Antes da fic, leiam os avisos, por favor. ;)

Autora: Olimakiella

Tradutora: Cy Malfoy

Revisão e Betagem: Lycanrai Moraine e Nanda Malfoy


Pares:
Draco Malfoy e Harry Potter


Classificação:
NC-17


Disclaimer da autora:
Esta história é baseada nos personagens e situações criadas por JK Rowling.

Disclaimer das tradutoras: Nada aqui nos pertence, nem Harry Potter, nem esta história. Harry Potter é da tia Joka e a fic, da Olimakiella. Nós só a estamos traduzindo com a permissão da autora.


Avisos
: SLASH! Relacionamento entre dois homens. Não gosta, não leia. Mas se gosta, aproveite. :D

Notas: Whore!Draco, sexo, etc, etc…


One Month Stand

"Avada Kedavra!"

Dezenas de cabeças voltaram-se no caos de lama, sangue e chuva para ver Harry Potter com sua varinha erguida e apontada diretamente para o peito de Voldemort. O Lord das Trevas manteve-se em pé por algum tempo ainda, seu olhar vacilando, antes que seus olhos vermelhos se fechassem e ele caísse silenciosamente no chão. Harry observou o homem morto diante dele sem ao menos registrar o crescente barulho das comemorações ao fundo. Ele não viu os Comensais da Morte perdidos, batendo em retirada para a Floresta Proibida. Ele não viu o solitário par de olhos cinza que tinha assistido cada movimento seu. O dono dos olhos não tinha feito coisa alguma para impedi-lo de dizer aquelas palavras imperdoáveis, apenas desapareceu na escuridão das árvores.

Ele viu a faca que tinha lhe rendido o segundo de distração decisivo, aparecendo do lado do corpo de Voldemort, seu punho apontando na direção da Floresta.

Ele também viu as palavras gravadas no punho quando ele a arrancou.

Mal Foi.

--x--

"Por Deus, Harry, você quer parar de olhar pra essa droga de punhal? Está me assustando o quanto você olha pra ela".

"Eu preciso saber, Ron." Harry falou enquanto colocava a faca de volta na bainha de metal, uma que ele tinha comprado para guardá-la. Ele assistiu, através da janela do trem, o campo lá fora passar como um borrão.

Hermione olhou para ele tristemente. "Harry, se você quer tanto saber, apenas… vá e encontre ele.

"Como eu posso encontrá-lo se eu nem mesmo sei aonde ele está, Hermione?"

"Eu tenho certeza que o Profeta pode te ajudar com isso, cara." Ron disse. "As últimas edições foram centradas na Família Malfoy, não foram? A edição de ontem, na terceira página, disse que todos os bens e dinheiro da família irão para o Ministério."

"O quê?" Harry perguntou.

"Malfoy está desabrigado?" Hermione perguntou, desacreditando no que estava ouvindo. "E sem grana?" Ela ficou olhando para o nada enquanto pensava naquelas declarações.

"Certamente ele tem alguma coisa. Eu não posso imaginar que o senhor Malfoy não tenha guardado algo no caso de uma coisa dessas acontecer." Harry se ajeitou, orgulhoso de sua perspicácia.

Ele, porém, franziu o cenho quando Hermione começou a sacudir a cabeça. "Não, Harry, os Malfoy são conhecidos por seu orgulho tão bem quanto por qualquer outra coisa. Eu duvido que tenha sobrado algo para ele agora.

"Bem, e a fortuna dos Black?" Ron perguntou.

"Ron, você se esqueceu que ela foi toda deixada para Harry no testamento de Sirius?"

"Oh, meu Deus!" Harry blasfemou. "Eu tomei o dinheiro da família dele!"

"Ai, Harry, não seja idiota." Hermione suspirou. "Olhe, você tem algum lugar para ficar?" Ela perguntou, mudando de assunto.

Harry ficou em silêncio por um segundo antes de entender a pergunta. "O quê? Oh, sim, eu comprei uma casa quando eu fiz dezessete. O quê?" Ele perguntou para os olhares arregalados de seus dois melhores amigos. "Eu perdi a cabeça depois de chegar a maioridade e comprei uma casa para mim de aniversário." Ele disse, sorrindo. "O quê?"

"Eu não posso acreditar em você, cara. Você está cheio de surpresas este ano."

"O que eu fiz?" Harry disse, rindo.

A boca de Ron se escancarou. "Você quer dizer, além de matar Você-Sab– Oh, pelo amor de Merlin, Voldemort, Voldemort – feliz? Além de conseguir passar em poções, mas não entrar para o treinamento de Auror, e sim para o curso de curandeiro com Hermione, nos contar que é gay, ter namorado metade dos garotos do sétimo ano, matar Voldemort, essa obsessão com a adaga de Draco Malfoy e de tabela pelo cara também e então nos contar que comprou uma casa? Esqueci alguma coisa?"

"Matar Voldemort." Hermione disse, tirando um livro de sua bolsa e sorrindo. "Mais: Eu acho que ele pode estar interessado em Malfoy, Ron." Ela disse, prestativa.

"O quê? Oh Deus, nove coisas que me surpreenderam. Em menos de dois anos. Nove coisas, Harry."

Harry suspirou. "Está bem, embora eu ache que a parte de gostar do Malfoy é um pouco demais, mesmo para mim, mas e daí? Não é como se eu lamentasse qualquer uma dessas coisas. Vocês lamentam?"

"Hmmm… Eu lamento ter meu amigo de volta ao normal, ter Voldemort morto e ter o meu tal amigo de-volta-ao-normal feliz, mesmo que isso signifique que esse amigo tenha uma queda pelo Malfoy? Bem, eu terei que pensar nisso."

Eles riram e recordaram sobre seus sete anos de escola antes de discutir o que, exatamente, Harry faria em uma casa no meio do mundo trouxa. Provavelmente, ter que aprender a lançar Obliviate com as mãos nas costas.

--x--

Um Harry Potter de vinte e quatro anos, no momento, dando um tempo em seus estudos de Medicina trouxa, estava sentado no banco do motorista de seu carro com Ron Weasley no assento de passageiro, na noite anterior de Ron pegar uma dispensa prolongada em suas atividades como Auror. Harry tinha pedido a ele para continuar procurando por Draco Malfoy depois que seu amigo tinha terminado o treinamento e virado um Auror. É claro que isto era apenas um favor e não suposto tomar o tempo de Ron. Isto, é claro, significava que não tomaria tempo algum de Ron.

Entretanto, aquilo não explicava a Harry a razão deles estarem dirigindo por aí, com Ron fingindo que estava perdido enquanto dava as direções. Até que eles encontraram um homem loiro parado em uma esquina da Londres trouxa, conversando com o motorista de um carro azul.

"Feliz aniversário, parceiro."

Apesar de ainda estarem na metade de maio, Harry não se importou. "Oh, meu Deus!" foi tudo o que ele conseguiu dizer antes do inconfundível loiro circular o carro e entrar pelo lado do passageiro. "Oh, meu Deus!" Ele disse, inclinando-se para frente porque ele não conseguia acreditar no que estava vendo.

Ron estava sacudindo a cabeça, assistindo a cena diante dele e só falou quando o carro partiu. "Eu sei, acredite em mim, isto não era o que eu esperava também."

O rosto de Harry transparecia incredulidade. "Oh, meu Deus!"

"Harry? Harry!" Ron sentou-se novamente quando Harry olhou para ele. "O que exatamente você pretende fazer? O Ministério deu ele como morto, você sabe. Ele poderia fazer o que ele quisesse e eles nem piscariam." ele disse, preocupado. "Para eles, ele não existe mais, algo em que o resto de nós fica agradecido em acreditar."

Harry tirou seus olhos do carro à sua frente quando ele virou a esquina. "Ron, ele não irá me matar. Eu tenho certeza de que ele, provavelmente, nem irá me reconhecer."

Ron voltou a olhar para a rua, onde mais homens e mulheres esperavam por mais carros para abordar. "Você o reconheceu."

Harry riu, zombeteiro. Apenas porque a imagem dele está em minha cabeça desde aquela maldita Guerra. Harry suspirou e olhou pela janela de seu carro. O final da tarde estava caindo, e ele sabia que logo as luzes das ruas se acenderiam. Ele sempre gostou de dirigir durante a noite, principalmente depois de se acostumar e simplesmente achar que preferia assim.

O carro estava em completo silêncio.

"Harry, aquele dia no trem, quando Hermione disse que você gostava dele na escola, ela estava certa, não estava?" Ron perguntou, sem o menor sinal de raiva, apenas genuína curiosidade.

Harry riu, calmamente. "Quando Hermione já esteve errada?" respondeu, sorrindo.

Ele olhou novamente para seu amigo e sorriu divertido para suas palavras desajeitadas. "Eu só – quero que você saiba que eu não teria ficado zangado com você. Bem, talvez no início, mas… não por muito tempo, sabe?"

Harry olhou para Ron e seu óbvio nervosismo. "Eu sei. Obrigado, Ron." Eles esperaram no carro por cerca de meia hora antes que o carro azul escuro contornasse a esquina novamente e um Draco Malfoy, bastante desgrenhado, saísse dele, caminhasse para um prédio na próxima quadra e entrasse.

"Você acha que é ali que ele mora?" Perguntou Harry, seguindo os movimentos do rapaz.

"Não, ele mora três quarteirões abaixo. Aquele." Ron disse, apontando para o prédio onde Malfoy acabara de entrar. "É onde o seu – hum... chefe..." foi tudo o que ele conseguiu falar.

Harry concordou com a cabeça, sorrindo e entendendo a incapacidade de Ron dizer a palavra 'cafetão'.

Ron notou isso e girou os olhos. "Hey, eu não costumo usar esse tipo de palavra. De qualquer forma, aqui." Ele disse, pegando uma pasta fina. "Isto é tudo oque eu descobri sobre ele. Um de seus... clientes, me ajudou nisso. Ele ainda usa seu nome, embora ele normalmente omita o sobrenome quando… hum, se apresenta, eu suponho." Ele limpou a garganta. "Seu chefe se chama Blyde."

Harry conseguiu reprimir uma risadinha, mas perguntou um ainda muito divertido "Blyde?" em tom de 'que diabo de nome é esse?'.

"Sim, Blyde," Ron falou, segurando a própria risada. "Acredite, eu morri de rir com esse nome também. Ele mora no apartamento quatro." Ele acomodou-se melhor no banco e suspirou. "Você realmente vai…" Se interrompeu, não sabendo o que dizer para completar a frase.

"Ron, eu… eu não sei. Eventualmente, eu suponho que sim." Harry disse, olhando para a rua onde Malfoy tinha retornado. "Deus sabe que eu quero."

"Você quer dizer espero, 'eventualmente, você espera'." Harry voltou-se para ver Ron com um diabólico sorriso no rosto. "Bem, esperemos que Deus ouça suas preces."

Harry apenas balançou a cabeça, não acreditando que seu amigo havia acabado de falar aquilo. Ele riu, "Eu acho que eu devo-." Ele ligou o carro.

"Sim, talvez eu deva ir."

"Ir?" Harry perguntou, voltando a girar a chave e desligando o carro. Ele deixou-se cair novamente no assento do carro.

Ron olhou para ele estranhamente. "Sim, eu realmente não acho que eu deva estar aqui quando… você sabe."

Os olhos de Harry se arregalaram. "Agora? Eu vou fazer isso agora?"

Ron franziu as sobrancelhas. "O quê? Por que não?" Ron disse, guardando sua varinha no bolso novamente. "Você estava pronto quando me pedia para encontrar ele." Ele apontou para a rua. "Bem, eu o encontrei, então vá conseguir suas respostas." Falou, fazendo um movimento amplo com as mãos.

"Bem, eu não tenho recursos para isso no momento. Eu tenho certeza que ele está... hum, custando bastante." Harry disse, se sentindo tão perdido quanto parecia estar.

Ron riu. "Cara, você converteu toda a fortuna Potter em dinheiro trouxa alguns anos atrás e desde então, não tem gasto uma moeda dela, salvo para comida e casa. Exceto quando você paga seu curso naquela universidade trouxa. Por favor, me diga que você não saiu gastando tudo. Nem mesmo você pode gastar tudo aquilo com nada. Você poderia mantê-lo por um mês inteiro e usaria apenas o dinheiro da carteira. Se tanto.

Assim que terminou seu curso de curandeiro e conseguiu sua licença, Harry converteu toda a fortuna Potter (ou a maior parte dela, embora ele não tenha contado isso a Ron) em dinheiro trouxa e colocou em vários bancos trouxas de Londres. A fortuna Black ainda estava guardada e rendendo lucros - embora só Merlin soubesse quanto havia lá, uma vez que ele mesmo nunca tinha visto – em Gringotes, no Beco Diagonal.

"Não. Não, eu não gastei." Harry olhou novamente para a rua e então, de volta para Ron.

O ruivo ergueu uma sobrancelha, algo que Harry realmente desejava que ele pudesse fazer. "Então, por que você está enrolando?" Ele perguntou, sabiamente.

"Eu não est-."

"Parceiro," Ron disse, como que apaziguando, "você está enrolando. Você tem que fazer isto agora antes que você deixe Hermione e eu malucos."

Harry pensou nisto por um segundo, olhando de volta para a rua onde Malfoy estava conversando com seus, er, 'colegas de trabalho.' Harry suspirou e ligou o carro novamente. "Eu não mereço amigos como você e Hermione, sabia?" Ele falou, passando para a primeira marcha facilmente.

Ron riu. "Eu sei parceiro, eu sei." Ele disse, antes de aparatar para outro lugar.

Harry respirou fundo, sinalizou e saiu do local onde estava parado.


Continua...


Nota das tradutoras: Yeah, começou. "One month stand" é uma fic super bacana, escrita originalmente em inglês, e que a gente quis dividir com vocês.

Esperamos que gostem. :D

Até a próxima...

Cy e Ly.