Ainda não superei a morte da Lexa e dificilmente superarei /3 Enquanto isso só nos resta ter sua presença nas fics.

Essa história é incrível e RhinnoMouse autorizou a tradução. Aqui a Clarke é uma guerreira a ser temida. Me digam o que acham depois.

Os deuses, se eles existirem, devem estar rindo de Clarke e seu povo. Ela apertou a pegada nas rédeas em suas mãos, ignorando o frio e o barulho que o couro fazia. Se alguém tivesse dito para ela, dois anos atrás, quando ela era jovem e compassiva e tinha dezessete anos sentada na prisão pelo crime de acreditar nas pessoas, que algum dia ela comandaria o exército de uma mulher que tinha ordenado a morte e tortura de quase todos os amigos dela, ela teria rido na sua face. Mas aqui estava ela, usando as marcas e tatuagens do povo selvagem, enrolada em peles brancas e pintada em tinta branca, armas presas em seu corpo e guerreiros preparados para morrer em suas ordens.

Repetindo um hábito ela se encontrou olhando a cabeleira loira de Charlotte cavalgando ao seu lado. Noites frias e longas passadas junto da criança que estava a beira da morte a tinha deixado com necessidade constante de saber a localização de Charlotte. De um exército de quatrocentos que ela estava guiando para o sul apenas cinco eram parte do grupo original que tinha caído na nave. Charlotte, Octavia, Atom, Raven e Monty. Bellamy tomaria conta dos outros mas a rainha nunca autorizaria mais do que a metade do grupo no mesmo lugar ao mesmo tempo a menos que fosse na sua masmorra. Parecia que tinha sido tanto tempo atrás que 101 prisioneiros caídos na terra sentiram as primeiras lufadas de ar fresco. Agora tinha 12 deles sobrando e todos estavam com as cicatrizes devido a sangue e morte.

Seu cavalo bufou, balançando a cabeça levemente e a tirando de seus pensamentos ruins. Se arrumando ela observou as tropas que estava liderando. Todos era guerreiros experientes em batalha mas eles eram os guerreiros dela e a presença deles acalmava Clarke. Monty estava sorrindo enquanto conversava com os guerreiros ao redor dele. Raven estava semi-apagada em seu cavalo e parecia que mal conseguia se manter erguida. Charlotte estava desperta e curiosa, os olhos afiados procurando por ameaças. Atom cavalgava calmamente ao seu lado, um pilar silencioso. Octavia estava discutindo com outro guerreiro. Tudo estava bem com seu povo. O exército estava bem equipado e fazia um bom tempo. Batendo seus pés contra os lados de seu cavalo ela acelerou até alcançar o topo da colina. Mais uma milha e eles se juntariam ao maior exército já unido desde antes da guerra, tudo sob o comando da Heda Lexa.

É bonito não é? - Octavia disse ao seu lado, assustando um pouco Clarke.

E mortal, mantenha sua guarda erguida. Não quero nenhum de vocês saindo sozinho enquanto estivermos no território Trikru. - Clarke olhou seriamente para Octavia, a que tinha a maior probabilidade de sair vagueando.

Sim senhora, general, senhora. Como devemos te chamar agora? Eu vou poder te chamar de Princesa de novo? - Octavia disse, sorrindo para Clarke.

Revirando os olhos, Clarke suspirou. — Você sabe as regras. Escolha uma dúzia de soldados e cavalgue a frente. Consiga uma audiência com Heda e volte com onde ela quer que montemos nosso acampamento.

Octavia assentiu, reconhecendo que sua amiga tinha virado sua oficial comandante novamente. Ela virou seu cavalo e rapidamente uniu os guerreiros requeridos antes de cavalgar a trilha de terra batida.

...

Lexa não estava brincando com sua adaga, que seria infantil e não correta para um comandante. De acordo com seus batedores o contingente do exército da Nação de Gelo estava chegando hoje e assim como qualquer outra vez que ela ouvia alguma coisa em relação a eles a raiva e suspeita começava a revirar seus estômago. Anya finalmente chegou com uma face ainda mais sombria do que o normal. Isso não era um bom sinal. — Fale Anya, o que os batedores reportaram?

Anya não estremeceu, mas sua postura não era nada confortável. Ela estava obviamente no limite como a maioria dos guerreiros Trikru. — Um pequeno contingente das forças da Nação do Gelo está se aproximando. Eles carregam o símbolo da 'General Klark kom Azgeda, a Invicta' e recentemente confirmada como herdeira da Rainha de Gelo.

Todo guarda e general em sua tenda enrijeceram com aquela declaraçã um deles tinha ouvido falar de Klark kom Azgeda, a guerreira que tinha ascendido na hierarquia de Azgeda incrivelmente rápido. Ela ainda era falada com medo entre os nômades desde o seu tempo lutando ao longo da fronteira sudoeste contra suas forças e os ataques mal escondidos das tribos de areia. Lexa também tinha ouvido histórias de Klark, a caçadora de paunas, que tinha matado mais paunas do que qualquer outra pessoa combinada poderia reivindicar. Que Klark também tinha liderado tantas batalhas e escaramuças como capitã, e agora general, e nunca perdido era suficiente para deixar Lexa muito cautelosa com a general. No entanto, o fato de Klark ter desafiado Roan para combate único e ganhado foi o que finalmente tinha levado Lexa a rotulá-la como uma ameaça credível. Afinal que todas as lendas podem ser criadas e exageradas, mas Lexa tinha lutado com Roan quando ela ainda era uma segunda e sabia em primeira mão de sua proeza em batalha.

Diante disso, muito da lenda de Klark poderia ser descartado como uma tática de intimidação da Nação do Gelo. Afinal, quase nada se sabia da mulher. Ela parecia ter surgido do nada. De repente aparecendo com suas vitórias militares e sua cura estranha que lhe permitia dar a vida de volta a soldados caídos. Antes do tempo de Klark na fronteira, não havia um sussurro de algum segundo com seu potencial. Seus melhores espiões nem sequer podiam dizer a ela de que aldeia a mulher veio. Que Klark estava cercado com tal mistério e agora por julgamento por combate era a herdeira indiscutível da Rainha do Gelo era preocupante. Ainda assim, não tinha uso algum contemplar isso. A aldeia de Indra era a mais próxima da fronteira dos soldados reunidos e ela era a mais provável de ter alguma orientação pertinente. — Me diga, o que você acha que significa Nia enviar sua herdeira para cá Indra?

Nia faz ameaças. - disse Indra.

Gustos travou seu maxilar. — Você deve ter cuidado Heda. Eles podem pretender atacar enquanto você estiver fora de Polis.

Ela se virou para Anya. — Anya o que você acha?

Pode ser muitas coisas, mas o perigo pode não ser para você.

Explique. - Lexa pensou que sabia onde Anya estava indo mas queria ter certeza.

Nia disse muitas vezes que atacar a montanha era loucura. E agora envia sua general e herdeira que é cada vez mais amada pelo povo de sua nação a uma guerra que ela acredita que não pode ser vencida. Este pode ser um estratagema para se vingar da morte de seu filho.

Lexa suspirou, ninguém ia gostar do que seria necessário. — Seja qual for o raciocínio de Nia, nós trataremos Klark como a general de uma força aliada. Anya, eu quero que você fique atenta às forças de Azgeda, mas com cuidado. Ninguém pode insultar nossos aliados. Entendido?

A sala ecoou com o consentimento relutante de seu povo. Foi só sorte que o grupo avançado de Azgeda chegou antes que um de seus conselheiros pudesse tentar dissuadi-la de seu curso de ação. Trikru e Azkru estavam em guerra há gerações. A paz atual entre eles era incrivelmente delicada. Reunir seus exércitos seria sempre um risco.

Ouvindo os sons de suas tropas do lado de fora se movendo, ela não ficou surpresa ao ver as abas de sua tenda se abrirem e três guerreiros de Azgeda entrarem. A guerreira de ranking claramente maior deu um passo à frente e fazendo a reverência mínima exigida. — Heda.

Guerreira de Azgeda, porque você vem até a mim e não sua general? - Lexa se moveu descuidadamente no trono. Foi um gesto calculado destinado a mostrar que a Nação Ice não podia frustrar-la, e não um desleixado de conforto real ou relaxamento.

A guerreira se ajeitou rapidamente e a observou cuidadosamente, a pintura branca e as marcas de sua nação marcadas em seu rosto. Seu cabelo escuro estava trançado para trás e uma única espada estava presa em suas costas junto com diversas facas que cobriam seu corpo. Ela era jovem, mas Lexa não ignorou por nenhum segundo que ela não era perigosa. — Eu sou Octavia kom Azkru e minha general Clarke kom Azkry me enviou na frente de nossa chegada para requerer a localização de onde nosso exército erguerá nossas tendas. - o tom da garota era tenso e ressentido.

Lexa deixou a guerreira ficar parada por um momento antes de responder. — Bem vinda Octavia, informe sua general que suas tropas devem fixar acampamento entre as forças Trikru e Flondkru. Anya te guiará até lá. - ela gesticulou para Anya enquanto falava, observando a irritação no olhar da garota ao perceber que uma guerreira Trikru seria enviada com ela. Bom, melhor manter a Nação do Gelo desestabilizada o maior tempo possível.

Octavia fez uma reverência rígida e saiu com Anya logo atrás. Gustos falou assim que as abas da tenda se abaixaram. — Isso é sábio Heda? Você vai ter a Nação do Gelo bem no meio do nosso exército.

Ela franziu o rosto. — Eu os teria cercado por aqueles que confio até saber o porquê Klark é a general que Nia mandou e se podemos confiar em suas forças. - se erguendo ela saiu e fez seu caminho através das tropas para assegurar que tudo estava organizado. E também a manteve ocupada e não ficando obcecada com a Nação do Gelo, era só um benefício extra.

...

Octavia estava com raiva por estar voltando para Clarke com uma espiã Trikru. Eles já tinham que lidar com os informantes de Nia e não precisavam lidar com mais nenhum filho da puta de investigador. Rangendo os dentes, ela bateu os pés em seu cavalo, acelerando conforme se aproximava do exército.

...

Anya enfrentou as forças de Azgeda muitas vezes na vida, mas ela nunca tinha visto um exército tão grande quanto o de Azgeda tão ordenado e organizado como esse que ela cavalgava para encontrar ao lado da jovem guerreira da Nação do Gelo, Octavia. Era claro que os soldados a reconheceram como Trikru no mesmo instante. Os olhares entregaram sua animosidade a distância, bem como a ligeira mudança em seus posicionamentos

Uma jovem guerreira cavalgou para perto, ela deveria ter a mesma idade da outra ao seu lado. Essa guerreira tinha um cabelo loiro trançado para fora de seu rosto com um pedaço de pano azul envolvido no meio. Sua roupa tinha uma coloração leve de couro e pele com pelugem branca. Estava decorada e fortalecida com pedaços de osso. As presilhas pareciam ser feitas de dentes. Tecido azul e preto estava costurado em seu casaco de pelo branco e em suas calças de pele clara. Ela não tinha uma espada presa em seu corpo mas ao invés possuía diversas facas de diferentes tamanhos e um arco preso em suas costas. Embora as luvas que ela usasse também parecessem uma arma já que estavam decorados com osso e metal. Sua dragona parecia ser feita com o que devia ser um crânio de lobo com a estampa preta de Azgeda nele. Ele identificou quem era, mesmo que a quantidade absurda de restos de pauna que foram usados em sua roupa já não entregasse. Era seu rosto que tirava qualquer dúvida de que Anya estava olhando para Klark kom Azkru. Os olhos azuis da loira eram duros e seu rosto vazio de emoções, diversas cicatrizes apareciam em sua pálida face que só tinha uma pintura de guerra azul ao redor dos olhos.

Reporte Octavia. - sua voz era firme e decidida. Anya se viu se ajeitando na sela, essa garota podia ser jovem mas assim como a comandante não devia ser subestimada.

A guerreira ao lado dela fez uma careta. — Heda mandou Anya kom Trikru para nos guiar para o local do nosso acampamento. É entre o acampamento Trikru e o Floundkru. - o desgosto claro na voz da garota e o desrespeito por Lexa deixou Anya no limite. Isso poderia ir muito mal.

Surpreendentemente foi a general ao lado dela que lidou com o desrespeito da garota. A general ergueu sua voz para que os guerreiros ao redor pudessem ouvir. — Parece que Heda confia em nós para proteger sua lateral, vamos mostrar para ela porque nunca perdemos o que protegemos. - ela se virou para Anya. — Anya, você pretende nos guiar para nosso acampamento?

Sim. - ela manteve o olhar da general, se sentindo ser analisada.

Inclinando a cabeça ligeiramente em reconhecimento a menina falou novamente: — Bom, Atom leve as forças que você precisa para ir com Anya kom Trikru e marque o um padrão de exploração com defesas em todos os lados. - ela pareceu parar para pensar por um momento antes de adicionar. — E leve Brady com você.

Um guerreiro, também jovem cavalgou, para a frente chamando aqueles sob seu comando para segui-lo. Ele a ignorou, apenas indo para frente com seus homens. Anya se viu segurando um rosnado conforme esporeou os lados de seu cavalo com seu pé enquanto o fazia seguir o guerreiro.

Assim que o sol estava se pondo ela voltou para a tenda de Lexa. Passando pelos guardas ela viu Lexa debruçada sobre o mapa. — Heda. - ela caminhou para o lado de sua antiga segunda.

Lexa se ajeitou, dando sua atenção para Anya. — O que pode me dizer?

Anya falava lenta e deliberadamente. — Eu acompanhei Octavia para as forças da Nação do Gelo como fui instruída. General Klark me enviou com um pequeno contingente de suas forças para marcar as extremidades de seu acampamento. Ela é jovem, ainda mais jovem do que nossos relatórios tinham marcado. Ela se expressa bem e explicou seu posicionamento como você confiando neles para proteger sua lateral. Suas forças foram hostis mas não fizeram nada mais do que encarar ou fazer gestos rudes para os Trikru que encontraram. O campo deles é organizado defensivamente com rondas de guardas. - Anya parou, considerando como falar de suas outras conclusões, embora eles eram apenas conjecturas nesse ponto.

O que mais? - Anya ergueu o rosto chocado ao olhar para Lexa. — Eu te conheço Anya, do que você suspeita?

Nunca vi nenhuma tropa da Nação do Gelo se comportar de tal maneira antes. Eles estavam ordenados e são eficientes. Claramente organizados em unidades menores que são capazes e treinados para agir independentemente. Não é natural. E Klark não é o que eu esperava. Não somente ela fala bem mas seus soldados escutam e respeitam suas palavras. Eles não a seguem por meno. Se sua vestimenta é qualquer indicação as histórias dos paunas que ela matou não são exageradas. Tem pelo menos dois times de caçadores de pauna assim como vários assassinos, se eu não estiver enganada. Ela é perigosa Lexa e eu não sei o que ela pretende.

...

Clarke esfregou seu cavalo cuidadosamente tirando qualquer sujeira ou grão que tivesse ficado preso em seu pelo. Ele estava aquecido e bebendo água do cocho que tinha acabado de ser colocado para os cavalos. Os sons do estábulo provisório sendo erguido e de outros guerreiros escovando seus cavalos, de tendas sendo erguidas e de fogueiras sendo acesas preenchia o ar. Jake, seu cavalo, tirou sua cabeça de dentro do cocho e balançou para que ele pudesse acariciá-la. Sorrindo suavemente ela coçou seu nariz antes de apoiar sua testa contra a dele.

Clarke, o Gunter quer te ver. - Charlotte caminhou até ela, Brady, seu ríspido segundo estava logo atrás dela.

Se virando Clarke esticou o braço e bagunçou o cabelo de Charlotte. — Leva Jake para o estábulo enquanto eu vou lidar com ele. - ela deu as rédeas para a garota antes de sair. Ela não precisava de uma resposta afirmativa, sabia que Charlotte cuidaria de seu cavalo. — Brady, ajude a montar a tenda médica, Cassite vai te manter ocupado depois.

Pode deixar chefa. - ele resmungou antes de ir até onde a tenda médica seria erguida em breve.

Enquanto Clarke caminhava pelo acampamento, seus guerreiros acenavam e olhavam para ela com respeito ao se mover para fora de seu caminho. Ela olhava o acampamento criticamente, assegurando que estava tudo indo como a máquina bem cuidada que ela tinha ensinado eles a ser. Tudo parecia estar em ordem, mantendo seu rosto estoico ela controlou uma risada ao ver um dos segundos lidando com um cavalo que não queria muito cooperar. A garota parecia que tinha sido arrastada por vários arbustos e pela lama antes de conseguir agarrar as rédeas. Ela fez uma nota mental de falar com o mentor da garota sobre seu treinamento de equitação. Embora divertido tal coisa poderia fazer mal no campo de batalha.

Conforme se aproximava do exterior do acampamento ela viu Gunter parado, alto e imponente com seu cabelo cinza amarrado, bem barbeado e com a face cheia de cicatrizes, sério e firme como sempre. Ele estava claramente observando a construção de uma tocaia na árvore para um posto de guarda. Seus ombros estavam para trás, suas mãos atrás de suas costas.

Gunter, me chamou? - ela parou ao lado dele enquanto olhava as tocaias ficarem prontas.

Cuidado com esse martelo! - ele gritou para um segundo que parecia prestes a acertar alguém. Se virando para ela, falou: — General, as defesas básicas do exterior estão quase prontas. Devo perguntar, é sábio usar somente as defesas básicas?

Clarke suspirou, ela não gostava do Trikru tanto quanto a pessoa ao lado mas política fazia com que certos comportamentos fossem inevitáveis. — Colocar tantas defesas seria um insulto aos Trikru e eles responderiam aumentando a deles até que Heda nos mandasse desmontar. Tal posicionamento não ajuda ninguém. Tudo o que podemos fazer é ter certeza que os guardas estejam descansados e que todos estejam preparados para ir em um momento.

Claro que a Comandante perdoaria defesas melhoradas com a montanha perto. - ele resmungou.

A comandante. - ela zombou — Não amaria nada mais do que nos eliminar completamente e eu não pretendo dar razões para ela fazer isso. Falando dela, quando me apresentar para ela depois de ter as defesas quero que me acompanhe.

Eu ficaria honrado. Quem tomará conta do acampamento na nossa ausência?

Clarke sorriu observando os segundos que estavam construindo saliência nos troncos das árvores depois de colocar os últimos pregos. — Xander será capaz de ajudar a resolver tudo corretamente. Ele tem futuro no comando.

Gunter assentiu pensativo. — Verdade, em quanto tempo vamos sair para nos encontrar com a comandante?

Tenha as defesas prontas até o final da próxima hora, então venha me buscar. - ela respondeu. Clarke apertou seu ombro em reconhecimento. Ela se virou e começou a andar até o centro do acampamento. Sua tenda já estava erguida e ela começou a desempacotar as coisas e a prepará-la. Ser capaz de usar uma tenda de comando geral era uma coisa nova. Poder usar coisas que não precisavam ser carregadas no lombo de seu cavalo era estranho, mas de algumas maneiras bem vindo. A cama de verdade era um luxo que ela não usava a anos, não desde da Arca.

...

Quatro anos atrás

Eles nos deixaram na montanha errada. - Clarke franziu o cenho ao olhar para o mapa. Ela nem tinha certeza de onde ficava a montanha certa. Os outros estavam aproveitando a terra mas ela sabia que a neve ia tirar a energia deles rapidamente. Sem os suprimentos da montanha eles não tinham nada para criar calor ou comida para comer. Nenhum dos outros pareciam ligar, ainda presos na beleza da terra. Ela se deixou por um instante observar maravilhada a beleza reluzente do branco ao redor deles.

Vamos lá Princesa, aproveite o momento. Tipo, é neve! Neve de verdade! - a face de Bellamy estava tão brilhante quando o montante branco ao redor deles.

Ela não teve tempo para dar uma bronca nele ou falar o que eles deveriam estar fazendo, antes disso uma bola de neve a atingiu no lado da cabeça. Ela levou a mão para tirar os pedaços de neve do seu cabelo antes de virar e ver uma garota loira sorrindo para ela a alguns metros de distância.

...

Dias atuais

Clarke colocou sua ombreira formal, coberta de pelugem branca. Era feito de um largo lobo como pauna, o primeiro pauna que ela tinha matado. Sua cabeça servia de dragona, a identificando como General. Passando a tinta branca da Nação do Gelo contra seu rosto ela se inclinou contra a mesa por um instante. As vezes ainda doía ter que usar as cores da rainha que tinha tirado tanto dela e de seu povo mas era um mal necessário. Se arrumando ela saiu de sua tenda e se uniu a Gunter no lado de fora. Os dois começaram a trilha para a tenda da comandante. Já estava escuro do lado de fora mas seu acampamento estava quase pronto e isso a deixava respirar mais calma. Ela não tinha um lar fixo, seu lar eram acampamentos que se moviam com frequência ou então o tenso e apertado quarto na casa da rainha. Na realidade, isto era quase relaxado para ela hoje em dia ela pensou enquanto caminhava pelo acampamento Trikru.

Os Trikru os observavam com suspeita enquanto caminhavam e ela tinha certeza que tinham Trikru que ela não conseguia ver nas árvores. Era por isso que ela tinha ficado contente que Gunter tinha colocado as sentinelas o mais alto possível. Afinal, era difícil navegar pelas árvores se já tinha alguém nelas.

A tenda de Heda estava acesa e tinham vários guardas parado ao redor. Clarke controlou um sorriso de desdém. A grande Heda, sendo protegida como uma fraca que não poderia se defender. Não era justo mas ela não ligava a mínima. Ela tinha passado o ultimo ano lutando contra os nômades que invadiam o território da Nação do Gelo. Eles estavam sendo armados e obviamente recebendo o apoio das Tribos de Areia, que nunca ousariam fazer nada se a grande Heda não tivesse se fingido de cega. Ela detestava líderes que deixam outros fazer seu trabalho sujo. A lembrava desconfortavelmente das falhas de sua antiga casa no céu. Líderes que deixam preconceitos idiotas custarem a vida de centenas de pessoas simples que eram forçadas a lutar por causa das manobras insignificantes não são bons líderes, nem preocupados com seu povo. Se a comandante não tratava a Nação do Gelo como seu povo, porque eles a deveriam tratar como sua comandante? Tudo o que ela sabia era que a montanha estava no território Trikru e portanto era problema dos Trikru.

Não era verdade e ela sabia. Afinal, sua mentora, Echo tinha sido morta ou pela montanha ou pelos Trikru. Ela não tinha certeza se queria ser culpada da morte de sua mentora. Ela cerrou os punhos ao lembrar de Echo, com um corpo forte mas mente fraca, deixando Nia controlar todos seus pensamentos. A perfeita lacaia. Ela jurou ser melhor com seu segundo, Brady. Flexionando suas mãos, ela tentou se controlar. A longa marcha a tinha feito ficar mais introspectiva do que o normal e ser emocional na frente da Heda só poderia levar ela e as pessoas com o qual ela se preocupava a morte.

Ela parou quando avistou dois guardas na entrada da tenda impedindo seu caminho. Arqueando uma sobrancelha desafiadora ela os encarou. Ela não diria nada. A comandante deveria ter sido informada da sua chegada assim que entrou no acampamento Trikru. Estava silencioso entre ela e os guardas, que se moviam nervosamente sob seu olhar. Ela podia sentir mais do que ver que Gunter estava parado atrás dela. Finalmente, a aba da tenda foi aberta por uma Anya irritada. Os guardas deram um passo para o lado, ela não se incomodou em dar um segundo olhar para eles. Caminhando para dentro ela chegou na frente do que só poderia ser chamado de trono.

Bufando em descrença, ela quase não conseguia acreditar que Heda tinha trazido seu trono. Sentada nele estava ela. Ela parecia exatamente como tinham a descrito. Olhos verdes penetrantes e pintura de guerra. A "destemida" Heda estava brincando com uma adaga enquanto a observava. Clarke rangeu os dentes levemente antes de fazer o papel que Nia a tinha enviado para atuar. Ela se ajoelhou e dobrou seu pescoço o mínimo possível.

Heda, eu trouxe o exército que você pediu. Nós estamos aqui a seu comando. - Clarke sabia que sua voz soava fria, mas ela era da Nação do Gelo, ela podia ser fria.

Heda levou a faca até seu colo e lhe lançou um olhar analisador. Ela parecia estar considerando que palavras diria. Entretanto, a general a sua esquerda, que se Clarke não estava enganada, chamada Indra falou: — Você ousa fazer a comandante esperar. Deveríamos cortar sua cabeça.

Clarke lutou contra sua raiva e continuou lugar sem falar nada. Não tinha nada a ganhar antagonizando ou interagindo com a outra sentiu Gunter respirar fundo para se controlar atrás dela. Ela esticou seu braço e segurou a panturrilha dele com um aperto forte. Indra só estava ladrando. Por todo esse barulho, ali ela não era uma ameaça.

Já chega Indra. - disse a Comandante. — Nós começaremos a planejar a destruição da montanha amanhã ao meio dia. Não nos deixe esperando.

Sha, Heda. - Clarke levantou-se da posição em que estava, de um joelho só no chão, para que ela ficasse de pé e encontrasse os olhos inteligentes que a observavam.

...

Quatro anos atrás

Charlotte foi acordada de seu sono irregular por gritos. Se sentando rapidamente em seu lugar na nave ela tremeu quando sentiu o frio. Saindo de dentro ela viu a área do acampamento que Griffin os tinha forçado a fazer, sendo destruído pelo que só podia ser monstros. Os outros membros dos 100 estavam sendo agarrados e agredidos até a submissão conforme fantasmas de homens cobertos de folhas brancas e mulheres com rostos com cicatrizes terríveis saíam das árvores e da neve. Ela tentou correr mas se viu sendo erguida no ar, um braço ao redor de sua cintura prendia seus braços ao lado do corpo. Ela soltou um grito de medo quando sentiu cheiro de sangue vindo da criatura que tinha braços que mais pareciam de aço. Suas pernas chutavam inutilmente enquanto ela tentava se soltar. A única resposta do atacante foi rir.