Eu não morri, felizmente. Mas trouxe mais um capítulo, porque eu acho que vou conseguir terminar essa fic um dia \õ.
E quanto as coisas que eu tenho que dizer, direi no final. Boa leitura.
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Kagome acariciava a boneca de pano velha, com carinho, lembrando-se de cada momento feliz que teve quando seus pais ainda eram casados.
Mas isso era passado, não devia mais voltar atrás. Agora ela tinha que colocar a sua vida nos eixos. Formar-se na faculdade, tomar posse do Império de empresas deixado por seu pai, casar-se e ser feliz. Não estava certa quanto ao "casar-se", mas as outras tarefas das quais a fariam continuar a sua vida, ela faria acontecer.
Levantou-se, deixando a boneca em seu criado-mudo e foi para o banheiro pulando em um pé só. Estava realmente insuportável aquele gesso, mas hoje ela iria tirá-lo.
Sim, hoje. Já se acostumara tanto com aquele hanyou rabugento que iria sentir falta. Sentiria falta também das músicas, palavras malcriadas, daquele carro confortável e lindo... Tantas coisas que em tão pouco tempo apegou-se, que seria impossível esquecer.
Tomou um banho, com extremo cuidado. Era mesmo irritante aquele gesso, pois em tudo ele atrapalhava.
Pegou as muletas e sua bolsa e foi para a sala espera-lo. Hoje seria a última vez que o veria, talvez.
Nana "persuadiu" Inuyasha a levá-la para tirar o gesso naquele sábado. Achava engraçado o jeito de sua mãe, tão persuasiva e engraçada. Mas agradecia, pois agora podia estar com ela, como esteve há anos atrás.
Toc Toc.
Nana veio atender a porta.
- Ah, Kagome, o Inuyasha chegou.
- Está bem. – e levantou-se devagar e foi em direção a porta.
- Feh, está mais lenta do que nunca...
Um pequeno sorriso despontou na face de Kagome, porém foi logo retraído.
Chegando ao hospital, Kagome foi encaminhada por uma enfermeira a uma sala da ortopedia.
- Srta. Higurashi, a fratura já foi bem calcificada e acredito que já possa andar sem gesso não?
- Bom Dr. Esse gesso incomoda muito... Em parte estou feliz por tirá-lo.
- Porque "em parte" ? – perguntou já chamando uma enfermeira para ajudar a tirar o gesso.
- Ah, é uma longa história... – disse serena olhando para o chão.
O médico e a enfermeira olharam-se cúmplices. Chegaram juntos a mesma conclusão: Ela estava apaixonada.
- Humm o amor está no ar... – resmungou a enfermeira.
- O que disse? – perguntou Kagome.
- Ah, nada não – e sorriu...
Ao sair da sala, Kagome ainda andava lentamente. Colocou uma sandália e ia devagar, sentia certa dormência e incômodo, os músculos precisavam voltar a trabalhar, mas estavam um pouco enferrujados. Inuyasha bufou mais uma vez e foi andando na frente. Chegaram ao carro e logo partiram.
Porém quando estava passando perto do apartamento de Kagome, Inuyasha passou direto, nem ao menos fez menção de entrar na rua. Já estivera pensando em mudar de atitude com ela. Ora, ela só era muito parecida com Kikyou e não tinha culpa disso. Queria redimir-se de tê-la tratado tão mal.
- Er.. Inuyasha. Acho que você se perdeu, a entrada era ali atrás. – disse Kagome.
- Feh, Kagome... – disse com uma voz baixa e lenta, mas não ousava tirar os olhos da estrada. – preciso de uma ajuda. - Quem sabe se mudasse de atitude, se explorasse, pudesse encontrar algo autêntico em Kagome. Resolveu que seria hoje e agora.
- O quê? – Kagome arregalou os olhos.
- Que é, não escutou direito garota?
- Claro que eu escutei baka, é que não estou entendendo aonde quer chegar com isso.
- Nossa, já está aprendendo a ficar violenta é? Está passando muito tempo comigo.. haha...
- Diga logo! - disse grossa.
- É que... mmm... Eu preciso de uma pequena ajudinha. – tentava escolher as palavras – Bem, eu ouvi sem querer, alguns funcionários da empresa falando mal dos meus ternos e gravatas... Que estão fora de moda, Ah que bakas, eles nem se enxergam mesmo... Eu que pago o salário daqueles inúteis... Mas bom, como mulheres são boas com roupas e em combinar cores... Pensei que poderias me ajudar a comprar alguns...
- Er.. Ok. - disse como se fosse qualquer coisa, mas logo caiu em si. - O QUÊ? Inuyasha me pedindo ajuda? - levantou uma mão para cima e exclamou irônica. - Oh Pai, sabia que ainda existias e que fazia milagres...
- Também aprendeu a ser irônica? Nossa, como a convivência acaba estragando a pessoa... E então vai ajudar?
- Vou... - disse por fim. - Não sou uma expert no assunto, mas posso te ajudar. – ficou um tanto estupefata, mas aceitou, estava mesmo querendo conhecer pelo menos um dos shoppings de Tóquio.
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Olhou para o interior do shopping admirada. Como era lindo! A tempos que não ia em um shopping e muito menos um daqueles.. Em Londres os shopping eram bonitos na época em que ia, mas nunca havia visto um que brilhasse tanto...
Olhava as vitrines curiosa e faceira. Talvez até comprasse algumas roupinhas novas e aproveitaria que estava com Inuyasha de carro.
Seguiu Inuyasha que foi direto a uma loja de roupas masculinas. Os ternos, as camisas, tudo muito chique e bonito.
Pararam juntos no meio da loja enquanto uma vendedora os atendia.
- Olá, bem vindos a Men's Fashion. O que gostariam de estar vendo?
- Olá, eu gostaria de ver uns ternos. - sorriu Inuyasha.
"Maldito gerundismo" pensou Kagome logo após sorrir para a vendedora também.
- Venham aqui que estarei lhes mostrando alguns modelos. - disse passando pelo balcão e pegando alguns ternos pendurados.
- Mostre-me apenas os escuros por favor.
- Está bem senhor.
- Traga também alguns em cinza claro. - interferiu Kagome.
- Ora, eu não gosto de cores claras. - disse baixo.
- Se sabia o que queria então porque me trouxe aqui? - alfinetou.
- Feh! Eu mereço... - disse cruzando os braços.
- Aqui estão. - colocou alguns ternos sobre o balcão. - Estão todos muito bonitos, vejam.
- Estão sim. - disse Kagome mexendo neles. Fitou um terno azul marinho e imaginou o quão bonito ele ficaria nele.
- Quais você gostou? - perguntou Inuyasha.
- Todos, são realmente lindos. - disse sorrindo.
- Ok, então vamos levar todos. Srta por favor pode me mostrar as camisas e gravatas?
Como assim? Todos? Ele era rico ou o quê? "Claro que ele é rico baka" pensou Kagome. Então tratou de olhar melhor as camisas.
- Vejam que linda essa camisa lilás! - disse a vendedora.
- Feh, lilás... que coisa gay...
- Ah Inuyasha! Essa camisa lilás com essa gravata prata... É muito chique! - disse Kagome. - E ficaria ótimo em você. - disse para si mesma baixinho.
- O quê?
- Nada.
Fingiu que não tinha escutado. Sorriu internamente.
- Vou levar essas daqui. - apontou Inuyasha para as camisas que queria.
- A lilás também? - perguntou Kagome eufórica.
- Feh... sim.
- Vai ficar lindãão! - disse ainda mais empolgada e sorrindo.
Inuyasha observou cada linha de expressão do rosto de Kagome. Era ela mesma agora? Tinha certeza que sim. Até que enfim via a garota agir despreocupadamente, sem tentar parecer outra coisa. Devia sair para fazer compras com ela mais vezes...
- Que foi?
- Nada não. - disse se dirigindo ao caixa. Logo após o pagamento, Inuyasha pegou as sacolas e os dois saíram da loja.
- Hey garota, 'tá com fome? - perguntou olhando para o relógio. - Já são 13h45min!
- Ahh, não, tudo bem - disse sem graça.
Rooooonc (onomatopéia de barulho no estômago)
- Er... - ficou mais sem graça ainda.
- Vamos lá na praça de alimentação. - "É agora ou nunca." pensou Inuyasha.
- Então... uma vez eu estava voltando do cursinho e estava destraído ouvindo música - tomou um gole de coca - Tanto que não vi um garoto de skate que vinha pelo lado... Ele estava olhando para os pés.. O resultado foi um tombo glorioso... Eu e o garoto ficamos tão vermelhos diante das gargalhadas das pessoas que levamos segundos para levantar e sair dali... - sorriu.
- Hahahaha - ela quase engasgou. - Hahahahahahahaha, deve ter sido hilário, hahahahahaha!
- Foi sim. - sorriu denovo. Engraçado era que ele nunca sorrira tanto assim.
- Só perde para o meu estabaco em plena entrega de medalhas...
- Como foi? - perguntou curioso.
- Eu tinha uns treze anos, e tinha tirado o 1° lugar na prova de ciências exatas. Naquele dia eu tinha ficado até tarde lendo então eu estava meio zonza ainda... - tirou a franja dos olhos. - Quando eu subi no palco, sob aplausos da queridíssima platéia, eu tropecei no último degrau e cai de boca no chão. Naquele dia a escola toda riu de mim... Eu queria morrer!
- Hahahahahahhahahaha!
- Hoje quando eu lembro eu rio.. Hahahaha!
- Ahá! Então a garota gosta de ler até tarde hãn, que livros você costuma ler?
- Ahh, a maioria me agrada, mas eu prefiro os romances clássicos, que misturam a história verdadeira e o romance... Jane Austen é a que mais se encaixa nesse meu gosto.
- "É tolerável, mas não tem beleza suficiente para tentar-me. Não estou disposto agora a dar atenção a moças que são desprezadas por outros homens." Conhece? - recitou Inuyasha com voz elevada e firme.
- Claro... Nossa, eu nunca iria imaginar que você algum dia leria Jane Austen, ainda mais Orgulho e Preconceito...
- Ora, porque eu não leria? Sou mais romântico do que imagina Srta. Higurashi. - disse com olhar sedutor.
Não é que estava dando certo? Acabou descobrindo que a garota era de uma beleza interior excepcional. Não era insípida como a maioria das garotas atuais. Ela conversava e era sincera, era só tratá-la diferente para ver que tinha uma alma de ouro. O que será
que descobriria de mais na personalidade dela?
- É porque eu nunca conseguiria imaginar você lendo alguns romances... Mas até que tem lógica já que você ouve esses rocks ocidentais dos anos 90... - disse pensativa.
- Está vendo? A maioria das mulheres acha que os homens não são românticos, mas é porque eles escondem... Tem medo de que os outros os achem fracos... Mas não é bem assim...
- Então você se considera um homem romântico? - disse enigmatica.
- Kikyou me dizia que nunca conhecera homem mais romântico do que eu...
Kagome desconsertou-se. Estava tagalerando com ele tentando não pensar na irmã, a amada que ele não mais tinha. Ela sabia que a todo instante que ele olhasse para ela, lembraria do sofrimento e de Kikyou. Resolvou fechar o assunto ali.
- Vamos para casa?
Ele olhou confuso para ela mas resolveu não perguntar o porque dela parar o assunto por ali. Acenou que sim com a cabeça enquanto tomava o último gole de refrigerante e pegou as sacolas.
Ela levantou-se e foi andando devagar tentando alcançar o passo dele. Mas logo ele virou-se e esperou ela.
- Feh, está mais lenta do que nunca... - repetiu a frase que disse mais cedo naquele dia.
- Eu já conheço esse filme... - ela disse sorrindo.
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É pessoal, Gege here again. Tudo que é ruim e gordo um dia volta e eu estou aqui, voila!
Desculpem a infinita demora e espero que estejam gostando da minha humilde fic. Eu venho lendo e estudando muito, por isso mesmo ando ocupada e tudo mais.
O próximo capítulo de Just Ying and Yang está a caminho, mas não sei quando estará pronto para postar. Todos estão odiando o meu mocinho/vilão Sesshoumaru, mas eu peço que quem lê essa fic e a outra, continue pois ele ainda vai pagar pelo o que está fazendo com a Rin, e vocês ainda vão ter dó dele.. tadinho!
Infelizmente eu estou sem cabeça para responder as reviews, então agradeço todas que leem essa fic, e peço do fundo do coração: continuem lendo.
Prévias:
- Perfeito Miroku! Perfeito! Eu sabia que você ainda usava bem essa massa cinzenta! É por isso que eu te amo!
- Eu sei que sou demais, posso ir para a sua casa hoje?
- Não se aproveita seu convencido! Com esse plano é claro que a gente ainda vai ver o Inu e a Kah agarradinhos por ai!!!
GUps.