Amando Você
Para Naru o/
CAPÍTULO 3
Conversas
Sentiu uma pontada atingir-lhe a base das costas e se mexeu irritado. Mal dormira aquela noite, depois da discussão que tivera com Rin, e pra melhorar tudo aquela dor nas costas o estava irritando. Mexeu-se outra vez no sofá, ainda de olhos fechados, quando notou que alguém se aproximara.
É melhor acordar logo.
Porém, ao abrir os olhos e notar quem o observava tão próxima que suas respirações se misturavam, não pode evitar a reação que veio a seguir:
– AAAAAAAAAHHH!
– AAAAAAAAHHHH! – gritou a velha em resposta que agora se afastava assustada e tinha a mão no coração.
Respirando lenta e pausadamente, conseguiu acalmar-se para logo em seguida perguntar:
– O que pensou que estava fazendo, velha? – disse levantando uma das sobrancelhas.
– Nada. Apenas achei curioso o fato de você estar dormindo no sofá. E não me chame de velha, parece Rin ou InuYasha falando. – disse deixando-o sozinho e seguindo para a cozinha.
A simples menção do nome do irmão fez com que ele fechasse a cara. Foi só então que olhou para a varanda e viu que o dia ainda amanhecia.
Que horas deve ser agora?
Olhou ao redor da sala a procura do relógio. E viu que não passava das seis da manhã. Ouviu o barulho de passos e virou-se para ver que Kaede havia voltado.
– O café está servido na cozinha.
Viu-a voltar para a cozinha e não demorou muito para que ele seguisse para lá.
Dois minutos depois se podia ouvir apenas o tilintar das colheres nas xícaras de café. Não trocavam olhares, não falavam. Silêncio. Até que ela resolveu falar:
– O que aconteceu para que você acabasse dormindo no sofá?
Ele apenas fitou-a. Não queria tocar no assunto e muito menos com ela, mas por respeito à ajuda que ela vinha prestando, ao cuidar de Rin e da casa e pelo tempo em que estava na sua família, resolveu responder a pergunta.
– Rin.
– O que tem ela?
– Escutou uma conversa minha pelo telefone com Izayoi.
– E?
– Acha que estou com ela por pena.
– Uhmm...
Foi o único comentário que fez antes de tomar mais um gole do café.
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Acordou, como de costume, com os primeiros raios do sol tocando-lhe o rosto. Virou-se de lado para encontrar o lugar onde Sesshoumaru deveria estar vazio. Lembrou-se então da briga que tivera com ele na noite anterior.
#-#-#-#-#Flash Back#-#-#-#-#
– CALE A BOCA! Cale a boca. – disse afastando a mão dele com um tapa. Não vendo a dor que aquele gesto causava surgir nos olhos dourados. – Você não sabe de nada. Nada... Por que não me abandona como sua mãe mesma sugeriu?
Então ela ouviu a conversa.
– Eu nunca faria uma coisa dessas. – disse se levantando e caminhando até a porta. Parou com a mão na maçaneta ao ver que ela ainda iria falar.
– Por quê? Por pena? VAMOS, ME DIGA! POR QUÊ?
– Porque este Sesshoumaru ama a Rin dele. – disse saindo e fechando a porta.
E ela fez a única coisa que podia fazer: chorou
#-#-#-#-#Fim do Flash Back#-#-#-#-#
Suspirou virando-se outra vez. Estava cansada daquilo tudo. Das brigas, de magoá-lo com suas palavras. Queria não fazer todas aquelas coisas, afinal, ele fora sempre tão bom com ela. Por que tinha que ser tão arredia? Por que não podia simplesmente aceitar a ajuda dele? Por Deus! Ele a amava e não tinha nenhuma duvida sobre isso.
Então por quê?
– Droga.
Chorou mais uma vez.
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Olhou para a velha a sua frente e pensou o quanto era estranho estar ali conversando com ela sobre sua vida.
– E é verdade?
– Ahn? – ele disse, voltando de seus pensamentos.
– E é verdade que está com ela apenas por pena? – disse pousando a xícara na mesa.
– Claro que não. Amo Rin. – disse convicto e olhando-a fixamente.
– Ama mesmo? – disse erguendo uma das sobrancelhas.
– Claro que sim.
Aonde essa velha quer chegar com essa historia?
– Então por que não diz isso a ela? – disse voltando a tomar o café.
– Mais do que tenho dito nos últimos anos? – disse não deixando de encará-la.
– Diga de novo. Só que não precisam brigar pra que isso aconteça.
Ele apenas ficou calado.
– O que quero dizer é que dá próxima vez que vocês brigarem...
Ele apenas levantou uma das sobrancelhas.
– ... Você deveria dizer o que sente, como se sente com tudo isso, deixar que ela faça o mesmo e não fugir.
– Eu não fugi. – disse fechando a cara.
– Então por que dormiu no sofá? Por que não voltou ao quarto para terminarem de conversar?
– Porque ela não iria conversar e começaríamos a brigar outra vez. – disse tomando um gole do café que agora já estava frio.
– É por isso que ela acha que você está com ela por pena, seu grande idiota. – disse ela tomando tranqüilamente o café.
– Como é? – disse se levantando da mesa.
Como ela se atreve a me chamar de idiota?
– É por você fugir toda vez que vocês brigam e não conseguir encará-la por mais de três segundos que ela acha que ainda está com ela por pena.
– Oh. – sentou-se novamente, mas não ficou lá por muito tempo.
– O que pensa que está fazendo aí sentado? Levante-se e vá falar com ela. – disse olhando-o como se falasse com alguém muito, muito, demente.
E como se algo o houvesse espetado, ele levantou de um pulo da cadeira. Caminhou na direção da porta e antes de sair, virou-se para encará-la novamente.
– Você me paga por isso, velha. – disse saindo.
Ela apenas sorriu de soslaio, tomando mais um gole do café.
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Abriu a porta do quarto cuidadosamente, não queria acordá-la tão cedo, mas ao abri-la, deteve-se. Ela já estava acordada e olhava-o com os olhos marejados.
Aproximou-se lentamente da cama, os olhares fixos um no outro, como há muito tempo não ficavam. Queria dizer tanta coisa a ela.
Sentou-se ao seu lado e colocou a mão contra a bochecha do rosto dela, passou o dedo polegar, enxugando a lágrima que agora descia e esperou que ela fugisse de seu contato. Mas ela não fugiu, havia fechado os olhos e agora tinha um pequeno sorriso em seu rosto.
Mais lágrimas.
Abriu os olhos e não pode encará-lo. Olhou para o seu colo, onde as suas mãos repousavam tranqüilamente e olhou para sua mão esquerda. E mais atentamente para pequeno anel dourado no seu dedo anelar.
– Acho que precisamos conversar. – disse olhando-o atentamente.
Ele apenas concordou com um aceno de cabeça.
Yo Minna o/
Sei que demorei er...mais de um ano pra atualizar, mas é que eurealmentenão tive tempo e ainda tive um bloqueio horrivel, então...acho que o máximo que eu posso fazer é pedir desculpas e tentar atualizar a fic o mais rápido possível
Vou agradecer desde já a Lis por revisar o capítulo pra mim e a todas as outras pessoas que queriam uma atualização deste fic e me mandaram review.
Espero que gostem do capitulo e prometo não demorar com o outro.
Aqueles que se sentirem a vontade em mandar uma review ficarei muito feliz em recebe-la.
Kissus e ja ne
Leila