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Capítulo 15
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O fim de semana chegou rápido, e mais rápido, para Kagome. Na noite posterior a comemoração a bolsa de estudos, Inuyasha, havia lhe telefonado informando a ela que o quarto estava a sua espera. Ele não via à hora de acompanhar a gravidez de Kagome, sentia a necessidade de sua presença em seu dia a dia. Já sua esposa, Kaguya, pouco se importava, passou a estar mais presente em seu trabalho. O quarto foi arrumado por uns dos empregados da casa deixando-o simples para que ela pudesse, mais tarde, organizasse de acordo com sua personalidade.
Mais uma vez Kagome arrumava seus poucos pertences com tristeza não para ir aonde sempre iria, ao apartamento em que residia com seu avô ou ao de sua amiga, mas sim para um lugar desconhecido ao qual mal conhecia seus donos e seu único vínculo é a criança em seu ventre. Após colocar próxima a porta seus pertences, ela sentou pela última vez na cama que ocupava o quarto que dividia com Sango, olhando ao seu redor.
Lentamente seus pensamentos foram ocupando sua mente sempre a lembrando que estava indo morar com o casal por conta da criança, mesmo que não estivesse no acordo, mas as consequências mudaram. Estava sozinha, seu avô falecera antes mesmo de poder ajudá-lo, como era seu proposito inicial, a casa de sua amiga havia, agora, o irmão e seu amigo de infância, estava um pouco cheia. Embora sempre tenha um cantinho guardado para ela a qual possa voltar quando tudo se resolvesse. Também não poderia morar o resto da vida com a amiga, pelo menos até ela própria ter superado a perda do avô.
Pensar na criança a fez levar a mão ao ventre mesmo que ainda não o sentisse desejava, carinhosamente, sentir os primeiros movimentos, embora não fosse seu filho o instinto maternal estava aflorando aos poucos. Kagome não via à hora de ver seu ventre crescer e sentir os movimentos dessa criança, já que os primeiros sinais de gravidez ainda são poucos incômodos, mas a deixava mais bonita. Seus pensamentos foram interrompidos quando Sango batia na porta.
- Sango? – Kagome disse saindo do estado de letargia – Desculpe não a vi chegar.
- Tudo bem, não gostaria que fosse morar com eles. – disse se referindo ao casal Hashi, aproximou-se sentando ao lado dela na cama.
- Eu sei. – baixou a cabeça em silêncio por alguns segundos – Eu também, mas é preciso. – voltou a ficar calada.
- Meu lar sempre estará aberto para você, não sabe? Ainda assim nos veremos nas aulas e no estágio. – continuou ao perceber que Kagome não responderia – Não pense duas vezes em voltar caso não esteja contente, ou qualquer outra coisa ocorrer com você.
- Oh! Sango. Não se preocupe só estou fazendo isso por causa do bebê e... de mim, tenho que superar a perda do meu avô, coisa que ainda não fiz e não consegui. – ambas deitaram com as costas na cama olhando para o teto. – Sabe o que irei mais sentir falta?
Sango não respondeu, mas sorriu olhando Kagome e depois acompanhar seu olhar para o teto – Não, o quê?
- Suas brigas com Miroku, a passividade de seu irmão em relação a vocês dois, dos dias que passei aqui, resumindo tudo. – voltou seus olhos para amiga ao seu lado – Adoro ter você como amiga.
- Eu sei. – respondeu ela e sorriu – Mi...
- "...Minha casa está sempre aberta" Eu sei. – voltou a ficar sentada – Não se preocupe, aqui sempre será meu segundo lar. – sussurrou as últimas palavras.
Aquelas palavras pareciam acalmar Sango e ao mesmo tempo agitar seu coração, pois tinha um duplo sentido, mas Kagome não imaginava a dualidade das suas palavras. Sem mais o que dizer Sango sorriu e levantou em um impulso ficando de pé ao lado da amiga com a mão estendida. Um gesto tão sutil que animou Kagome, fazendo que aceitasse com delicadeza, ergueu a mão e pegou a mão estendida da amiga, levantando-a num único impulso.
- Vamos esperar Inuyasha na sala. – disse por fim Sango caminhando abraçada em direção ao local dito.
Ansioso por aquele momento, em que sua prima estaria mais próxima de sua família, Inuyasha mal dormira a noite anterior imaginando como seria tê-la por perto. Apenas, quando os primeiros raios de sol junto com o cansaço mental abateram sobre ele, fazendo-o relaxar e dormir. Entretanto, seu sono durou mais que o esperado e ao acordar já estava atrasado e, principalmente, para buscar a sua mãe, pois tinha prometido a ela que pegariam Kagome na residência de Sango para que pudesse ter mais alguns momentos antes de instalá-la.
Da mesma forma que Inuyasha não conseguiu dormir a noite por conta da ansiedade, Izayoi também não, mas diferente de seu filho ela não dormiu. Não conseguiu fechar os olhos e relaxar, se remexera ao lado de seu marido na cama até as primeiras horas da manhã, levantando-se junto com o sol. Mais uma vez, olhou no relógio de seu pulso estava praticamente a 24 horas sem dormir direito e notou que ele estava atrasado. Impaciente pelo atraso do filho, Izayoi, passou a caminhar pelo vestíbulo e a sala de estar, ate ouvir o som do carro sem aproximando, parando junto à porta de entrada.
- Izayoi. – chamou Inu no – Porque toda essa ansiedade? Você nem dormiu direito essa noite.
- Inuyasha está demorando. – disse sem incomodar com a pergunta dita por seu marido – Ele prometeu que estaria aqui, mas se passaram meia hora e ainda não chegou.
Ele suspirou derrotado, conhecia a sua esposa muito bem e sabia o quanto ela desviou o assunto, ela sempre usava essa técnica para desviar a sua atenção e sempre alcançava seu objetivo.
– Não, não chegou ainda. Tomou café? – perguntou receoso recebendo balançar de uma das mãos afirmando – Bom, Inuyasha deve está a caminho, não acha?
- Sim, deve.
- Então se acalme. Logo, ele... – podiam ouvir o som do motor de um carro parar – Por falar nele.
Em poucos minutos Inuyasha entrou na residência de seus pais com a camisa mal arrumada, os cabelos desalinhados, de modo que, nem na sua adolescência nunca apresentou dessa forma na presença de seus pais. Ele percebeu o olhar assustado de seus pais em sua aparência, e envergonhado tentou arrumar os cabelos num gesto rápido.
- Éh! Desculpa pelo o atraso. – falou encabulado – Pai, Mãe. – cumprimentou-os beijando a têmpora da mãe e abraçou o pai – Eu cheguei tarde ontem, demorei a dormir e...
- Tudo bem, não precisa se desculpar. – disse Inu no caminhando para a sala onde tomaria seu café matinal – Tomou café?
Inuyasha negou com a cabeça tentando melhorar com a sua aparência – Não gostaria de deixar mamãe esperando mais do que já esperou.
- Oh! Meu filho, mas não precisava deixar de tomar seu café. – Izayoi pegou as mãos dele e os levou até a mesa fazendo que sentasse e saboreasse a mais importante refeição – Eu esperaria mais um pouco – sorriu para ele – Tome seu desjejum com seu pai, eu os acompanharei.
Eles estavam à mesa, juntos, ato que não faziam com muita freqüência. A mesa estava farta, posta como todos os dias composta por suco, café, bolo, leite, torrada e cereais, Inuyasha colocou um pouco de suco num copo acompanhado por uma pequena fatia de bolo igualmente a seu pai, ao invés de suco uma xícara de café.
- Como foi à reação de Kaguya a respeito de Kagome ir morar com vocês? – perguntou Inu no ao seu filho um tanto curioso por não souber de alguma cena entre eles.
- Hum. – bebeu um gole do suco – Não muito bem, implicou um pouco alegando ciúmes, tiver que me impor, mas aceitou contrariada.
- De onde ela tirou esses ciúmes? Sempre foi tão segura do seu sentimento por ela. – Izayoi questionou a seu filho. – Ele a olhou dando de ombros.
- Desde que Kagome nos disse que estava grávida e soube do nosso parentesco, ela passou a ter essas crises. – mordeu uma torrada, mastigou pensativo – Mais precisamente quando soube do parentesco, já que foi ela quem insistiu em ter barriga de aluguel.
Izayoi e Inu No se olharam compreendendo a mensagem por trás das palavras de Inuyasha, mas suas ações dizem mais do que ele próprio pode pensar. Por conhecerem Kaguya, eles sabiam que não eram apenas ciúmes. Kaguya é muito ambiciosa e egoísta e seria fácil se deixar levar por sentimentos tão mesquinho próprio dela, entretanto, algo a mais poderia está escondido no seu sentimentalismo.
- E Sesshoumaru comentou alguma coisa sobre o passado de Kagome? – perguntou Inuyasha querendo obter mais informações.
- Não. Sesshoumaru ligou ontem me convidando para ir a sua casa, acho que é alguma coisa sobre a gravidez de Rin. – respondeu senhor Tasho – Ele não quis entrar em muitos detalhes e como sua mãe vai passar o dia com você...
- Ei! – retrucou ela – Eu não vou passar o dia todo.
- Não? – disseram pai e filho uníssonoro.
- Está bem. – os três sorriram. Inuyasha retirou o celular do bolso para olhar a hora vendo que estava além da hora combinada de ir buscar Kagome.
- Mãe. – chamou sua atenção e ficou de pé colocando o celular de volta no bolso – Vamos! Kagome está nos esperando por um bom tempo. – pegou o copo de suco e tomou todo o conteúdo enquanto Izayoi terminava seu chá. – Quer uma carona pai?
- Não, obrigado.
Mãe e filho se despediram do homem que ainda permaneceu a mesa tomando seu desjejum, pensando no que seu primeiro filho gostaria de conversar. Suspeitava que o assunto estivesse relacionado com sua sobrinha, mas seria pouco sensato revelar a sua esposa, talvez, o deixasse transtornada. Permaneceu sentado por alguns longos minutos até levantar, e seguir a casa de seu filho.
Depois de algum tempo que Inuyasha deixou a cama e a casa que dividia com Kaguya, ela rolou para o lado ao qual não sentiu a presença de seu marido ao junto dela, onde ele geralmente dorme. Tateou-o a procura dele ao seu lado, mas o frio dos lençóis comprovava do tempo da falta de seu calor próximo de si, encontrando apenas o vazio. Girando o seu corpo e apoiando as costas sobre o colchão ela permaneceu deitada sob os lençóis olhando para o teto refletindo sobre a inoportuna presença de Kagome em seu lar, o quanto detestava aquele incomodo.
De certo que foi a própria quem gerou essa situação ao pedir a garota fazer o que ela poderia muito bem: ter um filho. Se não fosse por Inuyasha ela nunca entraria em sua residência, administraria a gravidez da jovem à distância como tinha planejado, sem a presença de emoções. Era unicamente o útero a gerar seu filho e de seu marido até...
Amaldiçoando Kagome mais uma vez até que um rápido pensamento a fez sorrir, agitou-se um pouco desarrumando ainda mais a cama e levantou-se sorridente, animada. Rapidamente, entrou no banheiro para tomar um banho perdida em seus pensamentos "Enquanto Inuyasha brinca de ser 'o melhor pai do mundo', talvez eu tenha outras diversões" pensou Kaguya se lembrando do fotografo para qual trabalhou ao fazer as fotos para a propaganda de peças intimas. Em sua mente as imagens daquele dia vieram à tona, dos olhares devoradores dele em seu corpo, dos trocadilhos de palavras, ela sorriu mais.
Ligou o chuveiro girando a chave para água fria, pois o clima se tornou um pouco quente, muito, muito quente. Ao sentir a água fria escorrer pelo seu corpo, Kaguya saia de seu devaneio. Oh! Sim. Iria aproveitar o quanto pode da brincadeira de seu marido em ser pai sem desviar a sua atenção, claro, já que para ela seria vergonhoso e menos lucrativo se divorciar de Inuyasha. Conhecia o quanto sua fama estava por trás da dele, e foi ele que a mantém onde está.
Saiu do banho minutos depois, arrumando-se tão tranquilamente sabia que a qualquer momento seu marido chegaria a casa com Kagome. Descalça, saiu do quarto dirigindo ao quarto onde pertenceria a Kagome por uma curta temporada, se dependesse dela mais curta seria. Parou na entrada encostando-se na porta, observando as comodidades, a tonalidade clara deixava-o mais claro com a entrada dos raios solares e apenas uma parede decorativa num tom, também claro, de outra cor; uma cama no centro do quarto, num canto próximo a janela uma poltrona de cor neutra, além de outros móveis.
- É Kagome, você pode ser útil para alguma coisa. – sorriu dando as costas ao quarto e fechando a porta – Divirta-se um pouco, mas só por enquanto.
Enquanto as duas amigas aguardavam a presença de Inuyasha, os jovens detetives terminavam o relatório da rápida investigação que fizeram. Já que não foi preciso uma pesquisa mais complexa, por se tratar de um juiz corrupto divulgado na impressa e na mídia, além de seus pais terem um arquivo sobre seus feitos. O único aprofundamento necessário foi a respeito dos pais "adotivos" e o avô de Kagome; nestes sim foram encontradas peças que se encaixavam no quebra cabeça que se tornou esse caso que, no entanto, necessitava de um pouco mais de tempo para serem averiguados. Contudo, ele estava quase completo: A sobrinha do casal tinha sido encontrada, só falta à comprovação através do exame de DNA, o que em poucos dias estaria sendo feito sem o consentimento de Kagome, este é o verdadeiro caso. Mas, o que provinha dele deixava-o mais complexo; já que, provavelmente Kagome e seus tios gostariam de saber que seria: o envolvimento dos pais de Kagome com o juiz Rossete Rinkotsu e o que teria acontecido depois do acidente para que ela fosse parar com o casal.
Com primeira parte do relatório concluída após o conhecimento do envolvimento do Juiz e as poucas revelações sobre o relacionamento de Kagome com seus pais, fez com que Miroku e Kohaku tivessem mais calma para comprovar o que tinham obtido sobre os mesmos. Apesar de tudo eram os pais de Kagome e os únicos que ela conhecia por esse título.
A impressão do relatório estava quase terminada quando Miroku parou de ordenar os documentos ao ouvir Sango e Kagome entrarem na sala para esperar por Inuyasha, pegou os recortes de jornais para adicionar no envelope ele se lembrou do dia em que os tinha visto na caixa "herança" de Kagome. Pensando mais um pouco, Miroku passou a ter certeza de que aqueles recortes de jornais não estava ali em vão; o senhor Higurashi queria dizer alguma coisa com eles, mas não compreendia ao seu significado.
Olhou para Kohaku a sua frente organizando as pesquisas feitas para que não ficassem ali e acidentalmente Kagome pudesse ler, nela estava os nomes de seus pais e seu avô, como também o seu próprio nome. Como um estralar de dedos a resposta para a sua pergunta surgiu.
- É isso! – disse Miroku em voz alta fazendo Kohaku Levantar a cabeça para ouvi-lo – Eu não acredito! Estava bem aqui diante dos nossos olhos.
- "É isso" o que? – perguntou seu parceiro – O que?
- Isso. – Miroku mostrou os recortes de jornais mais uma vez para Kohaku, este levantou a sobrancelha em sinal, evidente, de incompreensão. Vendo que o amigo não entendia explicou – O senhor Higurashi – falou baixo – guardou todo esse tempo em que estes papéis com o propósito de lhe revelar a verdade: Não era sua neta e sim filha do casal desses recortes.
Na mesma linha de raciocínio de Miroku, Kohaku continuou no mesmo tom que seu amigo – E com a doença fez com que desejasse passar o resto de vida com ela, e só depois de sua morte ela saberia quem realmente quem é.
- Por isso ele deixou que ela só abrisse a caixa depois que morresse. – continuou Miroku olhou a porta para conferir que nenhuma das duas ou ambas não estavam no outro cômodo – Assim ela teria a quem procurar e não está mais sozinha.
Eles estavam pensando da mesma forma e tão rápido quanto podiam, deixando-os eufóricos. Tinham que acrescentar esse fato a Sesshoumaru esta tarde, já que não estaria no relatório.
Miroku pegou a cadeira mais próxima e a colocou ao lado de Kohaku - Certo. Isso explica a atitude do senhor Higurashi em querer manter Kagome com ele mais tempo, mas não explica a falsa adoção, ou melhor...
- Não podemos confirmar ainda os fatos, Miroku. – e continuou – Se ela foi comprada, raptada, não sabemos. – olhou mais uma vez na direção que imaginava as amigas estarem – Embora as evidências apontem para isso. – usando um pouco mais a razão do que o amigo vendo-o suspirar em confirmação.
- Talvez, apenas talvez, ele tenha se apegado a ela e tivesse sido difícil devolve-la a verdadeira família. – parou alguns minutos pensando se estava usando de mais a razão e esquecendo-se do lado emocional, considerando os lados completou – Ou o medo de ser preso por rapto e sequestro e até mesmo ameaça.
- Eu posso está enganado, mas... – pensou mais um pouco – o que Kagome contou a Sango sobre a mulher que lhe rejeitou, tem de alguma forma relação com tudo isso.
Ambos olharam para os recortes de jornais em cima da mesa onde trabalhavam sem precisar dizer nada um ao outro concluíram não entregá-los agora, já que sabiam realmente o destino deles.
Ouviram quando Inuyasha e Izayoi chegaram ao apartamento deles para levar Kagome à nova morada deixando-a assim mais próximos dos verdadeiros parentes. Miroku levantou para ir de encontro a eles quando Kohaku disse em tom baixo.
- Gostaria que Kagome passasse mais tempo conosco, dessa forma teríamos mais informações sobre seus pais.
- Eu também, mas ela terá de seguir esse caminho. Lá está sua verdadeira família – sorriu sabendo do rumo que sua investigação tinha tomado – Vamos, temos que nos despedir dela.
Sango fez as honras da casa ao abrir a porta para o casal, mãe e filho, cumprimentando-os e os convidado para entrar. Kagome assim que viu Izayoi a abraçou forte e delicadamente beijou-lhe o rosto, tal gesto fez Izayoi levar a mão ao lugar beijado enchendo seu peito de emoção e aumentando a afeição pela sobrinha. Com mais descrição cumprimentou Inuyasha com aperto de mão, ele a olhou com admiração da forma gentil que tratou sua mãe, como ela agiria depois que soubesse quem realmente era?
Despedir dos dois rapazes não foi muito difícil, também não havia sido fácil, ambos eram muito divertidos, engraçados e fácil de apegar, diziam que logo a veriam novamente. Sango notou quando eles aproximaram com uma expressão preocupada, mas bem disfarçada, para quem não os conhece. Infelizmente não poderiam passar muito tempo ali, já que Inuyasha iria gravar mais tarde, além da ansiedade de tê-la em seu mundo, protegida de onde nunca devia ter saído. Inuyasha pegou as poucas malas de Kagome seguindo junto a sua mãe ao carro que iria levá-la a sua nova morada. Por insistência de Kagome, Sango também foi conhecer a residência de Inuyasha, pó melhor, onde Kagome passaria certo período.
No momento que a porta do apartamento foi fechada, Kohaku e Miroku não perderam tempo em atualizar o material feito anteriormente, pegou o que tinham elaborado junto às provas seguindo para seu destino: A residência de Sesshoumaru Tasho.
Chegando a casa onde Inuyasha morava com sua esposa, Kaguya, Kagome sentia que não deveria ter saído da casa da amiga, algo dentro dela, naquele momento, dizia que não deveria ter saído de onde estava. Contudo, ignorou seu pressentimento. Izayoi e Sango estavam próximas a ela para lhe dar o apoio que merecia por ter entrado naquele mundo desconhecido que é morar com pessoas a qual são meros desconhecidos para ela. Ambas, tia e amiga sorriram incentivando a seguir enfrente, Kagome sorriu nervosa em resposta e olhou para Inuyasha que calorosamente abriu a porta para ela. Adentrou a casa, seguindo o trio, tentando se mostrar segura. Lembrou-se da vez que entrou ali e encontrou com Sesshoumaru, suspirou tentando tirar aquela imagem de seu pensamento.
Entretanto, seu pressentimento tornou-se mais presente ao ver Kaguya no alto da escada com um sorriso forçado, sendo perceptível apenas por Inuyasha. Ela desceu as escadas indo de encontro a eles, Inuyasha arqueou uma sobrancelha estranhando o comportamento de sua esposa. Olhou para sua mãe que não percebeu a atitude falsa e dissimulada, viu Sango fazer uma careta de desgosto deixando claro sua posição.
- Kagome, que bom que você chegou – a abraçou como uma boa atriz diante da sua indiferença – Estava ansiosa por sua chegada. – sorriu olhando para ela. Virou para a sogra e a recebeu como fez com Kagome.
- Kaguya esta é amiga de Kagome, Sango. – apresentou Izayoi pensando que não se conheciam esta a olhou como se fosse um incomodo.
- Oh! Acho que já a vi por aí. – disse com indiferença. Sango abriu a boca para responder, mas Kaguya foi mais rápido – Ah! Sim, você estava no funeral do ve... – pigarreou notando a presença de Kagome – do avô de Kagome.
- Sim, eu estava lá apoiando minha amiga. – respondeu na mesma medida que ela acrescentando mais direta – Sabe como é, né? Diferente de uns e outras.
Kaguya a olhou surpresa, dirigindo o olhar a seu marido e sogra que sorriam discretamente pelo tratamento recebido por ela, só restou apenas ignorar. Dirigiu atenção apenas para a mulher grávida. – Vamos Kagome, mostrarei o seu quarto. – não deixou dizer uma palavra puxando-a pelo pulso. – Inuyasha traga as coisas dela sim, por favor.
Inu no Tasho chegou à casa do seu filho, minutos depois que sua esposa e filho o deixaram, sendo recebido por abraços de seu filho e nora que já mostrava uma saliente barriga. Notou a felicidade daquele casal pela espera do seu primeiro filho, da mesma forma como esteve na espera de cada um de seus filhos. Havia sintonia e harmonia entre eles, e notou a diferença de seu filho antes e depois de Rin, o quanto era serio na vida profissional e amoroso na pessoal.
Os jovens investigadores chegaram certo tempo depois da chegada de Inu no Tasho a residência do casal, Rin se despediu de seu marido com um beijo terno nos lábios, cumprimentou os jovens rapazes despedindo-se; já que pretendia fazer o almoço, ela mesma, para seus convidados imaginando a delicadeza do assunto a ser tratado. Estavam no escritório, quando eles estavam para mostrar os relatórios. No primeiro, estava escrito a descoberta de Kagome até o dia que a encontraram; já o segundo, estava direcionado a Sesshoumaru sobre as acusações do Juiz Roussete. Os outros papéis eram o que tinham conseguido com Kagome algumas noites atrás.
Entraram no escritório cumprimentando todos os presentes um tanto empolgados sobre as novas circunstâncias do caso.
- Antes de mostrar os relatórios temos novidades importantes para dar. E não estão escritas em nenhum deles. – falou Miroku sentando em uma das cadeiras presente no local sendo seguido por seu companheiro e amigo – Bom, uns dias atrás Kagome trouxe de sua casa uma caixa com alguns pertences de seu avô, dizendo ser "a minha herança".
- Herança? – indagou Sesshoumaru – Kagome gastou uma parte da herança que os pais deixaram com remédios para seu avô e resto é para a faculdade. – revelou aos presentes surpreendendo o pai com a situação financeira de sua sobrinha.
- Enfim, nada de valor. – continuou Miroku – Dentro dela havia algumas recordações, nada mais. O intrigante era o fato de que nela continha alguns recorte de jornais, mais precisamente os que se referiam à morte de Bankotsu e Kikyou.
Kohaku entregou o envelope com os recortes, prosseguindo a conversa – Então, com base nisso concluímos que o senhor Higurashi tinha a intensão de revelar a Kagome, quem ela realmente é. – entregando também os outros relatórios a cada um – Já que de acordo com ela, ele, o avô, pediu para que só abrisse a caixa quando ele falecesse.
- Não estou entendendo onde querem chegar! – exclamou confuso – Como vocês chegaram a essa conclusão? – perguntou Inu no Tasho tentando acompanhar o raciocínio deles.
Miroku e Kohaku se olharam para depois olharem para Sesshoumaru a frente deles inserto se poderia dizer a ligação deles e este último disse: - O juiz Rossete Rinkotsu está envolvido no caso.
- O que ele tem a ver com os pais ou o avô de Kagome? – questionou mais uma vez Inu no Tasho, como Sesshoumaru este pediu para investigasse o envolvimento do juiz apenas ficou esperando pela resposta.
- O Juiz Rossete está envolvido em suborno e corrupção, isso é apenas o que está na mídia. – explicou Kohaku ao senhor que não conhecia sobre as acusações que pesavam no curriculum do juiz - Ele também estava envolvido em adoção ilegal e venda de crianças no país.
- Quer dizer que... – Inu no Tasho disse surpreso.
- A única certeza que temos é dele ter aprovado a "adoção" de sua sobrinha, já que ele sempre foi juiz de outra área. – suspirou Miroku e respondeu cautelosamente – Entretanto, não sabemos o envolvimento do casal adotivo com ele.
- E a única pessoa que podia responder a essa pergunta... – disse Sesshoumaru, pois o resto da frase não foi necessário completar, o silêncio dizia tudo.
- Até que surja alguma outra evidência que confirme essa e outras perguntas que temos em mente. – Kohaku lamentou profundamente – Não temos muito a fazer, apenas tentar averiguar os contatos do juiz e o casal Higurashi.
- Depois lidaremos com o que pode acarretar averiguação dos fatos a saúde psicológica de todos os envolvidos, principalmente Kagome. – lamentou Sesshoumaru.
A conversa no escritório de Sesshoumaru se estendeu por algumas horas até serem interrompidos por Rin convidando-os a almoçar. Nela foi explicado, detalhadamente, como eles imaginavam ter sido a vida de Kagome desde a sua chegada a família Higurashi baseado em suas palavras. A respeito do juiz Rossete, não podiam afirmar o envolvimento de com o casal, mas não podiam ignorar. Tentando encaixar as tudo o que sabiam a respeito do mesmo, pois os pais de Kohaku e Miroku tinham arquivos de investigações sobre o renomado juiz no caso.
As convidadas e o casal Hashi estavam, agora, dentro do quarto onde Kagome iria ocupar após conhecerem todos as partes da casa
- Kagome. – chamou à amiga – Está na hora de eu ir embora, tenho algumas matérias para revisar e você tem bem mais coisas do que eu para fazer.
- Mas, Sango... – tentou protestar e convencê-la a ficar gaguejando – A-ajude-me. Fique mais um pouco, por favor. – o nervosismo estava tomando conta dela por está ali entre pessoas que ela mal conhecia.
- Sango, por favor, fique com Kagome mais um pouco. Aproveite e almoce conosco. – pediu Izayoi sorrindo carinhosamente.
- Não se preocupe Sango, - completou Inuyasha – eu levo você quando eu for gravar. – ela tentou protestar, mas foi vencida pela insistência dele e de sua mãe. Toda a cena era observada por Kaguya que analisava cada um dos presentes, principalmente, Kagome que sorria embaraçada diante da hospitalidade de Inuyasha e Izayoi.
Passava um pouco mais da hora do almoço quando Sango resolveu ir embora, deixando a amiga aos cuidados de Inuyasha e sua esposa. Antes de deixar Sango em casa e seguir seu percurso para as gravações, Inuyasha se lembrou de um presente que gostaria de dar a Kagome e este seria o melhor momento para isso. Entrou em seu quarto, dirigindo-se as suas gavetas retirando de uma delas uma pequena caixa, sorriu ao se lembrar do dia que os comprara. Colocou em seu bolso da calça, voltando para onde estavam as quatro mulheres.
De volta à sala de visitas, olhou para Kagome que conversava com sua mãe, então Inuyasha resolveu aproximar Kagome sorrindo diante daquela felicidade que ela estava lhe proporcionando ter seu filho como também à alegria de acompanhar a gravidez. Sentou a sua frente deixando-as estranhar sua atitude, olhou profundamente para ela.
- Toma Kagome, – retirou do bolso a caixa – é um presente. – sorriu para ela. Kagome o pegou sem saber o que dizer ou como agir. Kaguya abriu os olhos em espanto não acreditando no que seus olhos estavam vendo naquele instante, o sentimento de raiva ia surgindo dentro dela cada vez mais forte enquanto os observava.
- Eu, eu não posso aceitar. – ela disse segurando a caixa ainda com os braços estendidos, Inuyasha pegou a sua mão junto com o presente e colocou em seu colo.
- Vamos, Kagome, aceite. – pediu mais uma vez – Eu o comprei em agradecimento por tudo o que você está nos proporcionando. – procurou a esposa próximo dele e lhe sorriu, ela um tanto atordoada não correspondeu ao gesto; já que tinha sido uma surpresa para ela também – A alegria de um filho ou filha e acompanhar a sua gravidez não tem como eu lhe pagar. – Sorriu mais uma vez – Vamos, abra!
Kagome ficou sem palavras com o gesto dele, sabia que não poderia aceitar mais nada do que já estavam lhe dando devido ao contrato assinado algum tempo atrás, mas não poderia recusar, seria insensibilidade de sua parte. Murmurando "está bem", abriu a caixa e o som de uma suave melodia saia dela. Sorriu ao ouvi-la, notou que dentro um par de brincos de algas marinhas, retirou-os fascinada.
- Oh! São lindos. – mostrou a Sango e a Izayoi.
- Inuyasha, meu querido, são realmente lindos. – disse Izayoi admirada – São da cor de seus olhos Kagome.
- Sim, foi de propósito. – respondeu – Assim que os vi, lembrei logo da cor dos olhos de Kagome...
As palavras de Inuyasha aos poucos foram sumindo e sua raiva a consumindo, Kaguya jura que aquele par de brincos seria dela, não deixaria passar mais essa. Fixou sua visão na garota a sua frente que estava acabando com sua vida, tudo por causa de si mesma. Não admitiria mais a interferência de Kagome em seu casamento, mesmo sabendo da relação sanguínea entre eles. Tudo aquilo que Kagome esta tendo deveria ser dela, a atenção do marido e da sogra, o bebê, aquela felicidade era para ser dela, não, será.
Determinada a ter tudo que é seu de volta, Kaguya, não mediaria esforços e tempo, iria tomar medidas que não poderia se arrepender depois.
- Sango, vamos? – a voz de seu marido a interrompeu seus pensamentos maldosos. – Mamãe você vai agora, também?
- Meu querido, eu não sei. – olhou para Kagome carinhosamente – Eu, eu gostaria de ficar mais um pouco, mas creio não poder. – sorriu para ela dando alguns passos para abraça-la, porém vacilou e não o fez – Prometi a meu marido que não passaria o dia aqui, mas prometo voltar outro dia. É só me pedir.
- Gostaria que ficasse mais um pouco, gostei muito da senhora. – pediu Kagome surpreendendo-a.
- Nada de Senhora – repreendeu – Apenas Izayoi.
- Oh! Desculpe. – sorriu e a abraçou. O abraço que a própria Izayoi não deu ela, Kagome, deu sem duvidar.
Sentir sua sobrinha entre seus braços, estava sendo divino. Um sentimento a qual ela não poderia descrever esperou muito tempo para sentir-se dessa forma. Para Izayoi, era como a irmã estivesse presente outra vez, ou melhor, a lembrança da irmã de volta. Com muito custo separou-se de Kagome que lhe sorria. Ela virou para a amiga fazendo o mesmo gesto.
- Vou sentir saudades. – disse Sango ainda abraçada –
- Ora Sango, deixe de ser exagerada. Não foi você que disse aquela casa será minha segunda casa. – sorriu, separando-se um pouco – Você sabe que é preciso.
- Eu sei. – suspirou fundo.
- É por pouco tempo. – sussurrou a amiga. Sango sabia que não seria por pouco tempo, a vida de Kagome estava a um passo de mudar completamente. – Nos veremos na faculdade e no estágio, continuaremos juntas.
Com a partida de Inuyasha, sua mãe e Sango, Kagome voltou para o quarto que habitaria por algum período. Faltava pouco a ser guardado, quando Kaguya para na porta do quarto sem entrar ou se fazer presente com uma expressão nada agradável ou felicita.
- Kagome! – chamou a assustando. Esta levou a mão ao peito contendo os saltos do coração devido ao susto. Aproximou-se o bastante para ser mais que ouvida. – Só vou dizer uma única vez, bastardinha, fique longe do meu marido. – Kagome abriu os olhos temendo as palavras dela – Você não é nada, apenas o meu útero. – deu as costas voltando por onde tinha entrado, sorriu para si mesma. Parou – Ah! E fique sabendo: Eu podia muito bem ter esse filho, só que eu não quis. – sorriu malignamente voltando a andar para a saída do mesmo – Recado dado.
Saiu deixando Kagome pálida e tremendo sem reação alguma sobre aquelas palavras.
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Continua...
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Nota da autora:
Oie! E aí gostaram do capítulo? Espero que sim. Desculpem-me pelo atraso do capítulo, mas umas coisas não muito boas aconteceram comigo. Tive uma grande perda importante na minha vida e por isso fiquei sem animo para escrever. Para completar estou fazendo faculdade de pedagogia, por conta de tudo isso meu tempo está mais curto, mas farei o possível para postar o mais rápido possível.
Ah! Sim. Desculpem-me pelos os erros ortográficos, pois não tive tempo já que tinha pressa para postar e revisarei esse final de semana.
Reviews:
AdmuNaruto: Oi Admu, mais um capítulo feito com muito carinho e espero que você tenha gostado dele, e mais uma vez peço desculpas pelo o grande atraso. Eu sei como é esperar por um capítulo, e como eu sou naturalmente ansiosa... Imagine a minha situação. Rsrsrs... beijos até a próximo.
Acdy-Chan: Oi Acdy, como você está? Rsrsrs... sim um pouco de sofrimento, mas vai demorar um pouco para acabar. Não no final, mas logo. Espero que tenha gostado desse capítulo feito com carinho, até o próximo. Beijos...
Agome-Chan: Oi Agome, menina você está no caminho certo, acho que com mais algumas revelações você descobre tudo. Bom essa questão da compra de Kagome, hummm... Já está começando a ser revelado, e a "herança" pode revelar ainda algumas coisas. O capítulo de hoje mostra o quanto Kaguya não aceita Kagome, não por ela está grávida, mas ela ter um vinculo maior com Inuyasha que vai se intensificando... Não posso mais falar, segredo... rsrsr. Ah! Sim, E Kaguya é capaz de tudo. Espero que tenha gostado, beijos até a próxima.
Flor do Deserto: Olá, seja muito bem vinda e primeiramente agradeço por ter deixado uma review. Muito Obrigada, me deixou feliz. Desculpe pela a demora, mas foi muito difícil deixar de escrever já que gosto de escrever. Espero não ter lhe deixado muito ansiosa. Beijos e até o próximo.
Muito obrigada a todos(as).