Disclaimer: Naruto não me pertence
Okaeri
Voltar para casa significa muito mais que algumas palavras.
Rating: M
A irritação que havia sido sua companheira pelas últimas duas semanas começou a se dissipar assim que ele abriu a porta da casa. Detestava quando era enviado para longe do que lhe era caro e não conseguia resolver tudo em poucas horas - sabia que havia amolecido após assumir seu importante cargo administrativo, mas os dias errantes de shinobi haviam ficado para trás e ele se via no direito de aproveitar as regalias que possuía e pelas quais pagava caro ao aturar o Hokage mais problemático da história.
Deixou a noite gelada de outono para trás com o bater da porta, e se livrou de suas sandálias, casaco e bagagem no vestíbulo – depois cuidaria daquilo. Esfregando as mãos uma na outra, trajava apenas uma camiseta de manga comprida preta e calças quando entrou na sala.
Ela estava esperando por ele. Shikamaru sabia que estaria. A lareira estava acesa e a televisão ligada, mas a figura loira de roupão estava de pé olhando para ele. O Nara se permitiu um momento para apreciar a cena. A luz do fogo acendia os tons quentes da pele e do cabelo dela, emprestando um brilho dourado aos enormes olhos verdes que sempre o fascinaram. O longo roupão era de algum tecido fofinho e estava amarrado de maneira frouxa, com um decote que permitia que ele visualizasse as clavículas bem desenhadas da mulher, adornadas por uma corrente de ouro acompanhada por um pingente de menininho – presente dele no primeiro dia das mães dela. A expressão feminina era enigmática e plácida, e ela parecia bem aquecida, com as mãos displicentemente colocadas nos bolsos. Ele também já estava se sentindo bastante quente.
Sem esperar mais, extinguiu a distância entre eles, segurando o rosto de Temari com as duas mãos e beijando-a com sofreguidão. As mãos dela deixaram os bolsos e seguraram os pulsos dele, correspondendo ao beijo faminto com a mesma selvageria que recebia do Nara, sentindo a barba por fazer dele lhe arranhar a pele. Ele cheirava a fumaça, sakê, poeira e suor. Ela sabia que ele não tinha parado para descansar nem por um minuto antes de chegar em casa, e aquilo a deixava inebriada.
As mãos dele se enroscaram em sua cintura, colando-a nele enquanto sua boca abandonava a dela e lhe beijava o pescoço. Temari sentiu a ereção pronunciada dele avolumando-se contra sua barriga e fechou os olhos quando os beijos se tornaram mordidas que eram depois lambidas, como se aquilo pudessem minorar seus efeitos. Sua orelha era tomada de assalto quando ouviu a voz grave do homem pela primeira vez desde que ele havia entrado pela porta.
- Shikadai?
Ele ergueu o rosto para olhá-la, e Temari abraçou o pescoço do Nara, içando-se facilmente para enroscar as pernas na cintura dele, mantendo a expressão inescrutável enquanto o olhava e sentia uma das mãos masculinas, grande e forte, apoiar sua bunda, sustentando-a sem dificuldades.
- Com a sua mãe.
Uma sombra de sorriso pairou os lábios de Shikamaru antes que ele voltasse a beijá-la e caminhasse para o sofá logo atrás deles, deitando-se sobre ela.
As mãos decididas do manipulador de sombras abriram o robe de Temari em um movimento firme, e ela foi recompensada com um gemido estrangulado quando ele a tocou e percebeu que não usava nada por baixo do roupão. Ele levantou o corpo e afastou a peça de roupa, olhando-a com expressão faminta que distava muito do ninja preguiçoso que ele costumava ser. Temari apreciou o fogo escuro que queimava nos olhos dele antes de ele abaixar a cabeça e abocanhar um de seus seios. Gemeu entregue quando ele mordiscou o mamilo, beliscando o outro com a mão livre enquanto separava suas pernas com o joelho.
A doce tortura pareceu durar uma eternidade, e quando o Nara deslizou a língua lentamente de volta a seu pescoço, ela sabia o que viria e se contorceu de expectativa. Quando fez menção de se erguer, Shikamaru a empurrou de volta e segurou seu queixo. Temari arfou e observou enquanto ele tracejou círculos abstratos por seu abdômen com os dedos longos, arrepiando sua pele. Erguendo os olhos escuros para ela, ele deslizou os dedos para sua parte mais vulnerável.
Temari arqueou as costas e suspirou alto. Um meio sorriso surgiu na boca do shinobi ao comprovar o quanto ela estava molhada, e sem mais cerimônias penetrou-a com dois dedos, movimentando-os com firmeza. A kunoichi gemeu e o Nara se abaixou para roçar os lábios no dela, mantendo-se distante o suficiente para que ela não conseguisse beijá-lo e sem parar de estimulá-la em nenhum momento, olhando dentro dos olhos dela como se lesse sua alma.
A mão que estava no queixo feminino se espalhou por seu rosto, e a loira virou o rosto para abocanhar e sugar um dos dedos masculinos com vontade. O dedão da outra mão dele se juntou aos dedos que a tocavam intimamente e pressionou o clitóris, movimentando-se com firmeza. Shikamaru ergueu a cabeça a centímetros do rosto dela, mergulhado em seus olhos com expressão intensa e inescrutável, o rosto bonito sério e concentrado nela. Os olhos verdes da mulher se nublaram e ela abriu a boca em um grito mudo, a respiração pesada deixando seus lábios de maneira entrecortada.
Ela não aguentaria mais e, sabendo disso, o Nara aumentou a velocidade da carícia, curvando os dedos dentro dela para que atingissem o ponto G. Ela respondeu imediatamente, mordendo o dedo que estava em sua boca enquanto tentava conter os gemidos, mas logo convulsionava em um orgasmo intenso que a fez gritar. O manipulador de sombras diminuiu a intensidade dos toques, enviando tremores pelo corpo da loira. Quando parou, levou os dedos que estavam dentro dela à boca e sugou-os diligentemente sem tirar os olhos dos dela, para depois se abaixar e beijá-la profundamente, fazendo com que ela sentisse o próprio gosto.
A kunoichi abraçou-o pelo pescoço e logo o Nara estava posicionado em cima dela, com a calça aberta e a cueca abaixada somente o necessário. Sem lhe dar tempo para pensar, ele levantou seus quadris e a penetrou com uma estocada poderosa que fez com que Temari gemesse alto de novo, tomada por uma nova onda de calor reverberante. Colando a testa na dela, Shikamaru manteve um ritmo selvagem enquanto a loira o enlaçava com uma das pernas, arranhando suas costas por cima da camiseta e arfando no mesmo ritmo que ele.
- Minha. – ele murmurou, e os olhos estavam bem dentro dos dela, a expressão absolutamente séria, quase obstinada.
Antes que ela respondesse, Shikamaru pressionou os lábios de maneira ríspida contra os dela num beijo casto e afoito, para depois mergulhar o rosto no pescoço esguio da mulher, pressionando os dentes na pele alva enquanto arfava e investia violentamente contra ela. Temari enterrou uma das mãos no cabelo do marido e segurou o encosto do sofá com a outra erguida acima da própria cabeça, entregue, incapaz de conter os gemidos que escapavam de sua garganta e o prazer que lhe entorpecia os sentidos.
O Nara chegou ao clímax com um grunhido gutural e primitivo. Ele colapsou sobre a loira, respirando com dificuldade. Roçou os lábios pelo pescoço úmido e ergueu o rosto para ela, perscrutando as feições coradas da kunoichi, uma das mãos abandonando os quadris dela e lhe acariciando o rosto suado. Temari se inclinou para a mão dele, antes de ela própria erguer as mãos e segurar o rosto do shinobi, olhando dentro dos olhos escuros dele.
- Sua – ela finalmente respondeu, fazendo um sorriso surgir no rosto do Nara. – Sua. – Afirmou novamente, e Shikamaru a beijou com doçura e reverência, em um gesto que contrastava grandemente com tudo o que tinham feito até então.
Ainda dentro dela e sem interromper o beijo, o shinobi se sentou e puxou a loira para seu colo. O roupão que ela usava escorregou e caiu no chão, enquanto o fogo crepitava na lareira e algum filme passava despercebido na tela da TV. Shikamaru se recostou no sofá, o cansaço finalmente tomando conta dele, e Temari penteou o cabelo escuro do manipulador de sombras com os dedos sobre o encosto, distribuindo beijos por sua mandíbula.
- Bem vindo de volta – ela sussurrou no ouvido do Nara, que a abraçou firmemente, prendendo-a junto ao peito que ainda se movia em respirações irregulares.
Sempre que voltava de missão, os dois se entregavam uma sessão tórrida de sexo assim que ele passava pela porta. Era violento e possessivo, e Temari não se importava em fazer exatamente o que ele queria. Ele só se sentia em casa depois daquilo, e ela sabia, sempre soube, que a casa dele era ela. Ele só queria se certificar que ela estava ali, e era dele, e não tinha desaparecido no ar durante o período de separação. Ela sempre ficava mais do que feliz e ansiosa em colaborar com o ritual. Haveria tempo para fazer amor depois.
-Agora, - disse enquanto beijava-o prendia o lábio inferior dele entre os dentes. – banho, preguiçoso.
Shikamaru grunhiu com os olhos semicerrados.
- Tsc... estou esgotado, mulher. Não posso tirar um cochilo aqui no sofá antes?
- Não mesmo. – Temari riu ante a sugestão que ela mais atribuiria ao filho.
- Banheira, então. – o Nara resmungou. – E você vai comigo. – adicionou com um sorrisinho, abrindo apenas um dos olhos para ver a reação da mulher.
- Ok, pode ser a banheira. Claro que eu vou com você, isso está fora de discussão. Além disso, quem você acha que vai te esfregar com bucha vegetal pra tirar qualquer resquício de poeira da estrada? – ela respondeu com um tom divertido.
A menção da bucha o fez revirar os olhos.
- Feh, você quer me matar.
- Só se for de prazer. – Temari sussurrou marota antes de beijá-lo novamente. O beijo funcionou como um fósforo sendo riscado, e o fogo supostamente apaziguado logo se tornou novamente intenso. Sentindo-o enrijecer-se dentro de si, ela sorriu e se levantou delicadamente, não sem antes receber uma beicinho de desapontamento e um muxoxo do marido. Estendeu a a mão para ele com a intenção de conseguir o que queria antes que os dois se perdessem um no outro novamente.
Shikamaru aceitou e seguiu-a a passos lentos até o banheiro, suas calças ficando pelo caminho.
N/A: Não muito surpreendentemente eu tenho uma série de histórias perdidas aqui.