( A capa da fic está no meu perfil pra quem quiser ver)

Edward

Sentia as rajadas de vento batendo em meu rosto. Emmett "brincava" com um urso pardo, o que não era novidade. Me escorei na árvore próxima a mim enquanto ouvia os gritos de vitória de meu irmão ao abater sua presa.

Eu e minha família estávamos em uma viagem de caça nos arredores de Hoquiam. Minhas irmãs, Alice e Rosalie, conversavam sobre uma ida a Tacoma, para compras. Meu irmão Jasper, não tinha nada especifico em mente. Ele estava lembrando de um livro que havia lido a dois dias atrás. Meus pais, assim como eu, observavam Emmett e o urso já morto.

- Ei!- Alice chamou a atenção de todos- Podemos aproveitar que estamos aqui e jogar um pouquinho, antes de voltar para casa.- ela disse jogando para cima e pegando novamente a bola de baseball. Com a ideia, todos pareceram se animar.

Eu realmente não me encontrava com ânimo para jogos, mas não estragaria a diversão deles por minha causa.

Com todos de acordo, seguimos para uma clareira relativamente grande. Era outono; a copa das árvores estavam alaranjadas e outras tinham apenas o esqueleto.

- Você vai ver, eu vou arrasar com você Jasper! Você vai sentir tanta vergonha deste jogo, que ficará séculos inteiros com a cabeça enfiada na terra. - Emmett provocava e ria estrondosamente.

- Veremos Emmett, veremos.-disse Jasper com um sorriso travesso.

Um pouco depois de separar e organizar os times, uma nuvem de fumaça invadiu nosso campo de visão. Era uma nuvem preta acinzentada, o que podia ser apenas uma coisa. Fogo.

Em uma rápida troca de olhares, eu e minha família corremos na direção que a nuvem de fumaça se tornava maior. Conforme corria, pude ouvir o choro de uma criança, mais especificamente um bebê, e ao ir me aproximando, o choro se intensificava.

Eu, por ser o mais rápido de nós, ganhei uma pequena vantagem, chegando antes no lugar.

Era uma simples cabana de madeira composta por apenas um andar. Uma grande parte do telhado estava em chamas, assim como a pequena varanda. A porta estava bloqueada. Dei a volta na cabana tentando encontrar outra passagem. Achei uma janela não muito grande, mas que serviria.

Assim como grande parte da fachada, seu interior também era dominado pelo fogo. Segui o choro do bebê até um pequeno quarto, desviando da estrutura que desabava sobre mim. Me aproximei de um berço branco chamuscado pelo fogo, e lá, gritando a plenos pulmões, havia um bebê.

Seus olhos eram grandes esferas castanhas, os olhos mais lindos que já havia visto. Ao me ver a criança parou de chorar (mas ainda soluçando), para me observar.

Por alguns segundos esqueci de tudo. Do fogo, de minha família, de minhas necessidades; toda a minha atenção se voltava para a criança deitada no berço.

Voltei a si após uma parte da estrutura desabar perto do berço. Sem hesitar, peguei desajeitadamente o bebê nos braços, enrolei em uma manta, e corri em direção a janela na qual havia entrado. É claro que poderia simplesmente derrubar a parede do quarto, mas corria o risco de a cabana desabar sobre nós. Eu já ouvia minha família gritando meu nome do lado de fora preocupados.

- Aqui!- gritei ao passar pela janela. Carlisle estava com o celular na mão, ligando para o corpo de bombeiros.

- Você está bem filho?- perguntou Esme em seu tom maternal.

- Sim estou.- respondi aninhando o bebê no peito. A criança continuava a me olhar com um ar curioso. Sorri para ela.

Esme acompanhou meu olhar e seus olhos se voltaram para o adorável ser em meus braços, e assim como eu, ela sorriu.

- Quem é essa?- ela perguntou ainda sorrindo.

-Eu não sei - respondi ainda olhando para o bebê- a encontrei dentro da casa.- Desviei meu olhar para casa, praticamente em cinzas.- Tive sorte de chegar a tempo.

-Havia mais alguém na casa?- Perguntou Jasper ainda preocupado.

- Aparentemente não. A criança estava sozinha.

Os pensamentos de minha irmã, Rosalie, estavam todos voltados a criança em meus braços. Ela sentia muito pelo que perdeu entrando para esta vida. Me aproximei dela e ofereci o bebê. Prontamente, seus braços formaram um ninho ( incomparavelmente melhor do que o meu).

Rosalie, Alice e Esme ficaram brincando com o bebê, e não muito tempo depois, os bombeiros chegaram. Certamente teríamos que dar uma boa explicação do porque de estarmos na floresta tão longe da cidade.

Os bombeiros começaram o serviço, e quando o fogo já parecia estar controlado, um policial veio falar conosco.

-Boa tarde.- ele nos comprimentou. O sujeito tinha estatura mediana e cabelos grisalhos. - Se importaria de nos responder algumas perguntas?- Agora se dirigindo apenas a mim.

Fiz sinal para prosseguir.

-Acho que seria melhor conversarmos em um lugar mais recluso,- seus olhos percorreram as sete pessoas- se não se importar é claro.

Fomos um pouco mais a dentro da floresta.

- Bom, como chegou até a cabana? E como encontrou a criança?- ele perguntou com um bloco de papel e caneta nas mãos.

- Minha família e eu estávamos fazendo trilha por aqui, quando vimos a fumaça, a seguimos até chegar até o local. Quando chegamos, havia um choro de criança, então eu entrei e a tirei de dentro da cabana.- Eu não estava mentindo exatamente, apenas anulando a verdade.

O homem fez algumas anotações.

-Obrigado.- ele se virou para ir embora mas eu segurei seu braço. Ele se virou e esperou que eu dissese algo.

-A criança,- disse hesitante- quero dizer sua mãe, porque não está aqui?- Ele suspirou antes de responder.

-Seu corpo foi encontrado sem vida ontem pela manhã, em um rio perto de Port Angeles. Pelas fraturas, alguém a assassinou e se livrou do corpo. E agora, quis se livrar da criança. Não sabíamos da existência dela, muito menos que Renée morava por aqui, por isso a polícia não foi atrás dela.

-Mas e o bebê? Ele tem que ficar com alguém.- Eu estranhamente estava me importando demais com um bebê humano que mal conhecia.

-Supostamente Renée não tinha parentes. Isabella será posta para adoção se nenhum parente se manifestar.- O policial coçou a cabeça.

Isabella. Este era o nome da garotinha que me encantara. O nome ecoava por minha cabeça. Mal percebi que o policial havia ido embora, estava muito abalado. Eu realmente sentia muito pela garotinha que a pouco havia salvado da morte. A voz de Alice me fez voltar a si.

- Edward! Temos que ir!

Voltei para perto da cabana chegando a tempo de ver Rosalie entregando Isabella ao policial. Olhei para aqueles olhos uma última vez. Me despedindo do olhar inocente da criança.

PRÓXIMO CAPÍTULO SAINDO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! POR FAVOR, EU IMPLORO, DEIXEM REVIEWS!