Nome : Real You
Descrição : Após um acidente na aula de Poções, Harry Potter se torna um bebê, o culpado tem que tomar conta dele até que volte a ter 18 anos. Mas será que Draco Malfoy sabe como cuidar de uma criança?
RATED M/SLASH
Cenas explícitas futuramente
A guerra já acabou e o Snape e o Dumbledore estão vivos :D
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- Potter
- Sim, professor Snape?
- Você está atrasado
Harry pensou em responder o professor, mas achou melhor ficar calado. Nas últimas aulas ele e Ron pegaram a mania de trocar bilhetes, mas Harry tinha certeza que Snape percebera, então achou melhor não irritar o professor ainda mais.
- Você está atrasado, e se pensa que eu vou ignorar esse fato, você está errado. Menos 20 pontos da Grifinória. - escutou-se um lamento dos grifinórios enquanto os sonserinos sorriram. - e se você pensa que eu irei ignorar o fato que você e seu amigo Sr. Weasley têm passado bilhetes durante minha aula, também está errado. Menos 30 pontos de cada um.
Harry respirou fundo. Precisava manter a calma. Se atrasou para a aula por que não conseguia dormir. Desde o final da guerra ele tinha problemas com seus pesadelos, e uma noite bem dormida era algo raro. Era difícil acompanhar suas aulas do oitavo ano enquanto morria de sono, mas ele não iria explicar isso para o professor. Mesmo sabendo que Snape era do bem e que o tinha protegido, ainda era difícil conviver com o homem
- Sim senhor, professor. - ele respondeu enquanto andava para sua cadeira, ao lado da de Ron.
- Potter.
- Senhor?
- Você não irá se sentar com o Sr. Weasley mais. A partir de hoje, você se sentará com o Sr. Malfoy. Talvez isso o ajude a melhorar suas notas.
- Mas senhor, eu - ele foi interrompido
- Sem discussão, Potter. A decisão está tomada. Srta. Parkinson, por favor, sente-se com o Sr. Weasley.
Pansy levantou-se de seu lugar irritada. Não queria sair de perto de Draco. Sabia que agora que a guerra passara, essa era sua chance de conquistar o garoto. Mas não ia discutir com Snape.
Harry se dirigiu até a mesa de Malfoy, e viu que o loiro colocara a cadeira o mais longe possível. O moreno não se importou, assim era melhor. Ele conseguiu sentir a fragrância de Malfoy no ar e o isso o deixou completamente desperto. Como seria possível ele ser par de Malfoy durante o resto do ano, e se concentrar na aula sendo que ultimamente tudo o que conseguia pensar era em jogar o sonserino na parede, e... E o quê? Harry não sabia se queria beijá-lo ou acertá-lo com um soco. Esses sentimentos que tomavam conta dele eram estranhos e novos. Nunca se sentira assim em relação a ninguém.
Harry tentou se concentrar e escutar o que Snape falava, mas tudo que entendeu era que deviam fazer uma poção de voltar no tempo.
- Podem começar!
O moreno olhou desesperado para Malfoy, na esperança que o outro garoto soubesse o que fazer. Malfoy deu um sorriso debochado.
- Não se preocupe, Potter. Eu sei que você não consegue fazer uma Poção nem se a vida de sua namorada dependesse disso. É muito simples, a receita da poção está no capítulo 13. Temos que fazer uma Tergum In Tempus. Isso fará com que você se torne 1 ano mais novo. Depois Snape te dará uma poção de envelhecimento e você voltará ao normal. Agora vá buscar os ingredientes listados para mim.
Harry pensou em questionar o garoto. Porque ele não ia buscar os ingredientes? Mas achou melhor apenas seguir com a tarefa. Desde que voltara para Hogwarts, Malfoy continuava o odiando, mas agora era diferente. Seus insultos não eram tão ruins, algumas vezes eles até soavam brincalhões, algo que um amigo diria. Talvez fosse por isso que Harry estava confuso em relação ao sonserino.
Harry levou os ingredientes para a mesa, e os organizou na ordem de uso, enquanto Malfoy ligava o fogo. Draco olhou para os ingredientes enfileirados e balançou a cabeça aprovando o trabalho de Harry.
- Você pode me ajudar cortando algumas coisas, Potter. - ele disse - mas não estrague nada.
Harry sorriu nervoso e começou a cortar algumas coisas que não sabia ao certo o que eram. Ficou contente por poder ajudar. Não queria que Malfoy achasse que ele era um completo idiota. Apesar de o loiro já achar isso. O grifinório cortou tudo com bastante cuidado e fechou seu livro. Se sentou em sua cadeira e assistiu Draco trabalhar. O sonserino ficava muito... bonito enquanto fazia a poção. Seu rosto estava concentrado e ele movia com uma naturalidade impressionante. Harry viu o loiro virar o pote de asas de morcego inteiro na mesa. Malfoy se virou para ele.
- Potter, daqui cinco minutos você adiciona as asas de morcego. Eu vou tirar um cochilo.
Harry balançou a cabeça. Após os cinco minutos terem passado, ele desviou os olhos de Malfoy com dificuldade. O loiro dormia com a expressão mais suave em seu rosto e estava apenas... adorável! Ou perfeito para levar um soco. Harry ODIAVA ter esses sentimentos estranhos. Essas borboletas ridículas em seu estômago. Aquele era Malfoy! E Harry não era gay! Ele ia voltar a namorar com a Ginny, eles iriam se casar e ter três filhos lindos e ruivos. Ou não.
Ele balançou a cabeça, irritado consigo mesmo. Não podia se sentir assim. Ele procurou seu livro para saber quantas asas de morcego adicionar, mas percebeu que Malfoy dormia em cima dele. Harry não quis perturbar o loiro que parecia tão pacífico. Malfoy parecia ter a mesma dificuldade para dormir que Harry.
O moreno olhou para o quadro, procurando instruções, mas elas não estavam lá. Dando de ombros e pensando que provavelmente devia adicionar todas, ele as pegou com as duas mãos e jogou no caldeirão. Será que devia mexer? Talvez não. Deixando a poção descansar, ele se sentou novamente, e esperou.
Sem saber quanto tempo deveria deixar a poção parada, Harry esticou o braço e pôs a mão no ombro de Malfoy. Balançou o sonserino levemente e viu quando seus olhos se abriram e cinza se misturou com verde. Os dois mantiveram o olhar por breves segundos, até que o loiro se sentou direito e reclamou.
- O que foi, Potter?
- Eu coloquei as asas de morcego ha 15 minutos, e não sei mais o que fazer.
Draco suspirou e se levantou para a olhar a poção.
- Ela está mais grossa do que deveria estar, mas tirando isso acho que está tudo bem. Você devia ter me acordado mais cedo.
Harry revirou os olhos. Não era sua culpa! Ele retirou os ingredientes que sobraram e foi guardá-los. Quando voltou para a mesa, o caldeirão já não estava mais la, e a poção tinha sido servida em uma pequena garrafa. Quando se aproximou, Malfoy disse:
- Snape vai vir aqui daqui a pouco, para te ver tomando a poção.
- Eu? Mas por que eu?
- Potter, essa poção está muito grossa, você não espera que eu tome isso? Você que estragou tudo, então nada mais justo que você seja obrigado a testar.
- Eu estraguei tudo? Eu deixei você dormir enquanto tentava adivinhar o que tinha que fazer! Eu não quis te incomodar!
- É aí que você está errado, Potter. Devia ter me acordado e não inventado uma poção nova!
- Tanto faz, Malfoy. - Harry estava prestes a mandar o loiro se foder, mas achou melhor não fazer tal coisa, em vista que Snape se aproximava.
- Senhor Potter, por favor, demonstre o efeito da sua poção.
Harry revirou os olhos. É claro que Snape não faria Malfoy tomar a poção. O moreno pegou a pequena garrafa, e tomando coragem, tampou seu nariz e tomou tudo de uma vez.
Por uns instantes, os três esperaram para ver o que aconteceria. Nada. Harry suspirou aliviado. Talvez a poção simplesmente não tinha funcionado e nada iria acontecer. Esse pensamente foi arrancado de sua mente, assim como qualquer outro quando uma dor muito profunda se instalou em seu estômago. Harry se abraçou e se curvou para a frente, sabendo estar patético. Malfoy iria rir tanto. Mas Harry não conseguia ver o olhar de puro desespero do loiro.
Os outros alunos foram correndo até a sua mesa, e Harry pôde ver Ron e Hermione. Mas algo estava estranho. Os dois estavam crescendo. Eles ficaram cada vez maiores até que alguém jogou um pano preto sobre a cabeça de Harry e ele não pôde ver mais nada.
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Draco encarava o bolo de roupas no chão com olhos arregalados. Era isso. Sua vida ia acabar. Tinha matado Potter. Seu corpo tremia levemente e o garoto ajoelhou com o braço esticado. Todos os outros alunos seguravam a respiração e Snape estava petrificado.
O sonserino segurou os robes de Harry e os puxou, com medo do que poderia encontrar por baixo.
Grandes olhos verdes e longos cílios negros foram as primeiras coisas que Draco notou. E foi o suficiente para fazê-lo se apaixonar ainda mais por Potter.