Notas:
Todos já sabem, mas não custa lembrar:
CDZ era meu! Eu ajudei muito o tio Kuku.
Só que pela terceira vez eu perdi meus direitos autorais! ¬¬"
Dessa vez por culpa do INCOPETENTE do Hagen que ao invés de arquivar os papeis, os colocou na maquina de triturar! U.ú
Mas tudo bem Ò.ó eu posso recuperá-los novamente!
Até lá... os créditos são do tio Kuku, ou Massami Kuramada para os menos íntimos.

Capitulo 01 – Parte 3 – Lembranças:

Seria pedir demais que os bons momentos de nossa vida nunca parassem de acontecer ou que ao menos congelassem o tempo para continuarmos vivendo aquele período para sempre. Só que sendo eu um guerreiro diferente de todos os outros, ainda mais dos humanos normais, posso afirmar com toda certeza que se fosse assim não haveria graça alguma.

O ser pensante, que filosofa, que sonha e elabora mil e uma coisas, não se contenta com o que já tem, quer sempre mais, por isso é ensinado desde o inicio de sua vida sobre certas regras. O enorme problema é que nunca alguém ensina que sem os momentos trágicos, sem a dor e a tristeza, que sem sentir ao menos uma vez vontade de acabar com a própria vida está mesma não faz sentido, pois não se reconhece a felicidade, não se sabe o que é mesmo bom, enfim... Que tudo têm e precisa de um equilíbrio.

Sei perfeitamente bem que esta não é a primeira vez que tenho o insano anseio pela minha morte, afinal... Gênios, apesar de tudo, passam pela adolescência como qualquer outro, tendo conflitos internos e essas vontades absurdas, e incrivelmente, conhecem os sentimentos do homem, porque se não conhecessem não conseguiriam entender e se destacar.

Seja como for, os humanos tem ânsia pela arte e sem ela não conseguem viver. Escreve, desenha, pinta, esculpi, canta, declama, recita, não para emocionar ou expor-se e sim para extravasar seus sentimentos, se exibir, recordar o que tem para fazer, não deixar uma idéia passar despercebida ou somente retratar o que vê a sua volta na vã tentativa de fazer com que os outros pensem da mesma forma ou tornar este algo imortal, eterno.

Só que os quadros e as esculturas podem ter qualquer interpretação, o autor não pode controlar os pensamentos do receptor, porém na literatura é diferente. Com textos e poemas o criador permanece impotente quanto ao controle de pensamentos daquele que vê sua obra, mas direciona seus pensamentos. A mente das pessoas que lêem uma estória jamais vai muito alem do que o que o autor deseja. Livros têm um grande poder de influencia quando bem escritos, o dote de fazer a mente divagar, não propriamente mudar uma pessoa, embora alguns fracos possam ser transmutados.

Os livros sempre tiveram a capacidade de me fazer esquecer problemas e me transportar para outros mundos, universos, dimensões paralelas e qualquer espaço de tempo, desde o mais antigo e longínquo ao futurístico que desperta tanta curiosidade de todos, menos a minha. Prefiro o presente, o futuro não importa, eu posso não estar nele, então 'só' isso já o faz um lugar ruim. Já o passado, mesmo que ele não me tenha, dá valiosas lições, o que acaba sendo útil e interessante.

Ironicamente, a culpa de meu gosto pela literatura é dele. Sempre fui uma criança inteligente, acima da media, afinal, possuo QI alto, mas ler não me chamava atenção. Aprendo rápido, sei e sabia como analisar as coisas, então lia apenas por prazer na falta do que fazer. Foi vendo sua grande apreciação pela leitura que passei a ter fascínio por ela.

Não precisei de muito tempo para me perder no magnífico mundo da leitura, o qual nunca mais abandonei. Se me sentia perdido, irritado, chateado ou mesmo extasiado lia agradando ao meu ser. Todo e qualquer momento era bom para fazê-lo, assim comecei a escrever também. Criei poemas, pequenas estórias, por falta de paciência, porém não lhe mostrei uma de minhas criações se quer. Jamais se comparariam com a forma como ordena as notas musicais de sua harpa.

O tempo todo estávamos trocando livros. Sugeria-me um e eu lhe apresentava outros, constantemente eu lia em voz alta para seu deleite ou trocávamos e fazia-me ir direto ao paraíso, experimentar das melhores sensações, como a de deitar minha cabeça em seu colo e ter meus cabelos afagados por suas suaves e delicadas mãos. Muitas vezes cheguei a quase adormecer em meio do toque tão macio na minha cabeça e o som aveludado de sua voz contando o romance do livro.

Ao menos uma vez a cada dia íamos a biblioteca ficar conversando baixinho ou apenas cumprir nossa rotina tão peculiar, única e prazerosa a nosso ver. Na verdade não importava o que eu fazia ou aonde eu ia, só queria tê-lo ao meu lado. Sem duvidas algo infantil, tolo e apaixonado, típico de alguém que passou tempo demais vendo contos de fadas e de fato eu passei. Nessa época, esse tipo de conto era o que mais líamos e eu fui estúpido de não ter percebido que nenhum daqueles contos se referia a homossexuais, era sempre uma bela dama e lindo cavalheiro.

Sonhos que se tornam realidade com um toque de mágica. Uma verdadeira piada, forma de enganar as crianças, fazê-las pensar que o mundo é belo e encantado, que elas podem fazer tudo o que desejarem e vão sempre encontrar um 'felizes para tudo o sempre', iludi-las quanto à existência de seres maldosos e corrompidos que desejam lhes fazer mal. Seres, pois não podem ser chamados de pessoas por não possuem razão, que estupram, matam e querem destruir a vida de pobres mortais que tinham sonhos e, inocentes, acreditavam que batalhando os realizariam pelo mundo ser justo, o que não é verdade.

Livros podem ser a ruína por iludir, mas podem ser estupendos ao servir como forma de ensino e aprendizado. Quem observa pode aprender sem se ferir, coisa que todos os adolescentes insistem em não ver e alguns adultos nunca aprendem, exatamente por não ter se ferido demais ainda. Por essas e outras mais que um livro pode ser muito bem educativo sem ser didático ou paradidático.

Só que há coisas que deveriam ser mais bem escondidas de crianças... O que revive a minha memória quanto a certa vez em que por algum infortúnio, ao qual não recordo, acabamos por encontrar na nossa, agora só minha, tão amada biblioteca uma obra, diga-se de passagem, imprópria para menores, que atiçou e muito nossa já tão aguçada curiosidade.

Encaramo-nos curiosos como se questionássemos um ao outro o que seria esse livro tão estranho, sobre o que ele era, entre outras diversas dúvidas, apenas com o olhar e ao notar que não tínhamos essas respostas pegamos o livro como se estivéssemos combinados e logo ocupamos nosso lugar de sempre para iniciar nossa leitura. Foi com extrema vergonha que vimos, ali estampadas nas páginas, inúmeras imagens nada castras de poses sensuais. Conforme virávamos as páginas encontrávamos cada vez mais posições sexuais e nos acanhávamos ainda mais, até que não agüentando mais ver aquelas figuras, fecho o livro, até com certa repulsa, e o jogo em algum canto, tomando apenas o cuidado de não danificá-lo.

Não conseguia olhar para o seu rosto, muito menos conseguia o fitar nos olhos, enquanto ele não tirava os orbes inocentes de mim. Passamos minutos ou horas apenas naquele trágico e constrangedor silencio, um silencio quase fúnebre se não fosse por nossas faces coradas e tamanha timidez que nos assolava, para que então, depois de um tempo tão indeterminado, ele falasse um uma voz bem baixa e contida que não entendia porque eu estava tão calado e quieto.

Logicamente não podia culpá-lo. Era puro e imaculado como nenhum outro ser humano seria, somente ele, por ser uma divindade tão cálida e ingênua, um verdadeiro anjo na Terra. Ainda não entendo por qual motivo eles estava tão corado quanto eu. Talvez por uma parte de si ter entendido algo, mesmo que recusando a compreensão da visão. Fosse como fosse ignorei e tirando coragem, não se define de onde, pedi simplesmente que esquecêssemos o que por infortúnio vimos e procurássemos outra estória romântica, a preferência literária do meu amado.

Tal acontecimento acabou sendo a influencia que eu necessitava para o meu primeiro sonho erótico. Já éramos adolescentes e os hormônios afloravam trazendo estranhos sentimentos e desejos, fazendo com que rapidamente eu soubesse definir a mim mesmo como homossexual e, devido a informação que eu tinha todo e total acesso, não ter nojo da minha preferência pelo mesmo sexo, ainda mais sabendo do quão sincero era o amor que nutria em meu coração.

Ainda tento esquecer do maldito sonho devasso que tive naquela noite, procuro envenenar a fonte de meus sentimentos ou cortá-los, arrancando de mim todo o sofrimento que sinto atualmente por não possuí-lo ao meu lado como meu namorado, por não ser mais correspondido, por ter sido tão cruelmente trocado por alguém que nem se quer sabe valorizar e apreciá-lo da forma correta. Infelizmente por mais que eu tente, nada me faz deixar de amá-lo assim e é por esta razão que desejo ardentemente escapar daqui, conhecer novas pessoas, mantendo viva a esperança de que vou amar outro e ser feliz. O problema é que este pensamento me causa asco e dessa forma aprimoro o ódio por todos a minha volta, essa infeliz humanidade.

Ao menos agora sei que toda a minha frieza quanto aos assuntos de defesa do mundo, minha indiferença sobre tudo e todos e minha mais pura arrogância são minha defesa. Sadista, narcisista e egocêntrico eu sempre fui, são características minhas, porém meu pouco caso com o que chamo de resto, as coisas que até podem ter importância e para mim é que são nada, é apenas a prova de que sou um humano. O homem pode mentir dizendo que se preocupa mesmo, porém a verdade é outra. Só se importa com o que lhe diz respeito, com que lhe interessa.

Nunca esquecerei do que vivemos juntos, já me conformei. Sendo por não me importar mais em tentar mentir para mim que sei mentir tão bem a todos a minha volta. Os tolos que acreditam que jamais seria capais de me apaixonar, que meu coração é mais frio e gélido que todo o gelo fora dos arredores do palácio, que não presto e vivo cercado de amantes fogosos que só amam e adoram o meu corpo. Nada que chegue se quer perto da verdade, já que amo há mais de seis anos o mesmo ser, um anjo caído. Meu coração não é feito de gelo ou pedra, mas há muito já se quebrou em mil partes e os possíveis amantes que eu tivesse seriam cruelmente mortos, por mim mesmo, por jamais conseguirem satisfazer meu espírito.

Sei que realmente a muito me tornei alguém que não pode ser chamado de puro e inocente, já cansaram de vê-me na biblioteca até tarde da noite lendo contos nada puritanos ou castros e sim devassos, não nego que o que mais faço é lê-los. Tudo pelo incidente daquela fatídica noite. Às vezes pergunto-me se não foi nela que me 'transformei' neste que todos hoje conhecem e até temem. Impossível de dizer, entretanto não deixa de ser uma hipótese aceitável e até com certo sentido.

É surpreendente a forma como gradativamente sinto-me mais e mais entediado neste lugar. Nada há para se fazer no palácio, não há novas missões ou estúpidas festas de confraternização, nem se quer competições esportivas ou intelectuais. Sinto-me fadado a morrer de tanta monotonia e solidão, talvez desgosto também.

Dizem que destruindo a mente o corpo fica sem reação, pena que com grandes e poderosos guerreiros não funcione desta forma. Meu corpo, como exemplo, foi bem treinado demais para ser influenciado por um mero abatimento da minha mente, jamais morreria assim. Só com uma morte cerebral, mas não tenho tendência a ser inconseqüente ou masoquista o suficiente, logo isso se descarta.

Perdido em mim mesmo, deitado em minha cama, fitando a janela com profundo desinteresse. Quem poderia imaginar que o mais astuto guardião da 'suprema' líder Hilda ficaria nesse estado por culpa de um amor não mais correspondido? Ainda mais que ele já tivesse imaginado e tentado descobrir de todas as maneiras possíveis o que o outro teria que ele mesmo não tinha para que o anjo o abandonasse, entretanto nada vem em mente? Patético, mesmo sendo verdade, é terrivelmente patético.

Preciso deixar de pensar, já que distrair a mente não mais funciona. Deveria superar enfim. Contudo, minhas tentativas foram todas frustradas. Mime marcou a mim como ninguém um dia conseguirá fazê-lo. Necessito dormir e não tê-lo povoando meus sonhos, não ansiá-lo mais. Tudo sem morrer para conseguir obter o que tanto desejo: esquecê-lo e ser 'feliz'.

Dirijo-me até a cozinha, soltando um suspiro longo e frustrado, a fim de pegar qualquer comprimido que me nocauteasse e enviasse diretamente a um mundo onde estaria seguro de mim mesmo. Rapidamente encontro o que queria e quando finalmente ira tomá-lo e dar um fim temporário aos meus aparentes eternos problemas, a soberana me aparece pedindo que eu a ajudasse com alguns tratados e outras negociações. Nunca nos demos bem, embora ela bem que tentasse ser minha amiga, não gosto dela. Não amizades a parte, até que tenho um respeito considerável a esta mimada.

A incapacidade de Hilda de entender o que deveria ser feito e por que, acabou me privando da noite. Pelo lado bom fiquei ocupado o tempo inteiro, acabando com a monotonia que sentia e eliminando minha tristeza por certo tempo. Por outro lado, o negativo, ela tem o estranho costume de me irritar e dessa vez não foi diferente. Apenas deixou-me uma pilha de nervos, como normalmente faz e mesmo que eu mantenha o sorriso meio sarcástico e sádico de sempre e não lhe refira uma palavra ofensiva se quer, é notável quando minha pequena paciência acaba, pois começo a tratá-la como uma criança que nada sabe e a falar com uma voz de visível irritação trancafiada, então ela ainda reclama fazendo cara de santa dizendo que eu sou impaciente. Nada mais 'animador'. Gostaria de matá-la, só não seria algo inteligente de se fazer na situação em que nos encontramos.

Decido ir para o campo de treinamento ver se conseguiria alguém para descontar toda a minha raiva contida e felizmente acabo por tombar com Hagen. Encaminhamo-nos rumo à arena, nos aquecemos e iniciamos uma luta a principio amigável e conforme ele se animava eu começava deixar solta a minha violência.

-Vamos! Dessa vez Freya não está aqui para que você a acerte e seja castigado.

-Uma pena, não é? Seria divertido vê-lo desesperado com ela novamente.

Amplio meu sorriso ao ver que odiou ter sua provocação revertida. Na época desse ocorrido ainda não tínhamos conseguido as armaduras por não ter total controle de nossos poderes. Em um treino com ele acabei por acertar por engano a namoradinha do loiro, deixando-o incrivelmente preocupado com a moça. Como castigo eu fui punido não podendo jantar e ainda tive que ser praticamente torturado, enquanto ouvia todas as provocações de outros aspirantes a guerreiros deuses, hoje mortos.

Foi a primeira vez que presenciei os olhos de rubi do meu ainda amado cheios de preocupação, medo e tristeza, pareceria que eu iria morrer se já não aparentasse ser um cadáver controlado por alguma força mística que me mantinha erguido e possibilitado de realizar movimentos fracos e lentos. Tinha cortes por todo o corpo e inúmeros hematomas espalhados pelo mesmo, todo sujo de sangue seco e pisado, com os pés acorrentados e a minha visão estava um tanto turva, devido à perda de sangue. Não queria que me visse no estado deplorável que me encontrava, por tanto fui grosso e o mandei sair.

-Quem cuidou de você?

-Eu mesmo, por quê?

Achava que tinha me obedecido, não podia ver muito bem, logo vi que só tinha se retirado para pegar algo para que eu comesse. Confesso que se não fosse a dor teria rido de sua expressão surpresa ao ver que já estava limpo, livre de sujeira apenas, afinal, o sangue continuava a jorrar quando ainda conseguia me movimentar para cuidar da minha higiene.

-Parecia estar quase morto...

Dizendo isso me abraçou chorando e parabenizou por eu ter conseguido agüentar toda a dor e ainda ter cuidado de mim tão bem sozinho. Só pude sorrir para acalmá-lo e, embora o ego doesse em aceitar que me alimentasse dando comida na minha boca, aceitei para deixá-lo feliz e tranqüilizado.

A distração de lembrar desse acontecimento me custou um soco muito bem dado que me fez cair um pouco longe. Como estamos todos acostumados à dor, não soltei nem um pequeno gemido baixo e levantei-me assim que cai, já voltando a partir para cima do meu oponente. Nosso luta-treino demorou algumas horas, apenas o tempo de nos deixar sem saco de continuar por não ser algo sério, ser só corpo a corpo.

-Parabéns, melhorou um pouco. Conseguiu me deixar cansado.

-Posso deixá-lo exausto da próxima vez e ainda ser mais rápido. Só não queria acabar com a diversão.

-Não roube minhas palavras assim.

-Se são suas, por que você mesmo não as disse e também nunca as ouvi vindo de você?

Não me respondeu, só partiu bufando e pisando duro. São coisas como esta que quase me arrancam gargalhadas de um puro e genuíno escárnio e é exatamente essa parte zombeteira de mim que causa tanto ódio por parte de alguns outros habitantes de Valhala. Como se eu ligasse de fato, não passa de algo irrisório para mim.

Suspiro cansado e jogo-me na neve fofa que há muito não me causava mais o frio que deveria. Fico deitado um longo período de tempo, apenas fitando o céu deste entardecer acompanhado somente pela minha própria melancolia, novamente tendo nos meus pensamentos o filme dos nossos momentos juntos, até que uma lágrima ameaça fugir de meus olhos.

Para todos, eu poderia ser o arrogante, o pervertido, o sádico, o sarcástico, o cruel e impiedoso, o sem coração, o crápula ou qualquer outro desses 'belíssimos' nomes que eram sempre a mim associados, contudo, ninguém sabia que por dentro minha alma sangrava desgostosa e que dos meus olhos não saiam lágrimas por ou já estarem secos de tanto chorar sozinho ou porque com meu orgulho altivo não me permitia demonstrar franqueza perante os outros.

Ainda agora consigo ver a sua face pela primeira vez beirando a frieza comigo, aquele que nunca deixou de lhe estender a mão, dizendo calma e simplesmente, como se nada significasse todo o ocorrido entre nós, que tudo estava terminado e não me queria mais por preferir outra pessoa. Na hora eu paralisei, não esbocei reação e se aproveitando disso me virou as costas e partiu sem olhar para trás. Após seu afastamento não tive forças de manter-me de pé. Cai de joelhos com a cabeça baixa soluçando e permitindo que o líquido proveniente da minha profunda tristeza escorresse livre em direção ao chão, banhando o meu rosto ao mesmo tempo em que parecia derreter ligeiramente aquela pequena área de neve onde caiu.

Não sei se fui visto na ocasião, entretanto, agradeço por ninguém ter aparecido em meu caminho quando, ao recuperar minhas forças, sai direto para meu quarto e lá me tranquei por dois dias. Até a toda poderosa e irritante soberana de Asgard me obrigar a sair alegando estar preocupada e que também não deveria deixar minhas obrigações de lado.

O dia em que tudo aconteceu... Jamais conseguirei esquecer. Foi uma dor profunda instalada em meu coração, fazendo-me agonizar toda noite, enquanto sentia-me um tolo fraco e estúpido. A pior parte de tudo é o fato de depois de tanto tempo eu até agora ter todas as sensações malditas tão fortes quanto da primeira vez.

Suspiro novamente, faço um rápido anjo de neve e num único salto me levanto olhando o 'buraco' que havia feito na neve. Dou um sorriso tristonho e vou ao meu quarto. Quem sabe não precisasse de algum remédio para dormir? Porém com toda certeza seria assombrado por pesadelos, nada que já não estivesse devidamente acostumado.

O cantinho da autora:

Pan: Tão triste...
Alberich: Você é realmente inconveniente, sabia?
Mime: Albe, não fala assim com a Pan. Ela só está tentando fazer a fic ficar mais interessante.
Alberich: Fazendo-me parecer emo?
Mime: Você nunca pareceria emo. Que bobagem! ((abraça dando um breve selinho nos lábios dele))
Pan: Também quero! Também quero! ((olhinhos brilhantes))
Alberich: Não ouse, pirralha. ((olha de esgueira irritado))
Mime: Olhem os modos, vocês dois.
Pan: Ceeeerto, mamãe. ((mostra a língua rindo))
Mime: PAN!
Alberich: Não era você quem dizia que ela era um anjo? ((o provoca sorrindo de canto))
Mime: ((olha de esgueira o namorado e sai andando, sendo logo acompanhado pelo mesmo que o rouba um beijo))
Pan: Ai ai... Esses dois! ((ri um pouco e fica com um sorriso no rosto, enquanto verifica se tem erros na fic))