AVISO1: fic baseada na obra de JK, ou seja, estou usando coisinhas fofas que não me pertencem, mas eu não ganho nada com isso.

AVISO2: Essa fic contém cenas de violência, lavagem cerebral e sexo entre homens. Se você não se sente preparado para visualizar esse tipo de coisa, não leia, pois eu não me responsabilizo pelas imagens que surgirem na sua mente se você insistir em ler.

AVISO3: Essa é a terceira parte de uma trilogia. Toda a trilogia já está escrita (dêem pulinhos), e as atualizações serão diárias e, se tudo correr bem, ininterruptas. A primeira parte se chama "Dupla Face", e a segunda, "Almas Partidas", ambas já estão publicadas nesse site mesmo.

AVISO4: Essa fic foi escrita para o II Challenge de Vida Após Morte e enviada também para o I Challenge de Songfics dramáticas, ambos do fórum três vassouras. Ela foi finalizada no dia 02 de setembro de 2007 e contém 7 capítulos. O Chall ainda não foi julgado, quando eu souber o resultado, informo aqui.

AVISO5: A capa da fic está na minha página no photobucket. Você pode ir no meu perfil aqui no ff e acessar minha homepage, clicando em "trilogia", ou pode seguir esse atalho, substituindo os parênteses:

http(doispontos)(barra)(barra)i188(ponto)photobucket(ponto)com(barra)albums(barra)z186(barra)Agata(underline)Ridlle(barra)Trilogia(barra)3(traço)Eternamente(ponto)jpge(ponto)jpg

Eternamente

Prólogo

A felicidade é como a gota

De orvalho numa pétala de flor

Brilha tranqüila

Depois de leve oscila

E cai como uma lágrima de amor

A felicidade é como a pluma

Que o vento vai levando pelo ar

Voa tão leve

Mas tem a vida breve

Precisa que haja vento sem parar

("A felicidade" - Tom Jobin e Vinícius de Morais)

Draco abriu os olhos lentamente e piscou algumas vezes para se acostumar com a luz que banhava o quarto. Focou o rosto do moreno que o observava e suspirou, aspirando o seu perfume.

- Faz tempo que você tá acordado?

- Não. Nem sei... Me perdi em pensamentos te olhando dormir.

Draco sorriu, se aconchegando melhor no corpo de Harry. O sol entrava pela janela do quarto do hotel, espalhando uma luz suave. Devia ser muito cedo. Mas as horas não importavam. O que importava era que era a primeira vez que Draco podia ver Harry nu sob a luz do sol. E era hipnotizante a forma com que sua pele branca brilhava de um jeito meio dourado, lindo. Draco corria os dedos pelo seu abdômen, seguindo a brisa que agitava as cortinas brancas e vinha brincar entre os corpos dos dois, tentando se decidir se continuava olhando ou se se punha a beijar o moreno, pois aquela luz dava vontade de provar o gosto da pele, de morder.

- Eu nem acredito que estou com você... Assim... Pensei que nunca mais ia poder te beijar.

Draco levantou o rosto o suficiente para beijar a boca de Harry, sendo correspondido de uma forma quase preguiçosa, lenta e doce. Depois desceu a boca para o pescoço do moreno, sem parar o movimento dos dedos sobre seu ventre. Harry riu, prevendo onde aquilo ia parar, e começou a afagar os cabelos do loiro enquanto esse continuava o caminhar de sua boca, chupando, mordendo e lambendo, deixando um rastro de marcas vermelhas no pescoço, tórax e ventre de Harry, seguindo os contornos da pele quente até alcançar sua ereção. (1)

Nunca havia feito sexo oral em Harry, mesmo o moreno já tendo feito nele. Parou e ergueu a cabeça para encará-lo. Harry sorria, os olhos verdes brilhando de desejo quando Draco passou devagar a ponta da língua pela extensão de seu membro. Draco sorriu ao sentí-lo estremecer e o abocanhou, chupando com vontade. Harry gemia e seus dedos se enredaram no meio dos fios loiros.

- Draco, eu... Ah!

O loiro parou o movimento, o membro ainda na boca, engolindo e o chupando até não restar vestígio do gozo recente, saboreando o gosto do moreno, deixando-o excitado novamente. Então sentiu ser puxado pela nuca e voltou a alinhar o seu corpo ao de Harry. Este o beijou com tanta ânsia que Draco se sentiu estremecer, abraçando-se ao moreno, virando na cama, permitindo que Harry se deitasse sobre ele, se acomodando entre suas pernas.

Harry gemeu na boca de Draco ao sentí-lo esfregar a própria ereção contra a sua e interrompeu o beijo, fitando o loiro, que lhe sorriu.

- Eu te amo tanto, Draco. - disse, acariciando sua face.

Draco lhe deu um selinho e aproximou a boca de seu ouvido.

- Eu também te amo. E te quero.

Harry voltou a beijá-lo, enquanto suas mãos deslizavam pela cintura do loiro, dobrando suas pernas, se posicionando melhor para possuí-lo como sempre desejou. Draco o abraçou com força e gemia em seu ouvido enquanto Harry invadia seu corpo, inebriado com o calor do loiro. O moreno afundou o rosto no pescoço do outro, aspirando o seu perfume enquanto aumentava a velocidade de seus movimentos, permitindo-se gemer também, arrancando sons incoerentes da boca de Draco, que tremia em seus braços e o apertava como se o mundo fosse acabar.

- Olha pra mim, meu loiro.

Harry ergueu um pouco a cabeça para observar o loiro abrir os olhos tempestade, escurecidos pelo prazer e, mesmo trêmulo como estava, o moreno reduziu a velocidade, buscando tocá-lo o mais fundo seguidas vezes, sem desviar seus olhos dos dele.

- Ah, Harry!

Draco jogou a cabeça pra trás e se contorceu em seu abraço, gozando, pressionando o corpo do moreno dentro do seu, levando-o para ao céu junto com ele. Harry deixou o seu corpo cair sobre o do loiro sem forças nem para retirar-se de dentro dele, e os dois ficaram abraçados, tentando respirar, curtindo o êxtase recente e o prazer de estarem juntos.

Um tempo depois, quando Draco já pensava que Harry havia adormecido novamente, os dois riram ao ouvir um som vindo da barriga do loiro.

- Acho que você está com fome.

- Eu te convidaria pra irmos a um restaurante, mas não acho uma boa...

- Não... Acho que o serviço de quarto deve servir...

Pediram um café para dois, tomado na cama, entre beijos, frutas, abraços, chocolate, chupões, chantili, risos, arrepios e muita meleca, o que os obrigou a tomarem um banho depois, juntos, enquanto elfos limpavam o quarto.

Depois voltaram a se sentar na cama, abraçados, conversando sobre coisas bobas. Não falaram sobre a rivalidade dos dois, e quando o assunto se aproximava da guerra, o outro desviava. Falaram sobre a falta que sentiam de voar, sobre as diferenças dos dormitórios da Sonserina e da Grifinória, sobre o que gostavam ou não de fazer, sobre o que sentiam um pelo outro. E quando não havia mais nada para ser dito, simplesmente ficaram abraçados em silêncio, aproveitando o momento tão curto de ficar somente com o outro.

- Eu preciso ir. - Harry declarou, ao perceber que o sol já lançava sombras sobre o quarto - Estou há quase um dia fora. Os comensais vão me encher a paciência quando eu voltar.

Draco se aconchegou mais em seu abraço e o silêncio voltou a envolvê-los. A realidade de que aquilo era somente um momento, que os dois ficarem juntos no meio daquela guerra era impossível, os envolveu por completo.

- Foge comigo, Harry.

Draco esperava que o moreno risse ao ouvir isso, mas, ao contrário, Harry se endireitou e o olhou, afastando os cabelos loiros dos seus olhos para poder encará-lo melhor, muito sério.

- Você tá falando sério?

- E por que não? Olha, - Draco também se endireitou, se sentando de frente pra ele - essa guerra tá pra acabar, Harry, você sabe disso. Se tudo continuar assim, é uma questão de tempo, de muito pouco tempo pra Ordem tomar o poder. Mas eu espero que você saiba que as coisas não vão ser fáceis pra você. Eles não estão nem um pouco convencidos da sua fidelidade, e eu não duvido que você vá parar em Azkaban ou algo parecido. E, por Merlin, eu não quero isso. Você tentar manter o poder que você tem hoje para se salvar também não é uma opção. Você nunca seria livre, você nunca seria feliz, e de forma alguma as pessoas que seriam fiéis a você me aceitariam do seu lado.

- Draco...

- Não, me escuta, Harry. Nós não temos futuro aqui. Nem separados, e muito menos juntos. E, por Merlin, Harry, eu não tenho mais nome, não tenho mais família, não tenho mais dinheiro, não tenho mais nada. Nem a roupa que eu visto é minha. Eu só tenho você. E a coisa que eu mais quero nesse mundo é poder ficar junto com você. A segunda coisa é que essa guerra acabe, e a terceira é ter chance de refazer minha vida. Mas não vou conseguir isso aqui. E, bem, não é como se não houvesse países dispostos a receber refugiados dessa guerra. Vamos embora, Harry.

- Você iria sem mim?

- Você me deixaria ir?

- Não. Não mais... Não depois de experimentar o que é viver longe de você. - Harry respondeu, acariciando o rosto do loiro.

Draco o beijou levemente e voltou a encará-lo.

- As coisas estão acontecendo, Harry, independente de nós. Vamos embora.

- Me dê uns dois ou três dias. Preciso deixar tudo mais arrumado e acho que posso arranjar algum dinheiro. Não fale com ninguém, mas fique pronto. Eu te procuro.

Draco concordou com a cabeça e Harry se debruçou sobre ele, o beijando desesperadamente.

§§§§§§§HD§§§§§§§

Harry caminhava pelos corredores frios da Mansão com um sorriso bobo no rosto.

Draco o amava.

Merlin, ele seria capaz de dançar. Se sentia como se tivesse tomado uma xícara de chocolate quente, só que melhor. O calor se espalhando pelo seu peito, um conforto, uma felicidade, que ele não sentia há muito tempo. Estava leve. O sorriso cravado em seu rosto.

Draco o amava.

Draco o amava como ele amava o loiro.

Ora, o mundo podia acabar. Foda-se a guerra. Foda-se tudo.

Eles se amavam. E iam ficar juntos.

§§§§§§§HD§§§§§§§

- Potter.

A voz ecoou no corredor pouco antes dele alcançar a porta do seu quarto. Harry se voltou para encarar Nott.

- Petrificus Totalus – uma voz retumbou às suas costas e Harry não pôde se mexer – Accio Varinha.

Harry acompanhou, indefeso, Nott se aproximar de forma predadora.

- Confraternizando com desertores, Potter? – Nott o rodeou – Sabia que você fede igual àquele albino ridículo? Hein, Potter? – perguntou, segurando o rosto de Harry com a mão, o apertando com força.

Sem poder reagir, Harry observou sombras se movendo na periferia de sua visão. Os comensais estavam reunidos em volta deles. E Harry estava petrificado.

- Não fui só eu que vi vocês dois entrando naquele hotelzinho, Potter. Há mais gente pra dizer pra quem quiser ouvir que você continua trepando com o traidor. – Nott deu um soco em seu ventre e Harry não pôde reagir. Não pôde sequer se mover para absorver melhor o impacto, somente a dor percorrendo seu corpo – Eu te avisei, Potter... Não costumamos tratar bem traidores – Nott disse, afagando o rosto de Harry, antes de dar um soco que tirou sangue do lábio do garoto e fez seu pescoço estalar ao receber o golpe sem se mover.

Sua face latejava, seu corpo doía e ele estava impossibilitado de fazer qualquer coisa. Harry beirava o desespero, embora mesmo isso fosse impossível de demonstrar. Se fosse possível, Harry teria no mínimo cuspido quando Nott se aproximou dele e depositou um beijo nojento em seus lábios.

- Você acaba de se envenenar. – disse, sorrindo – Levem-no daqui!(2)

§§§§§§§HD§§§§§§§

N/A: (1) Pra seguir a tradição... XD

(2) referência a "Dupla Face".

N/A2: Espero rewills! ;)