Sarah tinha tudo que uma pessoa deseja: beleza, uma pessoa que a amava, um casamento feliz. E isso desaba com um leve lapso do destino. Dor... Sofrimento... Pranto... Solidão. Coisas que nunca tinha experimentado antes a envolvem e se vê em meio a uma forte sensação de perda. E o que a vida tira às vezes não devolve...

Disclaimer: Alguns personagens, lugares e citações pertencem a J.K. Rowling. Essa estória não possui fins lucrativos.

Capítulo Um – Sarah

Sarah sobressaltou-se com um aperto no peito. Abriu os olhos. O quarto estava na penumbra. Virou-se na cama de casal e estendeu a mão. Assustou-se. Ele não estava deitado ao seu lado. Sentou e apertou os olhos procurando por vestígios dele no quarto. A porta estava aberta. Eles nunca dormiam de porta aberta. Puxou o grosso cobertor e procurou os chinelos passando os pés pelo tapete. Levantou-se e atravessou o quarto, tremendo ao atrito do ar frio com seu corpo nu, até a cadeira para vestir seu roupão. Desceu as escadas sem ascender a luz do corredor. A casa estava toda escura. Às vezes ele tinha mania de ficar sentado no escuro, pensando.

A claridade prateada da lua quase cheia entrava pela grande janela da sala. Ele não estava em lugar nenhum. Chamou seu nome. Nenhuma resposta. Chamou mais uma vez. Nada. Alguma coisa enroscou em suas pernas, e ela abaixou. Pegou no colo um grande gato angorá branco, e alisou seu pelo macio.

- Onde ele está, Snowflake?

O gato miou dengosamente quando ela afagou sua barriga, e pulou do seu colo. Andou até a porta com o rabo felpudo erguido e pôs-se a arranha-la.

- Ele saiu? - Ela foi até o gato e o pegou no colo novamente - Então vamos espera-lo.

Sarah sentou-se no sofá com as pernas cruzadas. Um arrepio correu sua espinha e ela lembrou-se que nevava lá fora e ela não estava agasalhada. Pegou a varinha no bolso do roupão e apontou para a lareira à sua frente.

- Incêndio! - ela murmurou. Um fogo vivo e crepitante se fez, e a sala foi envolvida por uma onda de calor aconchegante.

Snowflake pulou de seu colo novamente e foi se esparrar no tapetinho em frente ao fogo. Sarah observou o gato se espreguiçar longamente. Sentiu outro arrepio na espinha. Este com certeza não era de frio. Recostou-se no sofá o suficiente para estender as pernas na mesinha à frente. Estava preocupada. Ele na estava se comportando bem ultimamente. Fechou os olhos e lembrou-se do diálogo que tiveram na manha do dia anterior:

"O que te aflige tanto, meu bem?", ela ouviu a própria voz na cabeça.

"Nada não, querida", ele desconversou.

"Como nada? Eu te conheço há anos, não se esqueça..."

"Já vai passar, meu bem... Já vai passar..."

Mas ele não era assim. Nunca tiveram segredo um para o outro. Se bem que os últimos acontecimentos eram bastante tumultuosos. Lorde Voldemort crescendo cada vez mais nas sombras e aumentando o número de seguidores. Eles dois, assim como todos os seus amigos precisaram se esconder. Sarah, agora vivia em uma casa simples, em um bairro trouxa de Londres. Pouco a pouco, o sono foi superando a preocupação, e, apesar de tentar lutar no início, suas pálpebras se fecharam, e ela se entregou ao topor e ao cansaço.


Os primeiros raios de sol que penetraram pelas venezianas da sala, encontram a jovem dormindo no sofá. Os cabelos loiros se espalhavam no móvel, contrastando com o negro do estofado. Estava tal qual um anjo, com uma das mãos apoiada no rosto, enquanto a outra tentava acalmar o coração, subindo e descendo repousada no peito, ao ritmo de sua respiração. Snowflake foi até sua dona e, com as patinhas dianteiras, pôs-se a brincar com o cinto do roupão cuja ponta arrastava no chão. Sarah virou-se no sofá pondo as duas mãos embaixo do rosto, escondendo-se da claridade.

Não demorou muito para que uma senhora de meia idade aparatasse na sala. Olhou demoradamente a moça do sofá antes de se sentar na mesinha de centro. Ia acorda-la, mas achou melhor não faze-lo. Snowflake passou se esfregando em suas pernas.

- Bom dia, minha bolinha - Ela pegou o gato no colo - Acho melhor fazemos o café, ante de chamá-la, não é?

O gato ronronou.

- Concordo... Vamos lá na cozinha preparar um pires de leite para você.


Sarah se mexeu. Levou a mão ao pescoço dolorido pela posição. Piscou várias vezes até ouvir barulho na cozinha.

- Amor? - Ela se levantou - É você?

- Não, querida, sou eu... - A senhora chegou à porta segurando uma frigideira.

- Ah... bom dia Tia Geórgia... - Ela falou com um quê de desapontamento.

- Ele não dormiu em casa?

- Não... Ele sumiu no meio da noite... - Ela respondeu sentando-se à mesa.

- Querida... Não se aflija... - Dona Geórgia apagou o fogo com um aceno da varinha. - Daqui a pouco ele aparece... Ele deve ter ido resolver algum assunto importante.

- No meio da noite, tia?

- Bom... Ontem não foi lua cheia?

- Não... É hoje...

Mas Sarah não considerou a idéia. Se fosse por isso, ele teria contado...

Um farfalhar de asas fez as duas voltarem a atenção para a janela.

- Coruja... - Dona Geórgia foi até a janela e tirou um papel enrolado de seu pé.

- Carta? - Sarah perguntou servindo-se de leite.

- Não - A outra desenrolou o pergaminho - Profeta Diário...

- Deixe-me ver... - Ela estendeu a mão.

Dona Geórgia ficou pálida ao ler a primeira página, e olhou para a sobrinha com profundo horror.

- O que foi titia?? - Sarah se levantou. A velha se afastou dela.

- Deixe me ver! - Sarah se aproximou mais, fazendo a tia recuar.

- Sarah... - Ela disse num fio de voz - É melhor você se sentar...

- O que foi??! Fale logo! Estou ficando angustiada. - Sarah tentou tomar o jornal dela, mas a tia o escondeu às costas.

- Tia... Por favor... - Sarah pediu suplicante.

- Sente-se...

- Me fale...

- Eu falo, calma...

- O QUE HOUVE?? - Ela falou exasperada.

A velha respirou profundamente e fechou os olhos.

- Os Potter...

- Que têm eles??

- Foram descobertos...

- Ah meu Deus... - Sarah fechou os olhos e levou a mão ao peito.

- Foram... foram mortos, Sarah...

- Não é possível! - Sarah deu um soco na mesa - E o Harry?

- Sobreviveu... Foi tirado dos escombros, mas ninguém sabe por quem.

- Dumbledore... Só pode ter sido ele... - Ela de repente deu um estalo - Ah meu Deus! Meu marido! Meu marido ainda não sabe, titia! Ele vai ficar arrasado...

- Ele já sabe... - Dona Geórgia respirou mais profundamente.

- Não, ele não sabe... - Sarah disse.

- Sim, minha filha... ele sabe... e esse foi o motivo do seu desaparecimento...

Sarah ficou muda. Dona Geórgia abriu o jornal novamente e o mostrou à sobrinha. Sarah leu com os olhos cheios d'água.

"Potter são encontrados mortos. Assassino é capturado pelo Ministério após matar 12 trouxas e um bruxo. Pena Perpétua em Azkaban".

E abaixo da manchete em letras garrafais, havia uma foto de Sirius Black.

A visão de Sarah ficou turva. Ela sentiu o mundo rodar, as pernas desfalecerem, e sua ultima visão foi de seu corpo desabando ao pé da mesa.


Sarah estava flutuando. Alias, estava voando. Esta era a sensação. O vento fazia esvoaçar seus cabelos e seu vestido. Olhou para si mesma. Aquele era o vestido que Sirius mais gostava. Estava descalça. Caminhava na grama descalça. "O pôr-do-sol é tão lindo...", ela pensou observando as cores alaranjadas do horizonte. "Já vou, meu amor!", ela gritou acenando, e pôs-se a correr para o homem de preto que estava na em uma moto, no alto do morro à sua frente. Chegou a ele e o abraçou sorrindo, mas sufocou-se com o cheiro de seus cabelos.

- Pronto, pronto, minha querida... - Uma voz etérea ecoou em seus ouvidos.

Sarah abriu os olhos tossindo. Olhou para a tia, que passava um frasquinho diante de seu nariz.

- Diz que é mentira...por favor.... - Ela falou chorando e abraçou os joelhos.

- Não querida... queria que fosse, mas não é... - Geórgia se agachou ao lado de Sarah e afagou-lhe o cabelo.

- Não pode ser não pode! - Ela sacudiu a cabeça para um lado e para o outro rapidamente tão rapidamente que chegou a ficar tonta.

- Shii... calma, meu anjo... calma... - A tia seguro-lhe a cabeça entre as mãos.

Sarah sentou-se no chão da cozinha, ainda chorando e se balançando para frente e para trás. Dona Geórgia tentou ergue-la do chão sem sucesso. Snowflake miou alto e subiu na pia da cozinha, o pelo eriçado, olhando pela janela.

- O que houve... Snowflake? - Dona Geórgia enxugou suas lágrimas e foi ver o que atraiu o gato. Mal chegou à janela e um ronco forte foi ouvido no jardim da frente.

- SIRIUS! - Sarah gritou, ainda chorando e correu para a sala.

Dona Geórgia, que ainda olhava pela janela, tentou impedi-la.

- Sarah não! - Mas a moça não a ouviu.

- É ELE!! - Ela pegou a chave na parede para abrir a porta - EU SABIA!! É ELE!!

A outra parou no meio da sala, e observou com pena, a sobrinha destrancar e abrir a porta. Não era ele. Sarah levou a mão à boca para conter um grito. Hagrid abaixou a cabeça para poder passar pelo portal.

A moça sentiu-se tonta, mas Hagrid a segurou sem dificuldade pelos ombros e a encaminhou até o sofá.

- Eu não queria parecer nestas circunstâncias, Sarah... - O gigante falou sem jeito. - Mas, apesar de tudo, eu tive que vir... e tenho que devolver a moto dele também... - Hagrid apontou para fora, onde estava estacionada uma grande moto preta. - E pelo visto, você já sabe, não é? Claro que sabe... o Mundo Mágico inteiro está festejando a derrota Daquele-que-não-deve-ser-nomeado...

- Hagrid... - Sarah falou em lágrimas - Por favor... o que aconteceu...

- Ah.. Sarah... - Hagrid engoliu seco - Não me peça para...

- Eu imploro, Hagrid! É o meu marido! - Ela disse num fio de voz.

- Eu sei Sarah... - Hagrid passou a mão pela barba - Oh, puxa... isso é difícil...

- Hagrid - Dona Geórgia falou bondosamente - Conte-nos, por favor.

- Bom... Quando soubemos da... da...

- Morte...?

- É... - Hagrid suspirou. - ...dos Potter... Que Deus os tenha... Dumbledore me mandou ir lá, para ver se o menino tinha sobrevivido... Eu cheguei lá... a casa em ruínas... os corpos... - Hagrid soluçou - os corpos dos dois caídos... O pobre do menino chorava horrores quando eu subi para o quarto... pobrezinho do menino, o Harry, um corte enorme na testa... Dumbledore disse que ele vai ficar com aquela cicatriz para sempre...

- E o Sirius, Hagrid? - Sarah perguntou ainda chorando.

- Ele apareceu na hora em que eu estava saindo... - A expressão do rosto de Hagrid mudou lentamente da tristeza para a raiva - Ele me pareceu sinceramente arrasado... Chorou feito uma criança quando viu o corpo de Tiago...

- Tadinho... - Dona Geórgia falou baixinho.

- Eu o consolei... - Hagrid fechou os punhos - Eu o consolei... Ele me pediu o Harry... Disse que vocês eram os padrinhos, e que era obrigação de vocês cuidarem dele... Mas Dumbledore tinha me mandado levar o garoto para ele, e eu disse não... Tinha que obedecer Dumbledore...

- Onde está o Harry, Hagrid? - Geórgia perguntou.

- Não posso contar, Dona McDillan... Desculpe-me... Mas o garoto vai ficar bem...

- E o Sirius, Hagrid?! Onde ele foi depois? - Sarah perguntou sacudindo o braço dele.

- Na hora ele não me disse... Mandou que eu levasse a moto dele... E eu levei... Ele não falou aonde ia, mas saiu revoltado... Achei que ele estava indo... sei lá... atrás do fantasma de Você-Sabe-Quem... Sim, porque o menino Harry conseguiu derrota-lo, ninguém sabe como... Hoje pela manhã foi que eu soube que ele tinha ido atrás do jovem Pedro Pettgrew... E... QUE O TINHA MATADO! - Hagrid deu um soco na mesinha de centro, fazendo o gato correr assustado para o jardim.

- Não, Hagrid - Sarah sacudiu a cabeça negativamente - Ele não faria isso...

- Mas fez Sarah... Mas fez... - Hagrid disse com firmeza.

- É IMPOSSIVEL! - Ela agarrou os cabelos e escondeu o rosto entre os joelhos.

- Ele matou Pedro, Sarah... Na frente de um monte de trouxas... E ainda matou doze trouxas que estavam por perto... Ele desrespeitou uma das leis essenciais da Magia, Sarah!

- Tem que haver uma explicação... Meu Deus... tem que haver... - Ela falou como se ignorasse o que o outro dissera.

- Olha Sarah... Eu gostava Sirius... Sempre gostei de você... Vou continuara gostar de você, porque você não tem culpa do que aconteceu - Hagrid falou se levantando.

- Nem ele... - Ela levantou o rosto.

- Eu... Eu preciso ir agora...

- Eu o acompanho, Hagrid - Falou Dona Geórgia indo fechar a porta depois que ele passou.

O silêncio tomou conta da casa. O único barulho que se ouvia eram os soluços de Sarah. Dona Geórgia foi até a cozinha e voltou com uma xícara fumegante.

- Tome isso, meu anjo... - Ela estendeu a xícara para Sarah.

- Eu não quero... - A outra respondeu - Eu não quero poção... Eu não quero chá... Eu quero o Sirius... - E escondeu o rosto invadida por uma nova onda de choro.

- Isso vai ser mais difícil - disse a tia - Mas ainda assim é melhor você tomar o chá...

- EU JÁ DISSE QUE NÃO QUERO! - Sarah pegou a xícara atiçou na parede. - EU QUERO O SIRIUS!

- Mas ele não vai poder vir AGORA!

- ENTÃO ME DEIXE SOZINHA!

- Ok, então - Dona Geórgia pegou o casaco e a bolsa atrás da porta. - Vou até o Beco Diagonal...

- Tia... Desculpe...

- Não se desculpe... Às vezes é bom colocarmos tudo pra fora... Só não quebre a casa toda... Volto no fim da tarde. - E desapareceu com um movimento da mão.

Sarah se encolheu na posição fetal e voltou a chorar baixinho.


Já passava do meio dia quando Remo aparatou no quintal dos fundos. Deixou a mala junto à porta da cozinha e deu a volta até a varanda da frente. Sentiu uma ponta de melancolia ao ver a moto de Sirius parada no passeio. Bateu na porta. Nada. Bateu mais uma vez. Nada de novo. Parecia não haver ninguém em casa. Olhou pela fresta da janela e viu uma mulher encolhida no sofá. Apertou o olho, prestou atenção, mas ela não se mexia. Podia estar dormindo, ou podia não estar. "Não...", ele pensou "Ele não teria coragem de fazer isso com ela...". Mas refletiu melhor e um lampejo passou em sua cabeça. "Ele fez isso com o melhor amigo... Porque não com a mulher?". Remo apontou a varinha para a porta.

- Alorromora! - Ele disse e a porta se destrancou com um estalo.

- Sarah? - Ele correu para junto dela e ficou aliviado em perceber que ela respirava. - Sarah... - Ele chamou mais uma vez.

Sarah se mexeu languidamente no sofá e olhou o homem agachado à sua frente.

- Ah... Remo! - Ela o abraçou.

- Shiii... - Ele a abraçou de volta. - Eu sinto tanto quanto você... - Ele passou a mão pelos cabelos dela enquanto sentia o ombro de sua capa ensopar de lágrimas.

- Por favor Remo... - Ela se afastou limpando o rosto na manga do roupão - Diga que você também ao acredita que tenha sido ele...

- Eu gostaria muito, Sarah... mas as evidências...

- QUE SE DANEM AS EVIDÊNCIAS! EU ESTOU ME LIXANDO PARA AS EVIDÊNCIAS! - Ela se levantou sacudindo os braços - EU PASSEI ONZE ANOS DA MINHA VIDA COM AQUELE HOMEM QUE TODOS ESTÃO CHAMANDO DE ASSASSINO... EU DURMO COM ELE HÁ SEIS ANOS!! EU MORO COM ELE HÁ QUATRO ANOS!! NÃO ACREDITO QUE ELE TENHA SIDO SEQUER CUMPLICE DESTA HIST"RIA QUANTO MAIS QUEM MATOU TODAS AQUELAS PESSOAS!!

- Sarah... às vezes nós nos enganamos sobre as pessoas...

- NUNCA ME ENGANEI A RESPEITO DE NINGUÉM!! PORQUE IRIA ME ENGANAR JUSTO SOBRE O HOMEM QUE EU AMO!??? NÃO VÁ ME DIZER QUE VOCÊ ACRedita que foi ele... - A voz dela foi morrendo até virar um sussurro - porque se ninguém ficar do meu lado... eu vou morrer...

- Não Sarah... Se acalme... - Remo a abraçou novamente.

- Eu não quero ficar calma... - Ela esmurrou o peito de Lupin - Todos me mandam ficar calma... ESTOU CALMA MERDA!

- Então fique um pouco mais calma! - Ele segurou os pulsos dela e Sarah sapateou no chão.

- Não... - Ela falou em prantos.

- Sarah, olhe para mim... - Lupin segurou o rosto dela entre as mãos - Tudo vai ficar bem... Se o Sirius não for culpado, ele vai ser solto logo... O que temos a fazer agora é esperar... Vamos torcer para que ele tenha um julgamento justo, está bem?!

- Onde ele está agora? - Ela perguntou tentando se controlar.

- Não sei... No Ministério talvez...

- Eu quero vê-lo, Remo... - Ela pediu.

- Sarah... Será impossível...

- Por favor... - Ela suplicou desta vez. - Eu juro que me acalmo... Mas tente me levar a ele... Eu sei que você conhece pessoas lá...

- Sarah...

- Por favor Remo! Eu te imploro! - As lágrimas voltaram a brotar em seus olhos. Remo suspirou.

- Eu vou ver o que posso fazer...

- Obrigada! - Ela sorriu e o abraçou.

- Mas não prometo nada...

- Eu sei que você vai conseguir! - Ela limpou o rosto no roupão.

- Acho melhor não festejar ainda...

- Vou me arrumar! - Ela subiu correndo as escadas.

- Por Merlin... - Remo passou a mão pelo rosto - O que é que eu fui arranjar...