N/A: Este primeiro capítulo funciona mais como uma espécie de prólogo. São introduzidas duas novas personagens (os avós paternos do Harry). A história ficará mais interessante quando a Ginny aparecer (capítulo 4).

Capítulo 1 – Os Potters e uma Festa Mortal

Harold Potter foi um homem afortunado por toda a sua vida. Ele nunca estudou na Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts (o pai dele queria proteger a família daqueles que desejavam que eles se juntassem a lordes das trevas), mas apaixonou-se por uma linda estudante de Ravenclaw, Juliet Boyd, e casou-se com ela em 1958. Dois anos mais tarde, a 27 de Março, o nascimento de James Gareth Potter abençoou o casal.

James cresceu como um elegante homem. Tal como o pai e muitas gerações de Potters, ele tinha cabelo preto bagunçado, mas os olhos eram da mãe, castanhos esverdeados e usava óculos de aro redondo. Como o seu avô, líder dos Mauraders, James amava partidas e, para homenageá-lo, usava a mesma alcunha, Prongs, e esforçou-se muito para se tornar num Animagus. Era também atlético, corajoso e inteligente.

Harold decidira que o seu filho não estudaria em Hogwarts, então, em Maio de 1978, James realizou os seus N.E.W.T.s no Ministério da Magia. Um mês depois, o jovem e outros começaram a trabalhar no Departamento dos Mistérios como Inomináveis. Foi aí que James conheceu uma charmosa bruxa ruiva.

- Olá! Sou o James, James Potter. A minha alcunha é Prongs.

- Olá! Chamo-me Lily Evans, eles tratam-me por Emerald. Eu não me lembro de te ver em Hogwarts.

- Fui educado em cada. Como é que foi lá?

Este encontro ficou preso nas mentes dos dois jovens por muito, muito tempo. James sonhava com os encantares e brilhantes olhos verdes amendoados dela, enquanto Lily imaginava tocar naquele cabelo bagunçado.

Uns meses depois, a amizade entre Lily e James floresceu grandiosamente e assim eles casaram-se num pequeno e maravilhoso casamento no verão de 1979. No ano seguinte, a 31 de Julho, Harry James Potter cresceu.


Após a graduação de Lily em Hogwarts, Albus Dumbledore, o diretor, não parou de enviar cartas para tentar persuadir Lily juntar-se à organização contra o lado negro dele, a Ordem da Fénix. Dumbledore levava o jovem casal à insanidade.

- Hmm… - Lily preparava o jantar quando viu uma coruja voar na direção dela. – James, chegou uma carta!

- Eu aposto um knut em como é de Dumbledore. – o marido dela chegou, sorrindo para o bebé feliz nos braços dele.

- Estás certo. Vês? É ele novamente. – Lily disse divertidamente. – Porque é que ele não desiste?

- Porque tu és uma bruxa brilhante e poderosa… - James respondeu à pergunta recorrente, beijando-a nos lábios.

- Bem, eu não me vou juntar a ele. Dumbledore é um velho manipulador e egocêntrico. Ele não tem escrúpulos… Para o Bem Maior, ele faz de tudo…

- Pelo menos ele não sabe que casámos e que tivemos o Harry. Lily, consegues imaginar o que ele faria com o nosso filho, devido à profecia? – o jovem perguntou, preocupado com a resposta.

- Estou tão feliz por sermos Inomináveis. De outra forma, nós poderíamos nunca descobri-la e não nos poderíamos preparar… James, convidaste os teus pais para virem jantar esta noite?

- Sim…

- E o padrinho do Harry?

- Também. Já pensaste no que devemos fazer para o primeiro aniversário do Harry? – o moreno perguntou, brincando com o bebé de nove meses.

- Pensei num jantar connosco, os teus pais e o padrinho dele. James, ele é apenas um bebé! – ela avisou-o.

- Eu sei isso, amor.

Mais tarde naquela noite, Lily e James contaram aos outros o que sabiam e as suas preocupações. Toda a família estava disposta a continuar a lutar contra as forças das trevas de Lord Voldemort. Eles não mostrariam as suas caras, eles teriam alcunhas e eles não seguiriam Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore. Eles eram As Sombras.


Nos meses seguintes, o mundo mágico ganhou esperança. Em cada ataque em que As Sombras estavam presentes, os Devoradores da Morte não tinham escolha a não ser retirarem-se. As Sombras tornaram-se uma importante força contra Voldemort e isso não fazia Dumbledore feliz. Ele não gostava deles, porque faziam o que a Ordem da Fénix dele devia. Ele até tentou convencer a Ministra Millicent Bagnold que As Sombras apenas lutavam contra os Devoradores da Morte para puderem ocupar o lugar deles. Mas por muito que Dumbledore dissesse, a Ministra da Magia não concordava.

Na verdade, a Ministra Bagnold estava tão contente com o sucesso d'As Sombras, que decidiu organizar uma festa a 31 de Outubro de 1981. Todas as importantes famílias e trabalhadores do Ministério foram convidados para a festa de Halloween. Estavam presentes cerca de duzentos bruxos e a festa estava extraordinária, as decorações eram assombrosas e a comida deliciosa, a música cativante. Suspenso no ar estavam abóboras e morcegos a decorar o magnífico salão do Ministérios, a banda tocava num canto, onde havia um espaço próprio para dançar e o salão tinha muitas mesas redondas. Todos estavam a ter uma ótima noite.

Os Potters estavam presentes na festa. Não usavam as vestes que vestiam enquanto membros d'As Sombras, mas o uniforme dos Inomináveis. O casal mais novo emprestou ao casal mais velho as vestes negras, que cobriam as caras, e o pequeno Harry vestiam um uniforme de bebé dos Inomináveis.

James tinha um braço à volta de Lily, tentando confortá-la.

- Marlene… Como? – ela perguntou, mal se ouvia a voz. – Nós éramos melhores amigas em Hogwarts. Como?

- Devoradores da Morte… Acredito que eles mataram-na e a família dela, devido a afiliação dela com a Ordem da Fénix. – Harold contou-lhe, beijando a bochecha da esposa, pois Juliet conhecera a mãe de Marlene.

- Não é segredo que um traidor existe no lado de Dumbledore. Ele sempre acreditou que devemos dar uma segunda oportunidade aos Devoradores da Morte. Eu não concordo.

- Estou de acordo contigo, James… Infelizmente os McKinnons não foram os únicos assassinados. Alega-se que o próprio Voldemort matou Dorcas Meadows. E apenas se encontraram bocados de Benjy Fenwick, os Devoradores da Morte mutilaram-no. – Juliet declarou. – Os Bones e os Prewetts também tiveram perdas.

O ânimo estava em baixo naquela mesa. Outra música começou e James convenceu Lily para dançar. Ela limpou as lágrimas da cara e sussurrou, soando preocupada:

- James, achas que o Harry pode crescer sem os medos da guerra?

- Eu não sei, amor. Mas eu tenho a certeza de que faremos tudo de possível para que isso aconteça. Lily, nós podíamos estar sentados na nossa casa, amedrontados e esperando, mas não, nós lutamos e lutamos e nunca iremos desistir. – ele disse-lhe determinado.

Na mesa redonda, Juliet segurava afetuosamente Harry nos braços, prestando atenção ao que o marido dizia sobre o que o bebé fizera na semana anterior, quando ela e a nora faziam compras.

- Devias ter visto. James tinha posto o Harry na vassoura de brincar dele e ali estava ele a voar todo contente. Harry herdou os genes de voar dos Potter, ele vai ser melhor que James. E quando o nosso filho tirou-o da vassourinha, Harry fez magia acidental. Não deve ter gostado de parar de voar, por isso tornou verde e amarelo o cabelo do James… - nesta altura, Harold largou-se em gargalhadas. – Ele vai ser um brincalhão excelente tal como foi o meu pai… Eu ri tanto... Juliet, tu e a Lily deviam ter visto.

Os Longbottoms também estavam na festa. Eles estavam numa mesa redonda com Dumbledore. Os melhores amigos de Frank, Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew, não puderam ir à festa. Sirius estava com Peter, protegendo-o, visto que Peter era o Guardião do Segredo da casa dos Longbottoms, em Godric's Hollow, enquanto Remus estava a viajar à volta do mundo.

Frank e Alice usavam o uniforme dos Aurors deles, enquanto Neville, Augusta e Albus, tinham vestido as melhores vestes que tinham, azul clara, vermelha escura e roxa. Ao mesmo tempo que Lily e James dançavam, Frank levou Alice para a pista de dança, deixando a mãe dele conversando com Albus:

- Albus, acha que é sensato vir aqui com Neville? Afinal de contas, um lorde das trevas está à procura dele…

- Minha cara Augusta, não há nada para se preocupar. – Dumbledore disse, tentando acalmá-la. – É apenas uma noite no Ministério.

- Não pensa que o Quem-Nós-Sabemos poderia aproveitar esta festa, enquanto todos relaxam, para atacar? É a perfeita oportunidade para matar o meu neto!

- Neville está seguro. Eu duvido muito que Voldemort apareça. Nós estamos no Ministério da Magia…

Como Dumbledore estava enganado. Perto da meia-noite, Lord Voldemort e o seu círculo íntimo de Devoradores da Morte, cerca de cem, compareceram à festa. Em segundos, o pânico foi instalado, as pessoas corriam para sair do Ministério e gritavam. Via-se luzes multicoloridas, especialmente verdes e vermelhas.

A maioria, convidados e Devoradores da Morte, sofreu ferimentos ou morreu, enquanto corriam ou duelavam. Os diversos duelos destruíram a maioria das decorações e das mesas redondas. O salão parecia que tinha passado por mais de que um ataque.

Os Potters e os Longbottoms duelavam juntos contra Belatrix Lestrange, o marido dela Rodolphus, o cunhado Rabastan e Barty Crouch Jr. e Dumbledore duelava contra Voldemort. Os bebés, Harry e Neville, estavam sossegados perto de um pilar, assistindo ao duelo dos pais deles.

Voldemort e Bellatrix lançaram duas maldições da morte que acertaram em Lily e Augusta, enquanto Frank e Juliet estavam sob o efeito da maldição Cruciatus de Barty e de Rodolphus. Dumbledore rapidamente retomou o duelo contra Voldemort, após ter-se visto livre do resultado do um feitiço Oppugno nos destroços de uma mesa. Rabastan, aproveitando o choque da morte de Lily, acerta James com a maldição da morte, enquanto Alice e Harold atordoam Barty e Rodolphus. O pilar próximo dos bebés é atingido por um reducto de um Death Eater e um outro bruxo acertou Dumbledore com um Petraficus Totalus. Voldemort, vendo o seu oponente incapacitado, lançou a sua maldição favorita, a maldição da morte, na direção de Harry e de Neville.


N/A: Harry Potter não me pertence. Harold e Juliet Potter são personagens da minha criação. Nesta história os Blacks não estão relacionados com os Potters nas gerações mais recentes.

Esta história é a minha tradução de Raised by Someone Who Cares, que eu estou a escrever em inglês. Eu uso alguns dos termos originais, pois prefiro-os assim, embora outros estejam traduzidos.