YOUR GRAFFITI*, MY HEART

*Graffiti: significa "marca ou inscrição feita em um muro", e é o nome dado às inscrições feitas em paredes desde o Império Romano. Trata-se de um movimento organizado nas artes plásticas, em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Com a revolução contracultural de maio de 1968, surgiram nos muros de Paris as primeiras manifestações.


Título Traduzido: Seu grafite, meu coração

Autora: She is Divine

Tradutora: Ju Martinhão

Shipper: Edward & Bella

Gênero: Romance / Humor

Censura: +18

Sinopse: A relutante socialite Isabella recebe um telefonema de despertar e descobre um outro lado da vida e de si mesma. Ela conhece Edward, que é cheio de charme e tatuagens. Ele é quem ela pensa que é? Colaboração entre DivineInspiration & shelikesthesound para o aniversário de Dinx.


Nota da Tradutora: Todos os personagens pertencem a Stephenie Meyer e a história pertence à She is Divine, a mim só pertence à tradução.

All characters belong to Stephenie Meyer and the story belongs to She is Divine, only the translation belongs to me.


Parte 1

Bella

Imagem Pública

Foi duro de repente perceber que o que eu tinha pensado que era perfeito durante 25 anos, não era realmente nada perfeito. Não ajudou que esta realização veio no meio da Barney's na Madison Avenue. A imperfeição era a minha vida, e tudo o que levou para a epifania aparecer foi um espelho da minha própria infância.

Eu estava procurando pelo vestido perfeito cor de lavanda para o jantar festivo dos meus pais na noite seguinte. Minha mãe tinha me dito que lavanda combinaria bem com o seu esquema de cores. O som de uma voz alta me fez olhar para cima e eu vi uma mulher falando com firmeza para uma adolescente. Desviei o olhar rapidamente, envergonhada em nome delas. Quem discutia em público? E na Barney's, de todos os lugares.

Eu não pude deixar de ouvir as palavras ditas, no entanto. A garota queria um vestido diferente do que a mulher - provavelmente sua mãe - queria que ela comprasse. Num piscar de olhos eu me lembrei. Isso era eu há dez anos. Minha mãe tinha me levado para comprar vestidos de escola, e eu tinha pedido por um par de jeans, a única coisa que eu conseguia me lembrar de alguma vez pedir. Minha mãe tinha ficado ultrajada, como se eu tivesse pedido uma tatuagem, ou uma motocicleta.

Eu tinha deixado isso então e comprado os vestidos que minha mãe queria que eu comprasse. Mas agora eu me perguntava. Teria sido tão ruim se ela tivesse me deixado ter um par de jeans? Deus sabia que, sendo a única filha de Charles e Renée Swan, CEO e abelha rainha na alta sociedade de Nova York, respectivamente, ofereceu-me uma vida muito confortável. Deu-me vantagens. Bens materiais. Amigos bem-educados. Nenhuma decisão difícil a fazer. Nenhuma decisão a fazer. Sem livre-arbítrio. Sem paixão...

A mulher e a garota saíram sem o vestido que a garota queria. Suspirei e continuei à procura de vestidos cor lavanda. Eles eram todos legais, e vários deles seriam perfeitos, mas meu coração não estava nisso. No final, eu simplesmente peguei um aleatório.

Eu ponderei minha pequena epifania pelo resto do dia, assim como no dia seguinte. Eu não sabia o que tinha sido tão significativo sobre a mãe e a filha discutindo sobre vestidos - ou minha antiga memória sobre o ilusório jeans. Mas o fato é que isso me fez questionar a mim mesma e as escolhas que eu não tinha feito na minha vida. Eu estava tão distraída que um dos meus professores me puxou de lado depois da aula e perguntou se eu estava bem.

Quando eu me vesti para o jantar, meus pensamentos estavam em tudo, exceto no que eu estava fazendo. Quando olhei para mim mesma no espelho depois, eu não estava usando lavanda como minha mãe tinha dito para usar. O vestido que eu tinha colocado era roxo escuro, e eu não sabia onde eu o tinha conseguido. Minha mãe preferia que eu usasse cores pastel.

Olhei para o meu reflexo de novo e sorri. Não era um par de jeans, mas serviria. Ao usá-lo, eu estaria fazendo algo que eu nunca tinha feito antes – decepcionando minha mãe. Mas, mudando para o vestido lavanda, eu estaria fazendo algo que eu tinha feito toda a minha vida – decepcionando a mim mesma. Foi surpreendente perceber que eu era um fantoche no pequeno show dos meus pais, oferecendo matinês no clube de campo, em eventos de caridade e em um milhão de jantares. Um boneco sem vida, movendo-se apenas quando alguém puxava as cordas, e não mostrando nenhum sinal de vida por trás dos olhos pintados e boca sempre sorridente.

"Eu disse lavanda, Isabella." Foram as primeiras palavras da minha mãe quando me viu. Ela estava usando branco, como ela esteve usando ultimamente, porque ela estava certa de que a fazia parecer mais jovem. Em vez disso, só a fazia parecer pálida e quase doente.

"Eu senti vontade de usar roxo escuro." Eu respondi em um tom que parecia novo e muito estranho na minha garganta. Tinha um tom de rebelião.

"Você sentiu vontade...! Bem, eu nunca!" Ela gaguejou antes de ajeitar seu rosto de volta em um sorriso de boas-vindas quando novos convidados chegaram.

Eu não prestei muita atenção às pessoas ao meu redor naquela noite. Minha casa de infância estava cheia até a borda com as pessoas de sempre, mas eles nunca pareceram tão chatos como esta noite. Minha mãe e suas amigas fofocavam sobre as pessoas no clube de campo. As pessoas da minha idade ou flertavam, ou tentavam superar uns aos outros com relatos do que eles haviam realizado, ou quanto dinheiro eles ganharam. Meu pai e seus amigos falavam sobre o mercado de ações, dificuldades no golfe, e em qual cavalo apostar na próxima corrida. Eu tinha escutado tudo isso a minha vida inteira, mas isso nunca me fez sentir enjoada antes.

À medida que os dias passavam, eu ficava cada vez mais envolvida em meus próprios pensamentos. Minha mãe me deixou em paz, graças a Deus, certa de que eu só precisava de alguns dias para "acalmar". Eu não estava acalmando, no entanto. Eu me analisei repetidamente, sempre chegando à mesma conclusão. Ser o fantoche de alguém não era como eu queria continuar a viver a minha vida. Mas, além de usar um vestido de cor diferente do que a minha mãe me disse para usar, eu tinha ficado sem ideias sobre como começar a mudar as coisas - como fazer para descobrir quem eu era quando cada movimento meu não era orquestrada pelos meus pais.

A resposta veio depois das aulas na sexta-feira seguinte. Meus amigos na faculdade de Direito - filhos dos amigos dos meus pais que, como eu, estavam sendo moldados para assumir os negócios da família – sabiam sobre a minha pequena controvérsia com a minha mãe. Eles provavelmente não sabiam os detalhes, mas a fofoca viajava rápido, e ninguém enfiaria seu nariz em algo que pudesse ser confuso. Não era como as coisas funcionavam nos círculos sociais nos quais eu geralmente me movia.

Isso me levou a encontrar-me entre os colegas de classe com os quais eu quase nunca havia falado para um pequeno projeto em grupo. Eles eram estudantes em bolsas de estudo, ou que trabalhavam seu caminho através da faculdade. Pessoas com quem eu nunca tinha interagido porque eu não deveria - pessoas que eram muito mais interessantes do que os meus supostos amigos.

"Chica, você parece triste." Uma pequena garota chamada Alice me disse depois que tínhamos acabado o nosso projeto e estávamos recolhendo nossas coisas para ir embora. Ela era brilhante, o que ela tinha demonstrado uma e outra vez enquanto tínhamos trabalhado juntas. Ela também tinha uma personalidade borbulhante, cabelo curto e espetado, e usava um milhão de cores diferentes, nenhuma delas pastel. Eu decidi que gostava dela. "É sexta-feira. Ninguém deve estar triste às sextas-feiras".

Eu sorri. Sua lógica provavelmente se encaixava nela, mas sexta-feira para mim significava o início de um fim de semana cheio de interações sociais com pessoas que eu tinha descoberto recentemente que eram incrivelmente chatas.

"Eu só tenho muita coisa na minha mente." Eu respondi e coloquei meu laptop na minha bolsa.

"Quer tomar uma xícara de café?" Ela perguntou, colocando um chapéu branco de malha no topo do seu cabelo espetado. "Eu sou uma ouvinte terrível porque falo muito, mas eu posso ser capaz de tirar sua mente do que quer que a esteja incomodando um pouco. Além disso, quem não implora por café constantemente?"

Pega de surpresa pela sua sinceridade divertida, eu me encontrei concordando.

Quinze minutos depois, Alice e eu estávamos sentadas uma de frente para a outra em uma pequena cafeteria. Ela gemeu alto quando tomou o primeiro gole do seu café. Seus olhos estavam fechados e havia uma expressão de felicidade em seu rosto. Ela estava completamente alheia às pessoas que a ouviram e agora estavam olhando. Eu lutei contra o meu embaraço.

"O café é uma das poucas razões que eu poderia acreditar em Deus." Ela confessou quando abriu os olhos novamente. "Teria levado poderes divinos para criar grãos de café. Eu não tenho certeza se Deus seria homem ou mulher, no entanto. Alguma vez você já pensou nisso?"

"Não." Eu admiti a verdade. Nada jamais me fez questionar o sexo de Deus antes, pelo que eu estava grata, porque isso me fez sentir um pouco desconfortável.

"Por um lado, há TPM e dar à luz, o que me faz pensar que Deus é um homem. Mas, por outro lado, há... bem, homens. Basta olhar para eles. Salvo algumas exceções, eles são mais burros do que ranho. Certamente uma mulher criou esses otários, tornando-nos, assim, o sexo forte. Estou certa?"

"Eu suponho que você tem um ponto." Eu permiti, não acostumada a tópicos de conversa tão estranhos quanto este. Porém, era certamente mais interessante do que discutir o tempo, as últimas fofocas, ou moda. Alice era cheia de tópicos de conversação interessantes, se não mesmo um pouco estranhos. Ela falava como se estivesse prestes a se atrasar para alguma coisa e tivesse que enfiar tudo nos segundos restantes deixados para ela.

"Eu estou indo para uma festa de tatuagem hoje à noite. Quer vir junto?" Ela perguntou depois de terminar de desabafar sobre como sua antiga companheira de quarto tinha queimado todos os seus livros de culinária de Jamie Oliver porque ela tinha pensado que continham mensagens do diabo.

Eu tentei alcançá-la. "Hum... uma festa de tatuagem?"

Ela assentiu. "Esse cara que eu conheço está fazendo isso. Ele é uma das exceções de Deus e um sonho completamente divino de homem perfeito. Eu só tenho que descobrir como fazer com que ele me note".

Eu tive um tempo difícil compreendendo como alguém poderia deixar de notar Alice. Ela era pequena, mas sua personalidade era maior do que uma casa, e a maneira como ela se vestia a tornava muito perceptível.

"Enfim, é tudo muito descontraído." Ela continuou. "Só um monte de pessoas tendo um bom tempo".

"E a parte da tatuagem?" Eu perguntei com curiosidade suficiente para não deixar de ser educada - pelo menos educada de acordo com os padrões da minha mãe.

"Só um tatuador vindo para fazer a sua coisa e mostrar o seu trabalho na esperança de que as pessoas vão aparecer onde ele trabalha para fazer alguma coisa. Eu fiz uma há alguns meses em uma festa. A artista era essa garota que era coberta de tatuagens e piercings. Totalmente incrível, e ela fez um trabalho brilhante. Vê?" Ela puxou para baixo a frente da sua camisa e revelou um pequeno, mas elaborado relógio acima do seu seio direito. "O relógio está passando para todos, incluindo os meus seios".

Eu não sabia o que dizer. "É linda." Eu consegui dizer. E era.

Alice me enviou um sorriso satisfeito e puxou sua camisa de volta, mais uma vez ignorando os olhares das pessoas. "Então, você virá? Eu prometo que você terá um ótimo tempo, conhecerá pessoas interessantes, e seja o que for que está em sua mente e sobre o que você não pensou desde que entrou nesta cafeteria, não fará uma aparição hoje à noite também".

Eu ri. Não havia nenhuma maneira que eu poderia recusar uma oferta como essa. O fato de que minha mãe odiaria a ideia a tornou ainda melhor. "Obrigada, Alice. Eu adoraria ir".

Depois de admitir que a maioria do conteúdo do meu armário era composto por vestidos em tons pastel e calças sociais, Alice declarou que era necessário me levar para fazer compras. Nós nos aventuramos em lojas e boutiques que eu nunca tive sequer conhecimento que existiam. Alice me fez rir das suas crises de vômito de palavras e diferentes pontos de vista de tudo, enquanto ela pegava as roupas que achava que seriam perfeitas para a festa. Eu poderia ter apenas balançado a cabeça como sempre fiz com a minha mãe, mas eu decidi discutir. Não porque eu não gostasse das roupas que Alice encontrou para mim, mas porque eu podia. E porque eu decidi nunca deixar ninguém ditar o que eu usava novamente. Em vez disso, eu me comprometi.

Quando cheguei em casa, tomei banho e vesti uma nova saia jeans curta, uma regata vermelha muito reveladora, botas marrons até os joelhos. Enrolei meu cabelo um pouco e soltei a mulher oprimida dentro de mim enquanto aplicava minha maquiagem. Se eu tivesse possuído um batom vermelho brilhante, eu o teria passado, mas como vermelho não era pastel, eu não possuía um. Eu tive que me contentar com gloss claro. Olhando-me no espelho, eu quase não me reconheci. A mulher que olhava para mim não era alguém que favorecia tons pastéis. A saia jeans era a calça jeans que eu não tinha sido autorizado a ter há dez anos. O resto era apenas a cereja no bolo da rebelião.

Um pouco mais de uma hora depois, um táxi deixou Alice e eu do lado de fora de uma casa indefinível onde seu homem perfeito vivia. Não era uma parte da cidade com a qual eu estava familiarizada, mas Alice parecia saber para onde estava indo. Ela virou na calçada enquanto caminhávamos até a porta. Sua saia curta xadrez voou levemente, e ela parecia tão livre e tão feliz que eu senti ciúme incendiar-se dentro de mim por um segundo.

Música podia ser ouvida de dentro, e eu fiquei um pouco nervosa, já que eu não tinha ideia do que esperar desta festa. Deveria ser muito diferente de qualquer coisa que eu estava acostumada. Alice entrou diretamente como se fosse a dona do lugar, balançando a cabeça ao ritmo da música. Eu a segui, endireitando meus ombros e me lembrando que eu deveria estar me rebelando.

Música e risos flutuavam em torno de nós assim que entramos, e eu olhei ao redor com os olhos arregalados, avaliando tudo, já que eu sabia perfeitamente bem que essa coisa de rebelião seria difícil de fazer sozinha, e eu não podia contar com Alice para me arrastar para fora o tempo todo. Então eu me encharquei com tudo isso enquanto podia.

Alice pegou minha mão e me arrastou através de um mar de gente, jogando 'olás' enquanto passava. Ela me apresentou a alguns dos seus amigos - Rose, uma loira alta e assustadora com galhos espinhosos tatuados subindo seu pescoço e pelos seus braços, e que riu na minha cara quando eu estendi minha mão para apertar a dela. Laurent, aparentemente mudo, mas ele tinha os dreadlocks mais fascinantes. Mike, um homem muito barulhento e loiro, com mais piercings no rosto do que eu jamais poderia ter imaginado ser possível, e que flertou tanto com Alice quanto comigo.

Eu também fui apresentada ao divino homem perfeito e anfitrião da festa, que atendia pelo nome de Jasper. Ele foi muito gentil e me recebeu como se estivesse feliz por eu estar lá. Alice jogou legal, mas o seguiu com os olhos quando ele nos deixou para dizer olá a alguns recém-chegados.

"Como é mesmo possível ser tão lindo?" Ela disse com um suspiro quando alguém o bloqueou da visão dela. Ela se virou para mim como se esperasse uma resposta, mas riu do meu olhar perplexo. "Vou encontrar algo para nós bebermos. Veja se você pode encontrar algum lugar onde possamos sentar".

Ela saiu, deixando-me para encontrar, sem sucesso, alguns lugares. As pessoas estavam sentadas nas janelas, em cima uns dos outros, e no chão. Eu andei pelas salas, de qualquer maneira, obedientemente procurando os assentos que Alice havia pedido. Isso foi quando eu o vi. Eu me ouvi ofegar e rapidamente olhei ao redor, consciente de que qualquer um poderia ter me ouvido e questionado minha razão. Ninguém sequer olhou na minha direção, no entanto.

Foi-me concedida a oportunidade de estudá-lo enquanto metade do seu rosto estava virado para o outro lado. Ele estava inclinado sobre alguém sentado em uma mesa de café, e eu percebi que ele era o tatuador que Alice tinha me dito que estaria aqui, fazendo, assim, a festa de tatuagem. Seu cabelo era uma confusão de mechas bronze, e seu perfil não mostrava nada além de pura beleza. Não havia outra palavra para isso. Ele estava usando uma camiseta branca que estava esticada sobre o seu peito, esgarçada com músculos bem definidos. Seu braço esquerdo, o único que eu podia ver claramente, era quase coberto de tatuagens, uma desordem irreconhecível de padrões e texto que eu surpreendentemente desejava dar uma olhada mais de perto. Seu jeans era escuro, rasgado em alguns lugares, com manchas ainda mais escuras do que era, provavelmente, tinta.

Ele de repente se levantou totalmente, esticado, o que fez maravilhas para o meu ponto de vista, e virou sua cabeça para olhar em minha direção como se pudesse sentir o meu olhar. Eu abaixei minha cabeça e senti meu rosto esquentar. Que vergonha ser pega olhando para o homem mais lindo que eu já tinha visto. Eu lentamente olhei de volta para cima, apenas para encontrá-lo ainda olhando para mim com um par do que eram, provavelmente, os olhos mais verdes do mundo inteiro. Mesmo do outro lado da sala, eles me lembravam as esmeraldas no colar que meus pais me deram quando eu me formei na faculdade. Meu colar favorito. Ele me mandou um sorriso deslumbrante e torto, e minhas bochechas esquentaram ainda mais.

Nós jogamos o jogo de encarar-corar-flertar por um par de horas. Eu não conseguia tirar meus olhos dele, mesmo quando eu estava conversando com Alice e conhecendo todos os seus amigos muito interessantes, e ele frequentemente me pegava olhando. Cada vez eu era recompensada com um sorriso torto que me fazia corar. Alice continuava nos buscando bebidas em algum lugar, e entre o álcool, o rubor e o estado quente e incomodado a que o tatuador de olhos verdes tinha me sucumbido, eu estava muito corada. Em um ponto, Jasper, que Alice parecia ter na coleira até agora, me notou olhando.

"Você está olhando para conseguir fazer algum trabalho?" Ele me perguntou, apontando para a mesa do café do outro lado da sala, onde uma garota estava apoiada com a cabeça no colo de outra garota enquanto tinha seu tornozelo tatuado. Uma pequena multidão se reuniu para assistir. "Edward é realmente bom, um dos melhores que eu já vi. Ele fez esta incrível com algumas letras de Springsteen nas minhas costas".

Jasper provavelmente não percebeu a minha falta de resposta, já que ele estava ocupado mostrando sua tatuagem para Alice, que quase se arrastou sob a camisa dele em sua ânsia de ver sua pele. Mas o pensamento inflamou na minha mente. Eu queria uma tatuagem? Eu nunca tinha pensado nisso antes. Com exceção de Alice, eu não conhecia nenhuma garota que tivesse tatuagens. E o único homem que eu conhecia com uma tatuagem era o meu avô, que tinha servido na Marinha quando era mais jovem e comemorou isso com uma âncora em seu antebraço. Minha avó odiava.

Mesmo que eu tivesse decidido que ter algo tatuado no meu corpo de forma permanente era o que eu queria, o que eu poderia suportar olhar para o resto da minha vida? E onde no meu corpo? Se eu fosse honesta, a única razão que eu estava mesmo pensando em uma tatuagem era o artista. Não havia nada que eu poderia possivelmente querer tatuado em qualquer lugar em mim. O que Jasper disse? Letras de Springsteen?

"Por que você tem letras de Springsteen em seu corpo?" Eu soltei, interrompendo a inspeção de Alice da sua pele.

Jasper sorriu e virou de costas para mim para que eu pudesse ver a tatuagem. Ela dizia, "Eu tenho trabalhado muito duro, tentando deixar minhas mãos limpas." As letras estavam perfeitamente gravadas em sua pele, e era fácil ver que havia habilidade por trás delas. Eu nunca tinha pensado nisso antes, mas realmente era uma forma de arte.

"A forma como eu vejo, você não consegue ter algo tatuado em seu corpo, a menos que isso signifique alguma coisa." Jasper disse e deu de ombros. "Eu sempre amei Springsteen, e eu gostei da ideia de um lembrete permanente do quanto eu trabalhei duro para chutar alguns hábitos desagradáveis no passado. Se eu me lembrar do meu trabalho duro, eu não jogarei tudo fora por um emoção rápida".

Eu assenti pensativamente. Fazia muito sentido. Eu mesma poderia usar alguns lembretes permanentes. Como talvez uma tatuagem de um par de jeans me lembrando para seguir a minha própria estrada na vida, em vez de uma que o GPS dos meus pais me diz para tomar. Meus olhos desviaram para o pedaço tatuado de céu que agora eu sabia que era chamado de Edward, e como se ele pudesse sentir o meu olhar nele, ele olhou para cima depois de dois segundos. Dica de sorriso torto e rubor.

Eu queria revirar meus olhos para mim mesma. Eu geralmente era muito boa com as pessoas - era algo que minha mãe tinha me ensinado muito cedo. Então, não havia nenhuma razão lógica para que eu não fosse simplesmente lá e dissesse 'olá' a uma pessoa que conseguiu captar minha atenção tão completamente. Deus sabia que isso não acontecia com frequência.

"Carpe diem." Eu murmurei para mim mesma. Como era isso para um lembrete? Eu tinha dado o primeiro passo para longe de Alice e Jasper, que estavam em seu próprio mundinho, quando eu congelei. Era isso. Meu lembrete. Antes que o pensamento inflamasse na minha mente totalmente, eu atravessei a sala e não parei até que eu estivesse bem na frente de Edward, o Tatuador Sexy... que parecia ainda mais sexy de perto. E tinha um piercing na sobrancelha, ao qual eu me encontrei estranhamente atraída. Ele se afastou do cara com quem estava falando e olhou para mim.

"E nós finalmente nos conhecemos." Ele disse com um sorriso. "Estive esperando por isso a noite toda".

"Ninguém o impediu de vir dizer olá." Eu apontei, incapaz de segurar o meu sorriso.

"Eu estava ocupado. Qual é a sua desculpa?"

"Eu estava ocupada também".

"É mesmo? Ocupada fazendo o quê, se você não se importa que eu pergunte?" Ele perguntou, sorrindo e cruzando os braços sobre o seu peito. "Porque eu tenho que dizer, cada vez que eu olhei, você não parecia tão ocupada".

"Eu acho que você olhou nas horas erradas então." Eu disse a ele, perguntando-me de onde todo esse atrevimento veio. Talvez fosse o álcool. Alice tinha servido deliciosas bebidas verdes para mim a noite toda, e eu não tinha ideia do que havia nelas.

"Eu acho que olhei." Ele reconheceu com um sorriso. "Eu sou Edward".

"Eu sei." Eu disse, sorrindo. "Jasper teceu seus elogios antes. Eu sou Isabella".

"Você não se parece com uma Isabella." Ele me disse, estudando-me com a sugestão de um sorriso em seus lábios. "Você parece mais como uma Bella".

Eu ri. "É mesmo?"

"Isso mesmo." Ele disse, assentindo.

Mordi meu lábio e sorri. Ninguém nunca tinha me chamado de Bella antes, exceto meu tio alcoólatra uma vez. Meu pai o tinha repreendido por me chamar de algo que soava como o nome de um cachorro. Mas a forma como saiu da língua de Edward fez coisas perigosas e deliciosas para o meu corpo. Ele poderia me chamar de qualquer coisa que quisesse.

"Então, o que uma garota tem que fazer para fazer uma tatuagem por aqui?" Perguntei calmamente, usando habilidades de atuação que eu não sabia que possuía. Eu não gostava de agulhas de qualquer tipo, mas minha mente estava tomada.

Suas sobrancelhas ergueram. "Você quer uma tatuagem?"

Eu assenti.

Ele encostou-se na parede. "Seria a sua primeira?"

"Sim." Nenhuma razão para elaborar, ele provavelmente já estava me julgando.

"Eu não vou insultá-la perguntando se você tem certeza." Ele disse, surpreendendo-me. "Você sabe o que quer? Eu tenho algumas fotos que você pode olhar".

"Eu sei o que eu quero." Eu respondi, sem me preocupar em esconder meu sorriso.

Edward piscou e sorriu. "Bem, então. Compartilhe com a classe".

"Alis aquilae. Em letras góticas." Eu disse. "É Latim. Eu posso escrever se voc-"

"Nas asas de uma águia." Ele interrompeu. "Livro de Isaías. Eu não me lembro o capítulo, mas ele diz algo sobre aqueles que esperam encontrar sua força renovada, sobem com asas como águias, correm sem ficar cansados, e andam sem ficar fracos. Estou certo?"

Eu assenti estupefata. Ele conhecia Latim e a Bíblia?

Ele sorriu, sem dúvida adivinhando meus pensamentos, e levantou sua camisa enquanto se virava. O que havia com os homens neste lugar, mostrando a pele a torto e a direito? Eu apreciei a vista, é claro - e que vista. Eu estava tão fascinada com a beleza da sua pele pálida que me levou um momento para perceber que eu precisava mover meu olhar para o norte. "A liberdade está em ser ousado" estava escrito em letras cursivas entre as suas omoplatas. Reconheci como sendo de Robert Frost, o que não fez nada para me deixar menos curiosa.

"Eu tento viver por essas palavras, então eu entendo por que você quereria algo semelhante." Ele explicou e, infelizmente, voltou a abaixar sua camiseta. "Eu apenas prefiro Frost à Bíblia".

"Então, onde eu vou tatuá-la, Bella?" Ele perguntou, a versão abreviada mais uma vez rolando deliciosamente da sua língua.

Eu não tinha pensado tão longe. Na minha determinação para obter a minha própria marca na minha vida, depois de ter meus pais orquestrando quase tudo o que eu fazia, esse pequeno detalhe tinha deslizado da minha mente. Eu não tinha vergonha do que eu estava a ponto de fazer, mas eu também gostava da ideia de ser só para mim. Eu teria que fazer a mudança, não a tatuagem. Eu simplesmente gostei da ideia de ter um lembrete como Jasper tinha dito. Então, em algum lugar escondido da vista - a maior parte do tempo escondido da vista, de qualquer maneira. Senti o rubor nas minhas bochechas. Edward teria que ver aquele lugar escondido. Tocá-lo. Marcá-lo. De certa forma, não seria apenas a minha marca, mas também a dele, uma vez que ele faria a escrita.

"Bella?" Ele interrompeu meus pensamentos.

"Sim? Oh, hum. Eu não sei. No meu quadril, talvez?"

Ele riu e levantou as palmas das mãos. "Não me pergunte. A decisão é sua. Eu apenas faço o que você me pede".

Eu tinha uma longa lista de coisas que gostaria de pedir a ele para fazer, e nenhuma delas envolvia tatuagem. Pelo menos não tatuagem no meu corpo, mas no dele. Limpei minha garganta. "Do lado do meu quadril. Definitivamente".

O Edward sexy e paquerador se tornou profissional em um piscar de olhos. Era fascinante ver, realmente. Ele me fez perguntas sobre como exatamente eu queria a tatuagem, disse-me o que ele faria e algo sobre cuidados posteriores. No entanto, naquele momento eu só estava ouvindo sua voz, não as palavras reais. Eu poderia pesquisar no Google amanhã. Ele me fez deitar sobre a mesa do café, enquanto eu meditava sobre como eu não estava com medo da dor. A agulha e, possivelmente, a minha reação ao toque de Edward, sim. Mas não a dor. No entanto, eu provavelmente deveria ter perguntado a Alice o quanto seria ruim. Chorar seria embaraçoso.

Eu corei quando puxei minha saia para baixo para revelar meu quadril esquerdo. O rubor intensificou quando Edward gritou para alguém que veio para assistir como as pessoas tinham feito antes. Aparentemente, ele não queria mais uma plateia. Ele limpou minha pele com algo fresco e colocou um par de luvas de látex.

"Pronta?" Ele perguntou, olhando para mim.

Eu assenti. "Sim." Minha voz soou um pouco engraçada, mas eu não sabia se era culpa do homem com a agulha, ou a perspectiva da agulha encontrando a minha pele.

"Ok, apenas relaxe." Ele me disse.

Fácil para ele falar.

A primeira picada foi a pior. Eu tinha certeza que teria que cancelar a coisa toda, mas depois a dor se tornou maçante e totalmente gerenciável. E depois de um minuto a dor maçante foi ofuscada pela sensação da sua mão contra a minha pele. Senti uma sensação de queimação, embora ele estivesse usando luvas. Ele continuamente limpava o sangue, e enquanto material vermelho escorrendo de mim normalmente teria me assustado, eu estava muito ocupada sendo fascinada com a forma como a ponta da sua língua espiava pelo canto da sua boca para me importar.

Pouco antes de Edward terminar, Alice veio quicando, ainda com Jasper em sua coleira invisível.

"Oh meu Deus, Isabella! Você está fazendo uma tatuagem!" Ela gritou.

Eu ouvi Edward murmurar "não brinca", e tive que morder o interior da minha bochecha para não rir.

"Ah, você escreveu o meu nome errado, porém." Ela disse, rindo enquanto sentava no sofá e se inclinava para dar uma olhada. Jasper sentou ao lado dela e começou a conversar com Edward enquanto ele terminava. Eu me senti como uma refeição disposta sobre a mesa, enquanto os convidados para o jantar conversavam. Alice interrompeu e se apresentou para Edward, dizendo a ele que ela o procuraria na próxima vez em que quisesse fazer uma tatuagem. Ela então começou a contar para ele sobre todas as suas ideias do que ela gostaria de fazer. A garota tinha um monte de ideias de tatuagem. Uma incluía uma bicicleta e um tomate fatiado. Eu não acho que ninguém além dela entendia o significado dessa.

"Tudo bem, tudo feito." Edward anunciou, cortando o fluxo de ideias de Alice. Ele limpou a pequena tatuagem e esfregou alguma pomada nela antes de revesti-la como uma ferida. Ele riu da minha pergunta sobre o pagamento e repetiu o que eu tinha desligado anteriormente sobre cuidados posteriores.

"Use sabão simples sem fragrância ou corante para limpá-la, coloque um pouco de loção sem perfume nela para impedi-la de formar casquinha, e tenha cuidado para não batê-la, para que não fique toda desarrumada." Ele recitou.

"E mostre-a, Chica!" Alice ofereceu sua dica, fazendo todos nós rir.

Eu me sentei e ajeitei minhas roupas. Alice foi buscar algumas cervejas e depois desapareceu com Jasper a reboque. Se eu algum dia tivesse um cachorro, eu daria o nome dele de Jasper. Eu nunca tinha visto um cara que parecia tanto um cachorro - fiel, adorável, na coleira, e, ocasionalmente, babando. Edward e eu conversamos enquanto ele embalava suas coisas em uma bolsa. Ele era muito bom em me fazer rir com seus comentários sarcásticos sobre tudo e todos.

"Por que nós não vamos para a sua casa e nos conhecemos um pouco melhor?" As palavras foram minhas, mas eu fiquei tão surpresa quanto Edward claramente ficou que eu as tivesse dito. Eu ainda estava querendo saber como voltar atrás graciosamente quando ele agarrou minha mão, sorriu maliciosamente para mim e me arrastou pela casa até a porta da frente. Eu mal tive tempo de acenar para Alice, que sorriu para mim do colo de Jasper. Os pensamentos de recuar desapareceram da minha mente no segundo em que minha pele tocou a de Edward. Ficar de mãos dadas nunca tinha deixado o meu corpo em chamas antes.

Eu não era de nenhuma forma virgem. Eu tinha diligentemente namorado homens que meus pais tinham considerado aptos para mim, e eu tinha permitido dois deles na minha cama. Meu relacionamento com Emmett tinha sido divertido - talvez muito divertido, já que ele não tinha sido orientado para a profissão, como meu pai teria preferido. Royce foi o meu segundo namorado sério, mas ele esteve um pouco ocupado demais com outras mulheres. Mas o que eu tinha experimentado com Emmett e Royce não tinha de modo algum me preparado para o que estava na loja com Edward. Ele despertou meu corpo pela primeira vez, pura e simples.

Eu mal tive tempo de sentir o ar fresco da noite antes dos beijos de Edward me aquecerem como se eu estivesse pegando fogo. De alguma forma, ele conseguiu parar um táxi, e o delicioso assalto da sua boca continuou no banco de trás. E eu não era inocente enquanto fazia o meu quinhão de atacar. Suas mãos me tocavam como se ele conhecesse meu corpo, e a textura da sua pele era perfeita sob meus dedos. Não foi até que tínhamos deixado o táxi na frente do seu prédio que eu percebi que o taxista tinha acabado de me ouvir gemer. Tinha me visto tocar Edward. Tinha visto Edward me tocar. Eu me senti suja por dois segundos. Então eu fui puxada para dentro, onde nós conseguimos tropeçar nas escadas. Eu felizmente pousei no meu quadril direito. Rindo em um delicioso beijo, eu desmaiei um pouco quando ele embalou minha cabeça em uma tentativa semi- tardia para salvá-la de bater nas escadas.

"O que diabos você está fazendo comigo?" Ele murmurou contra a minha pele quando me pegou e praticamente me levou para a porta. Ele rapidamente abriu a porta e eu deslizei pelo corpo duro para ficar no chão. Eu não olhei para a forma como seu apartamento era decorado, para o seu mobiliário, ou se ele estava arrumado ou desleixado. Havia uma intensidade sobre ele que fez o meu olhar permanecer trancado nele. Quando ele me tocou, tropeçando pelo apartamento enquanto as roupas começaram a desaparecer, todo o resto deixou de existir.

Edward olhou para mim por um momento uma vez que a última peça de roupa tinha deixado o meu corpo. Eu me alegrei com o fato de que ele pareceu gostar do que viu, e quando o olhar em seus olhos só intensificou quando ele viu o pequeno curativo que tinha colocado sobre a minha tatuagem, eu sabia que eu também tinha um lembrete permanente dele.

Ele era glorioso. Uma parte de mim queria tomar o tempo para explorar a tinta em seu corpo, mas a minha parte dominante tinha outros planos. Ele fechou a distância entre nós e colocou uma mão no meu quadril e a outra na parte inferior das minhas costas. Ele se inclinou para me beijar, e eu dei as boas-vindas a isso. Era como se estivéssemos no olho da tempestade, não tão frenéticos como tínhamos sido antes, mas tudo ainda aquecido e intenso. Ele puxou meu lábio em sua boca com os dentes enquanto nos levava para trás em direção à cama. Eu não pude deixar de gemer.

Então, de repente, nós tropeçamos de novo e eu fiquei presa à cama. Na queda, seus dentes arranharam meu lábio inferior e eu deixei escapar um grito. Edward se afastou e olhou para mim.

"Merda! Você está sangrando. Eu sinto muito. Maldição. Eu vou pegar um pano p-"

O olho da tempestade passou e eu o puxei de volta para baixo quando ele tentou se levantar. Nem sequer doeu, e eu conseguia pensar em um monte de coisas que eu queria mais do que um pano. Principalmente o homem lindo acima de mim. Felizmente, ele não era apenas lindo, mas também inteligente, porque ele entendeu o recado e me beijou novamente. Ele tinha um gosto divino, mas seus lábios não eram suficientes. Empurrando-o de costas totalmente na cama, eu montei nele e adorei seu corpo com a minha boca. Parecia como a única coisa digna de um corpo incrível. Ele estava duro debaixo de mim, e suas mãos estavam deliciosamente aventureiras. Eu mordisquei sua garganta e até mordi seu mamilo, fazendo-o arquear para fora da cama. Não foi vingança por quando ele mordeu meu lábio, eu simplesmente não podia evitar. Ele me fez parar de pensar e apenas sentir.

Exatamente quando eu estava me preparando para morder seu outro mamilo, já que ele parecia apreciar isso, eu fui virada, percebendo rapidamente que aqueles que afirmavam que a vingança era uma cadela estavam errados. A vingança era divina. E Edward tinha uma língua mágica que foi muito profundo e me fez emitir sons que eu nunca tinha ouvido antes, quanto mais produzido. Ele até me fez gritar quando a língua mágica me empurrou sobre a borda, deixando-me mole, estupidamente feliz e querendo muito mais dele do que apenas sua língua.

Aparentemente, ele não era o único que estava um pouco fora disso, porque ele perdeu completamente a primeira vez que tentou entrar em mim. Eu cobri minhas risadinhas com um assobio, e o adorável homem realmente se desculpou. Se eu já não estivesse mole, eu teria derretido.

A segunda vez foi muito melhor, e meus olhos rolaram para o fundo da minha cabeça com a sensação dele dentro de mim. Doce misericórdia... seu rosto descansou na curva do meu pescoço e ele chupou a pele ali enquanto empurrava para dentro de mim forte e rápido. Eu teci meus dedos em seu cabelo e desisti de tentar segurar meus gemidos embaraçosos e altos.

Ele diminuiu o ritmo, o que era uma coisa boa, porque a sensação dele... merda. Eu podia senti-lo – todo ele. Nada entre nós, nem mesmo um preservativo. Oh, merda! Eu coloquei a mão em seu ombro, mas isso só o fez aumentar o ritmo novamente. O que uma garota faria? Eu bati nele.

"Edward." Eu gritei. "Camisinha".

Ele voou para fora da cama, parecendo como se tivesse acabado de ver um monstro. Ele desembarcou comicamente em sua bunda, e eu segurei minhas risadas até que ele começou a esfregá-la. Por um momento, parecia que ele não sabia se ria ou chorava, mas depois ele sorriu. O homem estava me dando sérias chicotadas, indo de lindo para adorável em um piscar de olhos, e eu não sabia que parte dele eu gostava mais.

Ele sabia como lidar com um preservativo, no entanto, porque não demorou vários segundos para encontrar um e colocá-lo. Eu ri novamente quando ele com muito entusiasmo quase pulou na cama e caiu em cima de mim. Ele literalmente me tirou o fôlego. De novo e de novo e de novo...

Cada uma das minhas terminações nervosas o sentia. Por dentro e por fora. Eu entrei em sobrecarga sensorial quando ele estendeu a mão entre nós, nenhuma vez vacilando do seu ritmo, e acelerou meu orgasmo, catapultando-me sobre a borda novamente com um grito alto. Seus dentes estavam no meu mamilo e eu ainda tremia quando ele gozou com força. Eu o ouvi, mas eu não o entendia. Eu o senti, mas não tinha forças para levantar os braços para abraçá-lo quando ele caiu em cima de mim, pele suada encontrando pele suada.

Ele oficialmente me estragou para a vida.

Edward tinha mais força do que eu. Ele finalmente rolou de cima de mim e colocou os braços em volta de mim e, antes que eu pudesse começar a considerar se eu passava a noite ou não, eu adormeci me sentindo mais contente do que eu provavelmente já estive.

~ . ~ . ~ . ~. ~

Acordei com uma dor de cabeça. A luz brilhante da manhã irritou meus olhos quando eu os abri, e levou alguns segundos para perceber por que minhas cortinas não estavam fechadas como costumam estar. Eu não estava em minha própria casa. Segurando o lençol em torno de mim, eu me sentei na cama, tarde demais considerando o que tais movimentos bruscos poderiam fazer para o outro ocupante da cama. Espere. Outro ocupante da cama? Virei minha cabeça bruscamente, estremecendo um pouco com a dor que isso trouxe para o interior do meu crânio. Meus olhos se estabeleceram em um glorioso espécime de homem dormindo, e minhas bochechas aqueceram quando as lembranças da noite passada agrediram minha mente. Edward era diferente de qualquer pessoa que eu já conheci, e mesmo dormindo, eu senti o poder que ele tinha sobre o meu corpo.

Doce misericórdia...

Eu suprimi o desejo de gemer. Não é que eu me arrependesse de ontem à noite, nem um pouco, na verdade, já que eu tive, sem dúvida, o melhor sexo do mundo, mas eu não tinha ideia de como lidar com a manhã seguinte. O que eu deveria dizer? E se o que quer que eu devesse dizer demorasse mais do que 15 minutos, eu estaria atrasada e não teria tempo para chegar em casa para tomar banho e me trocar antes de ir para o meu brunch semanal com a minha mãe e avó. E aparecer no brunch desse jeito não seria nada bom. Minha coragem tinha sido usada na noite passada, e com nada restando, não havia nenhuma maneira que eu poderia ficar e nenhuma maneira que eu poderia encarar Edward.

Com cuidado, tentando não acordá-lo, eu deslizei para fora da cama, tropeçando um pouco quando pisei em um dos seus sapatos. Minhas roupas estavam espalhados por todo o quarto e eu apressadamente me vesti depois de encontrar todas elas. Lutei um pouco com as minhas botas, mas finalmente consegui fechar o zíper. Mais uma vez verificando para ter certeza de que Edward ainda estava dormindo, eu rastejei para fora do quarto e respirei fundo quando eu tinha conseguido fechar a porta sem fazer barulho.

Peguei o elevador até o andar principal e rapidamente caminhei para fora. O bairro não era familiar para mim, mas eu me lembraria dele com carinho. Pelo menos se eu pudesse evitar fazer contato visual com alguém que pudesse me confundir com uma prostituta. Só Deus sabia como estava o meu cabelo e qualquer maquiagem que eu ainda tinha. Eu não vi nada que eu reconheci, então comecei a caminhar na esperança de ser capaz de acenar para um táxi. Eu precisava de um endereço, se eu tivesse que ligar para um, e eu não conseguia detectar eventuais nomes das ruas.

Embora eu tenha decidido, eu não fui capaz de esquecer Edward no táxi para casa. Cada pensamento era de como era a sensação dos seus lábios contra os meus, a sensação das suas mãos contra a minha pele, e como ele me fez sentir coisas que eu nem sabia que existiam. Minha rebelião tinha sido muito diferente do que eu esperava, e apesar de ontem à noite ter sido além de incrível, eu estava indecisa sobre se isso era ou não uma coisa boa. Pelo menos antes eu não sabia o que estava perdendo. Agora eu sabia. E um lembrete disso tinha sido tatuado em minha pele pelo próprio Edward.


Nota:

Bem, Edward tatuado e tatuador... quem resiste? E será que Bella simplesmente "desapareceu" da vida dele?

Semana que vem eu postarei o outro capítulo dessa fic para vc's saberem.

Não esqueçam de comentar!

Bjs,

Ju