Capítulo VIII

Lá estava ela, toda de branco, vestida de noiva, sentada na poltrona do lado da cama de Draco.

"Olá, Draco...como vai?"

"Muito bem, Weasley... e o seu marido? Onde está?"- disse Draco olhando em volta.

"Eu não me casei..."

"Ah que pena! Por que? Você encontrou alguém mais interessante? Tipo, o diretor do Hospital em que está trabalhando? Só assim você vai chegar longe, não é?"- falou Draco se levantando da cama.

"Draco, não me ofenda."

"Ofender? Mas é a verdade, não é? Não foi por isso que você me deixou? Para subir na vida?"

"Eu sei que errei ... por isso não me casei com o Nicholas..."

"Errou? Não, minha querida Weasley, você acertou! Livrou-me de uma grande enrascada!"

"Draco, me desculpa! Eu não quis te magoar! Eu achava que nunca ia dar certo entre a gente..."

"E por que agora mudou de opinião?"

"Eu percebi que não era feliz com o Nicholas e que por mais que tentasse não conseguia te esquecer. Então, resolvi não me casar com ele e vir aqui..."

"Então você achou que era só voltar e eu estaria de braços abertos te esperando?"- disse Draco com um sorriso sarcástico.

"Não...eu apenas...pensei que você ainda gostasse de mim..."

"Pensou errado, Weasley."

"Você quer o quê? Que eu me ajoelhe aos seus pés e implore?"- disse Ginny se aproximando de Draco- "Pois eu faço isso!"- disse se ajoelhando aos pés do rapaz.

"Por favor, Weasley! Não seja ridícula."- falou Draco virando o rosto para o outro lado.

"Draco, me perdoa!"- disse Ginny segurando os pés de Draco.

"Pelo amor de Merlim!" - falou segurando a mulher pelos ombros, levantando-a - "Pára, nada disso vai adiantar."- disse sacudindo-a .

Ginny não dizia nada, só chorava muito.

"Vá embora, Weasley. Você mesma acabou com tudo. Agora é tarde demais."- disse Draco soltando-a .

"Tudo bem, Draco...Eu errei, mas estou arrependida, eu sou humana, também tenho esse direito...você também errou, me rejeitou quando voltou a enxergar, não lembra? E eu te perdoei..."

"Foi diferente...eu não te traí."

"Não? E aquela morena que você dormiu assim que chegou nessa casa?"

"Bem, foi um erro..."

"Viu, Malfoy? Só você tem direito de errar?"

"Não! Mas não tente me culpar!"

"Eu não estou te culpando, apenas estou pedindo uma segunda chance..."- pegou um papel e anotou uma coisa e disse- "aqui está o endereço do Hotel onde estou hospedada."- disse entregando o papel a Draco- "Eu vou ficar lá até amanhã, vou embora às 15h... se você mudar de idéia...me procure."- completou saindo.

Draco olhou a porta se fechar e voltou para a cama.

!D/G!

"Draco?"- disse a voz de Hermione abafada.

"O quê é?"- respondeu Draco mau-humorado.

"Posso entrar?"

"Esteja à vontade. A casa é sua!"

Hermione entrou no quarto e aproximou-se da cama do rapaz.

"Draco...por acaso..."- começou Hermione nervosa.

"Sim, a Ginevra veio aqui."- respondeu Draco

"Merlim! Ela deixou todo mundo preocupado! E o coitado do Nicholas estava desolado."

"Ela é muito boa em fazer isso com os homens."

"Draco, não fale assim...e não é por quê ela é minha amiga. Eu sei que a Ginny nunca te esqueceu."

Draco permaneceu calado.

"Olha, se ela te deixou foi por que estava confusa, mas eu sei que ela sempre te amou."

"E para ela ter certeza teve que me fazer sofrer?"

"Mas a Ginny também sofreu! Ela sempre me escrevia perguntando se você estava saindo com alguém."

"Isso não quer dizer nada."

"Claro que quer, Draco! Não deixe o orgulho impedir que vocês sejam felizes! Tenho que ir agora, Severo e eu vamos jantar...quer vir com a gente?"

"Não, Granger...eu não estou com vontade de segurar vela."

"Tudo bem, Draco...pense bem no que eu disse...boa noite."- falou Hermione saindo.

Draco olhou mais uma vez o papel que estava em sua mão. Uma parte dele (o coração, para falar a verdade), queria se levantar e ir, naquele minuto, para onde Ginny estava e nunca mais deixa-la partir. Mas assim que pensava nisso, a outra parte (cérebro) o lembrava o que Ginny tinha feito, o quanto sofrera por ela. Estava ficando louco sem conseguir escolher qual caminho seria melhor seguir.

Fitou o papel por longos minutos até sentir seus olhos pesarem e lentamente irem se fechando.

!D/G!

Olhou o relógio na parede do quarto. Eram 14h. E nenhum sinal de Draco. Talvez ele não fosse mesmo aparecer. Durante raros minutos teve esperança que ele fosse surgir do nada e perdoa-la por tudo, mas já devia esperar esse tipo de reação de Draco.

O melhor seria arrumar suas coisas que ainda estavam espalhadas pela cama e seguir com a vida. Talvez fosse morar em um país bem distante como o Brasil. Levantou-se da cama e pela última vez olhou o relógio. Eram 14h20min.

Pegou a mala e começou a jogar as roupas que tinha levado. Depois que tudo estava arrumado (ou pelo menos guardado) na mala, olhou mais uma vez o relógio. Eram 14h55min.

Olhou o quarto a procura de algum objeto esquecido e lembrou que deixara sua aliança na pia do banheiro e teria que devolvê-la a Nicholas assim que saísse do Hotel. Foi até o banheiro, pegou o objeto e voltou para o quarto.

E seu coração quase parou quando viu a figura de um homem alto e loiro virado para a porta, como se estivesse saindo. Olhou para ele e depois para o relógio. Eram 15h. Realmente odiava o costume Malfoy de chegar somente na hora.

"Draco?"- disse baixo

O homem se virou e a olhou.

"Eu pensei que você já tinha ido."

"Não."- disse Ginny se achando muito idiota

"Eu...bem..."- disse Draco bagunçando os cabelos.

"Você?"- perguntou Ginny sentindo o coração quase parar.

"Eu..."- disse Draco se aproximando

"Pelo amor de Merlim! Você o que!"- perguntou Ginny impaciente.

"Acalme-se, Weasley! Afinal, nada disso estaria acontecendo se você não tivesse me deixado!"

"Merlim! Até quando você vai continuar dizendo isso? Parece um disco arranhado!"

"Olha, Weasley, você quer discutir? Pois vamos discutir!"

"Não, Malfoy! Eu pensei que você tinha vindo aqui para..."

"Para o quê? Me atirar nos seus braços e dizer que mesmo você tendo enfeitado minha cabeça está tudo bem?"

"É...mais ou menos isso..."

"Pois não é assim, não! Você não sabe o quanto é difícil estar aqui depois de tudo o que você me fez sofrer? Vencer meu orgulho! Vencer essa vontade de me matar só de pensar que vou te perdoar..."

"Você vai?"- perguntou Ginny sorrindo um pouco.

"Vou, Weasley! Porque se eu não fizer isso, vou morrer! Porque se eu viver mais um dia sem você, vou enlouquecer! Eu te amo, Weasley e por isso, vou esquecer tudo de ruim que aconteceu."

"Pelo amor de Merlim, Draco...não me chame de Weasley!"- disse Ginny chorando e rindo ao mesmo tempo.

"Por que? O Nickzinho te chamava de Gi?"- perguntou Malfoy com raiva

"Ah, não estrague...Vai continuar falando disso?"

"Vou...até você..."- Draco parou de falar quando Ginny se aproximou e passou os braços por trás do pescoço dele.

"Até eu o quê?"- perguntou Ginny baixando a voz- "Calar a sua boca?" – completou num sussurro

Draco manteve-se calado e Ginny, usando a frase "quem cala consente", o beijou. No começo sentiu-se estranha, porque Draco não expressava nenhuma reação. Estava quase se afastando quando sentiu as mãos do rapaz enlaçarem sua cintura. Os lábios se procuravam com ferocidade. Ginny puxava Draco para mais perto e ele a apertava mais para si.

Sem se separarem um só minuto, andaram até a cama. Ginny deitou-se e sem querer quebrar o contato com Draco, o puxou. O calor aumentava a cada segundo que passava. Em um ato, que julgou ousado, puxou o casaco de Draco, o tirando por completo. Depois, passou as mãos nas costas do rapaz por debaixo da camisa, sentindo os músculos do rapaz se contraírem com o simples toque. Draco, ajudando-a tirou a camisa e a jogou para o lado.

Sentiu as mãos de Draco passearem por debaixo de sua blusa, deixando um rastro de fogo por cada lugar que passavam. Levantou os braços como se pedisse que ele mesmo tirasse a sua peça de roupa. O rapaz foi beijando cada pedacinho da sua pele como se não tivesse pressa nenhuma. Ainda com calma, tirou-lhe a saia e depois a calcinha, deixando a totalmente nua. Ginny viu o olhar de admiração dele quando a viu sem roupa e ela sentiu-se corar.

Draco voltou a beija-la nos lábios e ela preocupou-se em tirar a última peça de roupa do rapaz. Depois de muito tempo (por que faziam calças tão difíceis de abrir?), conseguiu e os dois continuaram se beijando sem se separar um minuto sequer.

Beijaram-se delicadamente, e Draco aproveitou o momento para colocar uma das pernas entre as dela, que entendeu e deu passagem para ele, afastando suas pernas para que ele se colocasse entre elas. E entre beijos ele começou a penetrá-la, abafando um gemido rouco que escapou dos lábios dela. Começou devagar e foi aumentando o ritmo conforme ia crescendo sua vontade de se derramar dentro dela até que não conseguiu mais conter seu próprio desejo e com um longo e rouco gemido ele jogou a semente de seu amor dentro dela.

Estavam ofegantes e ele encostou a testa na dela, sorrindo docemente para ela, que estava linda com o rosto corado. Draco a beijou levemente nos lábios e deitou-se ao lado dela. Ginny se aconchegou nos braços do rapaz e ambos permaneceram calados até ela falar:

"Draco."

"Sim."- disse dando um beijo no topo da sua cabeça.

"Eu te amo."

O rapaz apenas sorriu e a apertou mais nos seus braços.

!D/G!

...DOIS ANOS DEPOIS...

"Granger, o que houve?"- disse o rapaz aparecendo na recepção do Hospital.

"A Ginny, Draco! O bebê vai nascer!"

"O quê e como você não me avisou logo?"

"Eu mandei uma coruja!"

"Onde ela está?"

"Na sala de operação. Mas ninguém pode vê-la."

"Eu posso! Afinal sou o marido dela! Pai da criança!"- disse Draco saindo em direção a qualquer lugar.

Saiu a procura da tal sala, perguntando aos enfermeiros onde ficava o local. Queria estar com Ginny, Merlim! E se ela morresse? E se a criança morresse também? O que seria dele? Saiu correndo desesperado ao pensar nisso. Até que conseguiu achar a tal sala de operação.

Assim que entrou na sala várias enfermeiras pularam em cima dele, expulsando-o.

"Sr. Malfoy" - disse uma enfermeira mais velha - "saia. Estamos cuidando bem da Ginny, em breve, o Sr. poderá vê-la."

"E quem me garante? E se vocês estiverem matando minha mulher?"

"Por Merlim! Tudo está bem, agora saia, senão não poderemos fazer o parto."- disse a mulher indignada.

Draco concordou, saiu da sala e ficou esperando que alguém saísse da sala, mas quem saía não falava nada e voltava no mesmo instante! Odiava enfermeiros! Tudo bem, odiava todos enfermeiros, menos Ginny. Tentou ouvir algum choro de criança, mas tudo o que conseguia ouvir eram os gritos da esposa e aquilo estava deixando-o desesperado.

Andava de um lado para outro sem se importar com o fato de um buraco começar a aparecer no chão de tão forte que pisava. Até que os gritos de Ginny pararam e ele teve certeza que tinham matado a sua esposa. Mas logo mudou de idéia quando um choro de bebê pôde ser ouvido. Tentou se conter, mas uma gargalhada saiu de sua boca ao mesmo tempo em que lágrimas caíam de seus olhos.

A enfermeira que o impedira de entrar apareceu na porta e o deixou ver Ginny. A mulher dormia profundamente. Draco depositou um beijo em sua testa e foi olhar o pequeno pacote (N.a: quando os bebês nascem, o Hospital faz um pacote com aquela manta e ainda colocam um lacinho...hauahauhaua...pelo menos fizeram isso com meu sobrinho) que estava no berço ao lado da cama de Ginny.

Um ser minúsculo, enrolado em uma manta dormia tranqüilamente. Draco não sabia dizer com quem se parecia, o rostinho amassado (N.a: quelas que ta acabando com o baby...hahahahahahaha) ainda não tinha características marcantes de Malfoys ou de Weasleys...nem mesmo sabia se ele era loiro ou ruivo, os poucos cabelos que ele tinha eram escuros. Aliás, era menino ou menina? Quis tirar a manta do bebê, mas teve medo de não saber colocar de novo e apenas ficou olhando a criança, tentando adivinhar de que "tipo" seria.

"É menina, Draco."- disse a voz de Ginny

"Sério?"- disse um pouco desapontado- "Eu pensei que podia ser um menino..."

"Ah, Draco...ainda é nosso primeiro filho..."

"Sim, mas espero que o próximo seja um homem, afinal você não quer ser igual a sua mãe, né? Não quero um monte de coelhos."- disse se sentando ao lado de Ginny

"Você é ridículo."- disse Ginny dando um tapa no braço de Draco.

"Ai! Para quem acabou de ter um filho você está muito forte!"

"Muito engraçado!"- disse Ginny fazendo uma careta.

"Eu sei que sou! Agora, você já pensou num nome para ela?"

"Já. Ela se chamará Emma."

"Nada disso. O nome dela será Narcisa."

"O quê? Nem tente! Minha filha nunca terá o nome da sua mãe."

"Então, Lúcia."

"Nem do seu pai, Draco!"

"Então, você quer qual? Emma é um nome ridículo!"

"Melody?"

"Parece nome de desenho animado! Que tal Pansy?"

"Minha filha não será uma vadia. E Susan?"

"Nem pensar! Isso é nome de aluno da Lufa-Lufa. E ela será sonserina."

"Enlouqueceu? Ela será grifinória!"

A discussão continuou por longo tempo até se decidirem pelo nome Alana e que só o chapéu seletor poderia decidir em qual casa a menina ficaria. Depois de mais dois anos tiveram o segundo filho e assim como Draco sonhava, era um menino, o qual recebeu o nome de Kevin.

Ginny continuou com sua carreira de enfermeira, enquanto Draco era professor de Poções. Os dois saíram do convívio de Hermione e Severo assim que o primeiro filho dos dois nasceu, um ano depois do nascimento de Alana. Decidiram continuar vivendo nos Estados Unidos, afinal foi onde tudo começou...

Nicholas nunca mais foi mencionado e nem lembrado, e talvez isso tenha ajudado para que os dois vivessem felizes para sempre. Não de todo felizes, porque ninguém é sempre feliz, mas com certeza foi para sempre.

FIM

Nota da Autora: Vão me matar, né? Mata não, gente...eu ainda tenho 2 fics p/ terminar...hehehehe...não gostei muito do final, mas até que não foi muito ruim, né? Eu estou muito emocionada, é a primeira NC que eu consigo escrever (quase) sem a ajuda da ChunLi, que escreveu o finalzinho da NC...hehehehehe. Então, espero que tenham gostado e que mandem reviews! Quem for mandar reviews (e eu espero que seja todo mundo que leia), coloca o e-mail, please! Senão, não tem como responder a vcs, ta!

Agradecimentos (reviews sem emails):

Lady Star : Obrigada por gostar e ler a fic...hehehe... esse capítulo até que saiu rápido, né:) Obg por ter acompanhado a fic! Beijos!

Lana: Aeeeee...foi homenageada nesse capitulo! Hauahauahauhaua Se vc não percebeu, Alana foi em sua homenagem, hiuhiuhiu...:D Te adoro, viu, amiga? Beijos!

Helo: Talentosa? Eu? Ah...que nada...hihihihi Obrigada por ler e comentar! Espero que tenha gostado desse último capitulo! Beijos!

Agradecimentos: A todos que leram a fic (claro), que comentaram e até aos que não comentaram (o que eu faço com vcs, hein?)...Muuuuuito obrigada:D

Ah... e Feliz Natal pra todo mundo! Que vcs ganhem mto presente (aquela consumista) e aproveitem muuuito! E tb feliz ano noovo! Tudo de bom p/ vcs, povo!

E é isso...em breve novas fics... e leiam minhas outras fics (merchan...hauahuahaua)..."Para Sempre" e "Poderosa!"

Beijos!

Manu Black