Sasuke saiu um pouco desnorteado de casa. Sakura encontrara com Craig na portaria do prédio e se recusava a dizer o que o homem queria. Depois encontrava-a no telefone, em uma ligação com o mesmo (que ele nem mesmo sabia como havia conseguido o telefone da Haruno), marcando um enconto enquanto Katsu ficava sozinho em casa.
Não conseguiu trabalhar direito. Quanto mais tentava se concentrar no que precisava fazer, mais as imagens das cenas do dia vinham a sua mente. Nervoso, resolveu voltar pra casa, decidido a buscar respostas para suas dúvidas e talvez dar um flagra em Sakura e Craig. Será que se enganara tanto assim com ela? Será que a Haruno o traía com Craig? Será que a cena que ocorreu em sua casa durante o jantar fora verdadeira ou não passou de um encenação dos dois?
Lívido, entrou no carro e dirigiu o mais rápido que podia até em casa. Parou o carro de qualquer jeito no meio-fio e desceu correndo. Do outro lado da rua estavam Sakura e Craig, o mesmo parecia estar levando-a de volta para casa. A moça se despediu do homem e já ia subindo quando Sasuke segurou-a.
-O que você estava fazendo com ele, Sakura?
A Haruno não respondeu-o imediatamente. Tentava formular uma resposta decente, mas nada vinha à sua cabeça. Como explicar à Sasuke que estava encontrando com Craig por conta de uma possível ameaça de Melissa à vida de Katsu? O Uchiha não iria acreditar nela, além dela estar descumprindo suas funções ao deixar uma criança dormindo sozinha enquanto ia se enconrar com um homem que tentara agarrá-la. Sem saber como se justificar, ela apenas abaixou a cabeça.
Sasuke entendeu aquele gesto como um pedido mudo de desculpas, e sentiu o peito apertar. Não poderia te se enganado tanto com Sakura! Alguma coisa estava errada e ele precisava descobrir o que era. Abriu a boca para tentar descobir o que se passava quando um morador desceu correndo as escadas da entrado do prédio.
-Sr. Uchiha! Seu apartamento! Está pegando fogo. - Sasuke e Sakura se entreolharam, bem a tempo de um explosão ser ouvida no apartamento de cima. - Há uma mulher e seu filho lá em cima!
-x-
Melissa entrou pela garagem com a ajuda de um zelador conhecido dela. Deixou todas as coisas que usaria em um quartinho anexo desativado, onde deveriam ficar vassouras e produtos de limpeza extras. Pegou um pouco de gasolina, uma caixa fosfóros, e cobriu os pés com toucas de pano, para não deixar pegadas. Sabia que Sasuke tinha saído, então agora, era só dar um jeito em Sakura em Katsu.
Resolvera esperar por Craig antes de começar, mas como ele fizera o favor de sumir e ela não tinha tanto tempo assim, resolveu subir e começar sem ele mesmo. Usou uma escada que servia para os funcionários, já ansiosa. Depois de quase meia hora, chegou ao andar de Sasuke. Avistou a porta de madeira do apartamento no outro extremo do corredor, o coração já acelerando. Usou a chave reserva que Sasuke esquecera de pedir que ela devolvesse, ouvindo apenas o silêncio. Os sons das vozes de Katsu e Sakura não eram ouvidas, então ela deduziu que o garoto estivesse dormindo.
Andando devagar, evitando que os saltos fizessem barulho no chão polido, elas foi arrastando os pés cobertos em direção ao quarto de Katsu. Abriu a porta e viu o garotinho deitado domindo, nem sinal da babá intrometida em qualquer lugar da casa. Começou a jogar gasolina pela casa, indo calmamente, indo a cada um dos cômodos e despejando o conteúdo do galão no chão polido.
Quando estava no corredor,logo após ter esvaziado o galão, resolveu ir até o quarto de Katsu, onde riscou cinco fósforos e jogou-os no chão. O fogo iniciou-se rapidamente e o calor repentino, acompanhado da fumaça, assustaram Katsu, que acordou repentinamente.
-Sakura-chan? – o pequeno olhava a sua volta em pânico. Queria correr, mas sabia que fogo machucava. Não via Sakura em lugar algum do quarto. Levantou-se na pequena cama e chamou novamente. –Sakura-chan? Onde você tá?
-A Sakura-chan não pode te ajudar agora agora, pirralho! – disse uma voz no escuro, em meio ao fogo que aumentava gradativamente. Katsu reconheceu imediatamente aquela voz.
-Cadê a Sakura-chan, sua chata?
-Num lugar onde ela não pode te ouvir!
Transtornada, Melissa foi até a cama de Katsu e puxou-o pelo braço, tentando levá-lo em direção ao fogo. O garotinho se debatia, gritando pelo pai e por Sakura, mas ninguém o ouvia. Ninguém vinha ajudá-lo. Quando já não tinha mais voz nem forças pra gritar, ouviu uma explosão muito forte e gritou. Estava com muito medo, mas tinha que ser corajoso. Seu pai o ensinara a ser um garoto forte e ele não iria chorar. Rezava para Kami que seu pai e Sakura o achassem. Mal formulou esse pensamento, ouviu a porta sendo aberta e seu pai e Sakura irromperam pela porta, a Haruno correndo em direção a ele e empurrando Melissa de qualquer jeito para o lado.
A mulher tentou avançar em direção à Sakura, mas Sasuke a segurou e os dois caíram no chão. Ouviram o grito aterrorizante de Sasuke e se viraram para vê-lo caído sobre o sofá em chamas, o braço direito totalmente incandescente. Sakura abraçou Katsu e tentou correr, mas não conseguia ver mais nada. Abaixou-se e tentou engatinhar, mas Melissa a impediu. Ergueu a cabeça e não viu Sasuke. Tentou segurar Katsu junto ao seu corpo, mas Melissa puxava seus pés, impedindo-a de proteger o pequeno do calor e da fumaça.
Ouviu Sasuke bater do lado de fora, gritar, chamar pelo filho, mas não conseguia se mexer mais. Num último esforço, a Haruno ficou de quatro e engatinhou até a porta, puxando Katsu desajeitadamente pela mão. Quando avistou a porta de entrada, colocou Katsu à sua frente como um pacote e o empurrou pelo assoalho liso, com força o suficiente para que o pequeno parasse do lado de fora do apartamento, e tentou engatinhar mais alguns centímetros para fechar a porta. Se apoiou na parede, buscando o ar que não vinha, sentindo a cabeça girar e com o resto de forças que tinha, fechou a porta de entrada e trancou-a, largando a chave na fechadura enquanto tudo ao seu redor escurecia e Sakura desmaiava.
-x-
Sakura acordou um tempo depois sem saber onde estava direito. Sentia um pouco de dificuldade em respirar, o nariz queimando, os olhos irritados e sentia como se a fumaça preta do incêndio ainda estivesse a sua volta. Tentou se lembrar um pouco do que acontecera e como fora parar ali. Olhou ao seu redor e viu um quarto branco, com luzes brancas muito fortes e tomou consciência do respirador preso ao seu rosto. Piscou várias vezes, tentando fazer alguma coisa entrar em foco.
Sasuke não estava ali com ela e isso não deveria ser novidade. Não conseguira justificar a ele o porque de estar conversando com Craig no horário de trabalho e ainda se ausentar do apartamento, deixando Katsu sozinho. As imagens vinham como um turbilhão na mente de Sakura. Não gostava nem de imaginar o que poderia ter acontecido ao pequeno se ela e Sasuke não chegassem lá a tempo.
Tentou se mexer na cama, mas não conseguia. Os membros estavam pesados, sem forças para segurar uma pena. Queria chamar a enfermeira, beber um copo d'água e ver se estava tudo bem Katsu. Enquanto pensava em como faria as três coisas, a porta se abriu e uma Ini muito preocupada irrompeu pela porta, indo até a cama, onde esquadrinhou o rosto de Sakura à procura de qualquer sinal de piora. Como não encontrou nada, se endireitou e fechou a expressão.
-Você poderia ter morrido, sua idiota! – disse Ino, a voz tremendo em auto-controle, mas Sakura notou o tom choroso por trás da bronca. Sakura apenas assentiu e fechou os olhos.
-Sasuke está bem, teve queimaduras de 2º grau no braço, mas já foi liberado. –ela começou. Sabia que a amiga deveria querer informações, e ela as daria. – Katsu precisou de oxigênio, mas como você o protegeu da fumaça com o corpo e ele ficou mais abaixo do que você, a intoxicação não foi tão desastrosa. – ela pigarreou. – Melissa ficou trancada dentro do apartamento.
Sakura ficou quieta. Lamentava que as coisas tivessem chegado àquele ponto, mas ela precisava proteger a si mesma e a Katsu. Assentiu e ouviu a porta do quarto se fechando, ciente de que Ino a deixara sozinha com seus pensamentos.
Olá, pessoas!
Tudo bom com vocêêês?
Não me matem, não me xinguem, não me joguem coisas. Passei por muitas provações nesse meio tempo. Fiz um novo vestibular, troquei de faculdade, mas mantive o curso, esava como aluna de duas universidades públicas e tinha que resolver isso, tive provas e mais provas, dois fins de período pra ajustar, estágio, namorado, aniversário. Falando nisso, cadê os meus parabéns?
Enfim, muita coisa! Eu tinha que escrever alguma coisa, mas agora, de verdade, eu preciso da ajuda de vocês. Perdi o fio da miada e com todas essas coisas ocorrendo, eu não sei mais como continuar. Então, peço encarecidamente, que vossas bonitezas me ajudem a dar um final feliz, ou triste, ou o que vocês quiserem para esta fic.
E me digam o que acharam!
Beijos! =)