(To my valentine)


N/A: vou fazer essa ficlet lixenta que poderia ser uma one-shot lixenta em dois capítulos minúsculos (e lixentos), só pra contrariar. e aew?


1.

A ideia era encontrar algum lugar fresco e tranquilo, sentar-se à sombra de uma árvore e simplesmente descansar, tendo por companhia apenas o chilrear das andorinhas no céu límpido. Parecia ao jovem o mais natural a se fazer, com o sol batendo diretamente acima de sua cabeça e nenhuma nuvem à vista. Ele caminhava com vagar, à procura da copa mais abundante e da brisa mais perfumada da vila; ostentava uma expressão simpática e cumprimentava quem o interpelasse.

Mas poucos foram os transeuntes que ele viu passar. Com efeito, a manhã em Konoha lhe parecera um tanto fora do usual, com um clima de suspense pairando pelas ruas. Mas não algo pesado e sombrio como um crime ou uma conspiração; pelo contrário, era como se todos estivessem envolvidos neste joguete de mistério que estava prestes a ser revelado. Todos menos Sai.

Por isso ele andava à esmo sem compreender por que as pessoas em volta tinham olhares sorridentes e alguns até apaixonados. Ele vira também um ou outro entrando apressado em alguma loja, tentando passar despercebido. Havia alguma festa para a qual ele não fora convidado? Bem, agora sua curiosidade atingira tal ponto que não o deixaria sossegado.


– Você teria algo sobre São Valentim? – foi o que Sai perguntou à bibliotecária depois de um breve esclarecimento que obteve. Todos a quem perguntava lhe falavam de umvalentine e então ele foi procurar saber mais.

Com o livro indicado nas mãos e muita ansiedade, ele encostou-se em algum lugar e começou a ler. Leu a noite inteira e só parou quando não havia mais páginas a serem devoradas; e então leu novamente, para não deixar escapar nenhum detalhe.

Já era outro dia quando ele pousou o livro; sua mente, entretanto, não estava calma com as novas informações. Sai refletia sobre o que aprendera. Achava intrigante esta história de São Valentim e da tradição que se seguiu. Mais interessante ainda era o cálculo preciso (ou impreciso) que era necessário fazer para se escolher a quem presentear. Deveria ser uma pessoa especial e profundamente querida – um amigo de verdade. E esta data era a ocasião perfeita para dizer isso a alguém, sem embaraço e sem arrependimentos.

Sai decidiu que encontraria o seu valentine.