AVISO1: fic baseada na obra de JK, ou seja, estou usando coisinhas fofas que não me pertencem, mas eu não ganho nada com isso.
AVISO2: Essa fic contém cenas de violência, lavagem cerebral e sexo entre homens. Se você não se sente preparado para visualizar esse tipo de coisa, não leia, pois eu não me responsabilizo pelas imagens que surgirem na sua mente se você insistir em ler.
AVISO3: Último capítulo. O primeiro de Eternamente também será postado hoje.
Capítulo 7 - O inevitável
Draco andava pela rua. Era quase meia noite. Todos na Ordem estavam dormindo, menos o lobisomem, que tava apavorando por aí, segundo lhe dizia a lua alta no céu.
"Foda-se", pensou, lembrando da bronca que levara outro dia por sair sozinho da sede. Sim, ele tinha noção do risco que era, ele sentira na pele, mas não podia ficar trancado o tempo todo, e ser tratado como criança era algo profundamente irritante.
Ele entrou no bar, ouvindo o sininho da porta anunciá-lo. Olhou a volta. Era um bar trouxa, não se arriscaria em um bruxo, e estava quase vazio. Em uma mesa, duas moças conversavam entre sussurros e doses de conhaque. Um cara bebia no balcão, dois outros fumavam e jogavam sinuca ao fundo, e um outro cara estava sentado de lado em uma mesa, duas garrafas de whisky sobre a mesa, uma vazia, a outra pela metade.
Draco andou até o balcão e se sentou, mantendo distância segura do outro ocupante. O garçom o olhou.
- Um duplo sem gelo.
Draco recebeu o copo e sentiu o primeiro gole descer queimando.
"Droga, Potter, você ta me transformando em um alcoólatra", pensou, sorrindo.
Draco deixou a cabeça cair sobre o balcão, levantando ocasionalmente para beber, tentando se concentrar na música baixa e brega que tocava ao fundo. Tudo o que não queria pensar agora era em Potter.
Só queria beber e não pensar em nada.
Draco não saberia dizer quanto tempo passou ali. Mas ainda estava em seu segundo copo quando sentiu uma mão tocar o seu ombro e levantou devagar a cabeça para ver quem era.
Mas não pôde ver, pois um punho veio de encontro ao seu rosto e ele caiu da banqueta na qual já estava muito mal equilibrado.
Olhou pra cima, tentando focar o seu agressor. Se não estava enganado, era o cara que bebia whisky na mesa... Mas Draco não o conhecia... talvez... Naquele momento era muito difícil ter certeza de alguma coisa... Mas não, não o conhecia.
O estranho, porém, parecia ter uma raiva imensa do loiro, pois em segundos estava sobre ele, dando-lhe mais um soco.
- Seu filho da puta! – a voz engrolada do outro estava carregada de raiva. Ele levantou o punho para bater mais uma vez, mas o barman o puxou pelos ombros, tirando o bêbado de cima do loiro.
- Calma aí, rapaz. Se quer brigar, não vai ser aqui. Vamos! Os dois pra fora!
E Draco foi não só levantado, como arremessado pra fora do bar, caindo de cara no chão, ao lado do outro.
- Ai...
Mas nem teve tempo de se recompor e já levava outro soco. Porém, o cara tava tão bêbado que errou o seu rosto.
- Merda! – disse, balançando a mão dolorida.
Draco aproveitou pra sair de debaixo do louco e tentar, aleatoriamente, dar o fora dali, mas o cara percebeu e o puxou pelo pé.
- Onde você pensa que vai? Você tem muito o que ouvir ainda! Ou pensa que só porque é gostoso pode sair assim?
- Me solta, seu louco! Eu nem te conheço!
- Não conhece? Não conhece o caralho, seu loiro de merda! Você me usou! Conseguiu a liberdade e correu pros braços daquela... daquela... ruiva! Você não sabe o quanto eu te odeio! Você não tem coração, Draco!
Draco encarava o homem a sua frente. Ele era meio baixinho, magro, os cabelos meio acentados na cabeça, castanhos claro, os olhos da mesma cor.
Não... Não podia ser...
- Você ta me matando, Draco! Você me deixou no momento mais foda! Eu precisava tanto de você, seu imbecil! É... Mas você não se importa, né? Você só se importa só com aquela... aquela...
Draco não teve mais dúvidas. Puxou o estranho pelo pescoço e o beijou. O gosto do whisky invadindo sua boca, as mãos do outro pousadas em seu peito, tentando empurrá-lo, mas quando ele desistiu e entreabriu os lábios, permitindo a invasão, Draco teve certeza. Ninguém beijava como Harry Potter.
- Harry? – disse, rompendo o beijo, emoção transbordando na sua voz enquanto encarava o homem a sua frente, que parecia pra lá de confuso.
O homem não respondeu, somente desceu os lábios sobre os de Draco e o beijou novamente.
- Vem, vamos sair daqui... – Draco pediu, sorrindo.
Draco o ajudou a se levantar e o pegou pelo braço, aparatando. Sabia exatamente aonde ir.
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Chegaram a alguns passos de um hotel não muito chamativo. Conforme o moreno colocou os pés no chão, se desequilibrou e teve que se apoiar na parede, vomitando. Draco segurou sua cabeça, evitando que ele se sujasse, ouvindo o outro xingar e gemer voltando a sua forma normal.
- Potter... O que você bebeu?
- Whisky com polissuco... Não faz bem...
- To vendo... – Draco respondeu, segurando a risada – Ta melhor? Vem...
Os dois entraram. Harry ficou encostado em um canto perto de um cinzeiro enquanto Draco falava no balcão, voltando com uma chave. Os dois entraram cambaleando no quarto, um apoiando o outro. Harry fez menção de cair na cama, mas Draco o segurou.
- Quê? Nem pensar! Você precisa de um banho urgente! - e o conduziu ao banheiro.
Draco o despiu enquanto Harry ria e o olhava com cara de bobo. Ta, ele não foi tão inocente assim, aproveitou para matar a saudade do contato com a pele do moreno. Mas quando Harry tentou beijá-lo, Draco o empurrou para baixo do chuveiro.
- Puta que o pariu, Draco! A água ta fria!
- É assim que funciona...
Harry o puxou pra debaixo do chuveiro e Draco perdeu o fôlego com a água gelada.
- Viu como é bom?
- Vai se fuder, Potter! Você me molhou inteiro! – Draco reclamou, saindo do chuveiro pingando, ainda inteiramente vestido, enquanto Harry se concentrava pra achar o regulador de temperatura da água.
Draco começou a conjurar uma porção de coisas: caldeirão, xícaras e ingredientes.
- Você vai cozinhar agora? No banheiro? – Harry perguntou, atônito. Draco girou os olhos.
- É uma poção pra cortar o efeito do álcool e não dar ressaca. Acredite, você ta precisando. E eu vou fazer isso no banheiro porque você não quer que eu queime o tapete do quarto, quer? – disse, mexendo a poção.
Harry desligou o chuveiro e se enrolou em uma toalha, tremendo de frio. Apanhou a varinha do meio das suas vestes jogadas no chão e apontou pra própria boca, mentalizando um feitiço de limpeza. Depois olhou pro caldeirão, conferindo o aspecto da poção que Draco já bebia em uma xícara.
- Isso tem gosto bom? – perguntou, se servindo meio desconfiado.
- Bem... Não é como uma suculenta maçã fresquinha – Draco disse, rindo – Mas dá pra engolir. Me espera no quarto que eu vou tomar banho. Não dá pra ficar molhado assim...
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Draco saiu do banheiro envolto no robe do hotel, distraído, pensando na conversa que teria com o moreno assim que ele acordasse, pois Harry certamente estaria dormindo depois do tanto que bebeu.
Mas não estava.
Harry estava sentado no meio da cama, encostado em alguns travesseiros, nu, os cabelos molhados permitindo que pequenas gotinhas de água caíssem pelo seu pescoço e corressem pelo peito, os olhos brilhando ainda mais com a ausência dos óculos, uma perna esticada, a outra dobrada para o lado, bebendo tranquilamente a poção que Draco lhe preparara.
- Estava quente. – Harry justificou, aparentemente, o fato de ainda não ter terminado de beber.
Draco sorriu e desamarrou o robe, deixando-o cair no chão. Harry parou a xícara a meio caminho da boca, o olhando boquiaberto.
- Posso ir aí com você?
Harry sorriu. – Claro.
Draco se ajoelhou na beira da cama e foi de joelhos até o moreno, sentando-se de frente no colo dele e o beijando.
O beijo começou devagar, leve, os dois se sentindo, as mãos no rosto um do outro, as línguas se tocando, se lembrando, matando as saudades. Mas logo Draco sentiu as mãos do moreno descerem por suas costas, puxando-o de encontro ao seu corpo, e aprofundou o beijo, mais lascivo, descendo as mãos pelo peito dele, sentindo seu corpo novamente.
Draco suspirou, sentindo a ereção de Potter contra a sua própria e se balançou um pouco no colo do outro, ofegando. Harry aproveitou a interrupção do beijo para atacar o seu pescoço. Draco se sentia consumir no abraço do outro. "Céus, como senti falta disso!"
Harry deixou o corpo escorregar um pouco na cama, mas ainda sentado, se pondo a beijar e ouriçar os mamilos do loiro. Draco riu e gemeu com a provocação, deixando que seus dedos se perdessem no meio do cabelo do moreno. Draco se movia levemente em seu colo, atritando o corpo dos dois, quase levando-o a loucura.
Draco o fez erguer o rosto e o beijou, descendo depois os lábios até o pescoço do moreno, passando as unhas de levinho em seu baixo ventre, fazendo ele se arrepiar e suspirar em seu ouvido.
- Eu quero você... – disse baixinho, no ouvido do moreno.
- Eu sou seu, Draco. – Harry respondeu em um gemido.
- Não... Eu quero você... em mim. – Draco completou.
Harry se endireitou, encarando o loiro, passando a mão com delicadeza em seu rosto.
- Você tem certeza? Draco...
Mas o loiro não o deixou completar, beijando-o com paixão. Harry deslizou as mãos pelas suas pernas, o puxando contra si, apertando sua bundade leve. Draco perdeu o fôlego por um instante ao sentir o desejo de Harry, mas sugou seu lábio e voltou a beijá-lo de forma intensa.
Harry se mexeu um pouco, se posicionando melhor. Draco fez o mesmo.
- Se você quiser parar... – Harry começou, mas Draco o interrompeu novamente com outro beijo, começando a sentir o moreno entrar nele.
- Eu sei que não vou me arrepender, Harry... – um gemido o interrompeu quando o corpo do moreno estava totalmente dentro dele, sendo pontuado por um beijo – Eu te amo.
Draco acompanhou uma lágrima correr pelo rosto do outro, e começou a se mover, sentindo o prazer que o toque do moreno lhe dava. As mãos de Harry corriam pelas suas costas, os olhos presos em seus olhos, enegrecidos de tesão.
- Nunca duvide disso. – Draco completou em um suspiro, descendo seu rosto até o de Harry, tocando a testa do moreno com a sua, uma mão em cada face. Harry o abraçou com mais força, forçando o quadril contra o do loiro, ambos gemendo e aumentando o ritmo do movimento de seus corpos.
Harry fechou os olhos, sentindo a dança de Draco ficar mais intensa, sentindo seu hálito doce próximo da sua boca, ouvindo-o gemer e tremer de prazer em seus braços.
Draco sentia um prazer insano. Fechou os olhos e endireitou o corpo, sem largar os ombros do moreno, onde se apoiava, arqueando-se pra trás, pressionando o corpo de Harry dentro de si, sentindo-o pulsar e gozar ao mesmo tempo em que se derramava entre os dois. Sentiu-se desvanecer e caiu sobre o moreno novamente, sendo abraçado e beijado com paixão.
Harry afastou com delicadeza os cabelos loiros dos olhos metálicos, que se abriram preguiçosamente e o loiro depositou um beijo doce em seus lábios.
- Eu te amo.
- Eu também te amo. Jura que nunca mais vai me deixar sozinho, Draco? Eu preciso tanto de você...
Draco olhou fundo em seus olhos. Não, Harry Potter não era mau. Sua essência ainda era a mesma de quando o conheceu no Beco Diagonal, com medo do futuro, mas não o suficiente para não dar valor a quem lhe desse carinho. Nada, absolutamente nada do que lhe pudesse acontecer, mudaria isso. Sua alma ainda estava ali, e a alma de Harry Potter era, essencialmente, limpa.
- Não, Harry, eu nunca mais vou te deixar sozinho. Eu sou seu, Harry Potter, inteiramente seu. Agora vem, - disse, beijando-o, saindo do seu colo e fazendo-o deitar – você precisa dormir.
Draco se aconchegou junto ao moreno e cobriu os dois, deitando sobre o seu peito. Durante um tempo, Draco sentiu o moreno acariciando os seus cabelos enquanto ele passava de leve os dedos sobre sua mão, pousada sobre o ventre. Draco se sentia completo, leve e essencialmente feliz naquele momento, como não se sentia há muito tempo. Apesar de um pouco angustiado. Mesmo quando o carinho se aquietou e só restou a Draco o ritmo leve da respiração do moreno adormecido, o loiro ainda pensava na essência do moreno.
- Eu juro, Harry. Juro que vou cuidar de você. Vou tirar você daquele lugar. Vou te salvar, Harry, nem que tenha que salvar você de você mesmo.
Eu juro, Harry.
FIM
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N/A: Oi, gente! Então... Essa é um fic de transição entre as outras duas... Eu espero que não tenha ficado uma coisa do tipo "sai do nada e vai pra lugar nenhum". Ela deveria mostrar o processo dos dois se apaixonando e o que fundamenta a relação deles. Quero muito saber o que vocês acharam.
O primeiro cap de Eternamente já está postado. Como eu fiz com Dupla Face, estou respondendo aqui as rewills do penultimo cap, as do último eu respondo por mp e as que forem pra Eternamente eu respondo na fic, conforme for att. Estou muito feliz com a recepção que esta fic está tendo! Espero que vocês gostem da última parte também!
Rewills:
36degrees: Fica tranquila, moça! taí a solução!
Scheila Potter Malfoy: hahauhauahuhauhauhau Espero que vc continue acompanhando! Beijos
Fabrielle: Cap fofo, não? Pronto: eis o último! Beijos
Eyre Malfoy-Potter: hauahauhauuahuahuahuahua Que bom que vc gostou! beijos
Juliana Guerreiro: Oh! Olá! Leitora nova:D Obrigada! As att são diárias. Espero te ver sempre por aqui! Beijos
Lou: hhauhauhauhauhauhauhuhauhau Pinhão é altamente viciante, Lou, toma cuidado...
wow quantas perguntas...
bem, a Gina é um porre, mas ela vai ter uma funçãozinha aqui, então suporte um pouco a presença dessa ruiva enxerida em cima do meu loiro, blz?
Agora, sobre o final feliz, eu me recuso a responder isso, por motivos óbvios... XD
Isso rendeu uma discussão interminável por msn com a minha twin, e foi uma decisão que eu tomei antes mesmo de terminar de escrever Dupla Face, então, feliz ou não, juro que está caprichado o final.
Você adora o Harry assassino? O.õ Que medo!
Sev vai aparecer sim... Ele vai fazer uma coisa que todas vocês querem muito, do fundo dos seus inocentes coraçõezinhos, que aconteça. Oh, sim, será pelas mãos dele! Agy faz mistério
Eu tb adoro o Sev!
E quando o pinhão vai se unir novamente? Bem... Esse cap responde, não? Eu lá consigo deixar esses dois separados por muito tempo? O.o
hauahuahuhauhahauhuauauahau
Obrigada, flor!
beijos
Nandda: Respondendo a pergunta: Ele continua pq, se ele abandonar os comensais logo em seguida de ter matado o Lord, vão acontecer 3 coisas:
1- ele será perseguido pelos comensais, que irão querer vingança
2- ele não poderá viver livre, pois está marcado como comensal pela Ordem
3- a guerra continuará e não vai ter adiantado de nada tudo o que ele fez
E ele precisa tomar a decisão rápido, um momento depois que o Lord morre. Por isso ele simplesmente não pega o loiro e foge, entende? Mas isso vai dar idéias... XD
Beijos!
JuzinhaMalfoy: Taí a última, flor! Espero que goste! Beijos
DarkAngelSly: Anjo, esse cap é tudo de bom! Adoro fazer os dois ficarem felizes... Escrever coisinhas suaves assim... Agy prevendo o que vc vai responder a essa frase XD hauahuhauhaahuhauahuhauhaua Beijos
Muito obrigada por todos que leram a fic, comentando ou não. Espero que continuem acompanhando. Beijos.