"EM MEIO À ESPERANÇA"

Disclaimer: Eu não tenho nenhuma relação com qualquer editora que publique Harry Potter ao redor do planeta. Essa história foi escrita somente para agradar uma amiga que estava com carência de fics com o Lupin. Todos os elementos da série Harry Potter pertencem à J.K. Rowling ou à WB mas qualquer criação minha, inclusive tramas, Anne e Julie, pertencem a mim, e quem os usar sem autorização será acertado por um Cruciatus quando menos esperar...

Resumo: Ter sonhos com um lobisomem mudou a vida de Julie. Encontrá-lo em Hogwarts e apaixonar-se por ele só tornou tudo mais complicado. E enquanto o que ela mais queria era ficar longe dele, agora terão que se unir para ajudar Dumbledore em um plano. Continuação de "Em Meio à Escuridão".

Censura: Eu não recomendo para menores de 15 anos, mas se você acha que já tem maturidade, vá em frente.

Spoilers: HP1, HP2, HP3, HP4. Recomendo que leia antes a fic "Em Meio à Escuridão" para entender melhor a trama e alguns personagens

Dedicatória: Essa história é dedicada para todos os que estão acompanhando a trilogia "Escuridão, Esperança, Medo". Dedico também para os fãs do lobisomem mais famoso do mundo bruxo, Remo Lupin e para os fãs da Grifinória (apesar de nem todos serem bonzinhos na Grifinória... lembrem-se do Pettigrew...).



Prólogo



Julie acordou subitamente por algum barulho que ela não conseguiu identificar. Ela se levantou e olhou ao redor, mas não sabia onde estava. Definitivamente aquele não era o seu quarto. Pelo contrário, aquela sala parecia com qualquer coisa, menos um quarto, muito menos o quarto que ela dividia com sua irmã, Emma, na casa dos Black.

Estranhamente, Julie não sentiu medo. Ela sentia como se tivesse partido em uma longa viagem e finalmente estivesse voltando para casa.

Enquanto pensava no que a fazia sentir isso, ela escutou o barulho que a acordou antes. Era um gemido distante, que faria qualquer outra pessoa fugir, mas não Julie. Ela sentia que a pessoa que havia soltado aquele gemido estava sentindo a sua presença, assim como ela sentia que havia uma pessoa por perto e que essa pessoa precisava dela. De repente, Julie percebeu que também precisava dessa pessoa com a mesma urgência que essa pessoa a chamava.

Julie olhou mais uma vez ao redor, tentando encontrar um meio de ir até onde essa pessoa estava, mas a sala estava coberta por uma névoa densa. A garota se desesperou, e entrou no meio da névoa. Assim que ela entrou na névoa, o nevoeiro desapareceu e bem na sua frente surgiu uma porta. Julie sentiu que quem quer que havia gemido estava do outro lado da porta.

A garota caminhou lentamente até a porta, e a cada passo que dava, sentia que a pessoa do outro lado a chamava com mais força, em uma necessidade cada vez mais urgente. Os gemidos aumentaram e se tornaram mais freqüentes, até que a mão de Julie tocou na maçaneta da porta, e ela a abriu.

Em um canto do pequeno quarto, estava um garotinho de cabeça baixa com no máximo sete anos. Julie não conseguiria explicar como, mas ela sabia o quanto ele deveria estar sofrendo.

Julie se aproximou do garotinho, não com pena nem com medo, mas como se pudesse sentir toda a dor dele, e com isso, veio uma quase insuportável vontade de chorar. Ela queria ajudar o garotinho, mas não sabia como. A única coisa que fez foi olhar com aflição para ele e em seguida, esticou a mão para tocá-lo, mas antes que ela pudesse ver o rosto do garoto, ele deu um enorme grito que se seguiu por outros vários enquanto começavam a crescer pêlos por todo o seu corpo, que se alongava, e as mãos e os pés se fecharam até se transformarem em patas com garras, até que um animal estava no lugar do garotinho.

Julie deu um passo para trás, assustada. O garotinho havia se transformado em uma espécie de lobo que Julie nunca tinha visto. Na verdade, ela nunca havia visto sequer um lobo, por isso se assustou no princípio, mas logo sentiu que a criatura não atacaria, pelo contrário. O lobo parecia saber que não deveria machucá-la e andou calmamente até ela. Julie, sentindo que não deveria ter medo, esticou a mão para tocar o lobo, mas quando estava a poucos centímetros do rosto do animal, tudo ficou escuro.

Julie acordou subitamente. Ela virou para o lado e viu sua irmã Emma no pé da sua cama, olhando assustada para ela e com os olhos esbugalhados.

- Julie, tá tudo bem?

- Sim, Emma... Eu... eu sonhei...

- Você sonhou? - a garotinha perguntou, impressionada, afinal, ela só tinha cinco anos.

- Foi só um sonho bobo. Volte para a sua cama e durma, está bem?

Emma não respondeu, mas obedeceu a irmã e voltou para a cama, enquanto Julie tentava guardar em sua memória tudo o que aconteceu no sonho, mas somente se lembrava de um lobo. Ela não entendeu nada do que sonhou, mas sabia que não havia sido só um sonho bobo como tentou se convencer, ainda mais quando teve o mesmo sonho na noite seguinte e na outra noite, e um mês depois, teve o mesmo sonho, novamente por três dias.

E assim foi por todos os meses daquele ano, e seria assim por toda a sua vida. Julie sempre teve os mesmos sonhos com o misterioso garoto, e nunca conseguiu ver seu rosto. A única diferença era que, com o passar dos anos, o garoto crescia, mas a sensação de que conheceria aquele garoto nunca a abandonou. Ela sentia que iria conhecê-lo.

Mas isso só se tornou realidade quando Julie completou dez anos.