EU NÃO POSSUO HARRY POTTER... BUÁÁÁÁÁÁÁ
4 de maio de 1998 - Hogwarts
A Luz venceu. O mundo mágico estava exultante e as comemorações não tinham fim. Porém, Lilith Potter não compartilhava dessa felicidade. Após a batalha onde Voldemort perdeu a vida, um grande vazio se apoderou de Lilith, como se de alguma forma parte de sua alma tivesse sido arrancada de seu corpo. E, tentando ignorar o crescente vazio, decidiu passear pelos corredores de Hogwarts para espairecer. Pegou sua amada capa de invisibilidade e vestiu-a, pois não queria ser vista e lançou um feitiço em si mesma para abafar os ruídos. Logo após a derrota de Voldemort, cada bruxo e bruxa passou a idolatrar o ar que Lilith respirava e ela simplesmente não estava no humor para lidar com isso.
Saindo da torre da grifinória, Lilith andou aleatoriamente pelos corredores, distraída. Entrando em um corredor, sentiu uma barreira, mas conseguiu ultrapassá-la. Imediatamente, começou a ouvir vozes e percebeu que estava em uma ala não utilizada do castelo. Percebeu que era a voz de Ron vinda de uma porta entreaberta. Lilith então aproximou-se para ouvir.
- "Já faz dois dias, Dumbledore, você disse que assim que Você-sabe-Quem fosse derrotado seríamos pagos!" , resmungou Ron. - "Eu não quero ter que aturar a Potter nem mais um segundo."
Lilith franziu o cenho e se aproximou ainda mais da porta, não registrando o que Ron disse. "Abeforth está aqui?" pensou. Olhando dentro da sala, viu que havia uma mesa, onde estavam sentados Ron, Hermione, Gina, Percy, Sr. e Sra. Weasley e, o que mais a chocou, Dumbledore.
"Ele está vivo! Dumbledore está vivo!" pensou com olhos arregalados. "Mas porque ele fingiu-se de morto? E porque não se revelou até agora?" Seguindo seus instintos Slytherin pela primeira vez, ao invés dos instintos Gryffindors que sempre a puseram em encrenca, decidiu ficar quieta e ouvir mais um pouco.
Foi então que Dumbledore respondeu.
- "Acalme-se senhor Weasley, você ainda será pago, todos serão. Mas ouve complicações. A garota não deveria ter sobrevivido. E agora que ela tem 17 anos, não tenho mais como retirar dinheiro de seu cofre. Mas não se preocupem. Assim que eu me revelar ao mundo, farei ela assinar um testamento deixando tudo em meu nome. Ao invés de só conseguirmos o conteúdo de seu cofre de confiança, teremos todos os cofres Potter e Black. E então, basta um veneno, e estará tudo resolvido. Direi que a batalha a afetou mais do que parecia e ninguém questionará." - Terminou Dumbledore tranquilamente e com um brilho malévolo em seus olhos. Todos ao redor da mesa sorriram cruelmente ao discurso de Dumbledore.
- "Finalmente, não agüentava mais fingir que me importava com Potter, quanto mais rápido ela morrer melhor, afinal não queremos correr o risco dela se tornar um Lady das Trevas não é? Ela é poderosa demais para ficar viva. Eu tenho medo de pensar o que teria acontecido se o senhor não tivesse colocados os blocos em sua magia e inteligência, professor Dumbledore. Ela poderia destruir a todos nós! Afinal, ela é a companheira de vida de Voldemort" - Falou Hermione. Novamente, todos sorriram concordando, embora tenham estremecido no final, com a exceção de Dumbledore.
- "A menina é um perigo para todos nós, devemos fazer isso o mais cedo possível!" - exclamou a Sra. Wesley gananciosa, pensando na fortuna que receberia, enquanto seu marido acenou concordando com a esposa. Ela parecia ter esquecido completamente que Fred havia morrido.
"Merlin!", pensei horrorizada, "eles estão planejando minha morte! Como podem, pensei que eram meus amigos!" Com o coração partido, corri de volta para a torre da grifinória, lágrimas escorrendo descontroladas em meu rosto. Rapidamente recolhi meus pertences, no caso, o mapa do maroto, meu álbum de fotos, a varinha das varinhas, a pedra da ressurreição, que eu havia recuperado da floresta, minha firebolt e algumas roupas, joguei tudo em uma mochila expandida por dentro, coloquei por baixo da capa de invisibilidade que eu ainda usava e pus-me novamente a correr, desta vez em direção aos portões de Hogwarts, onde eu poderia aparatar. Passei por meus ex-amigos e eles nada perceberam. Chegando ao portão, aparatei.