Título:
O aniversário de Harry
Autor: Magalud
Categoria:
Slash
Gênero: Drama, aventura, fluff
Classificação:
PG-13
Personagens ou Casais: Harry Potter, Remus Lupin, Severus
Snape
Resumo: Harry tem sua primeira festa de
aniversário.
Spoilers /Timeline: Começa antes dos
livros
Disclaimer: O mundo de Harry Potter, seus personagens e
paisagens são de propriedade de J.K. Rowling, Warner Bros.,
suas editoras e afiliadas. Nenhum lucro foi auferido pela criação
dessa história, nem qualquer tipo de má-fé
intencionada de qualquer maneira contra a autora ou os atores e
atrizes que tão maravilhosamente deram vida a esses
intrigantes personagens.
Data: 20/01/07
Tamanho: 14,000
palavras
Alertas: Harry é criança, mas não é
chan
Agradecimentos: Cris, pela beagem e palpitagem. Ivi, por
estar a postos e betar além de tudo.
Nota: Esta fic é
dentro do Universo Alternativo apresentado em "Pelo amor de
Harry" e "Três é família". Por favor,
leia antes para não se sentir perdido neste universo. Passa-se
depois de "Querido Papai Noel".
O aniversário de Harry
Capítulo 1 – Conversas de travesseiro
Com o tempo, Remus Lupin aprendeu, graças aos poderes de observação de seu marido, a desvendar o comportamento e reações do seu famoso filho adotivo, Harry Potter. Severus Snape, Mestre de Poções de Hogwarts, era um excelente observador de pessoas e apontara a Remus como a mente de Harry parecia funcionar.
O garoto era curioso, brilhante e entusiasmado. Também podia ser teimoso, mas nunca era mal-criado nem caprichoso. Jamais fazia qualquer pedido ilógico e tinha grande dificuldade em demonstrar preferências. Ele não tinha dificuldades em externar seus sentimentos, mas nem sempre dizia o que estava pensando imediatamente, preferindo processá-los e depois falar sobre o assunto quando eles menos esperavam. Especialmente em assuntos mais sérios.
Com tais observações e aguçados instintos, Remus se dirigiu a Severus, enquanto se preparavam para dormir:
– Acho que Harry está desconfortável com alguma coisa.
– Que quer dizer?
– Ele está escondendo alguma coisa, Severus. Mas não é aprontando. É... culpa dos tios.
– Como você sabe?
– Não sei, é um palpite. – Remus retirava a coberta para que Severus forrasse com os cobertores. – É o primeiro aniversário que ele comemora com festa, com amigos e família. Ele deveria estar pulando de alegria.
– Ele está triste?
– Não, mas você sabe como ele fica quando gosta de algo: fica cheio de gás, falando sem parar, perguntando a toda hora. Para mim, tem coisa aí.
– Podemos falar com ele quando sairmos amanhã. Mas sem fazê-lo sentir-se culpado. Ele não pode achar que fez alguma coisa de errado por não querer ou não conseguir falar sobre o que está sentindo.
Remus se enfiou debaixo das cobertas, dizendo:
– Tomara que ele aproveite a chance de se abrir. Tenho certeza de que ele vai gostar da festa. Estou planejando muitas diversões.
– Bela idéia a sua, de dividir tarefas. Você fica com a diversão e eu com a infra-estrutura.
– Como está indo? Precisa de ajuda?
– Pode dar um pouco de inteligência a um elfo doméstico? Nunca imaginei que essas criaturas fossem tão obtusas! Só o que pedi foram doces e guloseimas típicas de festas de criança: cachorro-quente, pipoca, docinhos de chocolate, suco de abóbora e um bolo no formato de um Snitch!
– E qual foi o problema?
– Ele está preocupado que o bolo possa bater asas e voar. Eu não preciso desse estresse!
– Vem dormir, Severus. Você sabe que temos sorte de Albus nos ter oferecido o campo ao lado do lago para a festa. Uma festa ao ar livre vai ser excelente para as crianças.
– Já estou providenciando as lonas para proteger as mesas e demais locais de atividades. Tem certeza de que eles vão gostar de atividades Muggle?
– Harry pode se divertir, e as crianças bruxas também. Eu só quero que ele jamais se esqueça dessa festa.
– Vamos fazer o possível.
– E o presente dele?
Severus ajeitou o camisolão e se enfiou debaixo das cobertas, dizendo:
– Minerva está com ele nos seus aposentos. Achei mais prudente, para Harry não descobrir. Não que ele propositadamente vá procurar seu presente, mas o garoto é muito curioso.
– Ele é esperto. Sabido, também. – Remus sorriu, aninhando-se a Severus. – E ele está tão grande. Reparou como ele cresceu?
– Ganhou peso, também. Madame Pomfrey ficou muito satisfeita com o último exame dele.
– Ele está feliz, não está?
– No geral, ele parece feliz. Aproveitemos, pois, esse oásis de felicidade.
– Como assim? Que quer dizer?
– A adolescência não demora. Aí ele vai ser só humores e revoltas. Não estou ansioso para essa época chegar.
– Com sorte, ela passará rápido. – Remus beijou-o. – Você está me saindo melhor pai do que a encomenda, Severus. É que você é bom professor, e isso reflete em você saber antecipar as necessidades de Harry.
– Exagero seu. Pois se eu o fiz fugir de casa uma vez...
– Não foi culpa sua. Aquilo ainda foi reflexo do tratamento horrível dos tios. Hoje ele jamais faria isso de novo. E você também jamais fará aquilo de novo, não?
– Claro que não. – Ele se enroscou nos braços de Remus. – O incrível é que tenho aprendido muito com tudo isso.
– Incluindo namorar em silêncio – riu-se Remus.
– Eu? O escandaloso aqui é você. Eu sempre fui quieto.
– Ah, não vem com essa.
– Permita-me discordar. Acho que você não está sendo coerente com a realidade.
– Então não tem jeito – falou Remus, entre beijos no longo pescoço do marido. – Vamos ter que tirar isso a limpo.
– Então... er... O que você... propõe?
– Uma experiência – sussurrou Remus, já afastando as cobertas. – Vamos ver quem faz menos barulho.
– Ótimo. Perde quem acordar Harry.
– Fechado – concordou Remus. – Se você concordar.
Severus mostrou sua concordância usando os lábios para calar Remus. Depois disso, eles se dedicaram de corpo e alma à experiência para determinar quem era o mais silencioso.
Os dois venceram.