Quando o Amor Espera

.

.

Universo: U.A.

Autora: Johanna Lindsey

Adapitação: Tiva07

Gênero: Romance/Angst/Histórico

.

.

Sinopse

.

Konoha era uma velha fortaleza, que não fora projetada nem para ser confortável nem para receber hóspedes. No entanto, passou a ser o lar da delicada e bela Lady Sakura desde que ela fora separada do pai por intrigas da madrasta. Embora rústica, há seis anos Sakura não saía dali nem para visitar Haruno, sua cidade natal. Tampouco para ver o pai, que morava no castelo de Haruno com a nova esposa, Lady Kaory.

Estamos em 1776, na Inglaterra dos senhores feudais. Sakura, isolada do mundo, resolve acabar com sua solidão: aventura-se, sozinha, até Oto para assistir à justa. E o destino a faz conhecer o homem que irá modificar radicalmente sua vida: Sasuke Uchiha, o Lobo Negro.

Confiante nas boas relações com o rei, Sasuke Uchiha, mercenário de Sua Majestade, dirige-se a Haruno para pedir que ele interceda a seu favor: quer a mão de Sakura e as terras vizinhas à fortaleza de Konoha. As terras são confiscadas do jovem Sai Montigny e de seu pai, e Sakura é forçada a se casar.

CAPÍTULO 1

.

Inglaterra, 1776.

SIRKAKASHI Hatake se encostava ao grosso tronco de árvore, observando as duas aias guardarem os restos da comida do piquenique. De aparência moderadamente atraente, era um homem despretensioso, e as mulheres, até mesmo as criadas de sua senhora feudal, conseguiam enervá-lo. Ino, a mais jovem das duas servas, encarou-o naquele instante. O seu olhar ousado fê-lo desviar rapidamente os olhos, com o rosto afogueado.

A primavera estava no auge, e Ino não era a única mulher a olhar com simpatia para Sir Kakashi. Tampouco era ele o único homem a receber seus olhares ardentes. Ino era decididamente atraente, com um narizinho fino, faces rosadas, cabelo loiro brilhante e também fora abençoada com um corpo exuberante.

Mesmo assim, Kakashi era um solteirão convicto. Além disso, Ino era jovem demais para um homem de quarenta e cinco anos, tão jovem quanto a Lady Sakura a quem ambos serviam, que tinha apenas dezenove anos.

Sir Kakashi considerava Sakura de Haruno como uma filha. Nesse momento, observando-a deixar a pastagem onde começara a fazer a sua colheita de ervas da primavera e desaparecer no bosque, enviou quatro de seus soldados para acompanhá-la a uma distância discreta. Trouxera dez homens para protegê-la, e os soldados não eram tolos em reclamar da tarefa, porém decididamente não era a favorita deles. Era freqüente Sakura pedir que colhessem as plantas que ela indicava. Colher ervas não era coisa para homem.

Antes da primavera, três guardas eram mais do que suficientes para acompanhar Lady Sakura, porém agora havia um novo residente em Oto, em cujos bosques Sakura entrava para procurar ervas. O novo senhor de todas as terras de Oto era motivo de grande preocupação para Sir Kakashi.

Kakashi jamais apreciara o antigo senhor de Oto, Sir Danzou Montigny, porém, pelo menos, o velho barão nunca dera problemas. O novo senhor de Oto fazia queixas intermináveis dos servos de Konoha, e agia assim desde que tomara posse da fortaleza de Oto. Não ajudava em nada o fato de que as queixas pudessem ser válidas. Pior ainda, Lady Sakura sentia-se pessoalmente responsável pela má conduta de seus servos.

- Deixe que eu cuide disso, Sir Kakashi - ela lhe pedira logo que soubera das queixas. - Receio que os servos acreditem que estão me agradando ao criarem tumulto em Oto.

Confessou, a guisa de explicação:

- Eu estava na aldeia no dia em que Sai Montigny veio me contar o que ocorrera com o pai e com ele. Muitos servos viram como fiquei abalada e receio que tenham me ouvido rogar uma praga para o Lobo Negro que agora governa Oto.

Kakashi achou difícil acreditar que Sakura maldiria alguma pessoa. Não Sakura. Era boa demais, gentil demais, sempre prestes a aliviar qualquer mal, suavizar qualquer fardo. Mas é que, aos olhos de Sir Kakashi, ela jamais fazia qualquer coisa errada. Ele a adorava e a mimava. E, perguntava-se, se ele não o fizesse, quem o faria? Certamente não o pai, que a mandara para longe dele há seis anos, quando a mãe morrera, banindo Sakura para a fortaleza de Konoha, juntamente com a tia, Shizune, pois não suportava ver alguém que lhe lembrasse a esposa bem-amada.

Kakashi não conseguiu entender o gesto do homem, porém jamais conhecera muito bem Sir Kizashi Haruno, muito embora tivesse vindo morar em sua propriedade como parte do dote de Lady Mebuki, quando se casou com Sir Kizashi. Lady Mebuki, filha de um conde, a quinta e a mais nova dos seus filhos, tivera direito a um casamento por amor. O escolhido não se lhe igualava, porém Sir Kizashi a amava... talvez em excesso. A sua morte o destruiu e ele, aparentemente, não pôde suportar a presença da única filha. Sakura, como Mebuk, era pequena e esbelta, clara, abençoada com extraordinários cabelos ro eseos e olhos verdes, ambos com tons prateados. "Linda" era insuficiente para descrever Sakura.

Ele suspirou, pensando nas duas mulheres, mãe e filha, uma falecida, a outra tão cara ao seu coração quanto à mãe o fora. E ficou parado, as agradáveis reflexões destroçadas por um grito de batalha, um grito de raiva que vinha do bosque.

Kakashi quedou-se imobilizado por apenas um segundo e logo saiu correndo rumo ao bosque, espada à mão. Quatro soldados, parados junto aos cavalos, saíram em seu encalço, todos torcendo para que os homens com Sakura tivessem se conservado bem próximos dela.

Bosque adentro, Sakura de Haruno também ficara por um momento aturdida com o grito pavoroso. Como sempre, dera um jeito de botar uma boa distância entre ela e seus quatro protetores. Perguntava-se se haveria alguma grande fera demoníaca nas proximidades. Mesmo assim, a sua curiosidade inata, pouco própria a uma dama, instou-a a seguir na direção do som, em vez de voltar para perto dos seus homens.

Sentiu cheiro de fumaça e desatou a correr, abrindo caminho por entre árvores e arbustos até descobrir a origem da fumaça. A choça de um lenhador ardera. O lenhador fitava as ruínas fumegantes da sua casa enquanto cinco cavaleiros montados e 15 soldados, também a cavalo, miravam em silêncio a choça queimada. Um cavaleiro de armadura, montado no seu corcel, andava de um lado para o outro entre a choça e os homens. Soltou uma imprecação explosiva enquanto Sakura olhava, e então soube de onde viera o primeiro grito horroroso. Soube, também, quem era o cavaleiro. Recuou para dentro da mata, escondendo-se, agradecida pelo manto verde-escuro que a ocultava.

O esconderijo correu perigo quando seus homens surgiram em disparada atrás dela. Sakura virou-se rapidamente, fazendo sinal para que ficassem calados e recuassem. Dirigiu-se silenciosamente aos soldados e estes se posicionaram à sua volta, depois começaram a retornar às terras da moça, sendo alcançados por Sir Kakashi e os demais dali a um momento.

- Não há perigo - assegurou ela a Sir Kakashi. - Mas temos que ir embora daqui. O senhor de Oto achou a choça de um lenhador inteiramente queimada e acho que não está nada satisfeito.

- A senhora o viu?

- Vi. Está uma fera.

Sir Kakashi resmungou e fez Sakura se apressar. Não seria bom para ela ser encontrada perto da choça queimada com os seus homens em armas. Como iria achar uma desculpa para aquela situação?

Mais tarde, quando fosse seguro, os servos poderiam voltar ao bosque e apanhar as plantas. Por hora, Lady Sakura e os homens tinham que sair de cena.

Enquanto Sir Kakashi a erguia até a sela, indagava:

- Como sabe que viu o Lobo Negro?

- Ele portava o lobo de prata num campo negro.

Sakura não contou que já o vira anteriormente, certa vez. Jamais poderia contar isso para Sir Kakashi, pois se disfarçara e saíra sorrateiramente da fortaleza, sem que ele soubesse, para assistir à justa em Oto. Posteriormente, desejou não tê-lo feito.

- Provavelmente era ele, embora os seus homens também usem as mesmas cores - concordou Sir Kakashi, recordando o berro horrível. - Viu a cara dele?

- Não. - Ela não pôde disfarçar o desapontamento na voz. - Estava de elmo. Mas é imenso, nisso não havia engano.

- Quem sabe, desta vez, virá pessoalmente para encerrar o problema, em vez de mandar um representante.

- Ou, quem sabe, o seu exército.

- Ele não tem prova, minha senhora. É a palavra de um servo contra a de outro. Mas, trate de ficar em segurança na fortaleza. Vou com os outros vigiar a aldeia.

Sakura cavalgou para casa com quatro soldados e as duas criadas. Viu que não fora firme o bastante ao alertar o seu povo para não criar mais problemas com os servos de Oto. Na verdade, não fizera o alerta de coração, pois dava-lhe satisfação ver que o novo senhor de Oto estava sendo atormentado por problemas internos.

Pensara em amenizar a situação com o seu povo oferecendo-lhe diversão em Konoha no próximo dia de festa. Porém, a sua ansiedade com relação ao Lobo Negro, e ao que ele poderia fazer a seguir, fez com que se decidisse a não oferecer nenhuma reunião na fortaleza. Não, era melhor manter-se atenta às atividades do vizinho e não dar nenhuma chance ao seu povo de se reunir onde forçosamente haveria bebida. Sabia que poderiam planejar alguma coisa que, sem dúvida, se refletiria nela. Não, se os seus aldeões conspirassem contra o Lobo Negro, seria melhor que o fizessem bem longe dela.

Sabia o que fazer. Teria que falar novamente com o povo, e com firmeza. Porém, quando pensava no querido Sai, banido de sua casa, e no pobre Sir Danzou, que morrera para que o rei pudesse favorecer um de seus mercenários com uma bela propriedade, então ficava-lhe verdadeiramente difícil desejar a paz para o Lobo Negro.

N/T:

Então, gostaram? A Johanna Lindsey é uma conhecida autora de romances e esse é um dos livros da série Ladies Escravas e Lordes Tiranos . Já estou lendo também Adorável Tirano, outro livro da série, se correr tudo bem com essa fic logo logo adapto ele também :3