Capítulo 4 – Entrevistas e Traições
Ou
Conhecendo a mulher Lily Evans.
Lily deixou Sirius na cozinha e voltou com uma máquina fotográfica, saltitando. Era tão legal andar debaixo da capa! Uma sensação incrível de liberdade, de poder.
Riu consigo mesma. Quem dava as cartas agora? Hein? Hein?
Ajustou a máquina e fez um feitiço silenciador. Não queria que James ouvisse os flashes.
Mas chegando ao corredor escutou algo inesperado.
- Incendio.
Depois disso veio o som de algo caindo. Algo pesado.
Depois gritos ensurdecedores.
- O que você fez? O QUE VOCÊ FEZ?
- O que você mandou!
- APAGA! APAGA!
- Não dá, ele tá correndo!
- APAGAAA!
Merda.
Potter não podia ficar fora de problemas por meia hora?
Nem quando está colado no teto!
Merda.
Correu pra o barulho, ofegante. Era tudo culpa dela. Se Potter morresse carbonizado seria tudo culpa dela. Seria processada. Adeus carreira brilhante no Ministério da Magia...
Avaliou as chances de alegar legítima defesa.
Bem, seria um julgamento difícil.
Chegou bem a tempo de ver suas duas melhores amigas apagarem a gosma em chamas que cobria James Potter.
- Droga Dorcas!
- Merda Marlene!
(N/A: Eu não resisti... hihihihi)
James parou de correr em círculos, se rendeu à gravidade e caiu no chão novamente. Soltou algumas bolhas pela boca no processo.
Imediatamente Lily retirou o feitiço da bolha, com uma pontada de remorso. Tudo havia se complicado. Se as meninas não o levassem para a Ala Hospitalar McGonagall sairia de sua sala para procurá-lo e seu plano daria errado.
A professora deveria achar que ele desistira. Mas Nããããoooo! Não mesmo: As duas ainda estavam discutindo.
- É o James.
- Eu percebi isso.
- Vai lá, acorda ele.
- Por que eu?
- Porque você quase o matou.
- Então! Agora é sua vez!
O rapaz se mexeu levemente.
- Estou acordado, meninas. – James disse ainda de olhos fechados e deixando escapar uma última bolha.
- Ahn... então...
- Então você viu que foi a Dorcas que fez tudo não é?
- Nunca mais obedeço a uma ordem sua, Marlene McKinnon. Nunca mais. - Dorcas disse rancorosa.
James riu:
- Eu agradeço, então.
Mas ela não estava ouvindo:
- Nem quando você pedir um copo de água, ou para salvar sua vida, ou meus sapatos berinjela...
- Aqueles sapatos são meus!
- Não são, não!
- São sim. – Marlene colocou a mão na cintura. James fora completamente esquecido.
- Ótimo. Então nem quando você pedir para eu devolver os sapatos berinjela.
- Ora, você não pode-!
- Vocês se importam de me ajudar? Tenho uma aula para assistir, sabe? – James pediu, impedindo que elas voltassem à discussão.
Lily gelou. Que olhar maroto era aquele? Ela conhecia esse olhar! As meninas deram um parecido, riram e ajudaram-no a se limpar.
- Hum... Você sabe quem fez isso com você?
Debaixo da capa, a garota ficou apreensiva.
- Não sei... Talvez algum sonserino. – Ele respondeu enquanto andavam.
Espera aí? Todo aquele trabalho e ele se recuperava fácil assim? Quer dizer, Dorcas pôs fogo nele! Fogo! Era para ele ficar no mínimo... dolorido.
Espera! Para onde eles estavam indo? Que caminho era aquele?
Oh, não. O caminho proibido. Ela estava tentando impedi-lo de ir por ele. Suas amigas, suas melhores amigas estavam-no ajudando?
- Como têm sido as aulas? – Dorcas perguntou.
Suas amigas, suas melhores amigas, sabiam das aulas?
- Só tive uma até agora.
- Hey, James. Talvez ela te faça usar um kilt. – Marlene gracejou, piscando para ele.
- Às vezes eu acho que você anda freqüentando a mesma aula de palhaço que o Sirius, Lene.
Ela riu.
Dorcas olhou James de cima a baixo.
- Não se usa nada debaixo de um kilt.- Observou calmamente, interessada.
O.õ
Suas amigas, suas melhores amigas, estavam flertando com o Potter?
-...
TRAIÇÃO! SUPREMA TRAIÇÃO!
Ela totalmente ia contar para Gideon que Dorcas entrou no vestiário masculino e tirou fotos dele que vendia por até 10 galeões.
E ia contar que Marlene comprou todas as que envolviam o chuveiro e que pagou 15 galeões.
Elas iam ver só.
Ah, se iam!
Mas, enquanto não viam nada, elas caminhavam tranqüilas ao lado de James e entravam na sala de McGonagall.
- Vocês estão atrasados. – Disse a diretora. Depois olhou melhor para eles. – Eu não vou nem perguntar.
oooOOOoooOOOooo
Lily correu para entrar na sala antes que a porta se fechasse. Ótimo, ela prometera a si mesma que ia parar com a loucura do Potter e falhara miseravelmente. Que alternativa tinha senão acompanhar a "segunda aula" e se antecipar aos movimentos do rapaz?
Ela era extremamente competitiva e não iria desistir tão fácil. Porém, nada poderia tê-la preparado para o que viria a seguir.
- Sr. Potter, o senhor pediu que o ajudasse a entender a mente das mulheres e já está ciente que pedi a Srta. Meadowes e a Srta. McKinnon que o ajudasse. É muito mais razoável conversar com mentes jovens... no seu caso. – Ela quase sorriu.- Pode prosseguir, então.
- Prosseguir?
- Perguntar, Potter. Formular perguntas. Não foi o senhor que solicitou a presença delas nessa aula? – McGonagall soou entediada.
- Sim, mas-
- Pode perguntar Jameszito. – Dorcas disse com um sorriso amável.
Lily conhecia esse sorriso. Puro deboche.
James tinha os olhos meio arregalados. De repente parecia muito intimidado. Talvez fosse a perspectiva de encarar as amigas como mulheres.
Amigas... AMIGAS! O que aquelas loucas estavam fazendo? Estavam traindo-a duplamente!
TRAIÇÃO! DUPLA-TRIPLA TRAIÇÃO!
Lily estava desorientada. Essa era a melhor definição de seu estado de espírito. Estava tão chocada e descrente que não conseguia sair do lugar. Queria ir até a cozinha e ver Sirius.
Patético, a única pessoa em que podia confiar agora era a pessoa a quem estava chantageando...
Isso melhora o humor de qualquer um, não?
- É... eu queria saber... o que eu queria saber é se... – James claramente enrolou.
Minerva colocou os dois indicadores na testa, massageando-a.
- Você não pensou em nada antes de vir para cá, não é?
- Não senhora.
As mulheres se entreolharam, em reprovação.
- Típico... – Murmurou Marlene.
- As vezes dou razão a Lily – Disse Dorcas. (N/A: não resisti de novo. Hohoho)
- Potter, considerando o fato de o senhor não ser superdotado, se você demonstra esse mesmo empenho nas aulas, só posso concluir que suas notas sejam fruto de consultas ilegais e/ou fraude.
Minerva disse tudo isso muito rápido e só Marlene entendeu (e Lily). Em seguida a professora foi pegar uma lata de biscoitos, parecendo entediada.
- Cola. – Explicou Marlene, já que James fizera uma cara de idiota e Dorcas fingia compreender tudo.
- Hey! – Protestou James. – Não é como se eu não tivesse pensado sobre o assunto... Eu apenas não estou certo sobre o que deveria perguntar. Sabe, não acho justo invadir muito a intimidade de Lily...
Dorcas arqueou uma sobrancelha, interessada.
- Não quis dizer isso! – Explicou logo. – Só não sei o que seria justo perguntar...
Ora, Lily pensou um pouco surpresa, isso era algo muito decente da parte dele. Ao mesmo tempo, porém, era algo idiota. Ele chamara as meninas pra nada, então?
Lily sentiu algo estranho. E não, NÃO ERA desapontamento. Cruzou os braços, zangada. Tinha uma mente idiota e traidora, muito parecido com Potter e suas amigas.
- Como assim? Não acha justo perguntar a comida que ela mais gosta? Flor, livros e cor favoritas? – Marlene perguntou.
- É, mais ou menos isso. Pensei bem e acho que não seria justo. – James disse. – Mas essas coisas eu já sei.
- Oh. – Fez Dorcas. – Que bom! Porque se você perguntasse, eu não saberia dizer.
Merlin! Que raio de melhores amigas elas eram?
- Que tipo de melhor amiga você é? – Perguntou James.
Ponto para James Potter. Talvez ele fosse médium! Ou sensato.
James Potter sensato?
Lily não queria ofender a ordem do universo com esse pensamento absurdo e estava arrependida.
- Não liga pra ela não, James. Ela só está brincando. – Os olhos de Marlene não escondiam a excitação. – Mas de que tipo de coisas você sabe?
Todos aceitaram os biscoitos oferecidos pela professora. James enfiou um na boca, pensativo.
- Bem... Sei que ela gosta de lírios, pode parecer uma coisa óbvia, mas, de alguma maneira não é. Não é forçado... é o cheiro dela, é ela. Gosto quando ela os recebe, sabe? – Ele deu um sorriso sonhador. – Mesmo quando não sou em quem manda, porque vocês sabem que ela não aceita...
Dorcas concordou com a cabeça.
Como assim concordou com a cabeça? Não havia nada para se concordar nesse discurso ridículo! Típico de folhetim. E era, sim, uma coisa óbvia. Obviamente RIDÍCULA!
Onde estava o olhar de censura de Dorcas quando se precisava dele?
- Gosto porque ela fica linda com eles, como se devesse ser assim. Não conheço o Sr. e Sra. Evans, mas imagino que eles estavam profundamente inspirados quando a batizaram.
Marlene suspirou.
Marlene o quê? Honestamente, ela lia mais romances que Lily. Tão mais, que deveria ensinar que não se devia usar "imaginar" e "inspirados" na mesma frase. Como James era CAFONA!
Onde estava o senso crítico de Marlene quando se precisava dele?
- Lily, usa muito branco. Sua cor preferida. Aliás, todas as suas roupas preferidas são brancas... e sei que Lily ama livros trouxas. Livros em geral, mas ela prefere trouxas. Sei disso porque ela já contribuiu significativamente com o acervo de literatura trouxa da biblioteca da escola.
Como ele sabia das suas doações anônimas? James Potter era perigoso!
- Tem uma autora preferida também... acho que é Austen...
Minerva deu um meio sorriso para o rapaz.
Ela o estava aprovando! Encorajando-o! Se ela ENCORAJASSE esse menino e suas atitudes claramente JASON (isto é: pscicopata) e ele se desviasse na estrada da vida (que poético Oo), se tornaria um... JASON! Um perigo!
Onde estava a carranca séria da professora Minerva quando se precisava dela?
A cabeça de Lily dava voltas, sem conseguir se concentrar em um só tema. Como ele sabia? Por que ele sabia? Ele Sabia?
- Céus, se um garoto reparar tanto assim em mim, me aponta que eu caso. – Suspirou Marlene.
James riu. Dorcas olhou pra ela, horrorizada.
- Mesmo se for aquele corvinal que ronca na aula do Binns, Lewis?
- Ah, claro que n-
- Não adianta, já disse! Já prometeu! Eu vou contar seu segredinho é para aquele Diggle que está super afim de você desde o ano passado.
- Não vale, Dorcas! – Marlene ficou emburrada. – Eu nem fiz um voto perpétuo, nem nada..
- Ran-ram. – Fez a professora Minerva, interrompendo a discussão. – Sejamos objetivos: pense em uma pergunta justa, Potter.
O garoto fez uma anotação mental do fato de Dédalo Diggle, amigo de Dumbledore, estar afim de Marlene. E fez a primeira pergunta que lhe veio a mente:
- O que vocês tanto falam no banheiro?
Silêncio.
As três olhavam pra ele, abobalhadas.
Três segundos depois começaram a gargalhar. (Menos Minerva. A professora nunca gargalhava. Contentou-se com um olhar menos formal etc)
James esperou que elas acabassem, se sentindo super idiota e tal.
Lily quis estuporá-lo pra ver se ele aprendia a ser menos idiota e tal. Mas aí se lembrou que já o fizera diversas vezes e que ele nunca parecera ficar mais esperto.
- Não há uma regra geral, sabe. – Dorcas falou, ainda entre risos.
- É, não há.
- Essa informação não está relacionada estritamente ao universo Evans, logo vocês podem optar por ignorá-la, senhoritas.
- Obrigada professora. Nós vamos.
- Pense em algo melhor, Jameszito.
- Ok. Bem... Lily tem essas, essas... oscilações de humor, entendem? É normal, é truque, é o quê?
Marlene e Dorcas se entreolharam.
- Olha, nós, mulheres, pensamos em muitas coisas ao mesmo tempo, sabe. Temos diversas opiniões sobre um mesmo assunto, muitas dúvidas e escrúpulos...
- Consciência, também. – Somou Dorcas.
- É. Coisas desse tipo. Elas conflitam, logicamente. Então eu diria que é natural. Não é culpa de TPM, embora às vezes essa seja a causa...
- Podemos dizer, também, que Lily é uma das garotas que tem a maior diversidade de vozes ou a maior quantidade de escrúpulos... – As duas riram.
Lily não. Odiava quando diziam que ela era a garota paranóica do grupo.
Quem tacava fogo nas pessoas e era viciada em duelos, hein? Quem?
Ela sabia: Dorcas! Embora sob ordens de Marlene.
Quem já tinha feito três votos perpétuos, hein? Quem?
Ela sabia: Marlene! Embora ela e Dorcas tivessem trocado sua varinha por uma da Zonko´s antes dos feitiços.
- De qualquer maneira Jameszito, nenhum outro garoto consegue deixá-la tão fora de si como você. – Dorcas piscou para ele. E Marlene lançou um olhar significativo, ao rapaz.
PÁRA TUDO!
Lily teve um ataque. Elas estavam sugerindo, o que ele achava que elas estavam sugerindo?
De repente, Lily precisava sair dali. Correr. Ir a cozinha. Falar com Sirius. Bolar uma vingança. Qualquer coisa.
Precisava sair dali.
Nem sequer pensou em como isso era tolo, ou em por que aquela frase a deixara tão fora de si. Precisava apenas deixar a sala. A necessidade a consumia.
Ainda sobre a capa, saiu em direção aos corredores, apressada.
oooOOOoooOOOooo
Todos olharam para a porta que batera, surpresos.
Não havia ninguém ali. Talvez alguém tivesse cogitado entrar na sala e desistira. James, momentaneamente distraído pelo barulho, voltou a encarar as amigas.
- Certo. – Ele disse, tentando conter seu entusiasmo, mas sem esconder o enorme sorriso em seu rosto. – Certo. Então... vocês diriam que eu tenho algum, her, efeito sobre ela?
- Algum efeito?... Sim, diríamos. - Disse a garota de cabelo castanhos.
Ele achou que ela estava se divertindo muito, para o gosto dele.
- Você também, Lene?
- Sim, diria.
Ele sorriu ainda mais.
- Mas ela me evita tanto! Como eu posso potencializar o efeito, se ela está sempre fugindo?
Não era exatamente uma pergunta. Era mais uma reclamação.
- BINGO! – Gritou Dorcas de repente, fazendo-o dar um pulo discreto da cadeira. – Se você quer saber minha opinião, acho que você deveria potencializar o efeito já que ela está sempre fugindo. Percebe a diferença?
- Lá vem... – Lene murmurou. Mais uma teoria. A amiga adorava teorias. Gostava tanto que vivia inventando na hora...
Dorcas não deixou que James respondesse.
- Você diz que ela deveria aceitá-lo "oficialmente", para que você possa causar o efeito. Eu digo que você deve causar o efeito, e aí trabalhar para ser aceito.
- Mas eu faço isso! – James protestou.
- Honestamente, Jameszito, você está tendo todo esse trabalho e aulas e etc. Okay. Mas me diga sinceramente: quantas vezes você falou com ela nesses últimos dias?
James parou. Lembrando-se. Ela vivia desaparecendo nos últimos tempos...
- Ah... poucas, acho. Mas isso não quer dizer que-
- Só estou falando que você precisa agir mais um pouquinho.
Marlene olhou para ela, exasperada.
- Não, Lene. Calma. Ainda vou explicar a ele.
- Explicar o quê?
- O tipo de ação a qual estou me referindo.
- Que seria..?
- Mais concreta.
Minerva arqueou uma sobrancelha a sua aluna.
- Nada de correr atrás de Lily com buquês... Tudo bem, você pode fazer isso. Mas não só isso.
James estava com medo dessas garotas. Nisso que deu a revolução Flower Power! Nisso que deu!
Marlene concordou:
- Sabe James, as meninas são complicadas. Se você sair caçando a Lily do jeito que você faz ela nunca dará o braço a torcer.
- Do jeito que eu faço?
- É. Propondo casamento e tal. Você vai assustar ela. – Dorcas explicou.
- Mas não é isso o que as garotas querem?
As duas se entreolharam, chocadas.
- Mas é claro que não!- Disseram em uníssono.
- Talvez fosse isso que Rowena Ravenclaw estivesse desejando. Mas nós não, nu-um!
James sentia que compreendia cada vez menos o universo feminino.
- E se ela tivesse conseguido é provável que nunca tivesse se tornado uma fundadora.
Minerva interveio:
- Acredito que o senhor tenha notado que sou perfeitamente realizada, feliz e que não sou casada, Sr. Potter.
James engoliu em seco. Essa não era a hora para questionar o humor sempre gélido da professora.
- James querido, são vocês, homens, que buscam o casamento. São vocês que precisam de uma escrava que substitua a mãe e... Ah! Não vamos mudar de assunto. Na verdade o que você precisa fazer é não deixar Lily pensar muito sobre isso, porque quando ela pensa, ela sempre toma a decisão mais racional. – Marlene atalhou.
- E se apaixonar não é uma decisão, muito menos algo racional. É algo que ou você está ou não está. Deixe que ela descubra e não cobre nada.
- Acredite, a Lily já cobra demais de si mesma. É até perigoso.
- Então o que eu devo fazer? – Perguntou James, tonto de informação. – Vocês não disseram que eu devia agir! Acham que devo esperar, então?
- Claro que não. Você pode ajudá-la a descobrir.
- E se divertir muito no processo, lógico.
- As defesas da Lily são também seus pontos fracos. Use-as a seu favor. Ah, Jameszito não nos faça acreditar que superestimamos suas capacidades! – Dorcas disse, em tom de gracejo.
- Defesas?
- É. Você tem que trabalhar isso.
oooOOOoooOOOooo
- Hum... – Fez Sirius. – E aquela conversa sobre deixá-lo nu no ninho dos Elfos Domésticos?
- Não é suficiente. – Disse Lily. Ela estava extremamente vermelha, ainda cuspindo fogo.
Ficaram em silêncio por algum tempo. O maroto dava umas palmadinhas nas costas da ruiva, consolando-a.
- Quer dizer que a Marlene e a Dorcas estão ajudando o James?
Lily virou-se para Sirius, deprimida.
- Estão.
- Bem, - disse Sirius – pelo menos agora eu não me sinto um tremendo traidor. Não sou o único, né. – E piscou, rindo.
- Que bom pra você. – Comentou Lily azeda.
Sirius olhou pra ela e a abraçou de lado.
- Não fica assim não, ruiva. Você bolar algo bem legal contra o James, tá?
Ela fez que sim com a cabeça, dando um grande gole em seu chocolate quente.
- Ah, Sirius! Me sinto tão perdida! Por que ele tinha que inventar isso? Quer dizer, ele acordou um dia e disse: "Vou atazanar Lily Evans"?
Sirius deu uma risada-latido.
- Quase isso. Você o conquistou aos poucos... – Ele bebeu o conteúdo de sua caneca também. - Todo dia antes de dormir ficamos conversando. E ele sempre dormia pouco depois de dizer como a "Evans é irritante", "metida", ou como deveríamos enfeitiçar ser cabelo.
Lily fez uma cara zangada.
- Depois de algum tempo, quando te mencionávamos ele ficava quieto... Depois ele passou a implicar com todos os garotos que tinham te chamado para sair. Quando não sabíamos por que ele azarara alguém, era certo que você estava envolvida. Remo fazia pesquisas... Era tudo muito engraçado.
Sirius riu novamente.
- Então ele começou a te chama de Lily. –Notou o olhar dela. – Eu sei que você nunca permitiu... Sempre que íamos dormir e ele falava de você, ele parava um pouco e repetia o seu nome. Penso que ele gostava do som... Era algo estranho, ele fazia isso, o Remo dizia "é, o nome dela é muito bonito, James" e ele sorria.
Sirius parecia nostálgico.
- Mas desde que eu brinquei que "Lily Potter" não soava bem, ele sempre acrescenta o nome dele ao seu, e diz que é para que eu vá me acostumando...
A expressão de Lily era indecifrável.
- Olha Lily, James é o cara mais decente que conheci em minha vida. E é meu melhor amigo, alguém que eu escolheria para irmão. Mas você não precisa gostar dele, ok? Mesmo essa confusão toda, ela não significa que você é uma má pessoa apenas por que você sente que não está preparada, ou não quer.
Ela o abraçou novamente.
- Obrigada, Sirius. - Ela de um beijo em sua bochecha. - Você foi a pessoa mais compreensiva que encontrei nesse castelo. Sinto-me um pouco mal por estar te chantageando.
Ele sorriu.
- Eu sei que não está.
Ela riu.
oooOOOoooOOOooo
- Outra coisa importante: não exija respostas imediatas. Ok?
- Já entendi. Sem pressões.
- Ótimo.
- Agora, mais uma regra: Nunca anuncie um beijo.
James corou.
- Ah, é! Se você fizer isso, a Lily vai pirar! – Dorcas disse.
- Não só ela, eu também diria não. Na hora! Tudo bem que isso não é regra geral, mas...
- Eu concordo. Perguntar se pode beijar é algo muito mal educado!
- Mal educado? Você acha melhor que o cara saia agarrando? – James definitivamente, não entendia nada de meninas.
- Bem, raciocine comigo. – Pediu Dorcas. – Vamos dizer que eu esteja afim de um cara e não queira admitir. Não seria cavalheiresco que ele, ciente desse fato, me permita escolher se desejo ou não fingir que foi um beijo indesejado?
- Seria. – James respondeu rindo. – Mas totalmente cômodo para você. Vocês são terríveis!
- Seria bom para ele também, ele teria um beijo. – Marlene disse. – E nesse caso, se ele a perguntasse com certeza receberia uma negativa.
- Fora que um beijo roubado, meio inesperado é sempre bom.
James nunca rira tanto quanto naquela tarde com as meninas. Elas eram completamente insanas. Já estavam se preparando para ir e agradecendo a professora quando Marlene pediu:
- Mais uma coisa, James, que você vai ter que fazer por nós.
- Pois não senhoritas. O que desejam?
- Que você a perturbe.
- Sim, em um sentido bem amplo, meu caro!
- Amplíssimo. – Lene riu.
- Eu prometo me empenhar bastante! – Deu um beijo em cada uma e se virou para sair.
- Ah, é! A Lily adora o seu perfume! – Dorcas gritou, enquanto ele deixava a sala, ainda sorrindo.
oooOOOoooOOOooo
Continua...
Ah! Adoro a Dorcas e a Lene! Me diverti muito com elas! O Que acharam? Quem será o par do Sirius e o do Remo? Quero sugestões!
Gente! O próximo capítulo se chama AULA PRÁTICA ou ENFIM A PRÁTICA! Alguma coisa com PRÁTICAAAAA! Sim teremos action! Então quero muitas reviews! Senão não posto! (o cap já ta pronto! Okok.. em construção!)
Digam o que acharam! Beijos
Camilla Muliphein
Reviews rulez!
JhU Radcliffe – obrigada! Sim, estou acompanhando chá de lingerie! Hahahha! Mto boa! O Remo (re)aparecerá em breve! o/
aNGeLa.xD- Sim, a gosma era o James! Hahhaha Obrigada por ler! 3º ano não é fácil! A Lily continuará má? Tchã-tchã-tchã-tchããã...
Linah Black – hahahhah! Espero não ter desapontado! Bjos e obrigada!
LULIX – Você me encoraja MUITO! Obrigada! SIM, ah Lily não é uma garota comum... Ela é a RAINHA DO MAL! (risos maus)
jehssik – hahahha! Eu também fico rindo como uma louca, não se preocupe. Hã... desculpe a demora e etc... bjão menina!
Gio Potter – NOSSA! Oo a mais engraçada? Hahahha obrigada. (gente, meu ego tá inflando... me segura! Hahahah)
miss Jane Poltergeist – Ainda não foi dessa vez, mas o Remus irá acordar sim... acho que no proximo! Hahaha Meu deus, são tantos personagens juntos! To pirando! Bjos! oBrigada!
Obrigada por lerem! Juro que não demoro a postar (to de férias)
Se comentarem bastante posto semana que vem (chantagem!)
Pode comentar mais de uma vez, viu?
Hahha. Beijos!