– Por que ele, cara? – perguntou um James Potter angustiado.
– Cala a boca, Prongs – disse Sirius. – A parte mais difícil já foi feita: eles nem são mais amigos.
– É, mas ela está triste – James disse.
Eram 3:45h da madrugada de sábado. Remus tinha acabado de ir dormir. Peter já estava dormindo desde as 22:00h e roncando alto, como sempre. Frank havia escapulido para ficar com Alice; tenho até medo de saber o que estão fazendo. Só sobraram Sirius e James, comendo doces, bebendo cerveja amanteigada e falando besteiras.
– Não dá para se ter tudo o que se quer – respondeu Sirius, brincalhão.
Ficaram em silencio comendo.
– Padfoot?
– Sim, veadinho?
– Já disse que é cervo, pulguento.
– Fala logo antes que eu me arrependa de estar te escutando.
– Eu descobri uma coisa sobre o Snape, eu já suspeitava, mas agora eu tenho certeza.
– E o que é? – agora Sirius estava interessado.
– Ele ama ela. Snape ama minha Lily. – Ele estava com raiva.
– Eca – Sirius imitou um vômito. – Que nojo. Já pensou ele beijando ela? – James fez uma careta. – Ou então se eles fossem fazer sexo oral e em vez de ele enfiar a língua ele enfiasse aquele nariz seboso dele na...
– Ok, já deu Padfoot – Prongs estava realmente zangado. É claro que ele já se imaginara com Lily daquele jeito (impossível não imaginar, ela poderia ser mais linda do que uma veela se quisesse), mas não gostava que Sirius falasse sobre isso. Principalmente quando não era ele com ela. – Vamos dormir que já está tarde.
– Se quiser assim; não vou ficar falando com as paredes.
Já deitado, James pensava em Lily. Em como seria maravilhoso estar fazendo com ela o que Sirius disse. James era esperto e sabia de muita coisa. Mas o que ele não sabia é que, nas masmorras, mais precisamente em algum dormitório da Sonserina, um garoto de nariz andungo com cabelos negros e oleosos, pensava na mesma coisa que ele.