A marcha que fizera até a cama foi lenta, tão lenta quanto seus pensamentos. A cicatrização de seu corpo não era como antes, lamentou dolorido.

O corpo trôpego se rendeu aos lençóis, lançou um olhar a criança que ressonava na cama próxima, bufou aborrecido. Novamente se encontrava naquela situação que praticamente nada lhe restava, seu mentor mais querido também havia lhe abandonado.

A vida sempre insistia em tomar quem lhe era querido, pensou. Cedendo ao peso do cansaço seus olhos finalmente fechavam, olhou para a criança novamente, desejou que dessa vez, apenas dessa vez, não passasse por isso de novo.