Disclaimer: Harry Potter não me pertence e tudo que vocês reconhecem pertence a J.K. Rowling.

Nota: Esta é a terceira parte da série. Se não leu as duas primeiras partes, "The Darkness Within" e "A Part of Me", nada disso fará sentido. Então, por favor, leia essas antes. Obrigada.

Olá, pessoal. Aqui está o primeiro capítulo. Espero que gostem. Boa leitura!

Chapter One – The Golden Compass

(A Bússola Dourada)

Damien se arrastou para dentro da Mansão Potter atrás de Lily, cansado. Mãe e filho tinham as mãos cobertas de sujeira e o garoto até tinha um pouco no rosto. A ruiva largou as ferramentas trouxas cobertas de terra na pia antes de lavar as mãos, então, jogou-se em uma cadeira, com um sorriso satisfeito no rosto. Seus canteiros estavam perfeitos agora. Não importava a tarefa que fizesse usando magia, jardinagem era algo que adorava fazer à moda trouxa. Ela costumava ajudar a mãe e Petunia a plantar flores no jardim quando era jovem. Para ela, era como se jardinagem fosse para ser feita da maneira trouxa.

Damien lavou as mãos e sentou-se em frente à mãe. Lily sorriu com a mancha de terra em sua tesa. Ele devia ter afastado a franja dos olhos com as mãos cobertas de terra em algum momento. A bruxa pegou um pano de prato e se inclinou para limpar o rosto do garoto.

O garoto de quatorze anos corou um pouco quando a mãe limpou seu rosto e esfregou as próprias mãos sobre a testa, tentando garantir que estivesse completamente livre de terra.

"Já terminou de empacotar suas coisas?" perguntou Lily ao se levantar da mesa e começar a arrumar a cozinha.

"A maior parte," respondeu Damien, esticando as pernas. O menino estivera sentado sobre os joelhos por tanto tempo que começara a sentir cãibras.

Lily se virou para encará-lo com um olhar severo.

"Isso geralmente significa que não empacotou nada," repreendeu ela em voz baixa.

Damien sorriu para ela com um de seus sorrisos típicos.

"Não vou demorar muito, mãe. Vou fazer as malas a tempo, sério." Ele a tranquilizou.

"A tempo? Damy, partimos em dois dias!" disse Lily, seus olhos verde-esmeralda fixos no filho mais novo.

Damien apenas deu de ombros em resposta. A mãe suspirou e retomou as tarefas.

"Suba e comece, por favor, não voltarei para pegar itens esquecidos," alertou ela.

"Tudo bem. Se eu esquecer alguma coisa, Harry pode levar para mim," respondeu Damien preguiçosamente.

Lily parou e teve que se acalmar. Ainda a incomodava o fato de estarem deixando Harry para trás e indo para Hogwarts. Pela centésima vez, desejou que Harry tivesse aceitado a oferta feita por Dumbledore para que lesionasse na nova Aula de Duelos. Se assim fosse, ele estaria se preparando para partir junto com eles. Colocando seus sentimentos de lado, a ruiva prosseguiu com seu trabalho, agindo o mais normal possível.

"Isso é injusto. Não pode esperar que seu irmão corra para Hogwarts com suas coisas!" repreendeu ela.

"Por que não? Não é como se ele estivesse ocupado com qualquer outra coisa," respondeu Damien casualmente. Ele olhou para a mãe de repente. "Hum, onde está Harry? Eu não o vejo desde o café da manhã," disse ele, sentando na cadeira e olhando em volta da cozinha.

"Deve estar no quarto," respondeu Lily distraidamente, arrumando a bagunça.

Damien levantou-se e subiu as escadas. Estivera tão ocupado ajudando a mãe a concluir o trabalho no jardim que não notou a ausência do irmão. O menino acabara de bater na porta de Harry e entrara. Ele viu que o quarto estava vazio e saiu, pretendendo procurá-lo por toda a mansão, quando ouviu o som fraco, ainda que distinto, de alguém aparatando. Damien voltou ao quarto do irmão e abriu a porta, avistando-o diante de sua cama. Ele jogou alguns objetos desconhecidos sobre ela antes de olhar para Damien.

O garoto de quatorze anos encarou o outro interrogativamente. Ele usava a capa de sair e a estava retirando e jogando sobre o espaldar da cadeira. Damien entrou depressa e fechou a porta.

"Aonde você foi?" perguntou ele enquanto olhava os itens estranhos sobre a cama.

Harry não respondeu e sentou-se ao lado da pequena pilha. O mais novo caminhou até a cama e olhou para o 'tesouro' sobre ela.

A maioria parecia tratar-se de joias comuns, um pingente, dois anéis e uma pulseira. Cada um era feito de ouro maciço e tinha estranhas pedras coloridas. Damien viu uma pena de aparência estranha, ela era preta com uma mancha vermelha brilhante na ponta. Ao lado dela estava uma pequena caixa em forma de hexágono. Mas foi o objeto ao lado da caixinha que chamou sua atenção. Parecia ser uma bússola, mas muito estranha. Era feita de ouro maciço e sua superfície tinha uma cobertura de vidro púrpura. Mas em vez das marcas usuais nas bordas da bússola, havia runas. Várias delas, todas ao redor da superfície da bússola, que tinha ao menos cinco ponteiros diferentes.

Damien encarava o estranho dispositivo, imaginando o que Harry estava fazendo com todas aquelas coisas.

"De onde tirou tudo isso?" perguntou Damien, ainda olhando para a bússola.

"Não importa," respondeu Harry distraidamente. Ele segurava a caixinha hexagonal e estava muito ocupado olhando para ela.

Uma sensação de pânico se apoderou de Damien enquanto olhava para todos os itens estranhos à sua frente. De repente, soube onde Harry os encontrara.

"Você voltou à Mansão Riddle?" perguntou ele, observando o outro com atenção.

Harry finalmente ergueu os olhos e encarou o irmão.

"Por que todas essas perguntas?" indagou ele, uma nota de irritação em sua voz.

"Por que não apenas responde?" retrucou Damien.

Harry não disse nada e, pelos próximos minutos, apenas sustentou o olhar interrogativo do outro. Ele finalmente desistiu e, com um suspiro, respondeu.

"Sim, voltei."

Damien apontou para os itens diante dele.

"Então, tudo isso era dele?" perguntou.

Harry assentiu com a cabeça.

"Legal," disse Damien, seus olhos voltando à bússola estranha. "O que exatamente são todas essas coisas?" perguntou, gesticulando para elas.

"Só coisas que pertenciam a Voldemort. Não quero que fiquem na Mansão Riddle," respondeu o mais velho.

"Você quer dizer, para que ninguém as pegue?" indagou Damien.

"Sim, eu sei que o Ministério não está mais atrás da Mansão Riddle. Diggory pôs fim a isso, mas Rodolphus conseguiu entrar e pegar minha varinha. Não quero que mais ninguém entre na Mansão e pegue essas coisas," explicou Harry.

Damien assentiu em compreensão. Era óbvio que o rapaz só pegara as poucas coisas que significavam algo para ele e as trouxera. Ele tornou a olhar para a bússola.

"O que é isso Harry?" perguntou ele por fim, apontando para a bússola dourada.

Harry olhou para ela, mas não fez nenhum movimento para pegá-la.

"É uma bússola," disse ele com simplicidade.

"Sim, isso eu sei, quero dizer, o que ela faz?"

"O que qualquer outra bússola faz," respondeu Harry, sorrindo com a expressão irritada do irmão.

"É magia das trevas?" perguntou Damien.

Harry sorriu e se levantou.

"Nada é das trevas. Tem potencial para magia das trevas, como qualquer outro item neste mundo, mas os itens em si não são das trevas."

Damien sentiu-se estranhamente aliviado com isso. Ele fitou a bússola novamente. Harry se aproximou de sua mesa, a pena negra e a caixa em forma de hexágono em sua mão.

Damien aproveitou a oportunidade para pegar a bússola. Ele sentiu uma estranha sensação reconfortante tomar conta de si enquanto segurava o objeto surpreendentemente leve em sua mão. O menino olhou para os cinco ponteiros, todos apontando para o que seria a posição norte, e examinou as marcas estranhas, runas, decorando o anel externo da bússola. Olhando atentamente, ele percebeu que ela tinha dois anéis que podiam ser movidos de forma independente.

Damien nem percebeu o que estava fazendo quando começou a mover o anel externo no sentido horário. Ele clicou cinco vezes. O menino viu algo brilhar na superfície da bússola, mas o que quer que fosse, desapareceu no instante seguinte. Por curiosidade, Damien moveu o círculo interno, desta vez três vezes no sentido anti-horário. Mais uma vez, o vidro roxo piscou como um raio. O garoto estava hipnotizado pelo objeto e só percebeu o que tinha feito quando uma voz aguda o puxou para seus sentidos.

"Damien! O que você está fazendo!?"

O mais novo ergueu os olhos, ainda segurando a bússola brilhante. Harry estava diante dele, seu rosto contorcido de raiva. Ele olhou para a bússola e viu que os cinco ponteiros giravam loucamente, apontando em todas as direções.

Uma onda de pânico tomou conta de Damien quando viu o vidro roxo brilhar e mudar de cor. Um brilho dourado percorreu a bússola e ele tentou soltar, mas seus dedos não a largavam.

"Harry! Eu não consigo soltar!" gritou ele de susto.

Harry pulou em sua direção e agarrou a bússola. De imediato, os dedos do garoto foram libertados dela. Mas antes que Damien pudesse soltar, sentiu a sala girar. Ele apertou a bússola por reflexo e a outra mão agarrou a de Harry.

A bússola emitiu um raio dourado que os atingiu e os envolveu em uma bola de luz dourada. Antes que qualquer um dos meninos pudesse pronunciar uma única palavra, desapareceram junto com o objeto.

xxx

As casas da Rua dos Alfeneiros eram todas idênticas. O calor do verão forçou todos os residentes a abrirem suas janelas, tentando incitar a brisa inexistente. Mesmo à noite, as janelas foram deixadas abertas. As luzes da rua piscaram, deixando-a na escuridão sombria aos poucos. As luzes de todas as casas foram apagadas, indicando que a maioria dos moradores estava dormindo. Todos menos um.

Harry estava deitado sem jeito em sua cama, olhando para o nada. Ele observou como toda vez que voltava de Hogwarts, sua cama na Rua dos Alfeneiros parecia cada vez mais desconfortável. Imaginou que fosse porque estava se acostumando à cama macia, confortável e quente em seu dormitório da Grifinória.

Ele encarou as paredes vazias de seu quarto e tentou futilmente não pensar no pesadelo que o acordara. Não era tão incomum, convenceu-se. Passara por uma provação terrível. Ver alguém ser assassinado a sangue frio diante de seus olhos e depois ser forçado a um ritual que trouxe de volta o monstro chamado Lorde Voldemort era suficiente para causar pesadelos em adultos, e Harry tinha acabado de completar quinze anos.

Com um suspiro cansado, ele se virou de lado e tentou adormecer. Mas sabia que naquela noite não voltaria a dormir. Tinha sido a mesma coisa toda noite. Ele acordava depois de reviver os horríveis eventos da Terceira Tarefa. O corpo de Cedric caindo no chão, seus os olhos abertos, vazios e sem vida.

Às vezes, em seus pesadelos, podia sentir as cordas que o prenderam à lápide, o pano que havia sido forçado em sua boca, a terrível lâmina afundar em seu braço e derramar seu sangue. Seu coração batia louca e dolorosamente no peito ao ver a figura se erguer do caldeirão, ver seu corpo esquelético envolto em vestes negras, seus longos dedos pálidos segurando a varinha e seu rosto, como uma serpente de olhos vermelhos cor de sangue, encarando-o, perfurando-o com um ódio tão feroz que parecia que rasgaria sua alma com o olhar.

Harry sentou na cama, as mãos tremendo e a testa suada. Tinha que parar de fazer isso, tinha que parar de reviver o ressurgimento de Voldemort. Ficaria louco se continuasse com isso. Ele tentava distrair a mente, pensar em outra coisa. Seus olhos percorreram o quarto vazio e ele viu o livro grosso encadernado em couro ao pé da cama. O garoto o pegou e o examinou. Estivera olhando para ele antes de adormecer.

Ele abriu o álbum de fotos e olhou para as imagens em movimento de seus pais. Seus olhos estavam fixos nas duas pessoas sorridentes. Seu coração se contraiu dolorosamente. Ele os vira, bem, não realmente eles, mais como o eco que fora forçado pela varinha de Voldemort durante o Priori Incantateum.

Harry observou as imagens em movimento e tentou não ficar chateado. Ele sempre pensou que se, de alguma forma, tivesse a chance de ver os pais novamente, a chance de falar com eles, diria muitas coisas. Todas as coisas que guardara dentro de si desde suas mortes seriam colocadas para fora. Mas quando isso aconteceu, quando viu as duas formas de pé ao seu lado, não conseguiu dizer nada. A situação foi tal que ele não tivera tempo nem estado de espírito para lhes dizer alguma coisa. Estava duelando com Lorde Voldemort e estava à beira da morte. Não conseguira dizer nada aos pais, nem uma única palavra.

Harry fechou o álbum e o colocou na mesa de cabeceira. Voldemort tinha lhe tirado tudo. Ele matara seus pais e foi a razão de ele ter uma infância tão infeliz. Pensara que ir a Hogwarts fosse a melhor coisa que lhe acontecera, mas agora que ele estava de volta, o que isso significava para a escola bruxa? O que isso significaria para o mundo bruxo?

O jovem estivera ouvindo as notícias e lendo o jornal trouxa depois que seu tio terminava, ele também mantivera a assinatura do Profeta Diário na esperança de saber o que Voldemort estava fazendo. Até então, nada acontecera. O ministro ainda alegava que estava tudo bem e que 'Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado' não estava de volta. Isso fazia as entranhas de Harry queimar de raiva. Quão estúpido Fudge podia ser?

O garoto foi arrancado repentinamente de suas reflexões por um barulho alto. Parecia algo caindo lá embaixo. Ele mergulhou para pegar a varinha, que estava escondida embaixo do travesseiro. O resto de suas coisas eram mantidas no armário embaixo da escada, mas pegara sua varinha. Agora que Voldemort estava de volta, não correria o risco.

Com o coração batendo forte, ele aguçou os ouvidos para captar qualquer som. Ficou surpreso que o barulho não tivesse acordado os Dursley. Por outro lado, com dois deles roncando tão alto como de costume, não era de se surpreender. Harry ouviu um leve murmúrio e seu coração pulou no peito. Havia alguém na casa. Na verdade, pelo que parecia, havia mais de uma pessoa no andar de baixo. Ele não tinha dúvida de que eram Comensais da Morte. Era natural supor isso. Voldemort estava de volta e a primeira coisa que ele gostaria de fazer era: matar Harry.

O garoto se levantou e caminhou firmemente até a porta, abriu-a o mais silenciosamente que pôde e saiu. Ele considerou suas opções. Podia fugir ou ficar e lutar. Podia sair correndo pela porta da frente, pegar o Nôitibus Andante e seguir para a casa de Ron. Não sabia como combater Comensais da Morte. Seu duelo com Voldemort foi nada menos que sorte de sua parte. Sua pele formigou de medo. E se Voldemort estivesse lá embaixo? Talvez tivesse vindo para terminar o duelo que tiveram há quatro semanas. Harry se convencera que o bruxo não podia estar ali. Sua cicatriz não doía o suficiente para justificar a presença dele.

O jovem estava no topo da escada. Não podia correr. Ele fugiria de Voldemort. E os Dursley? Sabia que nunca se importaram com ele, mas não podia deixá-los no meio dos Comensais da Morte e possivelmente de Voldemort. Eles seriam mortos.

Reunindo toda sua coragem, Harry desceu os degraus, tomando o cuidado de evitar os que rangiam, e mantendo a varinha à sua frente e a mente repassando todos os feitiços de defesa que aprendera até então. A voz estridente de Hermione enchia sua cabeça com as vezes em que lhe ajudou nos estudos. Ele balançou a cabeça para clareá-la e caminhou silenciosamente pela casa escura. Podia ouvir o murmúrio claramente agora e ficou surpreso com o som. Não pareciam Comensais da Morte, as vozes eram muito mais jovens. O garoto se aproximou da cozinha, pois era dali que vinha o som.

"...eu não sabia que iria nos transportar! Você disse que não era das trevas!" dizia uma voz.

"Por que tocou nela, em primeiro lugar?! O que estava fazendo brincando com isso!?" perguntou uma segunda voz, irritada.

Harry sentiu os pelos do pescoço se arrepiarem. Essa voz era muito mais velha, mas ainda não era de um adulto. Havia algo nela que o fazia se sentir estranho. Era muito familiar. Tão familiar que era absolutamente assustador.

"Bem, me desculpe! Você não disse para não tocar em nada!" disse a primeira voz, a mais jovem. Harry podia imaginar um beicinho com a declaração.

"Honestamente, Damy! Ainda precisava ser dito?" perguntou a segunda voz.

"Onde estamos, afinal?" perguntou a primeira voz.

Harry estava confuso. Aqueles visitantes noturnos não sabiam onde estavam? E eles não mencionaram algo sobre uma chave do portal? Harry se espremeu na porta o máximo que ousou, na tentativa de ouvi-los melhor.

"Eu não sei," respondeu a segunda voz calmamente.

"Eca, olha como está limpo!" disse a primeira voz.

Harry quase riu disso. Tia Petunia se empolgava com a limpeza.

"Damy, cale-se."

"Não, sério, se eu não soubesse, diria que estamos na cozinha de tia Petunia," disse a primeira voz.

Harry congelou, seu coração batendo dolorosamente rápido. Tia Petunia? Como eles a conheciam? E por que esses estranhos a chamaram de tia Petunia?!

"Damy, fique quieto." Veio a voz do mais velho.

"Hum, acho que podemos estar na casa de tia Petunia," disse a primeira voz com uma pitada de medo.

"Damien, cale a boca!" sibilou o outro.

"Por quê?" perguntou Damien, muito mais baixo.

"Tem alguém aqui."

Esse foi todo o aviso que Harry recebeu antes de ser atingido no rosto com a porta sendo violentamente aberta. Ele foi jogado no chão pelo impacto. Seu rosto ardeu de dor quando a porta bateu em seu nariz, e seus olhos lacrimejavam. Ele ainda apertava com vigor a varinha e a apontou para o agressor em questão de segundos. Ainda estava esparramado no chão, mas isso não importava. O importante era desarmar o adversário.

"Expelli-"

O feitiço de desarmamento morreu sem sua garganta quando viu para quem apontava a varinha. Olhos verde-esmeralda idênticos se encaravam. Harry piscou os olhos embaçados para ver... ele mesmo diante de si. Só que não era completamente idêntico. Primeiro, ele tinha mais de quinze anos. Ele não usava óculos e seu físico era muito diferente do dele. Parecia uma versão mais velha, alta e saudável dele mesmo.

Harry ainda estava sentado no chão, olhando com um misto de horror e curiosidade. Por trás do Harry mais velho, um menino olhava para ele. Ele tinha cabelos escuros e olhos avelã. Sua boca abriu em surpresa ao ver Harry. Seus olhos foram de um Harry para o outro.

"Que diabos!?" disse ele em choque.

Os dois Harrys não podiam deixar de concordar com a expressão.