Deletei a história (CALMA) e vou repostá-la rapidinho com a continuação. Quando eu comecei a escrevê-la, eu era muito nova e a história precisava de uma certa forma ser amadurecida para que eu conseguisse terminá-la. O capítulo novo de Chamas do Dragão já está escrito também, até o final desse ano terminarei essas duas histórias. Beijo grande e aguardo comentários.

Melzinha

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Sonhos de Cinderela

Por Mel

Capítulo I

Hoje tudo se faz novo

O dia amanheceu nublado em plena terça-feira, começo de verão. O sereno da noite tingira toda janela esfumaçando o vidro. Alguns tímidos raios de sol eram barrados pelas cortinas brilhantes que decoravam o quarto cor-de-rosa. Os velhos patins jogados em um canto da mesinha.

O despertador começou a tocar e continuou...por muito...muito tempo.

Sakura (Sonolenta): "Ah...Eu já vou...Só mais cinco minutinhos, pode ser?".

O telefone celular, ao mesmo tempo, emitia a sinfonia de Tchaikovsky. Sakura tentou cobrir a cabeça com o lençol, mas foi em vão. Nada impedia o barulho daqueles insistentes aparelhos. Sem mais opções, retirou a coberta do rosto e com muito custo se colocou de pé resmungando algumas palavras incompreensíveis.

Sakura: (Em meio a um bocejo): "Alô?".

Voz: "PARABÉÉÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!".

A menina se assustou soltando um grito agudo. Largou o aparelho no chão que só não quebrou porque caiu no tapete. Era muita maldade gritar dessa maneira com um quase sonâmbulo. Não era? Seu coração bateu tão rápido que parecia que ia sair pela garganta. Inspirou e expirou algumas vezes na tentativa de se acalmar.

Voz: "Alô? Sakura? Está tudo bem...Eu ouvi um barulho estranho e-".

Sakura (Pegando o telefone, desconfiada): "Tomoyo é você?".

Tomoyo (Empolgada): "Lógico que sou eu! Escuta você já entrou na internet hoje?".

Sakura: "Eu nem tomei café da manhã ainda hoje. Estava... (Bocejou novamente) dormindo tranquilamente quando você ligou.".

Tomoyo: (Dando pequenas risadinhas): "Eu aposto que sim. O despertador funciona mais como uma canção de ninar para você, não é mesmo?".

Sakura (Espreguiçando-se): "Ligou essa hora para ficar me criticando, é?".

Tomoyo (Rindo mais ainda): "Não! Na verdade, liguei para te dar os parabéns.".

Sakura: (Franziu a testa tentando se lembrar): "É meu aniversário? Pensei que fosse só em Abril".

Tomoyo (Balançando a cabeça): "Não, sua boba! A bolsa de estudos! Os premiados estão na primeira página do site da universidade. Você conseguiu! Vai estudar na melhor faculdade de Honk Kong!".

Sakura (Indiferente e distraída): "Ah que legal eu...".(Finalmente assimilando os fatos): " AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH".

Tomoyo (Afastando o telefone do ouvido): "Até que em fim entendeu. Que dificuldade. (Ouvindo a prima gritar empolgada do outro lado da linha) Não é demais?".

Sakura: "É inacreditável! (Gaguejou):Eu...Con-se-gui. (mexeu no seu tablet sorrindo ao ler seu nome): "Consegui de verdade".

Indiferente aos pulos e sons engraçados possíveis de serem identificados por telefone, Tomoyo começou a traçar planos para a menina, como se fosse junto. Falou de viagens aos pontos turísticos. As ruínas da cidade proibida, os templos. Em fim, a grande Hong Kong.

Sakura prestava atenção em tudo e sorria pensando em sua nova vida. Começou a olhar suas coisas espalhadas pela casa. Teria que arrumar aquilo tudo e fazer caber nas malas, de qualquer jeito.

Tomoyo (percebendo o silêncio): "Hei! Você está ai?".

Sakura (Após um susto): "Sim!".

Tomoyo: "Está tão quietinha. Algum problema?".

Sakura: "Apenas olhando minhas coisas esparramadas...Preciso arrumar tudo. Droga, acabou a bateria do meu tablet. Você está na frente do computador?".

Tomoyo: "Estou. Por quê?".

Sakura: "Pode descobrir quando sai o vôo que eles oferecem aos bolsistas?".

Tomoyo (Após um silêncio): "Sai...Ham...Deixe-me ver aqui...Hoje às 15 horas.".

Sakura: "E que horas são?".

Tomoyo: "Oito horas e...".

Sakura (A todos os pulmões): "AAAAHHHHHHHHH! Preciso arrumar minhas coisas. Avisar ao Touya... Ligar para as meninas, comprar pasta de dentes! (Gritou novamente): "Como assim eles dão o resultado e a passagem para o mesmo dia? Não vai dar tempo de nada e-".

Tomoyo (Interrompendo): "Não esquenta! Estou indo aí para te ajudar. Pode deixar que eu faço suas malas, você cuida do resto.".

Sakura (Soltando um suspiro): "Obrigada...Eu vou adiantando o que dá enquanto isso.".

Desligou o telefone e olhou para uma revista em cima da cômoda. Sorriu de lado...Na capa a foto da universidade que agora seria sua nova casa. Será que se daria bem? Esperava que sim...Sentia algo diferente dentro do coração. Algo especial.

Sakura (Batendo na testa): "Preciso avisar o Touya.".

Discou o número do irmão enquanto folheava o objeto. Sentiria falta de sua querida cidade. Mas... Lutara tanto pra conseguir essa oportunidade. E iria atrás de seu sonho. Levantou-se com o telefone sem fio preso a seu ombro e colocou um bolinho no microondas. Acordar com susto lhe deu fome. Muita fome.

Touya: "Alô? Touya falando...".

Sakura (Sorrindo): "Oi Touya... Tenho novidades.".

U*U*U*U*U*U*U*U

Tomoyo saltou do táxi acompanhada pela prima que carregava três malas. Estava desengonçada, quase tropeçando nas próprias coisas.

Tomoyo (Com a voz embargada): "Tem certeza que você ficará bem lá?".

Sakura (Sorrindo): "Tenho sim. Graças a Deus, antes do papai morrer ele me ofereceu ótimas oportunidades como a de estudar mandarim. Não terei problemas com o idioma local".

Tomoyo (Um pouco sentida): "Eu sei, mas mesmo assim eu não queria que você ficasse sozinha.".

Sakura (Com carinho): "Não vou ficar sozinha...Não se preocupe".

A fila do check in andava depressa. As duas fofocavam em quanto as bagagens e a documentação ficavam prontas para um tranqüilo embarque.

O início de uma nova fase.

Tomoyo (Olhando para os lados): "O Touya não vem se despedir?".

Sakura (Negando tristemente com a cabeça): "Ele disse que estava muito ocupado e além disso, depois da conversa pesada que tivemos ao telefone, eu duvido muito que ele venha e-".

Voz: "Como você fala alto, monstrenga.".

Sakura (Virando-se surpresa): "Touya!".

Ela praticamente agarrou o pescoço do irmão.

Touya: "Desculpe-me pela forma que falei com você... É que eu não quero te perder. Depois da morte do papai, fiquei responsável pelo seu bem estar.".

Sakura (Ainda abraçada): "Eu entendo...Fiquei feliz que tenha vindo.".

O moreno a afastou um pouco e retirou um pequeno embrulho em um bonito papel cor de rosa. Com um sorriso depositou o pacote delicadamente na mão da irmã.

Sakura (Sem entender): "O que é isso?".

Touya: "Abra.".

Com cuidado ela desamarrou a fita que enfeitava e lacrava o presente. Deparou-se com uma linda corrente de ouro com um belo pingente de cravo silvestre, inteiramente cravejado por esmeraldas.

Sakura (Sem conter a emoção): "É lindo!".

Touya (Olhando a movimentação do aeroporto): "Era da mamãe. Ela dizia que quando tivesse uma menina, ela teria olhos iguais ao de esmeraldas. (Sorriu) E tinha razão...".

Sakura (Colocando o objeto no pescoço): "Muito obrigada".

Tomoyo (Interrompendo): "Eu detesto apressar esses lindos momentos, apesar do fato de eu ter esquecido a minha câmera, mas você precisa embarcar logo, Sakura. Antes que perca o avião!".

A menina abraçou novamente o irmão, e em seguida despediu-se da prima que chorava emocionada. Entregou a passagem para a aeromoça, e entrou no conector de seu vôo.

Sakura (Respirando fundo): "Hong Kong. Ai vou eu!".

U*U*U*U*U*U*U*

Era uma tarde calorosa em Hong Kong. Syaoran Li estava confortavelmente instalado em uma das poltronas de sua varanda, no luxuoso quarto da faculdade, pensado no negócio que acabara de fechar. Desde o enfarto que a mãe sofrera, há dois anos atrás, assumira as empresas e os complexos da família, dando sempre o seu melhor. O vento soprava quente. Syaoran gostava muito do calor, diferentemente do frio dos picos de seu treinamento. Quantas noites pensou que morreria congelado? Não sabia contar.

Wei: "Precisa de mais alguma coisa, jovem Syaoran?".

Syaoran (Distraído): "...".

Wei (Falando um pouco mais alto): "Está tudo bem?".

Syaoran (Despertando do transe): "Desculpe-me Wei, não estava ouvindo...".

Wei (Sorrindo): "Perguntei se precisa de mais alguma coisa. Acho que vou ao mercado comprar algumas ervas para temperar o frango.".

Como condição para a estadia do rapaz nos complexos da universidade, seu velho mordomo e tutor deveria ficar com ele. Li não ligava. Na verdade, até gostava da companhia daquele simpático senhor que estava sempre pronto para servi-lo.

Syaoran (Fixando seus olhos na janela, novamente): "Pode ir tranqüilo, não preciso de mais nada.".

Wei (Hesitando por um momento): "Algo o incomoda, jovem Syaoran?".

Syaoran (Respirando fundo): "Não, estou apenas apreciando o calor...".

Wei: "Essa é sua época favorita, não é mesmo?" (O viu balançar positivamente a cabeça) :"Antes que eu me esqueça, sua mãe ligou umas quatro vezes hoje...".

Syaoran (Ficando sério): "Ela deve estar furiosa por eu ter gritado na cara dos anciões que não queria me casar com ninguém que eles escolhessem para mim".

Wei (Rindo): "Você fez isso?" (Olhou para seu pupilo se forma carinhosa) "Seu pai fez o mesmo há anos atrás..."

Syaoran (Surpreso): "Eu sempre achei que meu pai aceitava as tradições sem reivindicar, ou pelo menos, era o que todos me faziam pensar...".

Wei (Sorrindo compreensivo): "Você não queria que os anciões falassem que seu pai se rebelava contra a lei, não é? Por isso que eles foram mais firmes com você. De qualquer forma sua mãe queria lhe dar uma notícia. Os anciões concordaram em te dar um prazo de oito meses para encontrar uma noiva de acordo com a sua escolha, quando esse prazo vencer, e se caso não encontrar ninguém, você casa com a mulher que eles escolherem".

Syaoran: "Oito meses?" (Aflito) "Então eu só tenho oito meses de liberdade, até cair nessa prisão chamada matrimônio? Tenho vinte e cinco, estou na FLOR da idade..."

Wei: "Pelo menos você pode escolher com quem casar. O senhor por acaso não está de caso com aquela morena bonita?".

Syaoran (Encarando o tutor): "Lyu Ma?"

Fechou os olhos lembrando-se da moça. Uma mulher muito atraente, isso ele não poderia negar. Tinha cabelos negros na altura dos ombros e grandes olhos castanhos, bonitos e sedutores. Um corpo cheio de curvas e a incrível fama de enlouquecer um homem na cama. E realmente o fazia.

Syaoran (Após uns segundos em silêncio): É uma mulher bonita. Tem curvas fartas (Sorriu)...Mas parece que não preenche o vazio que tem aqui, oh!(Apertou a região do peito) No fundo não passa de mais uma na minha cama".

Wei (Sorrindo mais ainda): "Isso é porque ainda não encontrou o amor verdadeiro, jovem Syaoran.".

Syaoran (Pensativo): "Acha mesmo que o amor existe?".

Wei: "Não só acho, como creio fielmente que ele exista."

Syaoran (Indiferente): "Nos contos de fadas talvez. Mas na vida real é bem diferente. Meus mestres sempre disseram que o amor é para os fracos".

Wei: "Talvez nem em tudo seus mestres tenham razão. (Ele parecia sério) Mas isso só o tempo lhe dirá.".

Syaoran (Chamando o homem que havia virado de costas): "Por que você nunca se casou Wei? Nunca pensou em constituir família?".

Wei (Sorrindo): "A única pessoa que eu amei, morreu há muito tempo, juntamente com o meu filho em um acidente de carro. Desde lá, me dediquei a você".

O rapaz ficou estático. Era muito difícil Wei revelar algo sobre sua vida, ainda mais com aquele grau de profundidade. Gostava muito daquele velho.

Syaoran (Sem graça): "Me desculpe".

Wei: "Não por isso. Agora eu vou antes que o mercado feche".

O mordomo finalmente saiu deixando Li sozinho com seus pensamentos. Amanhã recomeçaria as aulas oficialmente. Sua vida seguiria normalmente, baladas chiques, noites prazerosas ao lado de lindas mulheres...sem compromisso, sem mudança...Apenas o velho Syaoran em sua vida de luxo.

Pegou o controle remoto e ligou a TV passando os canais rapidamente. Parou em um canal de fofocas ao notar que filmavam sua mansão ao fundo.

Repórter: "O que a assessoria de imprensa do clã mais influente da China revelou é que o herdeiro do patriarcado deverá arranjar uma noiva de sua escolha no prazo de oito meses. As meninas do país vão enlouquecer com essa notícia!".

Syaoran (Revirando os olhos): "Droga!".

Ele não sabia o que mais o irritava: Se o fato de colocarem sua situação exposta no jornal nacional, ou de ter sua vida controlada pelas malditas tradições.

Syaoran (Pensou cerrando o punho): 'Deveriam explodir o cara que criou as tradições.'.

Estava treinando em dobro para tentar não pensar em sua situação. Tinha vontade de mandar os anciões para um lugar bem feio. Mas não seria algo bom, afinal prometera a sua mãe cumprir sempre com seu dever. Apesar da doença cardíaca tê-la enfraquecido, a presença dela ainda era muito marcante em sua vida. Pegou a espada e começou uma seqüência de golpes em sua sala que daria inveja a qualquer lutador.

De repente um estranho arrepio o acometeu.

U*U*U*U*U*U*U*U*U

Aeromoça: "Atenção senhores passageiros, bem vindos ao aeroporto internacional de Hong Kong. São dezoito horas e a temperatura externa gira em torno de 25ºC. A Japan Air Lines, deseja a todos uma excelente estadia.".

Sakura espreguiçou-se demoradamente enquanto sentia sua coluna voltar ao lugar. Pegou sua bagagem de mão. Despediu-se dos comissários de bordo e após pegar seus pertences, dirigiu-se a um rapaz com uma plaqueta que exibia o nome dos alunos, aguardando com cara de poucos amigos perto da fila de desembarque.

Sakura (Aproximando-se): "Sou Sakura Kinomoto, senhor.".

O homem checou o nome da garota na lista e confirmou, acertando os óculos.

Homem: "Por favor, espere na lateral enquanto os outros alunos se juntam a nós".

Sakura permaneceu quieta observando as pessoas daquele um mundo diferente. Logo os demais alunos se juntaram ao grupo e Sakura seguiu o homem até a 'van' que os deixaria na faculdade. Ninguém trocava uma palavra, parecia que seguiam um caminho estranho até uma prisão. Encantada com a vista, ela não perdia nenhum dos detalhe da cidade. Não demorou muito para desembarcarem na faculdade, onde o diretor veio recebê-los, e explicar as regras de funcionamento interno.

Sakura (Carregando as malas e um papel): "É aqui! Quarto 727"

Abriu a porta e encontrou um cômodo ajeitado, simples mas aconchegante. Perfeito para ela! Pegou o telefone e ligou para Touya e Tomoyo avisando que chegara bem e que estava instalada. Deixou suas malas sobre a cama, procurando por algum botão que ligasse o ar condicionado. Tomaria um banho, conheceria a faculdade e depois arrumaria suas coisas.

A faculdade era repleta de restaurantes, lojas e alojamentos, parecia uma mini cidade. Observou que o vento balançava o vestido verde-água que usava. Não deveria ter deixado Tomoyo fazer suas malas, só tinha roupas que a prima escolhera.

Sakura (Observando as torres do prédio de medicina): "Dá até medo.".

Distraída, Sakura não percebeu a aproximação masculina no seu caminho. O choque foi inevitável. Trombou com tanta força que caiu por cima do rapaz levando os dois ao chão.

Sakura (Completamente sem graça): "Me desculpe, eu estava distraída".

Por um momento Li permaneceu estático observando o rosto angelical há poucos centímetros de sua face. Nunca em sua vida toda, havia visto alguém tão linda como ela. Percebeu que ela fazia força para levantar sem que o vento revelasse mais de suas belas coxas.

Syaoran (Quebrando o encanto): "Não eu é que...(Se recompôs) ...Deveria olhar por onde anda, sabia?".

Sakura (Sentindo as bochechas queimarem): "Me desculpe, eu sou nova por aqui e estava tão deslumbrada com a faculdade que esqueci de olhar para frente".

Syaoran (Um pouco debochado): "Você deveria tomar um pouco mais de cuidado. Faculdade não é lugar para menininhas".

Sakura (Sentindo o tom na voz dele): "Mas eu não sou uma menininha. Sou uma mulher de vinte e dois anos, quase vinte e três ta?".

Syaoran: "Mas parece mais uma menininha de quinze...".

Sakura: "Você é sempre debochado desse jeito?" (Levantou uma sobrancelha) "E quer saber? Se você trombou comigo quer dizer que estava tão ou mais distraído do que eu".

Syaoran (Sorrindo de lado): "Não sou homem de me distrair".

Sakura (Torcendo a boca): "Ah sei...".

Syaoran: "Acho que você não bate bem da cabeça menina, por acaso sabe quem eu sou?".

Ela o encarou profundamente fazendo o chinês ficar sem graça ao reparar no brilho daquelas duas esmeraldas. Havia algo familiar nele, mas não conseguia assimilar os fatos.

Sakura (Sincera): "Não tenho a mínima idéia para falar a verdade"

O chinês espantou-se um pouco com a resposta. Não era comum que as pessoas não soubessem quem 'ele' era.

Syaoran (Fazendo pose): "Meu nome é Li Syaoran..."

Sakura (Sorriu): "O meu é Sakura Kinomoto, muito prazer".

Ele não pode evitar de sorrir ao reparar que nem ao pronunciar o seu nome, aquela menina o reconhecera. Kinomoto? Era um sobrenome japonês, não era?

Syaoran: "Kinomoto? Você tem um bom chinês para quem não vem daqui, quase me enganou".

Sakura (Sorrindo): "Vou considerar isso como um elogio".

Syaoran (Sem pensar): "E é um, pode ter certeza".

Sakura: "Bom Sr Li, vou continuar meu tour pela faculdade, ainda preciso arrumar as minhas coisas".

Syaoran: (Curioso) "Em qual curso você está?".

Sakura: "Administração com ênfase em negócios internacionais e você?".

Syaoran (Piscando algumas vezes) "Administração com ênfase em finanças".

Sakura (Sorrindo): "Legal, acho que teremos algumas aulas juntos".

Syaoran: "É..." (Quebrando o encanto que o sorriso dela lhe causava): "Preciso ir...Vê se não tromba com as pessoas por ai...Se bem que eu acho que você trombou em mim propositalmente (Piscou de maneira sedutora)".

Sakura (Riu com gosto): "Você se acha, não é?".

Syaoran (Sorrindo de lado): "Não me acho (A olhou sedutoramente) Eu sou".

Sakura (Fuzilando-o com o olhar): "Coitado..."

Syaoran (Provocando): "Eu sei que todos me notam".

Sakura (Caindo na provocação): "Nem todos"

Quem era aquele homem que estava acendendo seus mais terríveis pensamentos? Era bem alto, deveria ter quase 1,90 de altura. Músculos extremamente definidos, marcados pela camisa branca que usava. Cabelos castanhos rebeldes, um queixo quadrado e masculino. Um olhar tão intenso que a fazia constranger-se. Da cor do âmbar, parecia uma terra árida e profunda. Sem duvida alguma o homem mais bonito que já vira na vida.

Syaoran: "Ta certo...(Sorriu debochado) Bom, te vejo por ai então".

Sakura: "É, te vejo por ai.".

A menina viu o chinês virar as costas e se distanciar seguindo na direção de um grupo de pessoas em um carro esporte conversível. Pôde escutar vozes agudas exaltadas.

Sakura: "É parece que ele é realmente muito querido" (Pensou alto)

Voz: "Está falando do Li?"

Sakura (Com as mãos no coração): "Que susto!" (Sorriu sem graça).

Fanlee: "Desculpe-me se te assustei, não foi minha intenção" (Sorriu analisando a moça): "Mas respondendo a sua afirmação ele é o cara mais popular da faculdade. Herdeiro do clã mais tradicional da China. O clã Li".

Sakura (Batendo na testa): "Claro! Sabia que o rosto dele era familiar...".

Fanlee: "Pois é, ele está em quase todas as revistas de fofoca...De qualquer forma ele não se mistura muito, é reservado, sorri pouco...Só se da bem com mulheres fartas, se é que você me entende".

Sakura: "Oh sim, entendo..."

Fanlee: "Você é nova por aqui não é?

Sakura: "Sou, acabei de chegar na verdade. Meu nome é Sakura Kinomoto" (Estendeu a mão para cumprimentar a gordinha simpática).

Fanlee: "Fanlee Zu, muito prazer. Em que curso você esta?".

Sakura: "Administração com ênfase em negócios internacionais e você?".

Fanlee: "Mas é muita coincidência. Eu também! Seremos colegas de classe".

Sakura (Sincera): "Que bom" (Colocou a mão do estômago) "Eu não quero parecer rude, mas por acaso você conhece algum lugar bom para comer aqui no complexo".

Fanlee: "A faculdade tem doze restaurantes cinco estrelas, e vinte lanchonetes e mini bares, mas o 'point' mesmo é a "Casa Lu Shai" é um restaurante diferente com comidas exóticas e um preço razoável. Se eu fosse você tentava ir lá".

Sakura: "É longe?".

Fanlee: "Não muito, ande em linha reta e após o prédio Beta, vire a esquerda. Fica na esquina, você vai ver os letreiros brilhantes".

Sakura (Reverenciando): "Muito obrigada!".

Fanlee(Acenando): "Disponha. Agora preciso ir, te vejo amanhã então".

Sakura (Sorrindo): "Até amanhã".

A menina andou seguindo as orientações a risca. Ficava sem graça ao perceber a forma com que as pessoas a olhavam. Não tinha noção do quão linda era e do tamanho da atenção que chamava. Sentou-se em uma das mesas vazias esperando que alguém fosse atendê-la. O lugar estava lotado. Viu uma velha senhora lutando para carregar alguns pedidos.

Sakura (Levantando-se rapidamente): "Deixe que eu te ajudo.".

Senhora (Sem graça): "Não é necessário, meu bem!".

Sakura (Sorrindo): "Faço questão.".

Senhora (Sentando-se um pouco): "Desde que meu assistente foi pego roubando o caixa, eu fico sozinha com Dayo para atender todas essas mesas. Por acaso não conhece alguém que queira o emprego, minha jovem?".

Sakura: "Ah!" (Pensou um pouco): "Não conheço muitas pessoas...Acabei de chegar... (Riu sem graça) Mas se não se importa, eu gostaria de trabalhar aqui! Seria uma boa oportunida-".

Senhora (Empolgada): "Ótimo! Está contratada!O salário é de 150 dólares por dia (Estendeu as mãos, assustando Sakura) Venha aqui mais tarde para pegar seu uniforme. A propósito, meu nome é Tyng Ni".

Sakura (Estendendo a mão): "Muito prazer, senhora Ni! Mas não acha muito alto esse salário não?".

Tyng: "O prazer é todo meu! Você não tem noção de quanto tempo estávamos precisando de ajuda. E o restaurante pode muito bem arcar com esse custo.".

Sakura sorriu. Sua vida estava começando a mudar. Estudava oficialmente na melhor universidade da China, e até emprego já arranjara. Um emprego simples, mas com um ótimo salário que já dava para comprar suas coisinha e ajudar nas despesas que Touya fazia questão de suprir.

Os sonhos estão apenas começando.

Continua...