Não, não é miragem e sim um capítulo extra de Freakshow. Espero que gostem :)


Capítulo Extra I – Freakshow

O canal estava calmo, a água verde-azulada refletindo no sol fraco que se instalava naquela manhã levemente quente de fevereiro em Veneza. A morena encostou-se a porta da varanda da suíte que estava compartilhando com seu amado marido e soltou um suspiro abobalhado, observando algumas gôndolas navegarem lentamente pelo canal. Desde pequena ela sempre havia tido uma paixão secreta pela cultura italiana e Veneza estava certamente no seu Top 10 de cidades mais apaixonantes do mundo. Sabia que muitos reclamavam do cheiro ou das ruas pequenas, velhas e com o piso molhado devido aos canais que a cercavam, mas nada disso se importava para Isabella Cullen, a beleza naquela cidade estava na sua maravilhosa arquitetura, nas casas antigas, nos pequenos detalhes, como as flores penduradas nas janelas, estava na paixão que ela via nos olhos dos turistas ou dos casais passeando de gôndola e até mesmo nas histórias que já havia ouvido sobre tal local. Isabella abraçou seu torso quando sentiu uma leve rajada de ar pelo ambiente e deixou que sua mente voltasse nos últimos anos…

Os anos ao lado de Edward haviam sido, obviamente, fantásticos. Não tinha como ser menos do que isso, quando a morena tinha um homem tão maravilhoso quanto o Cullen ao seu lado em cada pequeno momento da sua vida. Por mais que ela ficasse constantemente preocupada com a profissão que seu amado seguia, Isabella entendia que aquilo era parte dele e, mesmo não admitindo isso em voz alta, ela achava incrivelmente sexy a ideia de que seu Edward tinha uma personalidade tão forte e perigosa assim quando necessário. É claro que nem tudo era perfeito e, vez ou outra, Edward havia retornado de uma das suas viagens com um machucado ou dois, mas como ele sempre dizia, nada para se preocupar. Entretanto, Isabella nunca conseguiria se esquecer do que havia acontecido alguns anos atrás, quando Edward foi convocado para algo mais elaborado e acabou retornando para casa com duas costelas quebradas e uma cicatriz permanente do lado esquerdo da sua barriga, causada por um canivete. Ela havia ficado tão preocupada e tão brava com Edward por ter sido tão descuidado assim, que não sabia se cuidava dele ou o ignorava por pelo menos duas semanas. É claro que, no final das contas, a morena fez exatamente as duas coisas: primeiro ela se devotou completamente ao marido, cuidou dele por dias, deu carinho e se portou como a esposa perfeita, porém, assim que o médico havia liberado Edward, ela havia feito ele dormir no quarto de visitas por sete dias e se recusou a falar com ele pelo mesmo tempo. Soltou uma risadinha com a lembrança, mesmo tendo sido uma experiência assustadora, os eventos que sucederam aquele acidente, foram demasiadamente bons para que ela tivesse qualquer pensamento negativo. Isabella ainda se lembrava com clareza de quando começou a perceber as mudanças em si e então se descobriu esper-

- Eu odeio acordar sem ter você em meus braços. - A voz sonolenta de Edward soou atrás dela, no mesmo momento em que seus braços fortes a rodeavam pela cintura por trás e a puxava para ele. Ela fechou os olhos com o contato, adorando a forma como a pele de Edward estava quentinha.

- A luz do dia acabou me acordando e me distraí quando vim fechar as cortinas - explicou, suspirando baixinho quando Edward depositou um beijo na curvatura do seu pescoço.

- E posso saber o que a manteve tão distraída assim, amore? - indagou, ainda com o rosto no pescoço de Isabella.

- Ugh… - resmungou, se contorcendo um pouco. Mesmo depois de tantos anos, Edward ainda arrancava as mesmas reações intensas de seu corpo. - Eu estava pensando nos últimos anos, particularmente do seu último acidente.

- Querida - disse em tom de aviso e a virou de frente para ele, fazendo um carinho de leve no rosto dela enquanto maneava a cabeça levemente.

- Eu sei, eu sei - sorriu, virando a cabeça para o lado e dando um beijo na palma da mão dele que segurava seu rosto como se ele fosse a porcelana mais frágil do mundo. - Está tudo bem. Eu estava me lembrando mais em como foi você dormir longe de mim como punição.

- Eu ainda não acredito que você fez isso - resmungou. - Tudo o que eu queria era que o médico me liberasse para que eu pudesse fazer amor com você e então quando fui liberado você me colocou na casinha do cachorro. Nada legal, Isabella. - A morena soltou uma risadinha com o pequeno bico que havia se formado e ele balançou a cabeça, abrindo um sorriso. - Além do mais, por que você estava pensando isso? Tenho certeza que nosso passado tem coisas muito mais interessantes do que aquelas semanas...

- Tipo? - desafiou, arqueando a sobrancelha. Edward adorava que com o passar dos anos, Isabella só havia ficado mais solta e desinibida perto dele.

- Como assim tipo? - retrucou, puxando-a para si novamente, até que pudesse chegar perto do seu ouvido e então murmurou: - O nosso casamento é uma lembrança perfeita. Assim como a nossa lua-de-mel, você não acha?

Isabella assentiu fracamente e levou os dedos até o cabelo de Edward, enterrando-os ali enquanto deixava sua mente vagar pela lembrança. O casamento dos dois havia sido perfeito, uma linda cerimônia realizada na magnífica catedral de Milão com seiscentos convidados para a cerimônia formal e duzentos e cinquenta para a festa mais íntima que aconteceu nos jardins da casa dos Cullen. O vestido de Isabella havia sido uma bagatela de cento e cinquenta mil euros e havia sido feito por linhas de marfim com pequenos diamantes nos detalhes do busto e cintura e uma calda de dois metros de comprimento completava o design clássico e romântico, ele havia sido desenhado especialmente para Isabella. Logo após as duas cerimônias, Edward e Isabella haviam seguido para uma Ilha Grega, onde passaram duas deliciosas semanas em um resort praticamente deserto e à mercê do casal. Embora Edward havia a provocado dizendo que eles não conheceriam muito o local, ele havia levado ela para as partes mais bonitas da ilha. Eles haviam explorado o local, conhecido algumas praias, recebido sessões de massagem para casais e, para finalizar as surpresas que Edward tinha planejado, um jantar romântico em uma plataforma de madeira no mar. Havia sido espetacular ter duas semanas onde a única preocupação existente era a de um se devotar ao outro completa e perdidamente. E foi exatamente isso que eles fizeram. Isabella ainda conseguia se lembrar com perfeição de todas as vezes em que Edward a tomou naquela ilha, em todos os lugares exóticos que eles fizeram amor e em como naqueles dias uma conexão ainda mais forte se formou entre eles.

- Edward - ela suspirou baixinho, puxando a cabeça dele de seu pescoço apenas para poder tomar seus lábios em um beijo lento e intenso.

Ela não se importava que era de manhã e que provavelmente nenhum deles havia escovado os dentes ou algo do tipo. a morena já havia passado dessa fase há um tempo. Além do mais, tudo o que ela queria fazer era poder sentir um pouco daquela conexão de novo. E é claro que Edward estava mais do que feliz e pronto para dar a ela exatamente o que ela queria e eles logo estavam embolados mais uma vez nos lençóis macios da suíte que eles estavam ficando para o final de semana. Havia sido lento e intenso; exatamente como Isabella gostava pelas manhãs. Ela gostava quando Edward a tomava deforma rude, como um perfeito homem das cavernas e a fazia gritar de prazer até quase perder sua voz, mas amava quando os dois eram íntimos assim. Quando ele os deitava de conchinha e então a penetrava lentamente, enquanto segurava seu corpo como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo. Também amava a forma como os lábios dele ficavam perto de seu ouvido e ele então sussurrava como ela era perfeita e como ele a amava incondicionalmente, para logo em seguida a beijar levemente nos lábios. A Cullen mordeu os lábios para conter o gemido quando ele atingiu aquele ponto especial dentro dela e ele enterrou a cabeça no pescoço dela, investindo mais fundo e um pouco mais rápido, até que ambos estivessem completamente ofegantes depois do orgasmo maravilhoso que tinham tido.

- Feliz dia dos namorados, amore - sussurrou no ouvido dela, alguns minutos depois quando já havia se recuperado.

- Feliz dia dos namorados, Edward - respondeu com um sorriso bobo e se virou para poder dar um beijinho nele. Ela sabia que aquele dia era mais um pretexto, pois basicamente todos os dias ao lado daquele homem a fazia se sentir completamente amada e adorada. - Eu te amo.

- Também de amo, amore mio.

Se tinha algo que o Cullen nunca havia se cansado de escutar nos últimos anos - além dos gemidos da sua mulher, é claro -, eram essas três palavras. Seu coração parecia que ia explodir sempre que sua Isabella declarava seu amor para ele e ele se sentia o homem mais sortudo do mundo. Não eram muitos que tinham tudo o que queriam na vida, mas ele certamente tinha. Isabella havia dado a ele coisas que ele sequer um dia pensou em querer ter, ela havia dado amor, companheirismo, havia dado uma família para ele se apoiar e passar momentos felizes. Ela havia dado tudo para ele e ele se sentia eternamente grato por isso e fazia questão de mostrá-la todos os dias.

- Que sorrisinho é esse? - a voz preguiçosa de Isabella soou, arrancando-o de seus pensamentos.

- Apenas pensando em como sou sortudo por tê-la na minha vida, querida - respondeu com um sorriso. - Você me deu coisas que jamais imaginei querer ter.

- Posso dizer o mesmo de você, Edward - disse com sinceridade e tocou o rosto dele brevemente, antes de se inclinar para mais um beijo. Porém, antes que pudessem aprofundá-lo como eles queriam, o estômago de Isabella começou a reclamar de fome e eles se separaram. Ele rindo um pouco e ela levemente corada.

- Acho que devo pedir o serviço de quarto, uh? - provocou e ela deu um tapa no braço dele como resposta, mas não discordou.

Enquanto Edward pedia o serviço de quarto, Isabella caminhou até o banheiro e finalmente respondeu aos pedidos da mãe natureza, lavou o rosto e prendeu o cabelo em um coque frouxo. Como ainda não tinha tanta liberdade de andar por aí completamente nua como seu marido, ela se enrolou em seu pequeno robe de seda e voltou para o quarto, fazendo um biquinho quando viu que Edward também havia vestido uma calça de pijama de algodão. É claro que o gesto rendeu uma provocação vinda de Edward, dizendo que se ela preferisse, ele atenderia a camareira como veio ao mundo. Depois de ganhar um olhar severo de Isabella, ele sorriu e a derreteu com alguns beijinhos no pescoço, antes de seguir para o banheiro e fazer sua higiene pessoal. O serviço de quarto não demorou mais do que vinte minutos para chegar e logo a refeição estava sendo servida na pequena salinha que tinha na suíte, enquanto comiam um delicioso café da manhã. Edward havia sido um marido perfeito e pedido exatamente todos os preferidos da sua esposa, sabendo que aquilo a deixaria ainda mais derretida. O casal sentou-se à mesa que tinha ali e começaram a desfrutar do café da manhã enquanto conversavam sobre coisas aleatórias da vida. Isabella agora aos 28 anos de idade, dedicava seu tempo livre a sua família, a algumas ONG's em defesa das mulheres com ajuda da sua amada sogra, Esme, e também a dança. Desde que havia aprendido alguns truques no pole dance anos atrás com a agora gerente da Freakshow, Sweet, Isabella havia se encontrado completamente intrigada por esse mundo e resolveu que se dedicar um pouquinho mais a essa arte poderia ser interessante. É claro que Edward adorava ver a esposa dançar para ele vez ou outra, amava a forma sensual que seu corpo se movia enquanto ela o seduzia. Infelizmente não era sempre que eles podiam roubar momentos assim, onde não havia preocupações ou interrupções, por isso eles sempre aproveitavam ao máximo quando tinham a oportunidade.

- Eu tenho um presente para você - Edward anunciou, quando eles haviam acabado de comer e a morena arregalou os olhos rapidamente. Pensou que o final de semana romântico em um luxuoso hotel em Veneza havia sido seu presente. Mas é claro que Edward não iria se contentar apenas com isso, por isso ela sorriu ansiosa e esperou que ele a entregasse a pequena caixa aveludada.

- Edward… - balbuciou, quando encarou o maravilhoso colar de pérolas negras que havia ali dentro. Ela estava namorando um havia algum tempo e sabia que tinha mencionado certa vez aleatoriamente com o marido, mas não imaginou que ele lembraria. - É lindo. Obrigada. Me ajuda a colocar? - pediu.

- Claro, querida - sorriu e se levantou, caminhando até Isabella e a levantando da mesa, para logo virá-la de costas para ele e lentamente, ele passou a ponta dos dedos nos fios escuros do cabelo dela, que agora estava solto, retirando-o do caminho. A morena sentiu sua pele formigar com o contato e evitou a vontade de apertar as pernas quando o formigamento passou para uma outra região do seu corpo. Edward prontamente colocou o colar no pescoço dela e finalizou o ato com um beijo casto na parte de trás do seu pescoço, fazendo com que ela gemesse baixinho e então se virasse de frente para ele, o encarando intensamente. - O contraste com sua pele é maravilhoso - observou e se inclinou para dar um beijo nos lábios ansiosos dela.

- Eu…. hm… eu também tenho um presente para você - ela anunciou quando eles finalizaram o beijo algum tempo depois, sua respiração ofegante.

- Eu pensei que aquele conjunto de lingerie maravilhoso misturado a dança completamente sexy de ontem, fossem meus presentes - provocou. A morena tinha o surpreendido quando eles chegaram no quarto do hotel e então pediu para que ele a esperasse sentado na cama, apenas para sair do banheiro alguns minutos depois usando um robe de seda vermelho e por baixo dele o conjunto de corset, lingerie, meias ⅞ e salto alto mais sensuais que ele já havia visto em sua vida. O material era transparente com alguns detalhes em diamante, fazendo como que ele conseguisse ver os mamilos endurecidos dela através do sutiã e sua pele completamente lisa e depilada na calcinha. Havia sido uma vista e tanto.

- Não seja bobo, é claro que eu te compraria algo mais permanente - murmurou mordendo os lábios, tentando não corar.

- Eu não sei, querida, eu não me importaria caso aquele show de ontem se tornasse algo permanente e rotineiro nas nossas vidas - murmurou provocantemente, se inclinando em direção ao ouvido dela para dar uma mordida ali.

- Edward - alertou e ele soltou uma risada, se afastando. - Além do mais, você sabe que não podemos sempre nos arriscar assim em casa mais - continuou e então se virou indo até a cômoda de madeira no canto e retirando a caixa da gaveta, para logo em seguida voltar para a mesa e a entregar nervosamente para Edward. - Não é algo romântico, eu sei, mas espero que goste.

O Cullen olhou a caixa de madeira com curiosidade e então a colocou em cima da mesa, passando os dedos pelos detalhes feitos a ouro que tinha ali, antes de destravar a caixa e a abrir, encontrando um fundo aveludado e azul marinho. Mas o que chamou atenção ali mesmo, havia sido o material prata que estava posicionado no centro da caixa, brilhando levemente. Isabella Cullen, sua doce esposa, havia lhe comprado uma adaga de prata, com alguns rubis cravados na base. Era talvez a adaga mais linda e atraente que ele já havia visto em toda a sua vida e, saber que havia sido um presente de sua querida… Edward grunhiu levemente, colocando a caixa na mesa onde haviam comido e então rapidamente puxou Isabella para si, tomando seus lábios em um beijo urgente e desesperado. A morena ofegou um pouco com a súbita mudança de humor em seu amado, mas não reclamou quando ele a levantou no colo e a jogou bruscamente na cama macia que eles estavam compartilhando. As poucas roupas que eles estavam usando logo foram jogadas de qualquer jeito pelo quarto e em questão de segundos, Edward estava explorando o corpo de Isabella com seus lábios.

- Fica de quatro - ele pediu, saindo da cama e esperando que ela atendesse seu pedido, o que ela prontamente fez, ansiosa para o que viria a seguir.

E ela não ficou desapontada. Edward não perdeu tempo em espalmar suas mãos na bunda redondinha dela, para logo em seguida se inclinar e depositar um beijo em cada bochecha, antes de abaixar um pouco mais e começar a lamber e a sugar a pele, fazendo Isabella se contorcer com a sensação. Ela adorava quando ele fazia sexo oral nela naquela posição, era sempre tão mais… intenso e ela sabia muito bem que não duraria muito para gozar caso ele continuasse com aquele ritmo.

- Oh Deus... - murmurou e então enterrou a cabeça entre os lençóis, abafando o grito que queria sair de seus lábios quando ela explodiu nos lábios dele.

- Por que você fez isso? - Edward perguntou, voltando a ficar de pé ao lado da cama.

- Isso o quê? - rebateu, um pouco confusa.

- Abafou seu gemido.

- Oh… eu não percebi que tinha feito isso. Força do hábito, eu acho - mordeu os lábios, envergonhada, e Edward sorriu malicioso, vindo por cima dela até chegar perto do seu ouvido.

- Pois se esqueça deste hábito, querida. Hoje eu quero ouvir todos os seus gemidos - murmurou naquele tom de voz que fazia Isabella tremer. - Quero que a porra deste hotel inteiro escute o que eu estou fazendo com você - completou e, antes que Isabella tivesse tempo de realmente absorver suas palavras, ele havia entrado nela de uma vez só, fazendo-a soltar um grito. - Bem assim.

- Ugh… Edward! - gemeu, tentando se segurar em seus cotovelos na cama para manter a posição. - Por favor…

- O que você precisa, querida? - provocou, saindo dela lentamente, apenas para estocar fundo logo em seguida.

- Não me provoca - implorou, jogando a cabeça para trás e mordendo os lábios, quando ele tornou a entrar nela. Lentamente.

- Como assim? - se fingiu de bobo. Ele queria ouvi-la implorar.

- Ugh, você sabe! Para de me provocar, eu preciso de você por inteiro. Forte e rápido. Agora, Edward!

- Como quiser, querida.

Logo toda força de Isabella tinha evaporado e morena perdeu o controle nos cotovelos, caindo na cama e trazendo Edward consigo, de forma que agora eles estivessem em uma nova posição; ela deitada de bruços na cama e ele investindo por trás. Era mais íntimo e assim ele conseguia ir mais fundo, ao mesmo tempo em que a sentia mais apertada ao seu redor. Era quase impossível de se mover para dentro e fora dela, mas ele não a desapontou. Investiu forte e rápido, como sua amada esposa havia pedido e em questão de minutos ela estava gritando enquanto gozava, sendo rapidamente seguida por ele, que desabou em cima dela. Alguns segundos depois, com a respiração ainda desregular, ele cuidadosamente se afastou e deitou de costas na cama, virando a cabeça de lado e olhando para sua Isabella, que tinha um olhar preguiçoso e satisfeito em sua direção. Ele adorava vê-la assim: os cabelos bagunçados, lábios inchados e bochechas avermelhadas. Era a coisa mais sexy do mundo.

- Nós precisamos nos arrumar, o carro já deve estar a caminho do continente para nos buscar - Isabella murmurou alguns minutos depois.

- Provavelmente - Edward concordou, lembrando-se vagamente de que ele havia pedido o carro para buscá-los perto das onze horas, então eles comeriam algo e seguiriam para Roma, onde pegariam o avião privado de volta para casa. - Bom, já que estamos ficando sem tempo então… o que você acha de nos despedirmos daquele maravilhoso chuveiro, minha querida? - indagou sugestivamente e Isabella soltou uma risada.

- Você é insaciável - acusou, mas não negou a proposta dele. Apesar de tudo, ela era tão insaciável quanto ele.

Depois de um banho longo juntos e de se vestirem novamente, uma camareira contratada veio até o quarto do casal e arrumou todas as coisas deles. As duas malas pequenas foram levadas para a pequena limosine preta que os esperava no continente e eles andaram de mãos dadas por Veneza, enquanto se despediam da cidade. Apesar de terem passado boa parte do final de semana dentro do Hotel, os Cullen tinham aproveitado bem as maravilhas de Veneza. Edward havia arranjado um guia turístico particular para eles, havia contratado uma gôndola para eles e também um maravilhoso jantar romântico para sua Isabella, antes de eles finalmente se trancarem no hotel e ficarem lá até o último minuto. Certamente os dois voltariam para casa com boas memórias daquele lugar. Isabella se pegou sorrindo e Edward apertou a mão dela levemente, mostrando que mesmo sem conseguir expressar com palavras, ele também sentia o mesmo. Quando chegaram no carro Antonio, o motorista contratado para a ocasião, prontamente abriu a porta para que eles entrassem e Isabella sorriu, agradecendo. Cerca de duas horas e meia na estrada, eles finalmente chegaram a Florença e pararam para um almoço rápido em um dos restaurantes favoritos de Isabella, antes de voltar para o carro e seguirem as outras três horas de carro até Roma. Quando finalmente chegaram ao aeroporto particular, Edward e Isabella agradeceram o motorista e seguiram até o jatinho que os esperava, cumprimentando a pequena equipe brevemente, antes de se sentarem nas poltronas.

- Já estamos prontos para partir, Sr. Cullen - a atendente de voo anunciou. - Estamos apenas aguardando seu sinal.

- Pronta, Querida? - Edward perguntou, se virando para sua esposa que tinha um sorriso radiante nos lábios. Ela mal podia esperar para chegar em casa e Edward sabia muito bem disso.

- Você sabe que sim! - fez um biquinho involuntário, fazendo Edward soltar uma risada e a beijar rapidamente.

- Diga ao comandante que estamos prontos.

Após avisar que seus serviços estavam disponíveis mais uma vez, a atendente se retirou e em questão de minutos a pequena aeronave já estava sobrevoando Roma e indo em direção a Milão. O voo não duraria mais do que uma hora e alguns minutos e quando estavam no ar por uns cinquenta minutos e a atendente de voo anunciou que eles pousariam em cerca de dez minutos, Isabella começou a ficar agitada e a balançar as pernas, fazendo Edward a olhar com provocantemente.

- Há algum problema, querida? - perguntou, a distraindo com seus lábios no pescoço dela.

- Apenas ansiosa para chegar em casa - respondeu, deitando o pescoço para o lado.

- Eu sei - Edward concordou, se afastando e dando um selinho nela. - Eu também estou.

A morena sorriu abertamente para o marido e se aconchegou a ele, esperando os últimos minutos que faltavam. Provavelmente eles ainda demorariam mais uma hora para chegarem em casa, mas ela não se importava. Só de saber que já estava em Milão e tão perto, era o suficiente. Quando finalmente o jatinho tocou o chão, eles aguardaram até tudo ser liberado e alguns minutos depois, eles finalmente receberam o ok para saírem da aeronave e não perderam tempo. Edward rapidamente pegou a mão da sua querida e eles caminharam para fora do jatinho, descendo os poucos degraus, até tocarem o chão. A alguns metros dali, o carro preto de sempre já estava a espera deles e Isabella não pode conter a surpresa, e o sorriso, quando viu a figura pequena e ansiosa parada ao lado de Almos. Edward sorriu também e prontamente assentiu para que Almos soltasse o garotinho, fazendo com que ele viesse correndo até onde o casal estava gritando a todo vapor: - Mama! Papa! - e se jogou nos braços de Edward, que havia se ajoelhado no chão, para abraçar o filho. Sim, ele e Isabella agora tinham um pequeno garoto de três anos que preenchia qualquer silêncio que pudesse ter naquela casa. Anthony, que havia ganhado o nome em homenagens aos avós e ao pai, era a cópia perfeita do pai, com o carisma e bondade da mãe.

- Ei, garotão! - Edward do cumprimentou de volta, se levantando ainda com ele em seu colo.

- Será que eu também mereço um beijo? - Isabella perguntou, fingindo estar com ciúmes. Ela na verdade adorava ver a adoração que seu marido tinha por seu filho e vise versa. Era incrível, quase como se Edward se tornasse outro homem na presença do filho. Mesmo tendo se aberto mais com os anos e ficado mais carinhoso quando se tratava de Isabella, quando Edward estava ao lado do filho era completamente diferente. Agora Edward tinha uma mini-pessoinha que o admirava e que provavelmente o teria como exemplo sobre como ser alguém no futuro e isso fazia com que Edward quisesse ser a melhor pessoa do mundo aos olhos da criança. Isabella achava isso a coisa mais linda do mundo.

- Claru que sim, Mama! - exclamou, jogando os braços em direção a mãe, que prontamente o pegou no colo.

Isabella se ajustou um pouco com o peso do filho e suspirou, lembrando-se de quando ele era apenas um recém-nascido e não pesava nada. Ela sentia falta disso, sentia falta de pegar um bebê no colo, de presenciar as primeiras palavras, os primeiros passos… Soltou um suspiro nostálgico e enterrou a cabeça no pescocinho dele, dando uns beijinhos e fazendo ele se contorcer, soltando umas risadinhas.

- Mamãe sentiu sua falta, querido - sussurrou.

- Eu também, mamãe! - exclamou animado, começando a pular no colo dela. Isabella gemeu um pouquinho e colocou o filho ansioso de volta no chão e ele rapidamente correu até o carro novamente, parando em frente a Almos com um olhar de sabe tudo.

- Eu te falei que eles iam gostar da surplesa! - disse batendo os pés e Almos soltou uma risada.

- Parece que você estava certo, campeão - concordou, bagunçando o cabelo acobreado dele, o que fez ele bufar e cruzar os braços, fazendo um biquinho adorável. Havia herdado aquilo da mãe, é claro. - Desculpe por não avisá-los, Sr. e Sra. Cullen, mas a Sra. Esme achou que seria uma boa ideia quando ele sugeriu hoje mais cedo…

- Até parece, Almos - a morena revirou os olhos, rindo. - Você sabe muito bem que tudo o que Anthony precisou fazer foi começara frase "eu queria ir busc-" que você o trouxe sem questionamentos.

- O que posso dizer, Sra. Cullen… o garoto me tem na palma da mão - assumiu, encolhendo os ombros.

- Está tudo bem, Almos. Isabella não ia aguentar esperar mais uma hora até poder ver esse pestinha aqui - Edward provocou, abraçando a mulher que não se preocupou em discordar. Ele estava certo no final das contas.

Depois de mais algumas risadas, eles finalmente entraram no carro e Anthony logo se aconchegou entre os pais, encostando a cabeça no ombro de Isabella, que rapidamente fez um carinho ali. Ela sabia que o pobrezinho devia estar cansado, ela mesma estava se sentindo exausta depois da longa viagem para chegar em casa. Alguns segundos depois, ela sentiu a mão de Edward fazer um carinho no rosto dela e olhou apaixonadamente para o marido, murmurando que o amava. Ela nunca pensou que um dia teria algo assim como ela tinha agora… um marido que realmente a amava e a respeitava não só como parceira, mas como mulher também. Um filho maravilhoso, uma família que a apoiava, uma carreira em que pudesse ajudar outras pessoas. A vida agora estava melhor do que ela jamais podia esperar, mas ela tinha certeza que coisas melhores ainda estavam por vim. Com este pensamente em mente, ela colocou a mão livre na barriga ainda lisa e deixou que um sorriso ansioso brotasse em seus lábios.

Sim, a vida de Isabella Cullen estava caminhando para ficar melhor ainda. E ela mal podia esperar por tudo que o futuro traria.


N/A: Depois de mais de um ano qeu a fic terminou - socorro, tem isso tudo já? - finalmente escrevi esse extra que muitas de vocês vinham me pedindo pelo grupo. Espero que tenham gostado desse pedacinho do futuro deles tanto quanto eu e que tenha dado pra matar um tiquinho da saudades. Não esqueçam de comentar me contando o que acharam! Ah e fiquem ligadas no grupo para futuras novidades! Beijos, beijos.

N/B: Quanto amor e fofura! Estou morta aqui com esse extra. Tão lindo ver o futuro deles, ainda mais com um filho, que era o que eu mais queria ver deles s2 Obg Brenda por fazer essa coisa tão linda e fofa s2 E não se esqueçam de comentar xx Leili Pattz