Titulo: Quemdenósdois

Autor: Topaz Autumn Sprout

Betagem: Fabianadat

Pares: Harry & Draco

Classificação: NC17

Disclaimer: Eles são da Dona JK, e eu não faço grana com isto, só me divirto, fazendo licenças às vezes não muito poéticas com estes dois.

Avisos: Slash/ Lemon – Ou seja, amor entre homens, não é tua praia? Não leia. Goodbye and have a Nice Day!

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Esta estória IGNORA o epílogo do livro 7 e se passa no final do curso de Aurores, neste caso frequentado por Harry, Draco e vários de seus colegas em Hogwarts.

Como sou chatinha com os detalhes, aí estão algumas informações que coletei na Wikipédia, Potter Wiki e Potter heaven sobre os AURORES:

A sede dos Aurores está localizada no Segundo Piso do Ministério da Magia, é constituída por uma série de cubículos abertos e cada Auror tem seu lugar para trabalhar. Fotos de bruxos das trevas, mapas, recortes do Profeta Diário e várias outras informações úteis ficam em cada mesa.
Os Aurores são membros de uma unidade de elite composta de agentes especializados, dentro do Departamento de Execução das Leis Mágicas do Ministério da Magia; treinados para investigar crimes, assuntos relacionados às Artes das Trevas, apreender ou reter bruxos e bruxas das Trevas.

O treinamento é muito difícil e intenso, por isso há poucos candidatos qualificados. De acordo com Minerva McGonagall, nenhum Auror havia se formado entre 1992 e 1995; Ninfadora Tonks foi provavelmente um dos últimos candidatos aprovados.
Além de sua função de combater o crime, os Aurores também protegem alvos de alto perfil, como Harry Potter ( lembrem-se dos livros, especialmente o episódio dos Sete Potters), o Primeiro-Ministro dos trouxas, o Ministro da Magia, e a Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts.

Tradicionalmente para ser aceito no treinamento, o candidato deve apresentar comportamento exemplar, sem antecedentes criminais, ter um mínimo de cinco NIEMs em matérias difíceis como Poções, Defesa Contra as Artes das Trevas, Transfiguração, e nenhuma nota abaixo de "Excede Expectativas" em qualquer um desses assuntos.

É difícil de cumprir os requisitos da formação Auror, iniciando pelas notas altas durante a formação regular e os alunos são obrigados a passar por uma série rigorosa de testes de caráter e aptidão para mostrar que eles reagem bem sob pressão.
Todos passam por treinamentos exaustivos de combate mágico avançado e outros elementos de defesa prática, bem como, presumivelmente, métodos de investigação criminal. Duas das disciplinas incluídas são "Ocultação e Disfarce" e "Observação e perseguição".

O treinamento tem a duração de três anos.

Visto como glamoroso por alguns, o cargo é cercado de perigos e bastante respeitado na comunidade dos bruxa, membros destacados da corporação são potenciais candidatos para Ministro da Magia.

Porém os requisitos dos candidatos a Aurores foram extremamente afrouxados após o final da Segunda Guerra Bruxa. Com grande parte dos Aurores mortos por Voldemort e seus Comensais da Morte, reforçar o departamento era uma necessidade premente do Ministério da Magia a fim de combater os aliados das trevas restantes. O novo Ministro da Magia e ex-auror Shacklebolt permitiu que qualquer participante da Batalha de Hogwarts interessado em se tornar Auror fosse admitido no curso de formação.

E segundo a HP WIKI, os aurores comparativamente no mundo trouxa se equiparariam aos agentes do serviço secreto inglês ( MI5, MI6) e nos Estados Unidos a CIA e FBI.

Nota da Topaz: Pessoalmente, acredito que os alunos que passam nos testes de aptidão e completam o primeiro ano de treinamento sem conseguir seguir adiante no curso, são remanejados para outros departamentos do Ministério, onde podem ser úteis e também uma ligação com o corpo de Aurores. Como exemplo temos as seções comandadas por Arthur Weasley, primeiramente no Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas e depois do retorno de Voldemort, o senhor ruivo foi promovido a chefe da Seção para Detecção e Confisco de Feitiços Defensivos e Objetos de Proteção Forjados, com 10 subordinados. O Ministério é composto de sete departamentos, sendo que o Departamento de Execução das Leis da Magia é o maior de todos, e a máquina governamental precisa de muitas mãos e cérebros para funcionar.

Agora chega de informação técnica e vamos ao que interessa.

Prólogo

Personalidades de Harry e Draco nesta fic.

Harry:

Derrotou o louco Voldemort com 17 anos, em 2 de maio de 1998, depois participou dos julgamentos e ficou na Toca numa tentativa de se isolar do público que o idolatrava ( e ele sempre detestou isto). Um tanto perdido, resolveu voltar para a escola com Rony e Mione, lá ele seria apenas um estudante e não O Eleito. Também era uma forma de se esconder, mas pelo menos estaria completando sua educação e teria tempo para pensar no que faria depois da formatura, não queria conseguir emprego só pela fama, queria trabalhar e progredir por merecimento.

Voltar a Hogwarts foi dolorido, eram muitas lembranças difíceis para lidar, ele ficou sem rumo e deprimido. Como sempre a esperta castanha buzinou os ouvidos do grifo até ele ceder e conversar com Poppy, que o encaminhou para atendimento psicológico com um especialista em traumas de guerra, e pouco antes da formatura ele finalizou o tratamento, conseguindo encarar todas as perdas da sua vida sem aquela culpa absurda que realmente nunca foi sua e traçou um rumo para seu futuro, decidindo entrar para o corpo de aurores.

Havia estudado muito e provado a si mesmo que era capaz, que era mais do que o garoto da profecia. Descobriu-se mais inteligente e perspicaz do que acreditava, e viu em si a junção dos talentos de Lilly e Pontas. A cicatriz continuava lá, porém esmaecida, apenas uma lembrança e para reforçar sua mudança, os famosos óculos redondos foram deixados de lado depois de um feitiço que lhe proporcionou a visão perfeita.

As aulas extras para retomar as matérias, os infinitos trabalhos além do currículo, o esforço para alcançar notas excelentes em poções e horas na biblioteca serviram para moldar sua paciência e acabaram com as poucas chances de namoro, mas na época nem ele se sentia no clima de romance. Primeiro seria a formatura, depois o teste para academia e mais tarde ele pensaria nos assuntos do coração.

O desejo de se tornar auror não era por vingança e sim por acreditar que poderia colaborar para um futuro melhor e mais pacífico na sociedade bruxa; assim como um tributo àqueles que haviam lutado pela paz, como seus pais, Sirius, Dumbledore, Fred, Moody, Tonks, Remus e tantos outros.

Do garoto assustado e surpreso por estar vivo depois da batalha final, ele emergiu de Hogwarts como um jovem mais seguro, com planos para o futuro e em paz com seu passado, sem falar nos centímetros a mais de altura, chegando a 1,72m e uns bons quilos recheando o corpo que sempre fora magrelo. Depois de passar praticamente um ano caçando Horcruxes e sendo caçado, ele estava assustadoramente magro, quase pele e ossos.

E Madame Pomfrey a cada chegada dele para as entrevistas com o psicólogo, aproveitava para fazê-lo engolir doses de poções fortificantes e coquetéis vitamínicos, tão saborosos quanto à famosa poção para remendar ossos quebrados.

Sentimentalmente (leia-se experiências amorosas), o formando Harry Potter continuava o mesmo menino que havia namorado Gina no sexto ano.

Falando na ruiva, quando ele estava no final do seu primeiro ano no curso de aurores, eles reataram e namoraram por cerca de oito meses, até se darem conta de que eram muito mais amigos do que amantes; mesmo o sexo sendo satisfatório faltava aquela chama... E acabaram se separando de comum acordo.

Ele seguiu a vida, estudando, saindo com a turma, visitando constantemente seu afilhado Teddy Lupin e por hora sem pensar em namorar, eventualmente rolava um clima e ele acabava ficando com alguma garota, nunca passando de alguns beijos descompromissados pois Harry não havia encontrado ninguém especial e acreditava que talvez não tivesse sorte no amor, já que no jogo da vida ele saiu vencedor por diversas vezes (do dito popular: Sorte no jogo, azar no amor).

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Draco:

Sempre foi um solitário, primeiramente por ser filho único de um casal com pouca inclinação para o carinho e com ideias puristas acatadas por muito poucas famílias; amizades em seu meio não eram incentivadas, apenas contatos vantajosos.

Ao entrar em Hogwarts se viu cercado de outras pessoas com filosofia de vida semelhante à sua família e ficou um tanto deslumbrado com a fama dos Malfoy; Crabbe e Goyle cujos pais seguiam as mesmas crenças de sua família, tornaram-se seus guarda-costas e subordinados, não amigos.

O príncipe da Sonserina viu seu mundinho afundar quando Voldemort descontente com Lucius fez da mansão Malfoy seu quartel general; e qualquer admiração que ele tivesse pela causa acabou rapidamente ao ser obrigado a presenciar os atos sórdidos, torturas, assassinatos, e as ordens descabidas do Lorde que cada vez mais mostrava a insanidade que tomava conta dele.

Seu sexto ano foi um pesadelo total, descobrindo sentimentos improváveis e uma ponta de relutante simpatia pelo quatro olhos grifinório que havia enfrentado o Lorde e sobrevivido. A ameaça de morte dos seus pais pesava nos ombros enquanto naufragavam suas tentativas de eliminar Dumbledore. Se ele estivesse sozinho possivelmente teria acabado se deixando matar, mas seus pais dependiam do sucesso dele em agradar o Lorde das Trevas e a posição dúbia de Snape só piorava seu estado de confusão.

No final seu padrinho acabara com a vida do velhote e ele havia fugido com o rabo entre as pernas, certamente escorraçado da escola, preterido pelos aliados de Voldemort e solidificando sua fama de covarde e frouxo.

Mas ele deu uma amostrinha de fibra ao se recusar a reconhecer Potter quando este foi feito prisioneiro pelos lobisomens e procurava se manter longe dos comensais.

Então veio a batalha final e ele foi salvo duas vezes pelo trio de Ouro, mas sua lembrança mais forte sempre seria a do resgate do fogo maldito, de sair daquele inferno na vassoura de Potter, agarrado a ele, como se o garoto fosse uma resposta às suas preces desesperadas, sentindo o cheiro dele misturado com a fumaça e o batimento acelerado do coração do moreno que ele podia sentir sob as mãos que estavam aferradas ao corpo do outro. As preces haviam começado desde que ele havia entrado mais uma vez em Hogwarts, e a verdade cristalina despencou sobre ele como uma tromba d'água, lavando qualquer dúvida que tivesse de quem merecia vencer aquela contenda. Ele podia ter sentimentos contraditórios sobre o moreno, mas se Voldemort vencesse, o mundo mágico conheceria uma era de maldade, escuridão e desesperança por décadas a fio. O homem era insano e sua loucura exterminaria tudo de bom e puro que existia. Pensando de forma egoísta, ele merecia muito mais do que ser um simples lacaio daquele arremedo de gente, ele merecia a chance de viver uma vida plena.

Potter venceu, o alívio chegou e vieram os julgamentos. Quase certo de que passaria uma temporada na prisão, Draco saiu do Wizengamot atordoado pelo fato de estar livre por conta do testemunho de seu nêmesis, que para seu total espanto o procurou na sala dos acusados e devolveu sua varinha mágica, aquela que havia derrotado Lorde Voldemort.

Narcissa também foi inocentada e seu pai só precisaria cumprir um ano de pena na prisão seguido de mais três de prisão domiciliar, uma pena levíssima levando-se em conta os anos de serviços prestados para o lado das trevas.

Os dois malfadados ano sob o domínio do Senhor das Trevas haviam deixado suas marcas. Fisicamente o herdeiro Malfoy estava ainda mais magro que o normal, com olheiras profundas, uma expressão fugidia que muitas vezes beirava o pânico, e a pele clara agora trazia uma brancura doentia.

Draco decidiu não voltar para a escola e ficou para ajudar a mãe a superar a prisão do pai e restaurar a casa, mudando o que fosse possível a fim de mitigar as lembranças da presença de Voldemort. Praticamente isolados da sociedade, exceto pelas visitas regulares dos Aurores em inspeções de rotina aos Comensais perdoados, deu ao rapaz tempo para pensar, sobre tudo e todos.

Os colegas em sua maioria estavam mortos, presos ou eram fugitivos. Madame Zabini procurou manter a família em território neutro durante a guerra, e depois resolveu que Blaise deveria terminar seus estudos na terra natal de seu pai, a Itália.

Com marido em Azkaban, a senhora Parkinson resolveu ir para a França, levando Pansy que certamente não seria bem recebida em Hogwarts depois do fiasco no salão da escola durante a última batalha, assim sem os dois únicos colegas mais chegados por perto ele realmente não tinha com quem conversar.

Depois de pesar os prós e contras, resolveu estudar com tutores para conseguir sua graduação e alguns meses mais tarde decidiu que tentaria a prova de seleção para a escola de aurores. Para os pais a justificativa foi de refazer o nome da família estando ao lado da lei, mas no íntimo ele havia decidido dar um pouco de si para a sociedade que ele havia desprezado e que gentilmente lhe concedera a liberdade.

E também por causa dele... Sempre por ele.

No curso Draco estava sempre sozinho, ninguém queria ficar perto do "filhote de Comensal" e ele pessoalmente não se importava muito, dando tudo de si para ter boas notas e de preferência ser graduado com louvor; provando a si mesmo que valia alguma coisa, esperando um dia ser perdoado e se o destino permitisse entabular uma convivência amigável com seu salvador.