N/A: Ah! A quanto tempo ein! Nossa eu havia abandonado minhas raizes, mas agora estou de volta com esse fic e com tempo para retomar os outros que estão abandonados. Bem, antes que você comece a ler esse fic, algumas retratações são necessárias.

RETRATAÇÃO: Este fic nasceu de um outro, escrito por Peneia Teke, chamado Inevitable fate. Um excelente fic em inglês, que vale muito a pena ser lido. Estava eu lendo o fic quando me apaixonei pela história, embora um pouco sombria, então decidi escrever a minha versão dos fatos. caso você leia o fic de Peneia, notará semelhanças entre as minhas cenas e as dele (ou dela... ainda não descobri) isso porque é como se eu contasse a história dele, mas na minha versão dos fatos... deu pra entender???. vale lembrar que não é uma tradução porque eu alterei muito do primeiro fic, bem como minha história é em capítulos e o original é um oneshot. outra coisa, antes de publicar o fic entrei em contato com o autor, portanto nada de dizer que minha ideia é plágio tá?! é isso gente, espero que gostem. e..ah.. Yu Yu Hakusho não me pertence.

FRAQUEZA

CAPÍTULO I

A cama ainda estava desarrumada, os travesseiros jogados pelo chão, misturando-se às roupas e lençóis rasgados. A cena toda denunciava o crime que há pouco fora cometido ali. Escorada sobre a cabeceira, encolhida, abraçada aos próprios joelhos numa tentativa inútil de auto-proteção, Botan fitava o nada.

O olhar perdido na imensidão branca da parede, a pele despida de qualquer tecido e ao mesmo tempo coberta pelas marcas e cicatrizes do momento anterior. Botan fechou os olhos, deixando escorrer as lágrimas que se formaram aleatoriamente. Não eram de dor, porque dor ela já não sentia há muito tempo, também não era vergonha, pois a vergonha fora deixada de lado no percorrer do caminho. Era apenas reflexo, para não perder o costume; depois da selvageria e insanidade da noite, o dia vinha e a encontrava ali, nua, encolhida, perdida.

O barulho da rua lá fora trouxe a dama da morte de volta à vida. Levantou-se com cuidado, não conseguindo evitar a onda de dor que percorreu o corpo no momento em que os músculos se estenderam. Seguiu para o banheiro, ligou o chuveiro, logo em seguida mergulhando na ducha quente e revigorante. Tinha pouco tempo, precisava voltar a ser a Botan de sempre e logo, para seguir em frente pelo resto do dia, mas era impossível esquecer o ocorrido da noite passada e da noite anterior a essa e da anterior e de outras mais que se passaram.

Enquanto a água escorria pelo corpo, lavando os fluidos que ele deixara, a garota dos cabelos azuis recordava seu infortúnio, sua desgraça, sua fraqueza.

Isso vinha acontecendo por noites e noites seguidas, logo após aquele fatídico dia. Ele vinha, lhe humilhava, lhe invadia, rasgava seu corpo e alma, destruía-lhe como só ele poderia fazer e depois a deixava, abandonada naquele vazio de culpa.

Esse era o castigo que ele lhe impunha, essa era a penitencia de Botan por te-lo traído e Hiei sabia muito bem como torturar traidores.

Ele os afogava na própria culpa, incessantemente, eternamente. Trazia à tona tudo aquilo que temiam e depois os jogava naquele mar feito com o pior do que havia dentro de cada um, para que boiassem em meio às suas maiores vergonhas, sem poder jamais fugir delas.

Era assim que ela estava sendo tratada, mas no seu caso, o koorime tinha um prazer especial em atormentá-la.

O crime dela tinha sido o mais grave de todos, razão pela qual o demônio de fogo se empenhava arduamente em construir o purgatório da ferry girl, misturando dor e prazer, enlouquecendo-a ao mantê-la na linha entre a fantasia e a realidade.

Botan deixou o banheiro trajando um roupão de linho branco, dirigiu-se à cozinha, preparando então um café e Deus! Como ela precisava de um café!

Na geladeira, um post-it à lembrava da próxima reunião da turma no templo da Mestra. O obrigatório almoço de domingo, que se estenderia até o cair da noite e eventualmente ao amanhecer do dia seguinte, quando todos retornariam aos seus afazeres normais. Era tempo suficiente para passar com os amigos... era tempo suficiente para cometer a burrada pela qual ela pagaria pelo resto da vida!

Foi exatamente numa dessas reuniões que Botan viu sua própria Divina Comédia começar a ser escrita, mas sem direito a alcançar o Paraíso:

O sol se punha no horizonte, encerrando um dia agradável, regado à muita bebida, comida e festa. Yusuke, Kwabara e Kurama estavam em uma mesa na varanda, gritando enlouquecidos graças à uma animada rodada de truco. Botan e Keiko relaxavam em duas cadeiras de descanso, aproveitando o fim da tarde, acompanhadas de Shizuka e Genkai, que fumavam encostadas no parapeito, Yukina encontrava-se na cozinha, seu território sagrado, onde nem a mestra ousava entrar para não atrapalha-la.

- TRUCO! - subitamente um grito mais alto que os demais foi ouvido da mesa. Era Kwabara blefando mais uma vez.

Yusuke olhou de soslaio para Kurama e com ar entediado respondeu:

- Seis, e eu juro Kwabara, que se for mais um blefe seu, é melhor você ter uma bela nota de 100 na sua carteira, porque eu vou querer um extra, além da aposta, pela encheção de saco.

Meio sem jeito, Kwabara levantou da cadeira dando de ombros:

- Quer saber de uma, eu vou deixar vocês levarem essa, mas saibam que se eu quisesse, já teria limpado os dois há muito tempo atrás.

- É, continue dizendo isso pra si mesmo Kwabara, quem sabe um dia se torna realidade. - Yusuke respondeu largando as cartas na mesa e ajudando Kurama a recolher o baralho.

- Não se esqueça que me deve 400 Kwabara. - A raposa não perdeu tempo em cobrar o amigo antes que ele deixasse a mesa.

Com um sorriso amarelo, o rapaz tentou argumentar:

- Ah Kurama, alivia ai vai, só dessa vez... Deixa passar esse de hoje...

Com o mais simpático dos sorrisos, Kurama esfaqueou Kwabara:

- Bem que eu gostaria Kwabara, mas já estou somando com o da semana passada.

Yusuke não segurou a gargalhada, era assim mesmo, Kwabara tentava, tentava, perdia o que tinha, apelava pra Kurama e depois tentava se safar, mas justo de quem. A raposa!

Os dois ruivos continuaram argumentando, até Yukina adentrar o recinto:

- Oi Kazuma. Como vai o seu jogo?

- Yukina meu amor! Pois é, sabe como é né, eu resolvi encerrar logo, dar uma chance pros caras né! - Kwabara prontamente abandonou Kurama, dirigindo todas as atenções para sua Deusa da neve.

- Isso é típico do meu irmão mesmo. Kasuma, quando você vai admitir que é um fracassado no jogo e na vida? - Shizuka não perdeu a oportunidade de alfinetar o irmão caçula.

- Ai ai... essa minha irmã... que piadista não!- um sorriso amarelo acompanhou a resposta de Kwabara, enquanto este tentava impressionar Yukina com o que quer que fosse que estivesse fazendo.

- Vocês já conversaram por uma tarde inteira, vamos jantar logo. Comida fria não me agrada nem um pouco. - Genkai foi recolhendo a trupe para dentro, com seus trejeitos "delicados".

Acompanhando o grupo, Yukina comentou:

- E Hiei? Onde ele está? Não jantará conosco?

- Boa pergunta. Agora que você mencionou, sabe que eu não o vi a tarde toda?! - Botan comentou.

- Ah! Quem se importa! Ele deve estar dormindo em alguma árvore por aí. Quando sentir o cheiro da comida, aparece. - Kwabara seguiu, dando por encerrado o assunto Hiei.

Chateada, Yukina não pode deixar de comentar:

- É uma pena. Seria muito bom se ele aproveitasse o jantar conosco. Ele é sempre tão distante.

- Infelizmente ele é assim Yukina, Hiei só segue a própria agenda. Mas não se preocupe, mais cedo ou mais tarde ele aparecerá. - Kurama tranqüilizou a jovem, acompanhando-a até a mesa posta para o jantar.

Irritado com toda a preocupação que sua adorada destinava àquele baixinho irritante, Kwabara explodiu:

- Eu não sei porque todo mundo se preocupa com aquele otário! Se ele estivesse aqui, já estaria nos insultando e agindo como se fosse a última bolacha do pacote! Ele só me causa indigestão, acreditem em mim, estamos melhor sem ele!

- Kwabara! - Botan imediatamente repreendeu o rapaz. - Isso não é coisa que se diga!

- Qual é?! É a mais pura verdade! - o ruivo ainda assim rebateu.

Colocando as mãos na cintura, a guia espiritual começou a aplicar uma verdadeira lição de moral no outro:

- Verdade ou não Kwabara, Hiei é parte dessa equipe e, bem ou mal, já salvou a sua pele inúmeras vezes, além disso, você deveria tentar ser mais gentil quanto ao que diz sobre ele, afinal de contas ele é o irmão da... - Botan imediatamente cobriu a boca com as duas mãos, como se isso pudesse conter as palavras que tentavam fugir.

No mesmo instante, todos ali presente a encararam, uns com olhares de repreensão, outros com olhares de preocupação e todos com olhares assustados.

Como se suspeitasse de algo, Kwabara questionou a moça, tentando obriga-la a falar:

- O que foi Botan? O que você ia falar? Desembucha menina!

- Eu? Eu não falei nada! Que isso! Por que eu falaria alguma coisa? Escuta? Alguém aqui está com fome? Nossa! Eu to morrendo de fome! Gente, não vamos deixar essa mesa maravilhosa nos esperando, vamos lá, vamos comer! - a jovem tentou desconversar de todas as maneiras possíveis, aloprando no seu jeito Botan de ser, com sorrisos bobos, caras e bocas, mas isso não foi o suficiente para convencer Kazuma. Ele insistiu mais uma vez:

- Você ia dizer alguma coisa sobre o Hiei, Botan, o que era? É alguma coisa que eu não posso saber?

- Não é nada Kwabara, ela só engasgou, deixa isso pra lá. - Yusuke cortou o amigo, tentando persuadi-lo a esquecer o assunto, mas sem sucesso.

Kwabara estava realmente incomodado com a situação, até parecia que todos ali queriam lhe esconder algo:

- Ela quis dizer alguma coisa sim Yusuke! Qual é a de vocês ein? É algum tipo de segredo ou coisa assim? Escuta aqui, vocês sabem que eu odeio ficar no escuro! Eu odeio que fiquem com esses rodeios, andem falem logo!

- Botan... você disse que Hiei era irmão... irmão de alguém... ele não seria o irmão de Yukina...seria? - de forma hesitante, Keiko pronunciou as palavras, como se tentasse concluir um pensamento, montar um quebra-cabeças interno.

Neste momento, a sala inteira paralisou. Por alguns segundos, o ar tornou-se tão afiado quanto uma faca, até Shizuka manifestar-se:

- Claro que não! Que idéia Keiko! Hiei e Yukina! Eles não tem nada em comum!

Mas era tarde demais, num canto do cômodo, a sereia das neves encontrava-se em choque, sem reação alguma, tudo o que ela conseguia fazer era balbuciar algumas palavras:

- Hi... Hiei... meu... irmão?

- Não. Ouça Yukina, isso foi apenas uma hipótese...

- Não! Não foi Yukina! - num surto de coragem, Botan cortou Genkai.

- Botan! - Kurama chamou a moça com um tom forte e ao mesmo tempo repreendedor, mas ela o refutou, explicando-se:

- Não Kurama! Não dá mais pra deixar a pobrezinha sofrendo desse jeito! Ela merece saber, não é justo, depois de tudo o que ela passou! - e dirigindo-se à Yukina, tomando suas mão nas suas, a ferry girl revelou. - Yukina, é verdade, Hiei é sim seu irmão.

- Ei! Quer dizer que todo mundo sabia menos eu? Qual é a de vocês ein! Eu já disse que não quero ser deixado de fora das coisas! - Kwabara estava simplesmente indignado.

- E por que Hiei ia querer que você soubesse bobalhão? - Yusuke limitou-se a responder com outra pergunta. - Aliás, o único jeito pelo qual nós descobrimos foi através daquele vídeo que você não assistiu até o final lembra?

- Ah! Me desculpa se eu fui o único a me preocupar em resgatar minha doce Yukina das garras daquele crápula o mais rápido possível! - Kwabara berrava justificando-se.

- Será que vocês dois podem ter um pouco de respeito? - Shizuka repreendeu os dois brigões, ajudando Botan a acalmar Yukina. - Yukina, lamentamos que tenha que descobrir dessa forma.

Algumas pérolas rolavam pelo chão, enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto de Yukina, a koorime parecia inconsolável:

- Por que ele nunca disse nada?

- Eu não tenho muita certeza querida. Parece que ele sente vergonha do próprio passado, ele temia que você o odiasse por ter sido um criminoso. - Botan tentou explicar os motivos do demônio de fogo.

Suspirando, Yukina falou:

- Eu entendo. Ele deve ter tido um passado difícil, sempre precisou cuidar de si mesmo sozinho. E tudo por minha culpa. - novamente as lágrimas caíram.

- Não Yukina, não culpe a si mesma. Hiei jamais desejou que fizesse isso. Nada do que aconteceu a ele foi sua culpa. - Kurama veio em auxilio.

- Eu não consigo acreditar, então Hiei realmente é irmão de Yukina?! - Keiko também estava chocada, apenas chutou uma dedução, jamais imaginou que fosse uma hipótese lógica.

Genkai que até então pouco ou quase nada falara, manifestou-se:

- Tem razão, é muito difícil imaginar que esses dois sejam irmão, são tão diferentes. Só fico imaginando como é que o enfezadinho vai reagir quando descobrir que seu grande segredo foi revelado, isso se já não sabe.

Nesse momento Botan congelou! Em momento algum isso tinha lhe ocorrido, mas agora era o único pensamento que lhe vinha a mente: "HIEI VAI ME MATAR!"

De boas ações o inferno estava cheio, e com certeza o koorime não veria o ato dela com bons olhos. E se ele resolvesse cumprir todas as ameaças que fizera a ela? Botan estava perdida. Era uma garota morta!

- Está tudo bem Botan. Foi apenas um acidente. Yukina viria a descobrir mais cedo ou mais tarde. - Kurama colocou uma mão acolhedora sobre os ombros da garota, falando num tom calmo e reconfortante.

Surpresa, Botan gaguejou:

- Mas... como... quer dizer... o que...ou melhor... como sabia?

- Você é um livro aberto.

Com uma pausa para pensar, Botan respondeu:

- Ah... Eu fui uma estúpida. Como deixei isso escapar assim? O Hiei vai ficar furioso comigo e ele não é exatamente o tipo compreensivo e tudo o mais!

Com um sorriso, Kurama a acalmou:

- Se te faz se sentir melhor, falarei com ele amanhã. Ele só precisará de um tempo para esfriar a cabeça.

Botan sentiu como se tirassem um peso de suas costas. Kurama era um verdadeiro anjo!

A noite seguiu com algumas piadas e todos pajeando Yukina, até que o incidente sobre o segredo de Hiei dissipou-se. Por fim, cada um seguiu seu próprio caminho. Botan dirigiu-se até seu novo apartamento, à duas quadras de distancia da casa de Kurama.

O Kitsune fora gentil como sempre ao ajudá-la a encontrar um lugar para viver no ningenkai, assim como Koenma ao encarregar-se de todas as contas. Seu "patrão" não fizera objeção alguma quando decidira viver entre os humanos definitivamente, aquele era o seu lugar, onde realmente se sentia em casa, não seria justo mantê-la longe de onde sentia-se inteiramente acolhida.

Procurando as chaves em sua bolsa, Botan pode perceber o quanto a temperatura havia caído, um relâmpago iluminou a noite, sinal de que uma tempestade estava por vir, mas não era isso que estava incomodando a guia espiritual.

Algo a deixava aflita, além de não encontrar as chaves no balaio de gato que era a sua bolsa, tinha a sensação de estar sendo seguida desde que saíra do templo de Genkai. Logo um trovão foi ouvido e um calafrio percorreu sua espinha. Botan começou a revirar a bolsa freneticamente, até que a bendita chave finalmente apareceu. Num rompante abriu a porta, entrou e imediatamente trancou-se no apartamento, respirando ofegante.

Talvez não fosse nada, apenas paranóia, decidiu então que era melhor tomar um bom banho e cair na cama, amanhã seria um dia cheio com novas responsabilidades humanas.

Vestindo um confortável pijama de algodão, Botan aninhou-se no edredon macio, dormindo instantaneamente.

"Um imenso vazio estava ao seu redor, uma escuridão profunda, sem fim. O lugar era frio, Botan podia sentir o ar congelando ao sair de sua boca. Subitamente uma luz surgiu, num ponto distante, aproximando-se, no início lentamente, mas depois tomando velocidade, assumindo a forma de chamas. Um calor insuportável tomou conta de Botan no momento em que as chamas a rodearam. Em meio às ondas de calor, Botan pode sentir uma presença. Seja lá onde ela estava, havia mais alguém, uma presença aterrorizante. A figura aproximava-se, cruzando as chamas como se elas não lhe afetassem. As mãos recolhidas nos bolsos mostravam indiferença, frieza e crueldade.

Botan tentou fugir, mas era impossível, o fogo a cercava cada vez mais, transformando-se de repente, em chamas negras. Uma risada pode ser ouvida, uma vez conhecida, temível e assustadora. Botan voltou-se para encarar a figura que agora estava a apenas um palmo de distância, quando um imenso dragão negro apareceu à sua frente. A risada tornou-se insuportavelmente alta, até que o dragão jogou-se com toda a força sobre a jovem, mostrando suas imensas garras e dentes."

Um grito!

Botan acordou desesperada em meio à intensa luz de um raio que iluminou o quarto. Um pesadelo! Botan tivera um pesadelo! Com Hiei! Ela não tinha dúvidas! Era ele, o dragão, as chamas, a presença... parecia ainda sentir a presença dele, bem ali, no seu quarto.

Rapidamente, correu para o interruptor, queria acabar com aquela escuridão e aquela sensação terrível. Uma tentativa frustrada, o interruptor não funcionou, a força havia acabado. Perfeito, bem no meio da madrugada, em plena tempestade de raios e trovões e a eletricidade acaba!

Até parecia um clichê de filme de terror, alias, precisava assistir menos filmes de terror, caso contrário não teria pesadelos como o que acabara de ter e estaria dormindo tranqüilamente.

Uma rajada de vento levou seus pensamentos e só então Botan percebeu que a janela do quarto estava aberta. Subitamente, um novo relâmpago iluminou o quarto e então Botan viu! Alí em meio as sombras, um vulto. A presença!

Antes que pudesse gritar, uma mão cobriu-lhe a boca e intensos olhos vermelhos surgiram à sua frente:

- Shhh! - Hiei tinha o dedo indicador sobre os lábios, num gesto que indicava silêncio. Então, movendo a mão para um assustador carinho sobre a face de Botan, sorriu de forma demoníaca. - Não queremos que os vizinhos acordem não é mesmo onna?

Nervosa, beirando o pânico, Botan mal pode balbuciar uma pergunta:

- Hi... Hiei... o ... o que... o que faz... aqui?

Ainda mantendo o terrível sorriso em seu rosto, Hiei aproximou-se mais da garota, quase sussurrando em seu ouvido:

- Parece que nós temos um assunto inacabado a resolver.

N/A: Espero que tenham gostado desse primeiro capítulo! Por favor! Reviews! São um imenso incentivo para continuar! Bjos a todos!

Yui Minamino