Aviso: Os direitos autorais do anime/mangá Saint Seiya pertencem ao seu criador e empresas licenciadas. Esta fanfic, no entanto, se utiliza dos personagens da obra e do universo da mesma, com o intuito apenas de levar o entretenimento aos fãs.


C A V A L O D E T R Ó I A

Por Arthemisys

Aquiles sorria de forma sádica para Marin que movimentou o corpo para uma posição de luta. O herói por sua vez, permanecia com a guarda aberta, parecendo fazer pouco caso de sua oponente.

Marin o estudava com atenção. Apesar da forma relaxada, aquele guerreiro tinha um olhar bastante perspicaz. Com certeza, saberia se defender de qualquer ataque, principalmente se fosse contra o seu famoso ponto fraco.

- Seu olhar cortante me deixa lascivo demais... – provocou, dando um passo a frente. – Se continuares assim, creio que perderei a compostura e te atacarei primeiro...

A resposta veio com um ataque misto de chutes e socos. O homem então desviou rapidamente, corpo se movimentando tal um felino. Rapidamente, usou uma de suas mãos para conter um potente soco de direita, fazendo com que o punho fechado de Marin se encaixasse dentro de sua mão. Continuava a sorrir, pressentindo o prazer que aquela luta lhe traria.

- Você é rápida e aparentemente, forte...

A resposta veio sob a forma de um chute em direção ao rosto do homem que ao se desviar, acabou por soltar a guerreira que se afastou, elevando seu cosmos ainda mais e imediatamente deu um salto, como se tentasse alçar vôo. A atração de seu corpo ao solo resultou em centenas de chutes que de tão rápidos, pareciam pequenos meteoros arrebentando o piso rochoso e indo de encontro ao herói que foi ao encontro do chão.

Mal os pés da amazona tocaram o solo e ela sentiu que era puxada pelo pé, desequilibrando-a.

- O que é esse golpe, meteoros? – Aquiles perguntou, levantando-se com agilidade.

Ela se desvencilhou dele, com um potente chute no estômago.

- Não faça pouco caso de um cavaleiro... – Marin retorquiu, se preparando para um novo ataque.

- Não interprete mal as minhas palavras... – falou, enquanto se virava para ela.

A amazona pode então perceber o perigoso que ela havia se entregado. O cosmos de Aquiles começou a acender, e tons dourados começaram a vibrar por toda a extensão de seu corpo. Era como se uma grande tocha de fogo estivesse em seu ápice de luz. A mão até aquele momento vazia finalmente se apossou do cabo da espada que trazia a sua cintura, desembainhando a arma cuja lâmina fria parecia clamar por sangue.


A História Dentro Da História

Última Parte


"Não é hora de vacilar, ataque!" – ela ordenou a si mesma e dando outro impulso, foi de encontro ao herói que já corria em sua direção, olhar completamente tomado pelo âmago da luta.

- Ku-em1! – bradou em sua língua, punho em riste contra o homem que corria em sua direção. Seria tudo ou nada, ela pensou. Mas se fosse para ser derrotada, que antes ela deixasse Aquiles em uma situação bem crítica. Repentinamente, seu oponente sumiu de sua vista.

- Onde...?! – não teve condições de terminar de falar, pois sentiu o sabor amargo do sangue subir a toda velocidade por sua garganta, indo parar na boca que abriu em um arquejo de dor.

- Acho que me enganei. Você é forte, mas aparentemente, rápida. – Aquiles sussurrou perto do rosto de Marin que exprimia uma dor lancinante. – Acho que é hora de dormir um pouco, minha bela dama. – ao dizer isso, ele enterrou um pouco mais a espada contra a região da axila da mulher que fechou os olhos e se entregou a ao desmaio.

Ao vê-la completamente indefesa em seus braços, o loiro tomou para si, um semblante de nostalgia singular. – Você...

- Se molestá-la mais uma vez, em seu próximo piscar de olhos se verá dançando nas labaredas do inferno!

Ao ouvir a ameaça, Aquiles pousou o corpo da japonesa cuidadosamente no chão e depois, virou-se para o estranho. – Um cavaleiro...

- Leão. – Aioria respondeu, inflamando seu cosmo.

- Aquiles. – o outro retorquiu, naquela breve apresentação. – Então para ter a bela dama e mudar meu destino, deverei destruir um leão? Hum... é de certo modo, interessante.

- Seu destino já está traçado e será o mesmo que teve em Tróia! – e sem demora, lançou-se com tudo e os sons estalantes prenunciavam a força latente que regia seu golpe. – Relâmpago de Plasma!

Aquiles precisou de seu escudo para se defender da descarga elétrica de Aioria, mas isso não o impediu de cair ante a força do soco. Uma boa parte da estrutura do templo ficou seriamente avariada.

- Sem dúvida você faz parte da elite dos doze. Conseguiu até me fazer cair...

- Na próxima eu vou te mandar pro Hades, não se preocupe. – e correndo bradou novamente pelo Relâmpago de Plasma.

Novamente o herói se viu atacado por milhares de raios oriundos do soco do cavaleiro. Percebeu tardiamente que a intenção de Aioria era golpear seu famoso ponto fraco, pois quando deu por si, viu o cavaleiro por trás de si, desferindo um chute na região que compreendia o tendão de seu pé direito. Nem mesmo a caneleira de sua armadura foi capaz de protegê-lo e viu infinitos filetes de sangue jorrarem do calcanhar.

Ajoelhou-se sentindo depois de tantas eras, o incômodo sentimento da dor.

- Maldito... conseguiu me atingir. – refletiu, mirando seu olhar para Aioria que estava de pé.

- Enquanto se preocupava em proteger seu tórax e rosto do Relâmpago de Plasma, eu consegui dar um salto e chegar ao seu ponto fraco. Admito que não tenho a mesma potência de chute como a Marin, mas como o revestimento de sua armadura não é lá essa coisa toda, não precisei de muita força para acabar com o seu tendão.

A resposta que Aioria teve foi uma gargalhada vinda de Aquiles.

- Você é mesmo inexperiente, Leão... me lembra o valente Patroclos que em sua impetuosidade, foi para os Elísios cedo demais... por acaso pensou que eu continuaria com a mesma fraqueza depois de ver a minha derrota uma vez?!

- Eu já imaginava que você havia dado um jeito nesse seu "probleminha". – retorquiu, indo novamente em direção ao grego que imediatamente se levantou, com uma aura ainda mais ameaçadora.

- Cápsula do Poder! – bradou, lançando a esfera elétrica na direção do outro grego que se viu engolido pela corrente elétrica. – "Agora é só usar a arma secreta do Garan...!" – pensou, enquanto dirigiu um rápido olhar para a guerreira desacordada. Infelizmente para Aioria, o rosto dela estava completamente encoberto pelas melenas ruivas.

Foi apenas o tempo de um relance de olhar. Quando tornou seus olhos em direção ao inimigo, o irmão de Aioros não viu mais nada a não ser o vazio negro do templo. Imediatamente ficou em postura de defesa, mas era de certa forma, tarde demais, pois sentiu que uma aura brilhante surgiu por detrás de si, como se uma nova estrela surgisse naquele instante. No momento seguinte, sentiu que seu corpo era arremessado por uma distância demasiada longa demais e o trajeto só foi interrompido, porque uma coluna aparou seu corpo.

Quando atingiu o colo, o grego viu com certo terror, um pequeno frasco dourado rolar pelo piso.

"O sangue...!"

"Dizem que o sangue de um deus pode dar vida ao moribundo e a morte ao algoz... como não consegui reaver minha mãe de volta, acredito que este frasco será mais útil a você, mestre..."

- Garan...

- Vamos, levante-se! – Aquiles outorgou, usando de uma lança esquecida no altar central para erguer o corpo do cavaleiro que gritou de dor ao sentir a arma transpassar seu ombro. – Hum... vejo que sua armadura dourada está bastante danificada... e isso é um mal agouro, concorda?

A resposta de Aioria foi uma cuspida ensangüentada na face de Aquiles que estreitou os frios olhos azuis.

- Seu moleque impertinente!

O cavaleiro de ouro não pôde contar quantos socos recebeu. A velocidade com que Aquiles o atacava era mesmo impressionante, até mesmo um homem que enxergava através da velocidade da luz não conseguiria prever quantas vezes os punhos avançavam e retesavam. Maldita hora que pensou ter vencido Aquiles facilmente! Como pode ter caído numa cilada tão amadora como aquela?!

Um último murro, em sua face, fez com que Aioria fechasse os olhos, corpo deslizando no chão desacordado.

- Então esse era o Leão de Atena? Que lástima... – o outro analisou, retirando a lança e rodeando o rapaz como se fosse uma serpente pronta a dar seu bote. – Então esse era o homem que mudaria meu destino? Veja, Marin... O quê...?

A amazona já não estava mais no local que ele havia deixado minutos atrás.

- Você é forte, mas aparentemente, rápido.

Aquiles virou-se rapidamente na direção da voz, mas nada viu.

- Marin? Onde está?!

Não recebeu uma resposta a sua pergunta, mas sim, sentiu suas costas arderem com a presença ingrata de uma flecha.

- O que pensa... o que pensa que está fazendo? – questionou, correndo até o altar e verificando que dentre os inúmeros artifícios de guerra, seu arco e flechas já não estavam mais ali. – Pensa que pode derrotar um herói!?

- Seu maior erro foi pensar que havia se tornado imortal, Aquiles. – Marin falou, saindo das sobras e portando um arco armado. Novamente ela disparou, e a segunda flecha enterrou-se no peito dele. – Esqueceu, contudo, que sua essência é humana, assim como o seu corpo e alma.

A constatação de tais palavras se deu quando Aquiles sentiu seu peito arder, como se a flecha estivesse envenenada. A dor não era de todo ruim, até a considerava como um estímulo à uma boa luta, mas aquela dor era diferente. Era a dor da derrota, unida a dor da morte que o tocava com seus dedos longos e frios.

- Marin...? – balbuciou, engolindo o sangue que teimava se esvair por sua boca. – O que havia na ponta dessa flecha...? – foi então que viu um frasco vazio aos pés da amazona e outra flecha apontada em sua direção, com a ponta tingida por um líquido rubro.

Novamente seus lábios formaram um sorriso. Compreendeu tudo e admitiu que seu destino finalmente foi traçado.

O grande herói Aquiles foi derrotado mais uma vez.

- Hum... muito bom... magnífico! – balbuciou, retirando a flecha e indo em direção da mulher que já havia baixado a arma. – Eu baixei a guarda e você aproveitou a oportunidade... não houve traição, minha bela arqueira...

Marin deixou que Aquiles se aproximasse e tocasse seu rosto com delicadeza.

- Ontem uma mulher traçou o meu destino e hoje o mesmo acontece...

- Aquiles...

- Não. Por favor... não fale nada... contudo permita-me... tê-la em meus braços... uma última vez...

Deixou-se ser abraçada pelo homem que já enfraquecido, deslizou os braços em torno do corpo da amazona, finalmente tombando de joelhos ao solo. Ela por sua vez, tombou o rosto onde os fios avermelhados esconderam possíveis lágrimas de tristeza.

Nesse exato momento, Aioria levantou-se com dificuldade e viu que Aquiles havia sido derrotado por Marin.

- Marin?! – balbuciou, enquanto sua vista escurecia e sua mente que antes fervilhava pelo calor da luta, deu por fim passagem para o vazio e uma última imagem de uma mulher de rosto encoberto por fios vermelhos.

...x...x...x...

Novamente, o mesmo sonho. As tochas de fogo, os gritos desesperados, o odor da guerra e ela em seus braços. Parecia tão indefesa em meio ao caos... e seu rosto... porque aquelas mechas de cabelo teimavam por esconder a face tão desejosa de se ver?

- Marin... – sussurrou, retirando alguns fios e tendo então, pleno acesso ao rosto de pele branca. – Marin...?

Ela abriu os olhos pequenos e os orbes escuros se voltaram em sua direção. A boca de lábios avermelhados moveu-se, por fim dizendo em um tom rouco demais para uma mulher. - Mestre Aioria... acorde... vamos, acorde!

- AAAHHH!!! – Leão gritou, ao ver que estava acariciando o rosto de ninguém menos que Garan que o olhava friamente. – O que está fazendo aqui?!

- Estou cuidando de um moribundo. – falou, enquanto pegava uma bandeja repleta de objetos próprios para enfermagem.

- E para cuidar de mim é necessário ficar sentando na minha cama e me...

- Errado. Era você que estava me acariciando, "mestre".

- Dá pra sair de cima da minha cama?!

- Você não estava tão exasperado a menos de um minuto atrás...

- Claro ! Eu pensava que era a Marin e não um barbado!

- Ah... – Garan interrompeu como se lembrasse de algo. – A amazona de Águia está aqui e quer falar com o senhor.

- Como é que é...? Ela está aqui.

- Sim... – afirmou, ficando de costas para o jovem e se levantando. - Mas avisarei a ela que o senhor não está disposto a receber nenhuma visita...

- Se der um passo a frente, é um homem morto.

A única ação do grego foi a de levantar um braço, em sinal de rendição.

...x...x...x...

Ao chegar na sala comunal da casa de Leão, Aioria precisou piscar os olhos durante alguns segundos para constatar que o que viu, era de fato, real: Marin estava vestida de forma bastante peculiar. Ao invés das comuns vestes de treino que demarcavam com precisão o corpo esguio, ela usava um quitão vermelho e que morria a altura dos joelhos, traje esse que apenas as servas usavam. O cavaleiro então pensou que se não fosse a máscara de silêncio e a faixa branca que estava amarrada a sua cintura, Marin poderia muito bem se passar por uma lendária ninfa dos bosques.

- Boa tarde. – ele saudou, tentando disfarçar que o olhar analítico que percorria de forma atrevida, toda a silhueta da japonesa.

- Boa tarde. Eu gostaria de falar com você... A sós...

- Tudo bem, sem nenhum problema! – Aioria respondeu prontamente, enquanto dirigia um olhar de "caia fora daqui" para Garan.

- Ótimo. – ela respondeu dando meia-volta.

- Hei, aonde você vai?

- Venha comigo.

...x...x...x...

Caminharam calados por um tempo que o cavaleiro não soube distinguir. O caminho escolhido pela amazona no entanto, tinha um destino óbvio: o Cabo Sunion. Quando os passos dela começaram a diminuir de velocidade, Aioria pôde então vislumbrar o vasto oceano que se extendia como um tapete azul até o horizonte. Terminaram de andar quando alcançaram o limite do abismo.

Ainda em silêncio, o grego viu Marin retirar de uma pequena bolsa de couro, um pesado colar de ouro, ornado por pedras de cores vibrantes.

- Dá a César o que é de César... – a jovem murmurou, parecendo apreciar a jóia em sua mão.

- É seu? – Aioria por fim, indagou.

- Não. É de alguém... simplesmente nunca me pertenceu. – ao terminar o que mais parecia um monólogo, ela atirou o colar ao mar.

- Marin. Preciso lhe agradecer por aquele dia... afinal, você salvou meu pescoço...

- E eu preciso agradecê-lo, pois você salvou a minha honra.

- Marin...

- Aioria, a vida de uma mulher-cavaleiro é muito difícil... – respondeu, num sincero desabafo.

- Acredito... entendo como é conviver com a sombra do preconceito melhor do que ninguém.

- Talvez seja por isso que nós nos compreendemos tanto, não acha?

Ficou calado, mas sua mente concordava com Marin. Talvez fosse por isso que eles fossem grandes amigos. Talvez fosse o preconceito que o aproximou dela a ponto de chegar a conclusão que enlouqueceria se apenas imaginasse que Aquiles tivesse tocado nela. Não! Não queria mais pensar naquele dia. Tentou então canalizar seu pensamento em outra coisa, ainda mais difícil que as batalhas que constantemente travava.

- Marin... – Aioria parou, com o olhar fixo no chão, como se procurasse as palavras certas. – Eu gostaria... eu queria lhe pedir algo.

- Peça. – respondeu, um tanto curiosa pela repentina mudança de aspecto do jovem grego.

- Quero tocar seu rosto sem a máscara. – disparou as palavras, desistindo de qualquer polidez oratória. – Sei que é impossível ver seu rosto, mas a regra do silêncio não fala nada sobre um homem tocar o rosto de uma amazona não é?

- Aioria...

- Não posso?! – retrucou, visivelmente nervoso.

- Vire-se. – Marin respondeu com um tom de voz que denotava frieza.

Altamente arrependido pelo que acabara de fazer, o guerreiro de Leão fechou os olhos, não suportando mais a idéia de ter ofendido a amazona com tamanho disparate. Sem pensar em qualquer tipo de conseqüência, ele se virou, como ela sugeriu. Antes que sua lógica fizesse qualquer outro raciocínio, sentiu que seus olhos eram vendados pela faixa que Marin trazia amarrada à sua cintura.

Sem a visão, o cavaleiro se voltou e sentiu que uma de suas mãos era tocada por Marin que a guiou até o rosto desnudo da máscara.

Jamais se esqueceria daquela sensação que sentia. Ao passear os dedos pela maçã do rosto, refletiu que aquela face parecia ser suave demais para alguém com tanto vigor. Suas mãos continuaram a caminhar, passando pela região dos olhos que permaneciam fechados. Desceu, percebendo os contornos delicados do nariz que sem dúvida era pequeno e afilado. Por fim, seus dedos indicadores e médios encostaram-se aos lábios dela e imediatamente o cavaleiro sentiu que um corpo estremecera... mas não sabia se era o dele ou o dela.

- Marin...? – indagou completamente atordoado, mas não recebeu nenhuma resposta verbal, apenas constatou que os lábios da japonesa entreabriram-se, soltando um suspiro quente e adocicado. - "Estou tão próximo assim?" – pensou, sentindo sua boca secar com a possibilidade dela está completamente entregue a ele.

Talvez fosse a força da imaginação ou até mesmo, o jogo que se fazia naquele momento, mas quando deu-se por conta de si novamente, Aioria já havia se apossado dos lábios de Marin por completo. Não bastava apenas tocar, queria sentir a boca dela, saber que gosto possuía.

O que havia começado por um toque terno, quase sacro, se tornou mais intenso a medida que ela parecia concordar com tudo aquilo e mesmo de forma tímida, se permitia a retribuir a carícia. Os lábios pareciam dançar enquanto seus braços entrelaçavam o corpo pequeno da jovem que instintivamente se aninhou no seu, como se toda a máscara de força e vigor caísse, cedendo à vontade de pelo menos uma vez, se sentir amparada e protegida por ele.

A vida depois daquele instante pouco importava: Aqueles segundos que pareciam serem eternos eram mais importantes do que tudo.

Não sabia quanto tempo aquele beijo durou, mas quando por fim teve que deixar aquele reduto, sua boca rapidamente percorreu um breve caminho para então sussurrar.

- Quando poderei ver o seu rosto e falar que te amo, olhando em seus olhos...?

- Quando tudo isso acabar... – o tom de voz saia baixo, abafado.

Entendeu as palavras soltas de Marin e a abraçou com mais força, como se não quisesse perdê-la.

"Talvez, isso jamais acabe..." - pensou ele. Entretanto, enquanto estivesse vivo, iria lutar contra tudo o que achasse injusto, iria proteger tudo o que lhe era caro... protegeria ela também.

- Vamos...?

- Sim.

Após repor sua máscara, Marin tirou a venda dos olhos de Aioria que novamente, voltou a sua realidade. Calados, saíram daquele lugar, rumo ao Santuário de Athena.

Fim.


1 – Ku-em significa soco aéreo.


Explicação acerca do segundo capítulo: A mitologia consta que existiram duas divindades chamadas Tétis. A primeira era a titânide casada com Pontos e mãe de das nereidas, enquanto que a segunda era uma nereida – portanto, filha da titânide - e mãe do herói Aquiles. Nesta fanfic, a titânide Tétis aparece implicitamente como mãe de Aquiles, uma vez que o herói é descendente direto dela.

Errata: Ao contrário do que foi dito no capítulo anterior, as Virgens Brancas são três e não duas. São, portanto, Athena, Ártemis e Héstia, sendo essa última a deusa do fogo sagrado.


Notas da autora:

Mais uma fanfic concluída! Fiquei contente com o retorno que obtive com "Cavalo de Tróia"... sinceramente, não esperava tanto dessa fanfic, com certeza!

E o que acharam desse final? Na verdade eu havia pensado numa cena onde o Aioria tascaria um beijo na Marin, mesmo ela usando a máscara, mas daí, um dia desses, pensei numa outra forma mais... sado-maso! Rsrsrsrs... E cá para nós, o rapaz foi inteligente não concordam? Não ver, mas poder tocar acabou agradando gregos e troianos... Ops, eu falei troianos? O.o

Por fim, quero agradecer a todos os comentários que recebi e em especial, agradecer aos amigos que sempre estão ao meu lado me dando apoio e me incentivando a continuar. E como sempre, não posso deixar de citar agradecimentos a quem teve o trabalho de comentar não é, então lá vai: Erica (minha mestra, ídola e beta reader amada), Alana (minha crítica de plantão e beta reader), Dani Katsu, Dana007, Harpia, Lucy Holmes, Aninhaloka, Juliane.chan, Susan, MarindeAguia, Thaty de Leo, Fandromeda, Medeia e Lithos of Lion. Valeu pela força, gente!

E em breve, mais uma fic no ar: A princesa e a abóbora... Um Radha e Pandora completamente sem noção... Acho que depois dessa, o pessoal vai jogar abóboras podres em mim, OMG... ;;

Arthemisys