expectativa.

- Mas não seria ótimo você ter alguém com quem dividir as alegrias, as brincadeiras e poder passar o tempo inteiro junto?

- Pode ser...

- Pense bem, não seria maravilhoso ter um irmãozinho ou irmãzinha, que você cuidaria e protegeria como o grande mago que é?

Eric ponderou por alguns instantes. De um lado havia a possibilidade de brincar com alguém à hora que quisesse, experimentar seus logros novos, dividir segredos e alegrias, além de ter alguém a quem proteger com todo o seu coração. Mas também existia a possibilidade de perder a atenção de seus pais para o novo integrante da família, ver-se com menos acesso aos seus brinquedos, ou até mesmo tê-los que dividir. Era uma faca de dois gumes. Contudo, a possibilidade de ajudar a cuidar e proteger um bebezinho era bem emocionante, isso ele não podia negar.

- É... Talvez fosse interessante.

- Mesmo? – Harry perguntou com certo alívio.

- Bom, se vocês não me trocarem pelo bebê novo... – murmurou com um gracioso biquinho.

- Oh, Eric! – um cuidadoso puxão trouxe o menino para o colo do jovem Gryffindor – Não diga uma coisa dessas, pequeno. Eu e o seu pai sempre vamos amar você, ouviu? Você é o nosso pequeno príncipe, o nosso primogênito e mais amado filho, ninguém jamais tomará o seu lugar.

- Humm... – Eric sorriu – Se for assim, até que seria legal ter um irmãozinho ou irmãzinha.

- É bom saber, pequeno – trocando um significativo olhar com o Lord, Harry respirou fundo – Pois acabamos de saber que você ganhará um.

-...

Silêncio.

Um silêncio que foi quebrado por uma extasiada Nagini:

- Que maravilha! Isso é incrível!

Os belos olhos vermelhos do menino, no entanto, estavam fixos em Harry. Seu lindo rostinho não demonstrava emoção alguma, apenas parecia analisar a situação. Aquilo fez Harry tremer involuntariamente, mas um carinhoso abraço do Lord e o feliz enrolar de Nagini em sua cintura o acalmou. Finalmente, após intermináveis segundos, um sorriso tranqüilo surgiu nos rosados lábios de Eric.

- Que legal, mamãe!

- "Legal?" pensaram Harry e Tom ao mesmo tempo.

Eles tinham todo aquele desgaste emocional para o menino sorri tranquilamente e comentar que ter um irmãozinho seria legal? Oh, Merlin... Pelo menos estava tudo resolvido e em paz. O cenário já estava montado para a ansiada chegada do mais novo membro do clã Riddle.

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Nove meses.

Aproximadamente 36 semanas.

252 longos dias é o tempo que, em média, dura uma gestação. E para Harry James Potter Riddle não foi diferente.

Nesse meio tempo, muitas emoções assolaram a Mansão Riddle com os preparativos para a chegada do bebê. Os elfos domésticos corriam de um lado para o outro, sob as ordens de Harry, para organizar o novo quarto onde a criança ficaria e ao contrário do que acontecera na gravidez de Eric, dessa vez o Lord fora terminantemente proibido de interferir na decoração, pois Harry alegara que este filho não nasceria sob influências Slytherins, pelo menos não na decoração de seu quarto. O resultado final foi uma bela habitação em tons de lilás, branco e creme, pois eles ainda não sabiam qual seria o sexo e preferiam descobrir na hora do nascimento. O lindo quarto ainda contava com um grande berço lilás e branco, um verdadeiro tesouro cravejado de Ametistas e brilhantes; duas poltronas estofadas brancas; armários e cômodas na mesma cor com detalhes em lilás; muitos brinquedos infantis, tanto muggles quanto mágicos, direcionados ao desenvolvimento cognitivo dos bebês e à sua máxima diversão; além das dezenas de bichinhos de pelúcia, cada um mais lindo que o outro, que eles ganharam ao divulgar a notícia. Assim como o quarto de Eric, este contava com uma representação do teto de Hogwarts e combinava perfeitamente com a decoração baseada em fadas, elfos e ninfas.

E o Mundo Mágico estava em festa!

A notícia da chegada de mais um herdeiro da consagrada família Riddle levou entusiasmo a todos os lares mágicos. A imprensa, a cada mês, especulava com delicadeza e preocupação como estava o salvador do mundo e desejava seus sinceros préstimos; os cidadãos sempre enviavam cartas e presentes para o bebê – da mesma forma que acontecera na época do nascimento de Eric – e estes, depois de devidamente inspecionados, eram aceitos com um lindo sorriso por parte de Harry; os amigos do Gryffindor também não poderiam estar mais contentes e viviam visitando-o na mansão para saber as novidades; assim como os aliados políticos e os Comensais da Morte do Lord que estavam encantados com mais aquela demonstração de poder e magnitude do casal, pois todos sabiam que uma gestação masculina natural – sem o devido auxilio de tratamentos com feitiços e poções – era raríssima e apenas magos poderosos podiam tê-la e lidar com ela.

A cada dia Eric parecia mais emocionado com a notícia e ajudava sua mamãe em todos os preparativos necessários, além de oferecer idéias para o nome de seu futuro irmãozinho ou irmãzinha. Nagini estava cada vez mais super protetora com Harry e raramente o deixava sozinho, sempre cuidando que o menino estivesse livre de qualquer acidente, pois mais um lindo filhote estava a caminho. Narcisa também sempre procurava auxiliar o jovem Gryffindor e este é claro, via-se radiante nos encontros com seu lindo afilhado, Julián. Enquanto isso, Sirius e Remus viviam na expectativa da chegada de mais um "neto" para eles mimarem, a alegria era tanta que até um momento histórico aconteceu: Sirius Black e Tom Riddle, no escritório da Mansão Riddle, dividiram um charuto em comemoração à chegada do novo membro da família.

"Ohhh..."

Isso é claro, até um irritadíssimo Harry chegar – com os hormônios nas alturas – xingando todas as gerações passadas dos dois magos, pois estes não tinham consciência de como aquela porcaria poderia fazer mal a Eric e ao bebê. Obviamente os dois poderosos magos não pensaram duas vezes antes de apagar o charuto e abaixar a cabeça sob o olhar de uma divertida Nagini.

De mês em mês, é claro, a morada do antigo Dark Lord e de sua família virava de cabeça para baixo.

O médico quase foi chamado em uma ocasião em que Harry recusara sua sobremesa de chocolate. Chocolate! E o pobre Lord muitas vezes desejou ter acertado um Avada Kedrava em seu amado esposo quando este o acordou às três horas da manhã para que ele fosse ao mundo muggle buscar ostras empanadas ao molho agridoce, torta de melancia com queijo ralado e um enorme Big Mac com Mate gelado. É claro que o apaixonado Lord voltou com todos os desejos de Harry, e se deliciou ao ver o sorriso radiante do menino, vendo que todo o seu esforço era recompensado com aquela simples, mas divina ação.

Finalmente, no primeiro dia do mês de Novembro, ao estar organizando os últimos bichinhos de pelúcia no quarto do bebê com a ajuda de Eric, Harry sentiu o poderoso fluxo de magia passar a percorrer seu corpo. O mais novo Riddle estava a caminho.

- Eric... – chamou com suavidade.

- Sim mamãe?

- Por favor, vá buscar o seu pai.

- Está tudo bem? – o menino largou a linda serpente verde e prata de pelúcia e encarou o maior com preocupação.

- É claro, mas seu irmãozinho ou irmãzinha, pelo visto, já está querendo nascer.

- Oh... – arregalou seus belos olhos escarlates e não pensou duas vezes antes de sair correndo à procura de seu pai.

Em poucos minutos o casal Riddle aterrissava mais uma vez em St. Mungus, deixando um ansioso Eric na mansão aos cuidados de dois igualmente ansiosos Sirius e Remus. O Gryffindor agora se encontrava mais uma vez rodeado pela melhor equipe médica de partos masculinos do mundo, a qual seu médico pessoal, Phillip Anderson, encabeçava. Este deu uma poção relaxadora para Harry e logo todos colocaram as varinhas a postos. Os aparelhos ultramodernos monitoravam a freqüência cardíaca, pressão e fluxo mágico; um nervoso Tom Riddle segurava firmemente a mão de seu pequeno esposo, oferecendo sua magia para protegê-lo; enquanto Harry, por sua vez, estava relaxado e seguia as instruções do medimago sem largar a mão de seu marido. A calma rodeava o jovem Gryffindor que não era papai de primeira viagem e sabia que ali não existia dor, gritos ou "respiração cachorrinho". Mas sim uma densa aura mágica rodeando todo o lugar.

Poucas horas depois, o poderoso envoltório mágico dourado que rodeava a criança já podia ser visto pelo médico e saía pouco a pouco pelo corte que fora criado com magia, sendo guiado pela aura de Harry. Assim, a bela criaturinha não demorou a deixar o pequeno corpo do Gryffindor, levitando, rodeada pela poderosa magia que a guiava e protegia.

O choro do bebê acalentou o coração de Harry e este sentiu o carinhoso aperto em sua mão, vendo como um sorriso bobo se instalava nos lábios do Lord. Minutos depois, para completa alegria do casal, eles podiam contemplar aquele ser miudinho que tanta emoção lhes trouxera.

- Agatha Lilian Riddle – Harry a nomeou com um sorriso cansado, observando com carinho aquele pequeno embrulho de sedosos cabelos negros e brilhantes olhos verdes em seus braços.

Agatha, um nome sugerido por Eric, cujo significado representa bondosa e predisposta ao amor, uma pessoa que está sempre pronta a ajudar quem precisa. Harry sabia, ao observar aqueles olhos incrivelmente iguais aos seus, que se tratava se um nome perfeito para sua filha.

- Ela é linda...

- É igualzinha a você – o Lord sorriu ainda mais, contemplando os dois.

- E será uma Gryffindor – Harry brincou, fazendo seu marido revirar os olhos, divertido.

- Sem dúvida.

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Seis anos se passaram...

...E naquele exato momento, Harry, Tom, Agatha e Nagini se encontravam desfrutando de uma tranqüila manhã na sala de estar da Mansão Riddle. No dia anterior eles haviam deixado um emocionadíssimo Eric na plataforma 9 ¾ para que este tomasse o Expresso Hogwarts que o levaria ao seu primeiro ano na conceituada Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. O menino prometera que mandaria uma carta assim que entrasse em seu dormitório – Gryffindor, de acordo com Harry e Sirius, ou Slytherin, de acordo com Tom – para contar como fora a viagem e em qual casa ele havia ficado. Agora, Andrew, uma belíssima coruja negra e de olhos âmbar, adentrava na habitação surpreendendo um distraído Harry que lia um belo romance muggle, Tom que revisava alguns relatórios que deveria mandar ao Ministério, a pequena Agatha de seis aninhos que desenhava com seus novos lápis de cores mágicos na mesinha de centro, sob o tapete, e uma divertida Nagini que observava os dotes artísticos da menina.

- Mamãe! – Agatha foi a primeira a notar a coruja e logo deixou de lado seus belos lápis. E sim, ela herdara a mesma mania de seu irmão de chamar o pobre Gryffindor de mamãe, para grande divertimento do Lord.

- Vejamos agora quem ganhará a aposta, querido.

- Depois não vá chorar pelos cantos da casa, Tom – sorri com malícia, abrindo a carta que a coruja havia deixado cair em seu colo.

O casal se encontrava no sofá da sala com a pequena herdeira sentada no belo tapete persa logo à frente dos dois e Nagini a rodeando protetoramente. Assim, com um sorriso nos lábios, Harry abriu o envelope, desdobrou o pergaminho e passou a ler as palavras que seu filho escrevera:

Queridos papai, mamãe, Agatha e Nagini...
Hogwarts é incrível! Eu nunca poderia imaginar um lugar tão enorme e maravilhoso quanto este. Você estava certo, mamãe, é simplesmente um sonho.
A diretora McGonagall deu um super discurso de boas-vindas, mas me pareceu, na hora em que ela nos proibiu terminantemente de chegar perto do Bosque Proibido,
que suas palavras eram especialmente dirigidas a mim... Estanho. Será que ela sabe que eu herdei sua capa de invisibilidade, mamãe? E é claro, o seu talento para arrumar problemas? Hehe...
Tia Hermione, como vocês sabem, é a professora de Runas Antigas. Foi muito engraçado ver como ela se segurava para não sair correndo da mesa dos professores para me abraçar assim que entrei no Salão Principal,
se bem que seria bem difícil ela conseguir correr com aquele barrigão de seis meses que abriga os futuros gêmeos Weasley.
O vovô Remus também quase não se segurou quando me viu sentado naquele banquinho prestes a ser selecionado,
e mal posso esperar para ter aulas com ele, dizem que é o melhor professor de Defesa Contra Artes Obscuras que Hogwarts já teve.
Também foi engraçado ver como o tio Hagrid segurava as lágrimas quando eu acenei para ele,
e ouvir o tio Severus comentando que esperava que eu tivesse herdado dos genes Riddle o talento para as Poções,
porque dos Potter seria difícil salvar alguma coisa.
Mas sem dúvida alguma o melhor mesmo foi a conversa que tive com o Chapéu Seletor,
e você tinha razão mamãe, ele me mandou para a casa que eu escolhi.
Mas ainda não vou dizer qual foi, sofram um pouquinho...

- Eu vou lançar um Crucio naquele moleque quando ele voltar!

- Tenha calma, Tom, ele apenas quer aumentar o suspense – Harry sorria divertido, mas por dentro também estava morrendo de curiosidade.

- Continua, mamãe!

- Sim, continue! – Nagini ouvia tudo com atenção e se as serpentes sorrissem maliciosamente seria isso que ela estaria fazendo, pois tinha plena certeza de onde o seu lindo filhote estava.

- Muito bem... – Harry continuou:

Antes de eu contar em que casa fiquei, quero falar do amigo que fiz no Expresso Hogwarts.
Seu nome é Brian Nott, filho de Theodore e Elisabeth Nott, acho que o pai dele estudou na mesma época que você, mamãe.
Bom, estivemos juntos o trajeto inteiro, conversando sobre mil e uma coisas,
mas o melhor foi ver que ele não estava interessado em conversar com o filho de Tom Riddle, o ministro da magia, e Harry Potter, o salvador do mundo,
mas sim com Eric Riddle, sem adjetivos pelo meio.
E também foi bem legal ver como ele expulsava um irritante trio de meninas que vieram na cabine pedir o meu autógrafo... Hehe, ele parece ser bem protetor.
E o melhor de tudo foi que caímos na mesma casa! Adivinhem qual?
Sim, acertou quem pensou em SLYTHERIN! Sinto muito, mamãe, mas pelo visto você perdeu a aposta.
Espero que o vovô Sirius não sofra nenhuma parada cardíaca. E papai, você está me devendo uma viagem para o novo Parque de Diversões Mágico que inaugurou na Espanha.
Então acho que é isso, já estou morrendo de saudades de todos!
Agatha, fique longe do meu quarto e não se esqueça que eu te adoro, sua pirralha linda!
Mamãe, fique de olho no papai para ele não se estressar tanto no Ministério e estarei esperando os doces que você me prometeu, viu?
Papai, fique de olho na mamãe, não deixe nenhum safado/safada se aproximar dele! E vê se fica esperto com o Julián também, ele e a Agatha andam muito agarrados.
E Nagini, você sabe que é a única com juízo aí, cuide de todos por mim!

Amo muito vocês! Estarei esperando suas cartas e pode deixar, mamãe, já disse que escreverei ao menos uma vez por semana.
Hogwarts é formidável, mas mal posso esperar para estar em casa de novo!
Um grande beijo.

Com amor,
Eric Thomas Riddle

PS: Brian pode passar o Natal conosco?

Harry terminou de ler a carta e a dobrou com cuidado, ao levantar os olhos, deparou-se com o que já esperava: Tom o encarava com um sorriso malicioso, aquele sorriso irritantemente Slytherin que ele guardava para as melhores ocasiões.

- Então?

- Você estava certo, ele caiu em Slytherin, satisfeito?

- E isso significa?

- Que você não precisa ser amigável com o Sirius até o final do ano que vem.

- Além de você ter que deixar eu...

- TOM! – interrompe-o com as bochechas em chamas – Não na frente da criança!

O Lord, por sua vez, deixa uma gargalhada gostosa invadir a habitação.

- Certo, certo, não precisa se envergonhar tanto, pequeno.

- Hum!

- Mas sabe de uma coisa? – adota uma expressão séria – Não fui com a cara desse tal Nott.

- Oh, Tom! – sorri divertido – Não banque o pai ciumento!

- Estou apenas comentando, oras!

- Claro...

- Mamãe! Mamãe! – uma sorridente Agatha puxava a bela túnica azul-celeste de Harry em busca de sua atenção.

A pequena usava um lindo vestido perolado, cheio pregas, com um laço verde-esmeralda na cintura que combinava com seus olhos e acentuava o ar de boneca. Porque Agatha Lilian Riddle era uma verdadeira boneca. Seu longo cabelo negro caía como uma maleável cascata pelas costas até a cintura, era liso e dócil, como o do pai e parecia ser a única característica física que, por sorte, herdara de Tom, pois de resto era como se contemplasse a versão feminina aos seis anos de Harry. Seus olhos verdes destilavam inocência, sua estrutura pequena apenas acentuava seu ar doce e angelical, e seu lindo sorriso deixava a todos encantados. Era uma cópia perfeita do jovem Gryffindor. Mas não se igualavam apenas na aparência, a pequena Agatha era doce, risonha, espontânea, bondosa, amável e incrivelmente sapeca como só uma pequena Gryffindor poderia ser, o que enchia aos seus dois pais de orgulho.

- Está lindo, Agatha – Harry sorria, observando o desenho que a menina lhe entregara.

Um desenho no qual ele, Tom, Eric, a própria Agatha e o jovem Julián Malfoy, seu querido afilhado, apareciam de mãos unidas, com um enorme coração vermelho flutuando em cima de suas cabeças.

- Sabe, Tom?

- Diga, pequeno.

- Tenho certeza que muito em breve teremos uma orgulhosa membro da casa Gryffindor aqui conosco.

- Oh! Que Merlin me ajude! – o Lord suspira teatralmente, trazendo a sorridente menina para o meio dos dois, e esta logo se viu assaltada pelos beijos estalados e pelas cócegas de seus adorados pais.

Se as serpentes sorrissem com amor, seria isso que Nagini estaria fazendo. E de fato ela estava, pois não era apenas uma serpente, era membro e guardiã daquela linda família: a família Riddle. Uma família que conheceu o amor e a alegria da forma mais inusitada, mas que soube cultivá-los, levando-os a condição máxima. Pois aquela família realmente descobrira, em meio a tantas dificuldades e provações, o verdadeiro significado desta simples palavra: amor. E o que começara como um veneno para Harry e Tom, transformara-se no mais incrível dos milagres. Estavam juntos. Juntos e felizes... E permaneceriam assim para toda a eternidade.

Poison...
Veneno…

I don't wanna break these chains.
Eu não quero quebrar essa corrente.

-x-
FIM
-x-

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N/A: Gente, que nostalgia, é o último capítulo... Como vocês puderam ver, a vida continua, Brian e Eric, Julián e Agatha... Mas Tom e Harry permanecerão com o seu amor inalterado – Sim, momento açúcar – e a cada dia este amor se tornará maior e mais forte. "Porque o Lord das Trevas o marcará como seu igual"... E eles sempre serão perfeitos um para o outro, opostos e iguais, luz e trevas, bem e mal... Juntos. Oh, que emoção! xD Bom, espero sinceramente que vocês gostem desse novo e último capítulo! Um dia, quem sabe, eu posso até voltar com Poison III – a volta dos que não foram... xD

Mas por enquanto, espero que vocês dêem uma chance a uma nova fic que lançarei em Janeiro. Um novo Tom/Harry com Mpreg! Mas desta vez é um UA. Em breve, não percam, Lágrimas de um Príncipe.

Bom, é isso... Aguardarei suas Reviews com muita ansiedade para saber o que vocês acharam. Por favor, não deixem de mandar, quero muito saber a impressão que vocês tiveram do final.

Qualquer comentário, críticas, elogios ou sugestões...
São sempre bem vindos!

Gostaria de agradecer de coração a todos que acompanharam tanto Poison quanto Poison II e dizer que sem vocês eu não conseguiria escrever uma linhazinha sequer. Muito obrigada mesmo! E meu carinho super especial a:

Hyuuki... Amber... Rafaella Potter Malfoy... vrriacho... Belly Maltter... Lilith Potter Malfoy... Sasami-kun... E aribh!

Muito obrigada mesmo por suas reviews!
O próximo capítulo de O Pequeno Lord sairá já na próxima semana! Espero que gostem!
E em janeiro, Lágrimas de um Príncipe estará on com mais uma aventura desse casal tão lindo! Tom e Harry forever! xD
Muitos e muitos beijos!
Até a próxima!