Epílogo

Pan acordou. Ela franziu a testa e bocejou. Abriu os olhos e deu de cara com íris azuis, olhando contentes para ela. Ela mergulhou naquele olhar, e ele a encarou. Trunks ergueu a mão para acariciar o rosto dela. Ela se aninhou nele, pousando a cabeça no ombro dele. Ele puxou seu corpo nu para perto do dele, absorvendo seu calor.

Trunks suspirou enquanto ela desenhava círculos com os dedos em seu peito.

Você está bem? Ele comunicou-se telepaticamente com ela pelo elo.

Sim. Só estou feliz de estar contigo.

Trunks beijou seus cabelos

Nós passamos por tantas coisas Ela disse a ele.

Eu sei ele respondeu mas tudo valeu a pena. Eu consegui você

Pan o olhou e o beijou gentilmente, mas cheia de amor.

"Idem", ela disse.

Trunks olhou para o relógio, e para o mundo lá fora. Era muito cedo, apenas 09h07min da manhã.

Pan sentou-se e coçou os olhos.

"Aonde você vai? Ainda é cedo", Trunks disse, pondo os braços atrás de sua cabeça.

"É meu relógio biológico. Geralmente estou treinando a essa hora", ela respondeu.

Trunks sentou-se e puxou-a para seu colo. "Mesmo depois de ontem à noite?"

Antes que pudesse retrucar, ela bocejou. "Viu? Você está cansada", Trunks disse.

Pan sorriu. Saiu de cima de Trunks e sentou-se ao lado dele. Correu os dedos pelos cabelos cor de ébano. Precisava escová-los, mas não agora. Trunks puxou-a de volta para si. Ela passou as pernas ao redor da cintura dele e apoiou a cabeça no peito dele. Ele estava para deitar-se novamente quando notou uma mancha nos lençóis.

Era sangue.

Ele baixou os olhos para Pan, sendo engolfado pela culpa. Pan virou-se para o que Trunks avistara e suspirou.

"Eu te machuquei muito?" Trunks perguntou.

Pan virou a culpa nos olhos dele e acariciou seu rosto. "Não se sinta culpado, Trunks. Ia doer de qualquer jeito. Você não fez nada errado. A noite de ontem foi especial. Estamos ligados. Nada pode se interpor entre nós".

Trunks lhe sorriu e deitou-se na cama, trazendo sua eleita consigo.

E ambos adormeceram mais uma vez, confortados um no abraço do outro.


Bra deu uma risadinha quando Goten lhe fez cócegas. Estavam ambos na cama, enrolados nos lençóis.

"Pare!" Ela disse, mas ele foi mais intenso.

Ela começou a rir crescentemente, debatendo-se sob as mãos de Goten.

"Pára!" Ela gritou.

Não houve hesitação nas ações de Goten.

"Pára!" Ela respirou, dolorida de tanto rir.

"Suplique".

"O... o quê?"

"Suplique".

"Nunca!"

Goten sorriu maliciosamente e parou. Bra exalou um suspiro contido, mas Goten começou a fazer-lhe cócegas novamente.

"Pára! Tá... eu lhe suplico que pare, por favor!"

Goten parou definitivamente, e inclinou-se sobre a silhueta ofegante. Ele a beijou lentamente no pescoço, deslizando os lábios pela sua orelha.

"Gostou?" Ele sussurrou.

Ela sorriu maliciosamente e acariciou o rosto dele.

"Gostei... Claro que não, seu bobo! Não gosto que me façam cócegas!"

Goten riu, mas foi calado pelos lábios de Bra.

"Mas gosto de você", ela disse.

Goten puxou-a novamente para a cama, passando os braços ao redor de seu corpo. Eles prontamente voltaram a dormir.


Bulma passeou os olhos por seu reino, de sua sacada. O sol brilhava luminosamente no céu, e a cidade estava em sua melhor forma. Ela adorava a paz. Quando ela nascera, a Guerra de Freeza já havia começado. Durou até o seu décimo sétimo aniversário, quando Vegeta o destruiu. A guerra seguinte fora a Guerra dos Tiranos, seis anos antes – a mais recente.

A briga contra Sheik seria batizada de Conflito dos Rebeldes.

Cada vitória era celebrada anualmente. Os saiyajins no planeta teriam uma festa extra no ano seguinte.

Braços fortes envolveram sua cintura, e ela sorriu.

"O moleque uniu-se ontem à noite".

"Tem certeza?" Bulma perguntou.

"Tenho"

Então falta pouco para que Bra também se una, e então ambos terão filhos. E aí poderemos abdicar em favor de Trunks. Parece distante, mas vai chegar Bulma pensou.

E quando chegar Vegeta pensou, nós vamos saber que reinamos o melhor que pudemos.


Algumas semanas mais tarde, Pan tomou parte na Coroação do Príncipe. Seu título de princesa foi oficializado, e sua ligação com Trunks, tornada pública para todo o planeta. Foi um dia de grande celebração, de amor e harmonia entre a paz e a esperança. Os saiyajins esperavam que a paz durasse.

Antes de dormirem naquela noite, Pan e Trunks refletiam em suas vidas. O amor nascera no momento em que eles se encontraram pela primeira vez. O desejo de Pan, de vingar sua família, fora um obstáculo. Ela achava que todas as pessoas eram más. Que o mal controlava o mundo. Contudo, ela estava errada. Apenas o verdadeiro mal poderia encontrar tanto prazer na morte. Apenas o verdadeiro mal poderia dizer tais coisas... e apenas o verdadeiro mal nunca poderia ser mudado. Ela considerara muitas coisas como certas, quando, na realidade, não eram. Ela seguira a cabeça em vez de seguir seu coração. Ela havia tentado fazer o que achara que outras pessoas desejariam que ela fizesse. No fim, ela foi bem-sucedida em destruir a pessoa correta, e em encontrar o amor.

Ela precisava de esperanças em sua vida... e sempre estavam ali. Ela nunca poderia acusar Trunks de fazer qualquer coisa contra ela, pois ele a amava dele: ele nunca faria isso para começar. Ela poderia contar a ele que Sheik o controlara e o fizera matar pessoas inocentes – se ela lembrasse, é claro. Mas ela sabia que suas mortes estavam escritas.

E, quando ela dormisse nas noites de inverno, um vento quente sempre a envolveria, vindo dos céus. Um vento quente, sua família. Ela sabia que havia esperança. Trunks e sua família no paraíso eram a prova disso.

E, quando eles se unissem aos outros, seriam sempre bem-vindos.

F I M